Blog do Bruno Voloch

Arquivo : março 2012

Diego Souza reaparece e Juninho brilha na inesperada goleada do Vasco
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Bruno Voloch

Nem o mais otimista torcedor do Vasco esperava uma goleada em Macaé.

Após sofrer para empatar com o Resende no domingo passado em São Januário, o Vasco talvez tenha feito seu melhor jogo desde que perdeu a decisão da Taça Guanabara para o Fluminense.

O Macaé, bem armado taticamente e até o início da rodada brigando pela classificação, não resistiu. Aliás, resisitu somente 11 minutos, tempo que Diego Souza demorou para abrir o placar.

Diego Souza, finalmente desencantando.

Pouco depois, o camisa 10 do Vasco aproveitou falha da zaga do Macaé e deixou Juninho livre para aumentar. 2 a 0.

Sabe-se lá os motivos, Fernando Prass aos 18 minutos optou em não acreditar na cabeçada de Pipico. O Macaé diminuia.

O primeiro tempo continuou movimentado e o melhor estava por vir.

Antes, Eder Luis, como oportunismo, aumentou a vantagem vascaína. 3 a 1.

Juinho então foi o responsável pelo lance do jogo. Deu dois dribles espetaculares na intermediária e com um toque sutíl, de rara habilidade, encobriu o goleiro do Macaé. 4 a 1. Um lindo gol.

Com as entradas de William Bárbio, Eduardo Costa e o jovem Romário, formado no clube, o Vasco apenas administrou a vantagem no segundo tempo. Criou pouco e não foi ameaçado.

O Vasco assume a liderança do grupo B com 11 pontos, abre 5 do Fluminense e ganha moral para jogar diante do Alianza de Lima na terça-feira pela Libertadores. Pena que não terá Juninho.


Tradição e excelente atuação de Wallace colocam Cruzeiro na semifinal; São Bernardo cai de pé
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Bruno Voloch

Foi dramática a classificação do Cruzeiro para a semifinal da superliga.

São Bernardo surpreendeu e resistou ao máximo. Foi heróica a atuação do time nesse palyoff.

Excelente o trabalho do competente Rubinho, técnico paulista. Trata-se de um profissional altamente gabaritado, humilde, diferente de muitos consagrados, jovem e promissor. 

Com elenco infinitamente inferior tecnicamente, São Bernardo equilibrou a série e perdeu nos detalhes. Perdeu para Wallace.

O oposto do Cruzeiro esteve inspirado e arrebentou com o jogo. Não é fácil numa partida decisiva marcar mais de 30 pontos.

Pesou a favor do Cruzeiro o mando de quadra, a experiência e sem dúvida a grande tradição.

Evidente que pela campanha que fez na fase de classificação, seria uma tremenda injustiça se o Cruzeiro ficasse de fora das semifinais. Não ficou, mas passou no limite.

São Bernardo sai da superliga e deixa uma ótima impressão.

O Cruzeiro, pelo que mostrou nesses 3 jogos, tem time para ser campeão, mas só poderá pensar em algo maior, depois que eliminar o Minas e a tarefa não será fácil.


Vôlei Futuro escalou as melhores, teve coragem, postura e não respeitou o Rio de Janeiro
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Bruno Voloch

Com as presenças em quadra de Ana Cristina, Carol Gattaz e da líbero Verê, o Vôlei Futuro poderia até ser eliminado da superliga, mas que certamente faria um jogo mais equilibrado, não tenho dúvida.

O time paulista foi bem escalado, corajoso e teve postura, algo que faltou quando perdeu de 3 a 0 em casa.

O comportamento passivo do primeiro jogo ficou no passado.

O espírito de Walewska, se referindo ao técnico Bernardinho, demonstrava bem que as coisas seriam diferentes.

“Você fala muito”, disse a central de Araçatuba em determinado momento da partida. Bernardinho engoliu e não pode falar do caráter duvidoso de ninguém. Situação de jogo.

Paulo Coco, criticado pelo blog após os 3 a 0 da terça passada, merece todos os elogios. Seria injusto dar ao técnico todos os méritos, agora que a vitória teve o dedo do treinador, isso é incontestável.

O assistente técnico de José Roberto Guimarães na seleção feminina esteve calmo, lúcido, consciente e jamais demonstrou nervosismo. Paulo, por incrível que possa parecer, era a imagem da tranquilidade. A atitude que o Vôlei Futuro não teve em casa, sobrou no Maracanãzinho.

O time não se entregou em nenhum momento e encarou de frente o Rio de Janeiro. O Vôlei Futuro teve controle emocional mesmo depois de perder o quarto set que esteve nas mãos.

Ana Cristina fez um partidaço. Ana usou as melhores opções e foi muito inteligente. 

