Blog do Bruno Voloch

Arquivo : novembro 2011

Murilo: Quem com ferro fere, com ferro será ferido
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Bruno Voloch

Lamentável a entrevista de Murilo, eleito em 2010 o melhor jogador do mundial, criticando a FIVB, Federação Internacional de vôlei.

Quer dizer enão que a FIVB fez cagada ?

Todas as seleções sabiam do regulamento antes do início da Copa do Mundo. Vitória por 3 a 0 ou 3 a 1, 3 pontos para o vencedor. Vitória por 3 a 2, 2 pontos para o vencedor e 1 para o perdedor.

O regulamento é tão ‘ruim’ que a CBV resolveu copiar para a Superliga. Curioso.

Que culpa tem a FIVB do Brasil ter perdido 2 sets para a China ?

Nenhuma. Por sinal, Rússia, Polônia e Itália não perderam pontos para os chineses.

Que culpa tem a FIVB se o técnico do Brasil resolveu escalar um time repleto de reservas contra a China ?

Nenhuma. Aliás, Murilo, estava em quadra também, diga-se de passagem.

A FIVB é culpada pelas derrotas para Itália, Cuba e Sérvia ?

Não acredito, sinceramente.

Se a Copa do Mundo vai virar um torneio intercontinental não é responsabilidade da FIVB.

Murilo perdeu uma grande chance de ficar calado. A habilidade inquestionável que tem com as mãos, não é a mesma com as palavras. Sinto muito, que decepção.

Acho engraçado.

Prefiro nem citar o tal ‘dia da vergonha’, quando entregamos o jogo para a Bulgária no ano passado no mundial da Itália. Isso ficou para trás, mas evidente que denegriu a imagem de um grupo vencedor.

O que a Argentina fez nesta Copa do Mundo diante do Brasil não foi o mesmo que a Sérvia fez contra Rússia e Itália ?

Exatamente e não vi choradeira do lado europeu.

A Argentina tinha, ou ainda tem, esperança de que o Brasil fique entre os 3 primeiros e se classifique direto para a Olimpíada. Por isso, Weber ‘poupou’ alguns jogadores, entre eles, Conte, estrela do time.

Resultado ?

Brasil 3 a 0.

Murilo não disse nada na época. Nem poderia. Foi uma decisão da Argentina e nos restava vencer por 3 a 0, mesmo que a Itália se sentisse prejudicada.

Pisar na linha de saque duas vezes também é culpa da FIVB ?

Acho que não.

Murilo está inconformado com a série de derrotas e a séria ameaça de não conseguir a classificação.

Uma pena.

Murilo deveria entender que foi pelo caminho errado. Não assumir as responsabilidades pelo fraco rendimento pessoal e da seleção e buscar culpados pela má fase é covardia.

Os grandes jogadores não agem dessa maneira.

Seria muito mais interessante para Murilo, por exemplo, explicar os motivos da discussão com Bernardinho na partida contra a Argentina e se a partir desse jogo o time desandou. Querendo ou não, perdemos tudo depois daquele episódio.

Desse assunto ele não falou, mas poderia ao invés de procurar culpados.

Tem um ditado que diz: Quem com ferro fere, com ferro será ferido.

Podemos estar pagando agora, o que fizemos de errado no passado. Mas só o tempo será mesmo capaz de responder.


Conversas evoluem e Botafogo está perto de anunciar Oswaldo de Oliveira
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Bruno Voloch

O sonho do Botafogo em contratar Paulo Autuori está cada vez mais distante.

Mesmo que a seleção sub-20 do país não se classifique para a Olimpíada de Londres, a federação do Qatar não pretende abrir mão do treinador.

O Botafogo não desiste de Autuori, mas ciente das dificuldades e da necessidade de acertar o quanto antes com um novo técnico, os dirigentes do Botafogo decidiram focar em Oswaldo de Oliveira.

As negociações evoluiram de ontem para hoje e existe a possbilidade do clube anunciar o nome do ex-treinador de Corinthians e Vasco.

O Botafogo deseja que Oswaldo traga no máximo um auxiliar e aproveite os demais profissionais que trabalham atualmente no clube. Oswaldo está analisando a questão.

O tempo de contrato ainda está sendo discutido, mas é provável que Oswaldo, se vier, assine por 12 meses.


Sérvia repete Brasil, faz “jogo sujo”, vinga continente e favorece Itália, Rússia e Polônia
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Bruno Voloch

O Brasil foi alvo de grande polêmica durante o mundial de 2010 na Itália. Na ocasião, Bernardinho escalou um time de reservas e sem levantador para jogar contra a Bulgária. O Brasil pedeu por 3 a 0 e ‘fugiu’ de adversários mais fortes na fase seguinte. A atitude revoltou os italianos

Nessa Copa do Mundo, a vida do Brasil não tem sido fácil.

