Blog do Bruno Voloch

Categoria : Vôlei

Convocação de Ricardinho depende apenas de Bernardinho; jogadores aprovam retorno do levantador
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Bruno Voloch

É grande a pressão pela convocação de Ricardinho para a seleção brasileira.

A situação é quase insustentável depois de que o presidente da CBV, Ary Graça, afirmou que o jogador é o melhor do mundo na posição.

Uma semana antes, Ricardinho, em entrevista ao UOL, já afirmara seu desejo de vestir novamente a camisa verde e amarela.

Os líderes da seleção, Giba, Gustavo, Serginho e Rodrigão, chamados carinhosamente de ‘senadores’, pelo poder que exercem dentro do grupo, não são contrários ao retorno de Ricardinho.

Será a última Olimpíada da maioria e os jogadores mais experientes acreditam que com a presença de Ricardinho as chances de conquistar a medalha de ouro novamente, assim como em 2004, aumentam consideravelmente.

Pressionado e isolado, Bernardinho ainda não se posicionou e busca uma alternativa para justificar a volta de Ricardinho exatamente meses antes dos jogos olímpicos. 

Se estiver na lista, o técnico deixará claro que Ricardinho terá que brigar pela vaga com Bruno e possivelmente Marlon. O levantador do Rio de Janeiro é o mais ameaçado. O discurso porém é meramente político, uma vez que Ricardinho tecnicamente é muito superior aos demais. Seria uma forma de não desprestigiar Bruno e Marlon.   

Bruno é considerado titular, Marlon a segunda opção e Ricardinho ‘correria por fora’.

A idéia da comissão técnica é analisar como será a convivência de Ricardinho com o grupo e acompanhar de perto a reação de Bruno e Marlon. Inseguros durante o ciclo olímpico, os dois terão a sombra de Ricardinho nos treinos e nos jogos.

Ricardinho está disposto a aceitar todas as exigências de Bernardinho.

Em breve, o técnico irá divulgar a lista dos jogadores relacionados para a Liga Mundial.

A expectativa é que Ricardinho esteja entre os inscritos. Seria o primeiro passo para o jogador defender o Brasil na Olimpíada de Londres.

Caso Ricardinho não apareça na lista, será por opção de Bernardinho, uma vez que os jogadores aprovam a volta do levantador campeão olímpico e mundial. 

 


Superliga feminina começa com semifinalistas definidos. Pontuação é interessante, mas regulamento é burro e ultrapassado
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Bruno Voloch

Será dada a largada na superliga feminina.

Muitos consideram a competição a melhor do mundo. Discordo. Fico ainda com o campeonato italiano.

12 times disputarão a competição nessa temporada.

Apenas 3 chegam com chances reais de título. Rio de Janeiro, Osasco e Vôlei Futuro.

Não necessariamente nessa ordem, mas duvido muito que um deles deixe de ser campeão.

O Rio estará forte no ataque com Sheilla, Mari e Natália. Fernanda Venturini é uma incógnita. Natália ainda deverá ficar de fora por um tempo e sem ela, jogará Regiane. O Rio tem um treinador competente que conhece os atalhos da superliga. As centrais são experientes e Fabi, em competições internas, é ainda útil.

Osasco entrará pressionado por causa da perda do paulista. Hooker, estrela norte-americana, é a grande atração do time. Nenhum time do país tem duas centrais tão competentes como Adenízia e Thaísa, mas as duas precisam ser regulares. Jaqueline é peça fundamental no esquema de Osasco e Tandara e Jú Costa devem brigar pela outra vaga de ponteira. Jú Costa tem mais bola, mas Tandara é uma ótima opção no banco. Camila Brait não foi bem nas finais do paulista, mas tem moral e bola para se recuperar. O maior desafio de Luizomar de Moura será fazer o time andar com Fabíola de levantadora.

O Vôlei Futuro é o menos pressionado dos três. Montou um time forte e se entrosado, dará trabalho. Paula e Garay são ponteiras tecnicamente fortes e se tiverem saúde para jogar a superliga inteira, será meio caminho andado. Walewska é intocável no meio e disparada a melhor em atividade no vôlei brasileiro. Andressa deve evoluir e pode ajudar, mas não dá para exigir muito dela. Acho que o Vôlei Futuro pode ter problemas na saída de rede. Joycinha e Fernanda Berti ainda estão abaixo do que podem render e sem uma oposta de força, fica complicado. Stacy Sykora deve ser usada contra s equipes pequenas, porque seria um risco alto e desnecessário usar a jogadora, sem estar 100%, diante de Osasco e Rio de Janeiro. Verê assume bem a função. As Anas, brigam em igualdade de condições pela posição de levantadora. Paulo Coco no banco é um trunfo interessante.