Carol Gattaz apareceu especialmente no quinto set e no bloqueio. Carol pode não estar no ápice da forma, mas não pode ser banco. E não será. Abrir mão do conhecimento e da experiência de Carol seria absurdo. Paulo enxergou o óbvio.

Fernanda Garay e Paula Pequeno cresceram na partida e viraram bolas importantíssimas. Paula foi o retrato do time nas últimas bolas do jogo.

A líbero Verê tem deficiências, mas no momento, é longe a melhor alternativa.

O Rio de Janeiro ainda é favorito. Fez uma campanha superior e jogará em casa na sexta-feira. O Rio pareceu assustado com a postura agressiva do Vôlei Futuro. O Rio não esperava tanta resistência e achou que encontraria um adversário já derrotado.

Fernanda errou bolas fáceis e esteve imprecisa no levantamento.

Mari e Sheilla fizeram o time sobreviver na partida, mas cabe ressaltar as entradas de Jú Nogueira e Roberta no quarto set. As centrais não foram bem e Fabi errou quando não poderia, como na recepção no tie-break. Não é porém a responsável pela derrota, longe disso.

Bernardinho arriscou mantendo em quadra Regiane contundida. Não dá para alimentar mentiras no vôlei.  A ponta do Rio estava nitidamente se poupando e sem condições de atuar após se contundir no início do jogo. Mas olhando para o banco, não dava mesmo para arriscar. Era melhor ir de Regiane, o Rio foi e se deu mal.

O Vôlei Futuro simplesmente não respeitou o Rio de Janeiro, por isso conseguiu empatar a série semifinal. O Vôlei Futuro não poderia deixar a competição com aquela imagem dos 3 a 0 de Araçatuba.

Agora, o Vôlei Futuro deve estar pensando mais alto. Pensando em ser campeão.


Marcelinho quebra preconceito, dá exemplo em quadra e classifica Minas
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Bruno Voloch

Marcelo Elgarten foi o grande responsável pela classificação do Minas para as semifinais da superliga.

Marcelinho, como é carinhosamente conhecido e chamado no vôlei, arrebentou com o jogo.

Humilde, soube comandar seus companheiros nos momentos de adversidade, liderou o time dentro e fora de quadra, não aceitou as provocações do outro lado da rede e quando não resisitiu, respondeu com vôlei. Simples. Como se deve fazer.

A nova geração de levantadores do Brasil deveria ‘comprar’ o vídeo do jogo com a comissão técnica do Minas.

Como simplesmente o vôlei brasileiro ‘ignora’ um levantador de tantas virtudes ?

De onde vem esse preconceito ?

Idade ?

Não é possível…

Qual a diferença de Marcelinho para Bruninho ?

Nem cito Ricardinho porque seria covardia.

Marcelinho, de tanta bagagem, duas olimpíadas nas costas e que de uma hora para a outra, foi taxado, injustamente de ultrapassado.

Como assim ?

Que lição o esporte nos deu.

Bruno tem lá suas qualidades, mas irá assistir, pela segunda vez seguida, as semifinais e finais de casa.

Marcelinho e Ricardinho já estão lá.

Marlon também e William está perto. 

O vôlei não vive de ‘bichos’ como no futebol, mas se houvesse, os jogadores deveriam agradecer ao levantador. Que exibição fantástica.    

A atitude de Marcelinho nos pontos finais da partida foi de gente grande. Marcelinho pediu a palavra, mostrou ao treinador quais seriam suas opções de ataque e assumiu a condição de líder.

‘Sem o Filip (contundido), Lucarelli não, é muito novo. A bola será para você Manius e você vai virar”, disse ele. 

Não foi preciso.

Éder, outro destaque do jogo, fez um ace em cima de Lucarelli, mas em seguida acertou a rede e o Minas pode comemorar.

Vitória da humildade.

A fisionomina dos jogadores da Cimed, liderados por Bruninho, após a virada e a vitória no segundo set, era de muita tranquilidade. Típica certeza de que o jogo seria liquidado em 3 a 0. Só esqueceram de avisar aos jogadores do Minas.

Frockowiak, grata revelação de treinador, menteve Manius na vaga de Bruno, detalhe decisivo para a partida.

A classificação do Minas diante da Cimed foi acima de tudo a vitória da humildade, do trabalho, da dedicação e da simplicidade.  O investimento ficou em segundo plano.

A Simplicidade de um cara chamado Marcelo Elgarten.


Osasco parece preparado para ser campeão; Adenízia e Camila Brait brilharam em Belo Horizonte
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Bruno Voloch

Osasco superou a pressão montada em Belo Horizonte e venceu com extrema autoridade o Minas. 3 a 0.

Absolutamente desfigurado, o time mineiro não resistiu. Sem Mari Paraíba, jogadora importante taticamente, e sem a cubana Daymi, suspensa, o Minas caiu com facilidade.

