Blog do Bruno Voloch

Categoria : Vôlei

Relação entre Giba e Bernardinho abre crise na seleção; Marlon não tolera situação e admite ‘privilégios’
Comentários COMENTE

Bruno Voloch

Após a perda do título da Liga Mundial, o grande desafio do técnico Bernardinho será transformar a seleção brasileira novamente em uma ‘família’. O time que ficou consagrado por ganhar tudo e de todos, tinha na união a força. Mas esse rótulo, aparentemente, foi deixado para trás.

O blog teve acesso aos bastidores da campanha da seleção na reta final da Liga Mundial.

O relacionamento entre Giba e Bernardinho esfriou e não é mais o mesmo.

Giba, referência dentro do grupo, chegou a ter uma úlcera gástrica na Polônia. Nervoso, o jogador não gostou de ter ficado no banco e ser preterido para o jogo contra Cuba na abertura da fase final da competição. Dante e Murilo foram os ponteiros e Giba ficou na reserva. A seleção jogou mal e Giba foi um dos responsáveis pela virada. 

‘No mundial ano passado aceitei essa condição porque os outros estavam bem. Agora não, estou voando e não posso ser banco’, teria dito Giba internamente.

Giba respondeu em quadra e desde então, a relação entre o técnico e Giba mudou.

O jogador teria confidenciado aos amigos mais próximos que iria ‘aturar’ Bernardinho por causa da Olimpíada de Londres, objetivo principal do atleta. Giba quer encerrar sua história na seleção brasileira em 2012, nos jogos olímpicos.

Mas a crise começou antes, mais precisamente em junho. Giba ainda não teria engolido uma sessão extra de musculação em Belo Horizonte.

No segundo fim de semana de junho, a seleção recebeu os norte-americanos. Giba estava liberado para compromissos comerciais nos Estados Unidos. Bernardinho fez o jogador voltar ao Brasil antes do previsto  apenas fazer uma sessão de musculação na capital mineira. Giba não gostou. Voltou e deu autógrafos no Mineirinho. 

Para acalmar as arestas, a CBV teria prometido ao jogador um cargo dentro da entidade no futuro. Giba tem elogiado ultimamente a seleção juvenil que fracassou no mundial. 

Mas a possível má relação entre os dois não é o único problema na seleção.

Ainda na fase de classificação, o levantador Marlon, segundo informações de dentro do grupo, estaria ‘cansado’ de ser banco para Bruno Rezede e pensou em pedir dispensa da seleção. Os jogadores mais experientes seguraram Marlon.

Marlon foi muito bem na vitória contra a Polônia, 3 a 0, no último jogo da fase de classificação. O Brasil fez uma das melhores atuações no campeonato e o levantador se destacou. Marlon porém, disse que ‘nada adiantaria jogar bem que seria reserva novamente no jogo seguinte’.

‘Tudo que eu fizer não será olhado da mesma forma que o outro’, teria dito um indignado Marlon, duvidando de sua importância para a seleção e capacidade como jogador.

A questão do levantador divide a seleção.

Os veteranos apoiam Marlon como titular, enquanto os mais jovens, defendem Bruno. O atual titular tem uma influência grande especialmente com ex-companheiros de Cimed.

Raphael, levantador do Trentino, foi convocado para o sul-americano. A seleção está em Saquarema treinando para a competição.

Dante, com problemas no joelho, os mesmos que tiraram o jogador de boa parte da liga mundial, ainda não está confirmado e mesmo que treine, não está 100%.


Líderes e invictos, Brasil e Rússia ‘somem’ nas estatísticas do Grans Prix
Comentários COMENTE

Bruno Voloch

Só duas seleções ainda não perderam no Grand Prix: Rússia e Brasil.

Mas o curioso, é que as duas seleções não se destacam nas estatísticas da FIVB, Federação Internacional de Vôlei.

Nenhuma jogadora de Brasil e Rússia aparece entre as melhores da competição.

A Argentina, adversária da seleção na próxima fase, tem 3 jogadoras entre as melhores. A Argentina ocupa apenas a décima segunda colocação no Grand Prix.

Emilce Rosa é a melhor bloqueadora, Lucia Gaido lidera o ranking na defesa e passe. Carmen Caso da República Dominicana é a líbero mais bem posicionada.

Kim Yeon-Koung da Coreia aparece como maior pontuadora em 6 jogos com 129 pontos. Vilma Salas de Cuba, décima primeira colocada, é a melhor atacante. Jordan Larson dos Estados Unidos ainda tem o melhor saque.

Wei Qiuyue da China lidera como principal levantadora.

Thaísa é a brasileira mais bem colocada e aparece como a terceira melhor bloqueadora.

