Blog do Bruno Voloch

Arquivo : junho 2012

Porto Rico não serve como parâmetro; China será um ótimo teste para a seleção feminina
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Bruno Voloch

A seleção não precisou se esforçar muito para vencer Porto Rico.

O Brasil fez 3 a 0 com muita facilidade.

O técnico, José Roberto Guimarães, fez o certo e manteve a base do time titular, exceção feita na posição de líbero. Como o adversário não oferecia perigo, Fabi atuou na vaga de Camila Brait. 

Dani Lins reapareceu em algumas passagens. Mas se o treinador deseja mesmo dar igualdade de condições as levantadoras, Dani deveria jogar mais. Ninguém pode analisar o desempenho de uma atleta diante de Porto Rico.  

Mari poderia ter sido mais utilizada. O jogo serviu de coletivo apronto para a partida contra China.

Esse sim, será um teste de verdade para a seleção.


Cuba jamais será adversário fácil, mas seleção continua devendo e sem regularidade
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Bruno Voloch

Novo sufoco. Novamente 3 a 2.

E assim segue a caminhada da seleção no Grand Prix. Campanha muito irregular e que até agora não convence.

Não dava para esperar facilidade diante das cubanas. Apesar de não estar classificada para a olimpíada, Cuba tem grande tradição e adora jogar contra o Brasil.

Fora isso, Cuba atua sem responsabilidade, faz boa campanha no Grand Prix e está na frente do Brasil na classificação.

Camila Brait enfim começou como titular. A líbero teve boa atuação, mostrou segurança e foi bastante exigida. Vale ressaltar que Santos estava inspiradíssima e fez estragos na recepção da seleção. José Roberto Guimarães deve insistir com Camila.

A seleção foi inconstante. Alterna bons momentos, com passagens de grande instabilidade. Já era tempo da seleção estar mais segura em quadra e menos instável.

Jaqueline finalmente apareceu e rendeu o que dela a gente espera. Fernanda Garay ficou pouco tempo em quadra. Sheilla foi a melhor e insuperável no saque.

Fabiana evoluiu e fez pontos importantes de bloqueio. Fabíola a mesmice de sempre.

Cuba errou demais como de hábito e fez um quinto set horroroso.

No geral, a seleção segue devendo.

 

 


Roger, ex-Cruzeiro, pode ser contratado pelo Botafogo; Sport corre por fora
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Bruno Voloch

O meia Roger, que recentemente rescindiu contrato com o Cruzeiro, pode desembarcar em General Severiano.

Enquanto aguarda pela resposta de Seedorf, o Botafogo dá como certa a saída de Maicosuel para a Udinese da Itália. Os dirigentes podem se encontrar com os representantes de Roger na próxima semana.

Roger está com 33 anos e deseja jogar novamente no Rio de Janeiro. O atleta tem passagens por Fluminense e Flamengo.

A comissão técnica do Botafogo está sendo consultada. Contra Roger, pesa o fato do jogador ter se contundido com frequência nas últimas temporadas. Roger porém é experiente, canhoto e pode ser uma boa opçcão para compor o elenco.

Não é a primeira vez que Roger é sondado pelo Botafogo. O namoro é antigo e no fim do mês passado as partes chegaram a conversar.

O Sport Recife também tem interesse em contar com Roger.

 


Flamengo e Palmeiras se interessam por Loco Abreu; Botafogo deve quase 2 meses de salários
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Bruno Voloch

O Flamengo desconversa. Diz que respeita o rival e que não pode falar abertamente de um jogador que ainda pertence ao Botafogo.

O nome de Loco Abreu entretanto agrada ao gerente de futebol, Zinho.

No Palmeiras o momento é de concentração na semifinal da Copa do Brasil diante do Grêmio.

Nos bastidores porém comenta-se a decisão de Loco de deixar o Botafogo. Ter o camisa 13 é um antigo desejo de Felipão.

O Botafogo não abre mão da multa de R$ 9 milhões.