Além de não ter conseguido mostrar um vôlei de qualidade razoável e ter o trabalho comprometido com as brigas internas, a seleção sofre com o complô europeu na competição.

Como é de conhecimento geral, os 3 primeiros colocados se classificam para a Olimpíada de Londres 2012. Polônia e Rússia, líder e vice-líder da Copa do Mundo, estão praticamente garantidos em Londres.

A Sérvia opotou em poupar a maioria dos titulares após perder nas rodadas iniciais para Argentina, Polônia e Irã. Sem chances de classificação, a Sérvia fez não se esforçou diante de Itália e Rússia e enfrentou o Brasil com a força máxima.

A explicação é simples.

A Itália, que hoje derrotou a Argentina por 3 a 1, tinha possibilidades de assumir a terceira colocação caso o Brasil fosse derrotado. E foi justamente o que aconteceu. A Sérvia derrotou a seleção brasileira e deixou a Itália com 17 pontos.

Na teoria e agora também na prática, significa dizer que 3 europeus podem carimbar o passaporte já na Copa do Mundo para a Olimpíada. Polônia, Rússia e Itália.

Nesse caso, a Sérvia teria caminho livre no pré-olímpíco europeu em maio sem as presenças desses 3 adversários diretos. O campeão do pré-olímpico estará em Londres.

Caso não consiga a vaga no Japão, o Brasil terá que jogar o classificatório sul-americano e encarar a Argentina por uma vaga na Olimpíada.


Caio peita dirigente, encara treinador e deverá ser dispensado do Botafogo
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Bruno Voloch

Caio está com os dias contatos no Botafogo.

Eterna promessa do clube e “filho adotivo” de Joel Santana, o jogador dificilmente permanecerá em General Severiano para 2012.

O atleta seria escalado como titular para o jogo contra o Atlético-MG.

Na véspera da viagem, Caio não gostou da maneira como foi cobrado por Anderson Barros, gerente de futebol, e peitou o dirigente. Mais tarde, encarou Flavio Tênius, técnico interino. Os dois discutiram asperamente e Caio foi desligado da delegação que viajou para Sete Lagoas.

Aos amigos mais íntimos, Caio disse que se sente marginalizado no Botafogo e que o clube não sabe dar valor aos jogadores que são formados no clube. Citou como exemplo o meia Cidinho, xodó do ex-técnico Caio Jr, e que não está sendo mais aproveitado.

Caio afirmou que cansou de ser o culpado por tudo de errado que acontece no clube.

Antes do campeonato brasileiro, Caio esteve para ser emprestado ao Atlético-PR mas as negociações não evoluiram.


Para vencer Cuba, é preciso ter o time completo; levantadores e opostos jogaram abaixo da média
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Bruno Voloch

Aparantemente, os problemas de relacionamento não tiveram influência direta na segunda derrota do Brasil na Copa do Mundo. Mas só o tempo dirá.

O que ficou claro diante do bom time de Cuba, é que para vencer adversários de primeira linha, caso deles, todos precisar estar bem e não foi o caso.

Apesar do início instável, Giba foi disparado o jogador mais regular da seleção brasileira. Atuou com segurança, seriedade e levou a equipe nas costas no quarto set. Murilo sacou bem, foi eficiente no ataque, mas ficou devendo na rede. Cometeu um erro bisonho ao pisar na linha de saque no quinto set dando de graça um ponto para Cuba.

Sidão fez uma ótima partida e Lucão não comprometeu. A distância deles para Gustavo e Rodrigão é cada vez maior.

O drama dos levantadores também atinge o vôlei masculino.

Se no feminino é um sofrimento ver o revezamento entre Dani Lins e Fabíola, entre os homens não é diferente. Quando Cuba virou o jogo e venceu o terceiro set, estava na cara que sobraria para Marlon. Vissoto pagou a conta pelo saque na rede.

Vieram Bruno e Wallace para o jogo. A mudança deu certo muito em função dos cubanos não conhecerem o oposto brasileiro. Bruno fez o básico, arriscou pouco e ouviu atentamente o que Giba determinava em quadra.

No quinto set, Bruno e Wallace, começaram jogando, mas terminaram no banco. Sinal claro de que o time não andou, seja com Marlon e Vissoto ou Bruno e Wallace. Sinal de que falta um bom levantador, o que não é segredo para ninguém.