Carla e Carolina são jovens, podem crescer no futuro, mas sentiram o jogo decisivo. O Minas estava assustado, mas deixa a superliga com o dever cumprido. Roubou em tese o que seria o lugar do Sesi, pelo elenco e investimento feitos.

Não dá para falar em hipóteses, mas é claro que se Daymi tivesse jogado, o resultado poderia ter sido outro.

Que não se engane o torcedor do Minas. Outro resultado em termos de parciais, mas do jeito que atuou Osasco, o Minas não ganharia nem mesmo com Daymi em quadra. É fato.

Osasco se impôs do início ao fim do jogo. Não foi ameaçado em nenhum momento e ganhou como quis. A facilidade foi tanta que mais parecia um treino de luxo para a decisão da superliga.

Luizomar de Moura não precisou mexer no time nos 3 sets e manteve a formação titular. Acertou.

Osasco foi preparado para encerrar a série e encerrou. Adenízia foi a maior pontuadora com 18 pontos, sendo que 9 deles de bloqueio. Excelente jogo. Mas para Adenízia jogar, Fabíola precisava ter o passe na mão e Camila Brait, líbero do time, fez seu trabalho com perfeição. Camila foi fundamental na recepção.

Fabíola teve a inteligência de aproveitar o bom momento de Adenízia e usou sua central como deveria. Mérito da levantadora.

Jaqueline e Hooker mantiveram a regularidade habitual. Tandara, que barrou Jú Costa, é outra atleta que está evoluindo na reta final da competição.

Thaísa segue abaixo das demais. Adenízia tem jogado pelas duas na rede.

Osasco chega merecidamente a mais uma decisão.

Luizomar de Moura não é unanimidade e está longe disso. O treinador porém deu padrão tático ao time, definiu as titulares, diferente da temporada passada, e a equipe está com confiança. As jogadoras acreditam no trabalho.

Osasco alcançou o ápice da forma quando mais precisava. Está invicto desde o segundo turno, não foi ameaçado nos playoffs e parece preparado para ser campeão depois de tantos anos.

Parece, não significa que será, mas diferente das temporadas antetiores, Osasco está mais forte emocionalmente e equilibrado taticamente.


José Roberto Guimarães se antecipa e convoca Dani Lins e Sassá para a seleção brasileira
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Bruno Voloch

Dani Lins e Sassá, jogadoras do Sesi, são as duas primeiras atletas convocadas para a seleção brasileira visando a temporada 2012.

Eliminadas da superliga ainda nas quartas de final, elas irão se apresentar dia 2 em São Paulo. Dani e Sassá vão fazer exames médicos e testes físicos.

José Roberto Guimarães espera o desfecho das semifinais para completar a lista com as jogadoras do Vôlei Futuro, Rio, Osasco e possivelmente do Minas.

A tendência é que nenhuma novidade apareça na lista, uma vez que equipes como Uberlândia, Mackenzie e São Bernardo já deixaram a competição.

O primeiro compromisso oficial da seleção em 2012 será o pré-olímpico da América do Sul. A competição acontecerá em maio na cidade de São Carlos, São Paulo, e o Brasil enfrentará Colômbia, Uruguai, Argentina, Peru e Chile.

Apenas o campeão se classifica para a Olimpíada de Londres.


Giba articula criação de equipe na cidade de Curitiba
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Bruno Voloch

A Superliga masculina pode ganhar uma nova equipe para a temporada 2012/13.

Giba, jogador da seleção brasileira, articula a criação de um time na cidade de Curitiba. A capital paranaense completa nesta quinta-feira 319 anos.

Natural de Londrina, mas com residência em Curitiba, Giba sempre sonhou em montar um projeto e jogar na cidade onde começou a dar os primeiros passos no esporte atuando pelo Circulo Militar em 1991.

Rubinho, treinador de São Bernardo, seria o técnico do time. Rubinho está fechado com Giba. Chico dos Santos, que faz parte da comissão técnica da seleção masculina, trabalharia ao lado de Rubinho.

O sucesso do projeto depende do apoio da prefeitura em Curitiba, mas as negociações já estão em andamento.

Giba, usando de ética, evita falar abertamente sobre o assunto.

O atleta ainda tem vínculo com a Cimed/SKY até o mês de maio, não jogou, está se recuperando de contusão e o clube catarinense está disputando uma vaga na semifinal contra o Minas.


Cacá Bizzocchi deixa comando de Campinas; Marcos Pacheco, ex-Cimed, será anunciado em breve
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Bruno Voloch

Agora é oficial.

Cacá Bizzocchi não é mais técnico de Campinas.

Conforme o blog havia antecipado, a diretoria do clube já estava com a decisão tomada antes mesmo do fim da participação do time na superliga.