Ver o jogador vestindo a camisa do Flamengo não agrada totalmente a diretoria do clube. O problema é que se Loco Abreu, mesmo através do futuro clube, pagar a multa estipulada, o Botafogo não poderá evitar uma possível transferência.

O assunto é tratado com cautela.

O Botafogo deve quase dois meses de salários e precisa fazer caixa.

A saída de Herrera é considerada certa e os R$ 6 milhões ajudariam pata quitar boa parte dos vencimentos.


Jogadores do Botafogo reprovam atitude e pressão de Loco Abreu; uruguaio está sem ambiente no elenco
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Bruno Voloch

Loco Abreu perdeu.

O Botafogo abre mão de contar com o jogador.

O uruguaio não é mais unanimidade no clube.

Sem espaço, Loco tentou, sem sucesso, pressionar a comissão técnica para voltar a ser titular.

Joel Santana e Caio Jr não suportaram e cederam. Oswaldo não.

O presidente do Botafogo, Maurício Assumpção, apoiou a decisão do treinador.

Loco chegou a argumentar que no passado recente recusou propostas de Corinthians e Palmeiras em nome do ‘carinho’ pelo Botafogo. O discurso não sensibilizou os dirigentes.

No Botafogo, embora as declarações sejam de paz, ninguém engoliu o fato de Loco pedir para ficar de fora do jogo contra o Internacional. Na ocasião, o jogador alegou ‘problemas particulares’ para não viajar.

No elenco, a decisão de Loco Abreu também não foi bem recebida. Os jogadores consideraram a atitude como um desrespeito do atleta perante aos demais profissionais e hoje titulares do time.

O ambiente é ruim e a saída de Loco Abreu não será tão sentida como se imagina. 

Caso não consiga deixar o Botafogo, Loco será obrigado a cumprir o contrato até 2014.


Vôlei feminino segue debandada e Joycinha é mais uma jogadora que deixa o país
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Bruno Voloch

Depois de Mari e Paula Pequeno, o vôlei brasileiro perdeu mais uma jogadora para o exterior.

Joycinha, ex-Vôlei Futuro, fechou contrato com o Fakel Novy, da Rússia. A jogadora faz parte da seleção B e chegou a ser utilizada por José Roberto Guimarães na seleção principal.

Joycinha fica na Rússia até maio de 2013.

Fofinha, que estava atundo no Japão, será companheira de Joycinha no Fakel.

Ana Maria Gosling é outra que vai para a europa. A levantadora está se transferindo para o Venelles Volley Ball, da França.

O São Caetano perdeu a experiente, Flávia Assis. A central, que rodou o Brasil inteiro, irá atuar pelo Prostejov, da República Tcheca.


Botafogo já foi Robin Hood, vira bipolar e medalhões perdem espaço
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Bruno Voloch

Não existe time mais bipolar no Brasil.

Melhor ataque e pior defesa do campeonato. Como pode ?

Sim, no Botafogo pode.

Até apelidado de Robin Hood já foi. Tirava dos grandes e dava aos pequenos. Isso recentemente.

Eis que o Botafogo vai ao Beira-Rio e vence o Internacional. Como pode ?

Sim, no Botafogo pode.

O mais otimista torcedor botafoguense não esperava derrotar os gaúchos dentro de casa. Aconteceu.

O empate seria bem-vindo, ainda mais depois de sair perdendo por 1 a 0.

Oswaldo de Oliveira manteve sua linha de raciocínio. Elkeson e Maicosuel barrados e no banco de reservas. Com o placar adverso, não seriam eles que iriam resolver o problema, até porque deixaram o time por deficiência técnica.

O Botafogo fez ótimos 15 minutos no primeiro tempo. Depois, caiu de produção, deu campo ao Inter e sofreu o gol. Nova derrota à vista, a terceira seguida, pressão e crise.

O cenário era esse.

Mas tudo é diferente quando se trata de Botafogo.

O time voltou o mesmo para a segunda etapa. A diferença foi que a equipe soube manter o ritmo durante os 45 minutos finais. Outro detalhe importante e que não poderia deixar de ser citado: Fellype Gabriel.