A linha de passe do Brasil também já viveu dias melhores. Era nítido o desconforto de Serginho com Bernardinho, mas os erros não podem ser atribuidos aos incidentes do jogo contra a Argentina. 

Por falar em erros, o ataque do Brasil errou demais. Curiosamente fizemos mais pontos do que Cuba, mas perdemos o jogo porque também erramos mais que eles.

Cuba ainda é uma incógnita. Tem um time jovem, corajoso e que é capaz de alternar jogos fantásticos com atuações pífias. Contra o Brasil, o time cubano não sentiu o primeiro set ruim e venceu com autoridade.

Hernandez e Leon foram os melhores e Bell virou bolas importantes nos momentos de decisão. O levantador Díaz, mantido em quadra os 5 sets, jogou simples. Díaz foi mais eficiente do que Marlon e Bruno e achou Théo para definir a vitória no tie-break.


Se confirmar vaga na Libertadores, Luxemburgo fará limpa no Flamengo
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Bruno Voloch

Vanderlei Luxemburgo é puro otimismo.

Se na semana passada nem ele estava garantido, para muitos ainda não está, agora Luxemburgo já faz planos para 2012.

Se confirmar a vaga para a Libertadores, para isso basta um empate diante do Vasco, o treinador pretende renovar o elenco do Flamengo.

Pressionado por conselheiros influentes no clube, o técnico deverá dispensar alguns jogadores.

Luxemburgo pretende trabalhar com um grupo mais jovem e ”será obrigado” a valorizar os atletas feitos no clube.

Ronaldo Angelim e Maldonado dificilmente permanecerão na Gávea. Apesar de ter atuado como titular diante do Internacional, o futuro de Rodrigo Alvim é incerto. O que pode segurar o lateral é a amizade com Ronaldinho Gaúcho.

Leonardo Moura, um dos mais antigos no Flamengo, perdeu prestígio com Luxemburgo e a tendência é que Gualhardo assuma a posição.

Embora tenha marcado gols importantes, o atacante Jael não está garantido para 2012. Vander, que veio do Bahia, pode ser devolvido.

Thomas está em alta com a comissão técnica e é tido como exemplo no Ninho do Urubu. Negueba será trabalhado, mas Diego Maurício não entusiasmou Luxemburgo e deve virar moeda de troca.


Com dica de Juninho, Vasco se supera novamente; campeonato merece ser decidido na última rodada
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Bruno Voloch

Desgastado fisicamente pelo fato de estar disputando duas competições simultaneamente, o Vasco foi heróico diante do Fluminense.

Ganhou na disposição, na marra e na superação.

O Vasco segue firme na luta pelo título até a última rodada.

Chega para enfrentar o Flamengo com os desfalques de Juninho e Diego Souza.

Mas qual é problema ?

Parece que o Vasco se supera justamente nessas horas.

O Vasco é unido e não existe vaidade.

Juninho deixou o campo, sentou no banco e incentivou o time. Uma atitude exemplar e pra lá de profissional. 

Mas o experiente meia vascaíno fez mais. Ajudou o técnico Cristóvão e orientou o treinador.

‘Tira o Felipe e coloca o Alecssandro’.

Dito e feito.

Alecssandro fez um dos gols do Vasco, o primeiro, e Bernardo, que entrara na vaga de Élton, decidiu o clássico.

O Vasco viaja no meio da semana para o Chile e disputa a partida de volta da semifinal da Copa Sul-Americana.

O Vasco não para. Ninguém para o Vasco.


Murilo foi o pivô da revolta de Serginho contra Bernardinho
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Bruno Voloch

Era para ser tempo técnico absolutamente normal.

O Brasil vencia uma Argentina desinteressada no jogo e estava perto de fazer 2 a 0. A vitória da seleção brasileira, deixaria o Brasil ainda entre os 3 primeiros e a Argentina ‘livre’ da seleção masculina no pré-olímpico da América do Sul.

Eis que Bernardinho, exigente como de hábito, chama atenção de Murilo já no fim do tempo técnico e os jogadores próximos da quadra. 

O atacante não aceitou a maneira como foi tratado por Bernardinho, retrucou, mas recolheu em seguida. Era a senha que Serginho precisava. 

Inconformado, o líbero comprou a briga do companheiro de time e seleção e encarou Bernardinho.

Exaltado, Serginho mandou Bernardinho para o c … e tomar no … 

Nervoso, disse que se fosse o caso entrasse em quadra e fizesse melhor. Nem Giba foi capaz de segurar Serginho.

