Blog do Bruno Voloch

Arquivo : agosto 2014

Espetacular
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Bruno Voloch

Varsóvia.

Difícil, muito difícil encontrar adjetivos para falar do evento que marcou a abertura do campeonato mundial masculino.

Organização perfeita do início ao fim.

Dentro e fora de quadra.

Sem exageros. Um autêntico show.

Público entusiasmado, participativo e que comprou a ideia de apoiar a seleção nacional.

Desde as primeiras horas do dia o que se via pelas ruas da cidade, eram torcedores desfilando com as camisas da Polônia.

Detalhe.

Nada de futebol.

Camisas de vôlei e com o nome dos jogadores estampado nas costas, algo que sinceramente jamais vi e pensei que pudesse presenciar.

A FIVB, Federação Internacional de Vôlei apostou no lugar certo.

Polônia.

Ary Graça inovou e foi corajoso.

Aqui o vôlei é respeitado e o esporte número 1 do país.

Evento organizado com maestria, sem deixar passar nenhum detalhe e contou com a presença do presidente do país Bronislaw Komoowsky.

Segurança reforçada e convidados ilustres como vários ex-jogadores que brilharam no cenário mundial.

Fico imaginando se a Polônia tivesse tivesse time para ser campeã do mundo. Hoje não tem, mas sabe-se lá o que pode acontecer se a equipe for carregada nas costas pela torcida.

O jogo, resultado dentro de quadra, acabou sendo secundário na abertura. Um 3 a 0 rápido e que mostrou uma Sérvia fragilizada e absolutamente assustada com o apoio dos mais de 60 mil fanáticos poloneses.

O 30 de agosto de 2014 jamais será esquecido e ficará marcado para sempre na história do vôlei mundial.

 

 

 


Regla Torres e Tatyana Gracheva
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Bruno Voloch

A noite foi longa em Varsóvia.

Hospedado no Regent Warsaw Hotel, encontro com a cubana Regla Torres e a russa Tatyana Gracheva.

Papo para mais de 3 horas no restaurante.

Regla, 39 anos, Tatyana fez 41.

O currículo da cubana é muito mais vitorioso com 3 ouros olímpicos e 2 mundiais.

Tatyana era conhecida mais pela beleza do que pelo jogo efetivamente. Esteve em Atlanta 1996 e foi levantadora da Rússia na olimpíada de Sidney em 2000. Saiu com a prata.

Não perdeu a pompa e muito menos o charme. Simpática, sentou-se na mesa quando Regla e eu já tínhamos gastado a saliva,

Falamos dos bons tempos. Muitas histórias.

Regla preocupada com o modelo de Cuba atual. Até ano passado, atuava como assistente do time feminino adulto.

Descontente, optou por abandonar o processo e cuidar da família. Sonha engravidar.

Tatyana era só sorrisos.

Sorriso e confiança no título mundial masculino e certeza de que o feminino será tri na Itália.

Segundo ela, o retorno de Gamova é fundamental ao time. Curiosamente, disse que Sokolova é importante ‘apenas no passe’ e que a postura da equipe na Itália será outra. Garantiu que o Grand Prix ficou em segundo plano.

Kosheleva, ainda segundo Tatyana, cresce muito quando joga ao lado de Gamova.

Um post somente não seria o suficiente para contar detalhadamente o que foi conversado.

Regla Torres, disse entre outras coisas, que Bernardinho xingava suas companheiras durante os jogos quando ainda dirigia a seleção feminina e que a relação com as brasileiras era boa até o título mundial conquistado em São Paulo em 1994.

Depois a coisa desandou …

 

 

 


Ausência justificável
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Bruno Voloch

Varsóvia, Polônia.

Os dois dias sem postagens são justificáveis.

Acabo de chegar a Varsóvia para assistir a abertura do mundial masculino como convidado da FIVB, Federação Internacional de Vôlei.

Viagem boa, com passagem por Paris até o desembarque na capital polonesa.

Entre as andanças pelo mundo afora nesses mais de 25 anos de carreira com 5 Copas do Mundos e 5 Olimpíadas nas costas, é a primeira vez que visito Varsóvia.

Cidade elegante, povo muito receptivo e orgulhoso de receber a competição em 2014.