De todas as seleções participantes, a seleção do Peru é a única que ainda não venceu.

Rússia, Brasil, Itália, Estados Unidos, Sérvia, Japão, Coreia e China seriam as 8 seleções classificadas para as finais. Cuba venceu apenas uma das 6 partidas.

A última rodada da fase de classificação será jogada no fim de semana, a partir do dia 19.


Kun Feng, levantadora da China, abandona a carreira aos 32 anos
Comentários COMENTE

Bruno Voloch

Má notícia para os amantes do vôlei.

A chinesa Kun Feng, levantadora da seleção, está abandonando a carreira.

Feng, campeã olímpica em 2004, vai trabalhar no centro de treinamento de voleibol da China. Feng estará ligada as seleções de base do país e vai ajudar a descobrir novos valores.

A jogadora, de 32 anos, jogou a última temporada no Evergrande da China ao lado da norte-americana, Logan Tom.

O anúncio pegou de surpresa a todos na China. Para muitos, Feng ainda tinha possibilidades de jogar a olimpíada de Londres em 2012. 

Feng disputou mais de 350 jogos com a camisa da seleção.


Vencer a Itália, mesmo desfalcada, é sempre importante
Comentários COMENTE

Bruno Voloch

Foi de fato o primeiro grande teste da seleção no Grand Prix. E passamos.

A vitória diante da Itália foi merecida sob todos os aspectos. A seleção brasileira ganhou mo ataque, foi melhor no bloqueio e superior no saque.

Difícil, muito difícil destacar somente uma jogadora. Paula Pequeno fez um bom jogo, Mari esteve bem, Thaísa com a regularidade de sempre e Fabiana finalmente desencantou.

Dani Lins ficou devendo.  A jogadora esteve insegura e esqueceu de Tandara no segundo set, uma pena. Dani tem crédito e merece ser titular, mas diante da Itália, não rendeu o que poderia. Contra os grandes como Rússia e Estados Unidos, Dani vai precisar jogar mais bola.

E  Sheilla ?

Bem, Sheilla já fez partidas melhores com a camisa da seleção e sinceramente, não acho que tenha comprometido. Errou demais no segundo set, mas a jogadora não é perfeita. Aliás, nenhuma delas.

E não é que simplesmente aparece a corajosa Tandara dando pancada na bola para todos os lados. Tandara entrou com personalidade quando foi chamada e quase salvou o segundo set. Por detalhes não fizemos 2 a 0.

Foi a vitória do coletivo acima de tudo.

É bom lembrar que a Itália não está completa. Piccinini e Lo Bianco estão fora, por exemplo. Certamente essa mesma Itália deverá estar no nosso caminho na fase final e na Copa do Mundo do Japão. É uma seleção muito perigosa. Costagrande está à vontade e Barbolini ganhou uma peça importante para mudar taticamente a equipe.

A Itália ainda está instável e sofre com a recepção. Mas testes como o de hoje são fundamentais para a nossa seleção. Jogar contra Cazaquistão e Tailândia não muda nada, enquanto encarar a Itália é sempre proveitoso.

Hoje Tandara teve esse gostinho.


Rússia faz 3 a 0 na China, segue sem derrota e é líder do Grand Prix
Comentários COMENTE

Bruno Voloch

A Rússia segue sem tomar conhecimento dos adversários.

Mesmo jogando em casa, a China não resistiu e perdeu para a Rússia por 3 a 0. As russas fizeram 25/22, 25/23 e 25/20 em pouco mais de uma hora de jogo.

A Rússia se destacou no bloqueio. Foram 12 pontos, 4 de Goncharova, nesse fundamento, contra apenas 4 da China.

Ekaterina Gamova, para variar, foi a maior pontuadora do jogo com 21 pontos.

Com a sexta vitória seguida, a Rússia assume a liderança geral do Grand Prix com 18 pontos e apenas 1 set perdido.

No próximo fim de semana, Japão, Coreia e Sérvia serão os adversários da Rússia.


Estados Unidos são surpreendidos e perdem invencibilidade para a Sérvia no Grand Prix
Comentários COMENTE

Bruno Voloch

Além da Itália, outra grande seleção mundial conheceu a primeira derrota no Grand Prix.

Um dos favoritos ao título, os Estados Unidos acabaram sendo derrotados pela Sérvia por 3 sets a 1. A Sérvia abriu 25/12 com enorme facilidade no primeiro set. As norte-americanas reagiram e fizeram 25/17. Depois, só de Sérvia com 25/23 e 25/15.

Jovana Brakocevic foi o destaque do jogo com 22 pontos.

Pelo lado dos Estados Unidos, a central Akinradewo fez 12 pontos.