O mais estranho é que Murilo, um dos queridinhos do grupo, não tenha capacidade e personalidade para se defender. Murilo já mostrou todo seu talento, indiscutível, diga-se de passagem, mas deixa a desejar em alguns aspectos.

De nada adianta se expressar via Twitter e colocar fotos insinuando que a mídia cria crise onde não existe, se as atitudes em quadra, como verdadeiro líder que deveria ser, não acontecem com a naturalidade exigida para quem já foi eleito o melhor do mundo.

O Brasil pode e tem potencial para ser campeão da Copa do Mundo.

Ganhando o título ou conquistando uma das vagas para a Olimpíada de Londres em 2012, o discurso deve ser aquele ensaiado.

‘Tudo não passou de um grande mal entendido e que acontece nas melhores familias. Serviu para a gente se unir ainda mais’. O teatro já aconteceu algumas vezes no passado.

O que é nítido e só não enxerga quem não quer ou não pode por questões políticas, é que está cada vez mais desgastada a relação de Bernardinho com alguns jogadores.

Não se trata de responsabilizar ninguém. O tempo e a convivência se encarregaram disso.


Discussão entre Serginho e Bernardinho é normal “entre aspas”
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Bruno Voloch

Vamos com calma.

Nenhum jornalista defende mais a presença de Serginho na seleção brasileira do que eu. Acho Serginho insuperável no que faz e muito superior aos líberos em atividades no vôlei brasileiro. Segue sendo imprescindível ao time.

O que Serginho não pode fazer é subestimar a inteligência das pessoas.

Dizer que a discussão ou o bate-boca entre ele e Bernardinho foi normal é demais, convenhamos.

Aliás, discussão não, o que se viu foi uma enquadrada do líbero no treinador. Ponto.

O Brasil poderia não estar fazendo um bom jogo, de fato não estava, mas vencia com tranquilidade a Argentina por 1 a 0 e caminhava para abrir 2 a 0 na partida.

A reação de Serginho no tempo técnico efetivamente não foi normal. A postura do líbero da seleção foi surpreendente e inesperada, típica de quem resolveu ‘chutar o pau da barraca’. 

É evidente que a revolta de Serginho também era por conta da partida ruim da seleção contra a China e os dois sets perdidos. O comportamento em quadra contra os argentinos não estava agradando ao líbero da seleção e Serginho ‘explodiu’.

Os companheiros ouviram calados e atônitos. Sobrou até para Bernardinho que ‘perdeu o cargo momentaneamente’. De comandandante, passou a comandado. Incrível. Serginho ficou cego por segundos e mandou Bernardinho tomar …

Que coisa.

Giba ainda tentou segurar o companheiro, mas não conseguiu.

Serginho tinha alvo fixo e despejou toda sua ira em Bernardinho. O técnico, sem reação e pasmo, ouviu tudo calado e se recolheu até o fim da partida.

Não tem essa de dizer que ‘Bernardinho me conhece’ ou vice-versa. Não.

Se Serginho tem razão nas reclamações é uma outra discussão. O que houve, foi um grande falta de respeito com o ‘chefe’ em público e diante das câmeras.

Os acontecimentos ocorridos em Hamamatsu não foram normais, e podem, tomara que não, ter consequências diretas no relacionamento dos dois daqui em diante. Isso se a história ficar restrita aos envolvidos, o que acho difícil.


Indicação de Andrés Sanchez, na reta final do brasileiro, causa indignação no Vasco
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Bruno Voloch

Às vésperas da decisão do campeonato brasileiro, a CBF decidiu oficializar o nome de Andrés Sanchez, atual presidente do Corinthians, como novo diretor de futebol.

Como se sabe, Corinthians, Vasco e Fluminense, esse com chances remotas, brigam pelo título.

O sentimento no Vasco é de indignação.

Nada contra Andrés Sanchez, mas para a diretoria do Vasco, faltou bom senso e jogo de cintura da CBF, leia-se, Ricardo Teixeira.

Para o Vasco, não faria diferença alguma, até porque a escolha já tinha sido feita, anunciar o nome de Sanchez em duas semanas, ou seja, no fim do campeonato.

O clube carioca teme que a indicação de Sanchez possa criar um ‘desconforto’ nas duas últimas rodadas pela ‘infeliz’ coincidência.

Não é a primeira vez que  Corinthians e Vasco se desentendem.

Em novembro, Andrés Sanchez não gostou e rebateu declarações de Rodrigo Caetano, diretor do Vasco. Na ocasião, Caetano disse ser ‘estranha’ a decisão de realizar a festa de encerramento do campeonato em São Paulo.