Será, não tenho dúvida, um evento espetacular logo mais no Estádio  Nacional de Varsóvia onde vão se enfrentar Polônia e Sérvia.

6o mil fanáticos torcedores estarão presentes.

Os ingressos estão todos vendidos, segundo as autoridades daqui da Polônia, desde a última terça-feira.

Desde 1984, ou seja, 30 anos, que uma partida da modalidade não acontecia em um estádio de futebol.

Imperdível.

Lisonjeado em poder fazer parte dessa história.


Perigo à vista
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Bruno Voloch

Além de Ekaterina Gamova, a Rússia terá Sokolova no campeonato mundial a Itália em setembro.

O técnico da seleção russa, Yury Marichev, anunciou a lista com o nome das 21 jogadoras inscritas.

A relação conta com 3 líberos:  Svetlana Kryuchkova, Anna Malova e Ekaterina Chernova.

As levantadoras Ekaterina Kosianenko, Evgeniya Startseva e Anna Matienko.

Irina Zaryazhko, Irina Fetisova, Yuliya Podskalnaya, Anastasia Shlyakhovaya, Yulia Morozova e Regina Moroz são as centrais.

As opostas Ekaterina Gamova, Nataliya Goncharova e Natalia Malykh e as ponteiras Tatiana Kosheleva, Alexandra Pasynkova, Yana Shcherban, Anastasia Bavykina, Lioubov Sokolova e Iuliia Kutiukova.

7 jogadoras serão cortadas.


Rotina de sempre
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Bruno Voloch

Entra ano, sai ano, nada muda no Sesi.

Já na primeira disputa de título da temporada, o time amargou, pra variar, um novo vice-campeonato.

Na decisão da Copa São Paulo, o Pinheiros acabou vencendo o Sesi por 3 a 1, parciais de 25/20, 25/19, 18/25 e 25/16.

O Pinheiros tem orçamento infinitamente inferior ao adversário.

As experientes Renatinha, Cibele e Fê Isis, e as promissoras Macris e Ellen são os destaques. Rosamaria, ex-Campinas, é outra.

O Sesi não contou com Fabiana e Talmo de Oliveira usou Claudinha, Dayse, Pri Daroit, Mari Cassemiro, Bia, Bárbara e Suellen.

Não deu.

Vice de novo.


Escolha coerente
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Bruno Voloch

A FIVB, Federação Internacional de Vôlei, através do presidente Ary Graça, anunciou oficialmente que o Japão será sede do campeonato mundial feminino em 2018.

É uma tradição que se repete desde o fim dos anos 90.

Embora viva um jejum de 40 anos sem conquistar o título, o Japão é mestre em receber eventos desse nível.

A Copa do Mundo e a Copa dos Campeões são torneios tradicionalmente disputados no país.

Não existem falhas, a organização é perfeita e tudo, dentro e fora de quadra, funciona 100%.

Em 2014 o Japão sediou as finais do Grand Prix.

Os Estados Unidos, pela primeira vez, vão ser palco da fase final em 2015.


E Jaque tinha razão
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Bruno Voloch

A nova ‘era’ da CBV se supera a dia.

A debandada de jogadoras para o exterior não para.

Campeã olímpica, Fernandinha vai voltar a jogar na Itália. A levantadora acertou contrato com o modesto Pavia que disputa a série A2.

Fernandinha jogou a última superliga pelo extinto Barueri e ainda passou por Campinas, na época dirigido por José Roberto Guimarães, quando voltou do Azerbaijão

Aos 34 anos, a jogadora atuará a sexta temporada em solo italiano.


Fabíola novamente
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Bruno Voloch

A presença de Fabíola no mundial da Itália era dada como certa durante o Grand Prix.

Isso até a partida contra a China quando a levantadora e o técnico José Roberto Guimarães se desentenderam ainda no aquecimento por questões técnicas e de movimento.

Como castigo, Fabíola não entrou em quadra.

Triste e inconformada, a jogadora comentou com as companheiras que iria deixar o grupo assim que o time voltasse ao Brasil.

Após ouvir que ‘não faria falta e que iria só com Dani’, Fabíola estava com a decisão tomada.

José Roberto Guimarães porém reconheceu o erro, se desculpou com a levantadora dias depois e passou a contar com a jogadora normalmente na inversão.