Apesar da derrota, os Estados Unidos seguem apenas atrás de Brasil e Rússia na classificação geral com 14 pontos. A Sérvia é quinta com 13. As duas seleções estariam classificadas para a fase final se o Grand Prix terminasse hoje.


Itália repete a dose, sofre, mas derrota a Tailândia
Comentários COMENTE

Bruno Voloch

Ainda não foi dessa vez, mas se continuar jogando dessa forma, a invencibilidade da Itália está com os dias contatos.

A seleção italiana jogou no limite e quase perdeu para a Tailândia.

A comissão técnica do Brasil assistiu a partida e viu a Itália virar novamente uma partida. Na véspera, as italianas derrotaram também por 3 a 2 o Cazaquistão.

Dessa vez, a Tailândia fz 2 a 0 com 26/24 e 25/19. A Itália foi valente e melhorou com a entrada de Lucia Bosetti na vaga de Ortolani. O time reagiu e virou com 25/22, 25/15 e 15/12 em duas horas de jogo.

Arrighetti foi a melhor em quadra com 18 pontos. A Itália abusou dos erros e cedeu 31 pontos para a Tailândia.

Neste domingo, a Itália faz o clássico contra o Brasil em Alamaty no Cazaquistão.

Em jogo válido pelo grupo G, a China em casa passou pela Alemanha com 3 a 2 e 18/16 no quinto set.


Estados Unidos e Rússia vencem a quinta seguida e seguem 100% no Grand Prix
Comentários COMENTE

Bruno Voloch

Estados Unidos e Rússia seguem no mesmo caminho da seleção brasileira.

As norte-americanas derrotaram o Japão por 3 a 0 e conquistaram, assim como o Brasil, a quinta vitória na competição. O esperado equilíbrio não aconteceu e os Estados Unidos ganharam com tranquilidade com 25/22, 25/14 e 25/18. Hooker foi a maior pontuadora com 18 pontos.

A Rússia atropelou a seleção do Peru. Em pouco mais de uma hora, as russas marcaram 3 a 0 com 25/20, 25/17 e 25/17. Gamova fez 13 pontos, 3 de saque. Por sinal, o saque da Rússia foi arrasador. Foram 7 pontos nesse fundamento.

As russas voltam a jogar neste domingo contra a China, teoricamente o jogo mais difícil da segunda semana de jogos.

A Sérvia, que hoje derrotou a República Dominicana por 3 a 0, jogará contra os Estados Unidos fechando a rodada.


Natália é muito bem-vinda
Comentários COMENTE

Bruno Voloch

Natália está de volta.

Uma das principais revelações do vôlei brasileiro nosm últimos anos, a jogadora foi escalada entre as titulares para o jogo contra o Cazaquistão. Natália entrou na vaga de Paula Pequeno.

O técnico da seleção, José Roberto Guimarães, sabe que pode precisar dela no futuro. O treinador tinha a exata noção de que a partida não representava nenhum perigo para a seleção e por isso resolveu usar Natália.

Fez ele muito bem. Natália precisa voltar aos poucos, está fisicamente abaixo das demais companheiras e nada como um adversário como o Cazaquistão para readquirir a confiança.

Natália ficou mais de dois meses sem jogar. A jogadora operou a canela para a retirada de um tumor e estava apenas treinando.

Se Natália pode brigar para ser titular é uma outra questão. Acho improvável que isso aconteça, pelo menos no Grand Prix. Para a Copa do Mundo do Japão, é um outra história. Natália tem muito potencial e bola para brigar de igual para igual com Paula Pequeno e Mari.

No passeio contra o Cazaquistão, o destaque foi Thaísa. 15 pontos, bem no ataque e ótima no bloqueio. O entrosamento com Dani Lins está sendo uma das armas da seleção. O Brasil errou pouco e jamais foi ameaçado na partida.


Seleção não teve brilho e jogou para o gasto
Comentários COMENTE

Bruno Voloch

Valeu pela vitória. Simples.

A seleção cumpriu seu papel e ganhou da Tailândia mantendo a invencibilidade no Grand Prix.

O jogo foi ruim tecnicamente e óbvio que o adversário não ajudou. Importante foi a seleção ter mantido a concentração e a seriedade nos 3 sets. A verdade é que quase fomos surpreendidos no segundo set, mas faltou categoria para a Tailândia brigar pelo set. Bom para o Brasil.

O terceiro set foi um passeio e Zé Roberto deixou Fabíola e Tandara ‘brincarem’ no fim e sentirem o gostinho do jogo.

Thaísa foi uma das melhores em quadra e o bloqueio do Brasil, digno de elogios.

A seleção não teve brilho, nem poderia ter, e jogou para o gasto.