Taticamente o Botafogo cresce com a presença dele em campo. Fellype ajuda na marcação, tem um bom passe, é rápido e normalmente se coloca muito bem. É titular com sobras no Botafogo.

O Botafogo é tão imprevisível que me arrisco a dizer que dificilmente será igualado. Me refiro especificamente as vitórias fora de casa contra Coritba e Internacional. Não sei se algum outro time conseguirá tamanha façanha no campeonato.

O Botafogo está atrás de regularidade.

Esse Botafogo é mesmo muito estranho. Andrezinho deixou para fazer seu primeiro gol com a camisa do clube justamente em cima do ex-time e no Beira-Rio. Incrível.

E assim o Botafogo vai se mantendo entre os 4 primeiros.

O time está muito distante do ideal, mas Oswaldo de Oliveira tem se mostrado coerente. É um grande avanço se levarmos em conta a passagem trágica de Caio Jr.

Mas o time ainda não é confiável, o torcedor sabe disso. Aquele que pensa o contrário, está se enganando.

A zaga é frágil, o meio-campo pouco criativo e o ataque sem força. O esquema com apenas 1 atacante sobrevive com Herrera.

Oswaldo é político, faz elogios e diz que Loco Abreu é imporante para o elenco. Oswaldo está certo e não pode ou não deve entrar em conflito com Loco Abreu, ídolo de uma torcida carente, mas consciente da queda do camisa 13.

Loco é hoje fundamental fora de campo. O Botafogo pode faturar em cima da imagem de Loco e vice-versa. Dentro das 4 linhas, o uruguaio está devendo e não passa de mais uma opção ao lado de Elkeson e Maicosuel.

E assim caminha o Botafogo, teoricamente favorito contra a Ponte Preta no fim de semana.

 

 


Ricardinho fica devendo, não emplaca e seleção alcança marca negativa na era Bernardinho
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Bruno Voloch

Termina a participação da seleção masculina na primeira fase da Liga Mundial.

Pela primeira vez na era Bernardinho, o Brasil fica fora da zona de classificação e vai depender de outros resultados para disputar a fase final da competição na Bulgária. Lamentável.

Os resultados são bem preocupantes. Perder para a Polônia 3 vezes é anormal, embora a gente tenha que reconhecer a evolução do adversário desde a chegada do competente, Andrea Anastasi.

Fazer jogo duro com o Canadá é inaceitável, ainda mais se levarmos em conta que faltam 40 dias para os jogos olímpicos.

Bernardinho ensaia mudança no discurso e admite se focar em Londres. É uma alternativa interessante e sem dúvida iria desviar as atenções.

O curioso nessa história é que a seleção alcança essa marca negativa justamente quando trouxe de volta Ricardinho. O levantador era unanimidade, mas não decolou. Ricardinho está fora de forma física e técnica. O jogador não fez nenhuma partida que nos deixasse otimista em relação ao futuro.

Tudo bem que Ricardinho estava afastado do cenário internacioanal e que iria precisar de tempo para se entrosar. Os meses se passaram e ele não fez a diferença como era de se esperar.

É bom lembrar que o Brasil pode se classificar para as finais, ser até campeão e Ricardinho acabar sendo fundamental na conquista. Pode, mas é improvável. Dependendo dos demais resultados, não acho tão complicado a seleção chegar para jogar a fase final na Bulgária. Vencer a liga é outra questão e ter Ricardinho como diferencial, mas difícil ainda.

Os problemas e questionamentos não param por aí.

Wallace foi sem dúvida o melhor jogador do Brasil na competição. Embora tenha sentido a pressão diante da Polônia no domingo passado, o jogador do Cruzeiro aproveitou as chances que teve e aprovou inteiramente. O que não pode é jogar toda a responsabilidade em cima de um jogador que só viu a olimpíada pela televisão.

Mas temos pouco para comemorar. Sem Ricardinho, Bruno será a alternativa. Trata-se de um jogador corajoso e inseguro. Bruno não está pronto, mas terá que estar preparado na marra. Ricardinho, quem diria, será banco. Qualquer outra decisão da comissão técnica será surpresa e prejudicará o time.