O clima ficou menos pesado e mais ameno.

Se Fabíola de fato engoliu o episódio, apenas o tempo poderá responder e a curto prazo, até porque a seleção já na semana que vem voltará a treinar em Saquarema.

Hoje contar ‘só com Dani’ seria complicado para Zé Roberto.

Ana Tiemi não está 100% recuperada da contusão e quase não atuou desde a primeira convocação ainda para a Montreux Volley Masters.

Fabíola sabe que não é titular.

A jogadora porém é muito querida entre as companheiras que ‘compraram o barulho’ no episódio com o treinador.

O grupo, assim como em Londres, teve problemas internos no Japão, mas superou as adversidades e deu a volta por cima dentro da competição.

 

 

 

 

 


Vale quanto pesa ?
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Bruno Voloch

Yuko Sano, do Japão, foi eleita a MVP do Grand Prix.

Honestamente, acho Sano uma ótima líbero, defende melhor do que passa, mas não vi bola para ser escolhida a melhor jogadora da competição.

A boa performance do Japão nas finais, aliado ao fato do país sediar o evento, não tenho dúvidas de que pesaram na escolha.

No caso das ponteiras idem.

Poderia aqui citar várias que se destacaram mais que Liu, da China, e Nagoaka, do Japão. Nesse caso porém a escolha foi baseada nos números, mas deixar Kosheleva e Jaqueline de fora é uma afronta.

Fabiana e Fetisova, da Rússia, foram as escolhidas como centrais. A ausência de Thaísa também é injustificável especialmente pelo desempenho no ataque, nem tanto na rede como bloqueadora.

Sheilla se garantiu como melhor oposta por causa do ótimo jogo na final. Como o Brasil acabou sendo campeão, junta-se o útil ao agradável.

A jogadora brasileira jogou contra o Japão tudo que ainda não havia mostrado no Grand Prix. E logo na decisão.

Dani Lins faturou o prêmio de melhor levantadora.

É brasileira, foi regular, mas não seria nada se o troféu acabasse nas mãos da turca  Aydemir.

 

 

 

 

 

 


Sheilla dá as caras na decisão
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Bruno Voloch

Freguês de caderno, não seria o Japão obstáculo para o Brasil na final do Grand Prix.

Dito e feito.

Dono da melhor campanha na competição, a seleção brasileira confirmou o favoritismo e venceu as japonesas exatamente como se esperava: 3 a 0.

Foi um Brasil à moda antiga com Sheilla inspirada e chamando a responsabilidade na hora decisiva. Maior pontuadora, melhor em quadra e aparecendo em todos os fundamentos.

O Japão, sem tirar os méritos, foi muito além do que se esperava.

É o caso típico de prata com sabor de ouro.

Errou muito em 3 sets, quase 30, e resistiu um pouco mais apenas no terceiro set (27/25) quando as jogadoras brasileiras brigavam também contra a ansiedade natural pelo fim do jogo.

A conquista do Brasil foi merecida e indiscutível sob todos os aspectos, especialmente pelos números absolutamente incontestáveis com uma única derrota em 14 jogos.

Os adversários não passaram nem perto. O resultado negativo diante da Turquia foi obra do acaso.

O fato do Grand Prix não ter sido prioridade para nenhuma das seleções que disputaram, vide o caso da China que atuou com várias reservas, não desmerece em tese o feito da seleção.

Enfrentamos duas vezes a Rússia, sem Gamova e Sokolova, superamos por duas oportunidades os Estados Unidos e a China, e vencemos a Itália, seleção que é 8 ou 80.

O Grand Prix confirmou especialmente a recuperação de Jaqueline, jogadora fundamental no esquema tático de Zé Roberto.

O Grand Prix mostrou que nossas centrais podem fazer a diferença.

O Grand Prix disse ainda que sem passe, o Brasil figa desfigurado, se nivela as demais seleções, perdendo seu referencial.

O décimo título dá moral e confiança a pouco mais de 1 mês do mundial da Itália, objetivo principal de todas as seleções do mundo em 2014.

Vencer é sempre importante.

É preciso porém ter cautela e deixar a euforia demasiada de lado quando o Grand Prix é jogado em ano de campeonato mundial.