O Sesi corre por fora e briga para ficar entre os 4. Se chegar lá, pode até derrubar um dos 3 nas semifinais. O time tem jogadores experientes como Dani Lins, Elisângela, Sassá e Soninha. Talmo é uma boa aposta, mas nesse primeiro ano, é improvável que o Sesi possa brigar pelo título. Em tese não chegará na final.

Minas e São Bernardo formam como a quinta força do campeonato.

O Minas tem um time caseiro, bem montado com cubanas e uma boa levantadora. Pode beliscar uma vitória contra os grandes, mas se estiver entre os 4, será motivo de comemoração como se tivesse ganho o título. Não acredito.

São Bernardo é franco-atirador, mas os grandes não podem facilitar. É uma equipe perigosa e atuando em casa, sem responsabilidade, pode atrapalhar.

Mackenzie e Praia Clube, se tiverem regularidade, podem aprontar. Nesse caso, aumenta a briga pela quinto lugar. O Mackenzie conta com Priscila, Letícia e a habilidosa Gabi.  O Praia Clube terá Suelle, liberada inexplicavelmente pelo Rio de Janeiro.  

Pinheiros, São Caetano e Macaé são meros coadjuvantes. O Pinheiros, quem diria, virou pequeno de vez. Estar entre os 8 primeiros é o único objetivo da equipe. Lamentável para um clube de tantas tradições.

Será um campeonato arrastado, longo e cansativo. O regulamento que dá 1 ponto ao perdedor com o placar de 3 a 2, serve de motivação para os pequenos. A decisão em partida única, é burra e insensata. Impressionante como os patrocinadores perderam força na CBV. É inadmissível um jogo para decidir um torneio de quase 6 meses. Na Europa, é piada.

Com isso, emoção mesmo, o torcedor só vai poder ver a partir das semifinais quando estarão envolvidos Rio, Osasco, Vôlei Futuro e Sesi.

Diferente das superligas passadas, quando a decisão ( Osasco x Rio ) já era conhecida antes do campeonato começar, o Vôlei Futuro é o único que pode quebrar essa chata, porém merecida hegemonia de Rio e Osasco.


Acusado de assédio sexual, técnico da seleção feminina da Bulgária é demitido
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Bruno Voloch

Escândalo no vôlei europeu, mais precisamente na seleção feminina da Bulgária.

O esloveno, Dragutin Baltic, foi demitido pela Federação Búlgara acusado de assédio sexual.

Baltic, segundo denúncia de duas jogadoras, teria convidado as atletas para fazerem uma ‘visita surpresa’ no quarto do hotel onde a delegação está hospedada para os treinamentos visando o campeonato europeu.

A central Ruseva disse que recebeu uma mensagem de texto no celular:

‘Bata na porta duas vezes para eu saber que é você e seja discreta’.

Inconformada, Ruseva procurou os dirigentes da federação e fez a denúncia.

Tsezetina Zarkova, companheira de quarto de Ruseva, confessou que também havia sido assediada por Baltic. Receosa da reação do grupo, Zarkova disse que preferiu não levar o caso adiante.

A situação de Baltic no cargo já era desconfortável, uma vez que o ex-treinador já tinha brigado com Eva Yaneva, principal estrela da seleção. Yaneva está afastada da seleção e disse que só volta a jogar pela Bulgária quando Baltic não estiver mais no comando.

A levantadora Nenova e a central Filipova, outras jogadoras que optaram em não treinar com a seleção por causa de Baltic, fora solidárias as companheiras que fizeram as acusações e se mostraram dispostas a conversas sobre um possível retorno.

A Bulgária anunciou que Dino Tonev comandará a seleção no campeonato europeu.

 


Sérvia vence Tailândia e encara os Estados Unidos na semifinal do Grand Prix
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Bruno Voloch

A Sérvia será a adversária dos Estados Unidos em uma das semifinais do Grand Prix.