Campinas foi eliminado pelo Vôlei Futuro nas quartas de final.

Marcos Pacheco, ex-Cimed, vai assumir o cargo. Pacheco também era pretendido pelo Rio, mas Marcos Miranda ganhou sobrevida após o time carioca passar pelo Sesi.

Cacá ficou duas temporadas no comandando Campinas. Classificou a equipe nas duas oportunidades paras os playoffs da superliga, mas jamais chegou as semifinais. Cacá levou Campinas ao vice-campeonato estadual em 2011.


Bernardinho reacende polêmica com José Roberto Guimarães e admite saída de Mari
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Bruno Voloch

Bernardinho não esquece José Roberto Guimarães.

Após negar crise de relacionamento entre a comissão técnica e a jogadora Mari, Bernardinho admite que a atleta pode deixar o clube depois da superliga.

A possível saída de Mari é encarada por Bernardinho com naturalidade e faz parte da dinâmica do vôlei.

Mari já estaria acertada com Campinas, time que será dirigido por Zé Roberto, recém campeão da Champions League.

O Rio não se conforma ainda pelo fato de não poder ter escalado Natália até hoje. O treinador da seleção masculina, quando indagado, diz que ‘recebeu Natália quebrada’.

Bernardinho, dessa forma, critica indiretamente José Roberto Guimarães e Luizomar de Moura.

Natália passou os últimos anos no clube paulista e na seleção é comandada por José Roberto Guimarães, desafeto número 1 de Bernardinho.

A atleta ainda não está liberada para jogar. Em dezembro, Natália operou a canela pela segunda vez  para a retirada de um tumor benigno.

A permanência dela no Rio ainda é incerta.


Volei Futuro dá vexame, usa política na escalação e é humilhado pelo Rio de Janeiro
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Bruno Voloch

Foi uma verdadeira aula de vôlei.

Deu pena do torcedor do Vôlei Futuro que lotou o ginásio Placido Rocha. Os 2.500 torcedores não conseguiram nem torcer. O Rio não deixou.

O que se viu em Araçatuba poucas vezes aconteceu em semfinais de superliga. Confesso que não me lembro de um massacre semelhante.

Tudo deu errado para o Vôlei Futuro porque simplesmente começou errado. Primeiro não dá para entender os motivos que levam Paulo Coco a manter Sykora como líbero titular.

Compromisso da diretoria ?

Política ?

Uma coisa é ter solidariedade e apoiar a jogadora, prejudicada pelo clube desde o acidente que sofreu no ano passado. Outra é não saber separar as coisas e atrapalhar a equipe tecnicamente e foi o que aconteceu.

Sykora não é a mesma, é fato. O comentário é duro, mas traduz a realidade. Verê teria que jogar desde o início.

Mas será que Paulo Coco tem essa autonomia ?

Se não tem, como tudo indica, deveria. Um técnico não pode jamais admitir interfêrencias externas na escalação de um time e me parece ser essa a questão. Paulo Coco e todos enxergam que Stacy não está bem e que Verê rende mais. Rende tanto que a própria torcida pediu a saída da norte-americana.

Carol Gattaz ser banco para Andressa é outra piada. Inaceitável.

O entra e sai das levantadoras mata o time. Até hoje ninguém sabe quem é titular: Ana Cristina ou Ana Tiemi.

O semblante das jogadoras do Vôlei Futuro era de medo, respeito exagerado. Walewska foi a única que escapou.

O Rio teve o mérito de estudar o adversário ao extremo. Todas as jogadadas estavam marcadas. Os ataques do Vôlei Futuro raramente deixavam de tocar no bloqueio do Rio. Mas fazer 20 pontos é algo raro e não era jogo de um time adulto contra uma equipe juvenil.

Regiane, quem diria, se destacou. Discordo de que Fernanda tenha sido a melhor em quadra, mas justifica-se pela escolha do pseudo-patrão.

No caso do Vôlei Futuro a situação ficou complicada. Vencer no Rio não é impossível, até porque o Rio perdeu em casa para o Sesi e caiu diante de Osasco.

Vencer duas seguidas é difícil acontecer. Talvez o torcedor do Vôlei Futuro não sonhe com a final, especialmente após o vexame em casa. O que a torcida exige e com inteira razão, é que as jogadoras tenham comprometimento e que o treinador escale as melhores. Sendo assim, o time pode ter alguma chance ainda na superliga. Qualidade não falta. O que o time ainda não tem é conjunto e sobrevive na base dos valroes individuais.

O Rio deve ter aprendido a lição. Entrou em quadra de salto alto contra Osasco no útimo jogo do segundo turno, teve soberba, achou que ganharia e perdeu por 3 a 1. Dúvido muito que caia nessa armadilha novamente.