O time sérvio venceu com relativa tranquilidade a Tailândia por 3 sets a 0 com parciais de 25/23, 25/22 e 25/23. O jogo durou uma hora e quinze minutos

Jovana Brakocevic foi novamente o destaque da Sérvia com 21 pontos. Contundida, Jelena Nikolic, a outra estrela da seleção, não foi escalada.

A seleção da Sérvia chega para a semifinal com 3 vitórias diante da China, dos EStados Unidos e da Tailândia.

É a primeira vez na história da competição que a Sérvia tem a possibilidade de jogar uma decisão.


Fernanda Garay estava no lugar certo, na hora certa e foi a melhor em quadra
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Bruno Voloch

O Brasil fez diante do Japão uma de suas melhores partidas no Grand Prix.

Foi perfeito taticamente e ganhou com sobras. Não foi ameaçado e teve a partida sob controle nos 3 sets.

Sem Mari, contundida, Zé Roberto escalou Fernanda Garay de ponta. A jogadora do Volei Futuro atuou muito bem, com personalidade, chamou o jogo e foi disparada a melhor jogadora em quadra com 17 pontos, 14 de ataque e 3 de bloqueio.

Provavelmente para o jogo contra os Estados Unidos, Mari deverá ainda ficar de fora e Garay terá a chance de atuar diante das norte-americanas.

É cedo, a Copa do Mundo será apenas em novembro no Japão, mas Garay está se garantindo na competição após atuações mais do que convincentes no Grand Prix.

A Copa do Mundo garante aos 3 primeiros colocados, a classificação para a Olimpíada de Londres.

Mas voltando ao Japão, Garay estava no lugar certo e na hora acerta.

Ela jogou a última temporada no NEC e conhece bem o estilo de jogo das japonesas. Talvez, também por isso, tenha realizado uma partida tão boa.

Não poderia ser injusto e deixar de falar em Thaísa. Nossa central fez novamente um jogo muito regular e me impressiona sua forma física e técnica.  

Mas hoje o dia foi de Fernanda Garay.


Técnico da Itália colabora, Brasil brilha no bloqueio e Thaísa foi o nome do jogo
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Bruno Voloch

Foi mais fácil do que se esperava.

É bem verdade que a seleção brasileira contou com uma enorme contribuição do treinador da Itália, Massimo Barbolini, que inesperadamente, abriu mão de escalar as jogadoras Arrighetti, Ortolani, Carolina Costagrande e Del Core.

O Brasil teve seu trabalho facilitado e passeou em quadra.

Para se ter uma noção da superioridada da seleção, Fabiana, uma de nossas centrais, marcou 5 pontos de bloqueio, mesmo número de toda a Itália em 3 sets. Por sinal, o bloqueio do Brasil foi um dos pontos fortes da seleção na partida.

A seleção esteve segura, jogou com simplicidade e Dani Lins soube aproveitar a ótima fase de Thaísa. A jogadora do Osasco brilhou no ataque, também no saque e terminou como principal pontuadora do jogo com 17 pontos. Thaísa, apesar de ser central, foi nossa jogadora de segurança boa parte da partida.

Curiosamente, nossas ponteiras estavam abaixo da média. Paula e Mari fizeram uma partida burocrática e pontuaram pouco. Fernanda Garay substituiu novamente Mari e se saiu muito bem. Fez 6 pontos, mesmo número de acertos que Paula Pequeno. A diferença é que Paula jogou os 3 sets e Fernanda não.

O jogo foi tão tranquilo que Zé Roberto botou Natália e Tandara e até Fabíola no jogo no terceiro set. Aquela altura da partida, o Brasil não corria mais nenhum risco de perder o jogo, aliás, diga-se de passagem, nunca esteve ameaçado.

Massimo Barbolini terá que se explicar, mas garanto que não existe nada que possa convencer os fanáticos italianos de que ele tenha feito a melhor opção. Fez sim, a escolha certa para a seleção brasileira. O ataque da Itália foi facilmente marcado e conseguiu apenas 30 pontos em 3 sets, números inexpressivos para um time de qualidade como o italiano. 

Nada disso porém apaga ou tira os méritos da seleção. Se aconteceu um erro de estratégia ou escalação do adversário, sinto muito. O Brasil fez seu papel e atuou respeitando quem estava em quadra, atuando com seriedade e principalmente demonstrando autoridade.


Fernanda Garay foi uma ótima sacada de Zé Roberto
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Bruno Voloch

Só mesmo a tradição poderia salvar o clássico entre Brasil e Cuba.

Não salvou.

Mas não salvou porque a diferença técnica entre as duas seleções hoje em dia é muito grande, algo inimaginável na década passada.

A seleção mereceu vencer e fez uma de suas melhores partidas na competição. Ganhou com autoridade e comandou as ações do início ao fim do jogo.

Fernanda Garay jogou muito bem e soube, novamente, aproveitar a oportunidade de atuar como titular. É segura no passe, dá volume de jogo e contra Cuba, bloqueou mais do que Fabiana e Thaísa.

Garay tem personalidade e realmente deve brigar para ser titular da seleção. José Roberto Guimarães surpreendeu muita gente ao deixar Paula no banco e escalar Garay de cara. Deu certo. A jogadora foi disparada a melhor em quadra também no ataque e seu saque foi o mais eficiente entre as titulares.

Se Fernanda será titular daqui em diante ?

Pode até ser que Zé Roberto faça algumas experiências contra Argentina e Tailândia no fim de semana, afinal estamos classificados. Mas quando for para valer na semana que vem, Garay também pode ser aproveitada entre as titulares.

O ideal, e não duvido que aconteça, é que Natália, Adenízia, Juciely e Tandara ganhem ritmo de jogo nessas duas últimas partidas. A seleção pode precisar delas, especialmente de Natália.


Rússia é surpreendida pela Coreia e perde invencibilidade no Grand Prix
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Bruno Voloch

A seleção brasileira é a única invicta no Grand Prix.

Se na semana passada, Estados Unidos e Itália caíram diante de Sérvia e Brasil, hoje foi a vez da Rússia.

Jogando em Tóquio, no Japão, a Rússia perdeu para a Coreia por 3 seta a 2. A Coreia abriu 1 a 0 com 25/22, mas a Rússia virou a partida com relativa facilidade com 25/17 e 25/20. A expectativa era de que a seleção russa fechasse o jogo no quarto set. Isso não aconteceu.

Com ótima atuação de Kim Yeon, maior pontuadora com 31 pontos, a Coreia empatou a partida com 25/23 e venceu o tie-break por 15/11 em duas horas de jogo.  

Apesar da imensa superioridade no bloqueio, 16 pontos contra apenas 5, a Rússia não conseguiu parar Kim Yeon e ao mesmo tempo superar a consistente defesa coreana.

Gamova não estava inspirada e foi apenas a terceria maior pontuadora da Rússia. Goncharova marcou 25 pontos e Lesya Makhno fez 23. 

Mesmo com a derrota, a Rússia está classificada para a fase final do Grand Prix. Neste sábado, o time russo enfrenta a Sérvia e a Coreia, ainda lutando por uma vaga nas finais, pega o Japão.


Brasil fracassa novamente na base e é eliminado do mundial infanto-juvenil
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Bruno Voloch

Imbatível até pouco tempo, o Brasil segue colecionando fracassos nas divisões de base do vôlei.

Em 2011, a seleção juvenil feminina chegou perto do título, mas perdeu a decisão para a Itália. A masculina decepcionou. Caiu antes das semifinais e amargou em pleno Rio de Janeiro um quinto lugar. A Rússia foi campeã. 

Agora foi a vez da seleção infanto-juvenil. O Brasil, que dependia de uma vitória simples diante do Japão para seguir na luta pelo título, perdeu por 3 sets a 1 e foi eliminado do mundial da categoria. A competição está sendo jogada na Turquia.

A seleção infanto vai brigar pelo quinto lugar e vai enfrentar Alemanha, Argentina e a própria seleção japonesa. 

Polônia, Sérvia, China e Turquia estão nas semifinais.


Itália terá Lo Bianco e Gioli na terceira semana do Grand Prix
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Bruno Voloch

A Itália segue se reforçando dentro da competição, no caso o Grand Prix.

Para a terceira semana do torneio, a levantadora Lo Bianco e a central Gioli estarão à disposição do técnico Massimo Barbolini. A líbero Cardullo e a central Guiggi também reforçarão a equipe.

As italianas estão em Hong Kong e vão enfrentar a partir de amanhã as seleções do Peru, Estados Unidos e Alemanha.  

A Itália é quarta colocada com 13 pontos e venceu 5 das 6 partidas que disputou na competição.