Sidão e Lucão tomaram conta do meio e são os centrais titulares. Como Éder não faz parte da panela, Rodrigão, o senador, estará em Londres. Pena.

Dante está longe das condições físicas ideais. Em forma, é imbatível na ponta. Dante dá sinais de que chegará em Londres sem estar 100%. O mesmo se pode dizer de Giba. Mas Giba é figura querida entre todos, jogador experiente e fundamental fora de quadra no aspecto emocional. Dificilmente chegará inteiro em Londres.

Nesse caso já serão dois ponteiros sem o condicionamento exigido para uma competição desse nível. Perigo.

Bernardinho não teria peito de deixá-los de fora. Nunca.

Murilo está devendo e nem parece aquele atleta eleito o melhor do mundo em 2010. Murilo, até provem o contrário, pode se recuperar. É uma das poucas esperanças.

Thiago Alves seria uma pedida interessante. Jogador maduro, de bom fundo de quadra, saque e corajoso. João Paulo perdeu espaço e hoje seria zebra.

Vissoto e Théo estão vivos como opostos. Théo, pelo fato de jogar no Rio de Janeiro e ter padrinhos na seleção, leva vantagem, isso se Bernardinho tiver mesmo coragem de bancar a convocação de Wallace.

Serginho é outro que não me agradou. Parece lento em algumas bolas e bem diferente daquele líbero que o mundo consagrou.

Definitivamente não é hora para testes. Não dá mais tempo.

Não dá para falar em crise, seria um exagero. Mas aquele time temido por todos os adversários, considerado invencível e que amedrontava as demais seleções, não existe mais. Acabou. Seria ilusão pensar diferente.

A tradição não vamos perder jamais e é nela que temos que nos agarrar. Foi o que restou.


Resultado previsível da seleção feminina; derrota contra os EUA expõe deficiências conhecidas
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Bruno Voloch

Não dá para fazer um drama na derrota da seleção brasileira para os Estados Unidos.

As norte-americanas eram as favoritas e confirmaram essa condição em quadra, na bola. Hoje formam o melhor time do mundo.

Pelo desempenho do Brasil diante de Alemanha e Itália, já era de se prever que dificilmente ganharíamos dos Estados Unidos.

Thaísa fez uma grande partida e foi o nome da seleção. Mas não dá para vencer uma seleção como a dos Estados Unidos sem a participação das ponteiras e da oposta.

Sheilla, Paula e Jaqueline, essa especialmente, não renderam no ataque o que estamos acostumados. Sheilla nao fez um bom jogo e foi bem sustituída por Mari.

Aliás, Mari esteve menos tempo em quadra, mas pontuou tanto quanto Sheilla e Jaqueline.

Fabíola é aquilo de sempre contra as grandes seleções. Não dá para esperar grandes coisas. É instável, insegura e sem precisão. Fernandinha entrou muito bem e agradou. Tomara que possa ter mais oportunidades.

A idéia de Zé Roberto em usar duas líberos mostrou o que todos já sabiam: Camila hoje é superior a veterana Fabi. Camila foi mais regular, enquanto Fabi não foi 100% no passe. Só não enxerga quem não quer.

Outra muito distante do ideal é Fabiana. A capitã da seleção foi para o banco e sentou para Adenízia. Repito. É questão de tempo Adenízia assumir a condição de titular. Se o vôlei é momento, devem jogar Camila e Adenízia. Simples.

Zé Roberto deve aproveitar o restante da competição para seguir testando alguma jogadoras e o sistema de jogo. Erramos muitos contra-ataques e estamos sem força no ataque.

Os Estados Unidos são muito fortes e candidatos ao ouro no Grand Prix e na Olimpíada.

A base é ótima, o time é extremamente disciplinado taticamente e tem poucos pontos fracos.

Entre as titulares, ninguém jogou mais bola do que Jordan Larson.


Andrea Anastasi vence duelo tático com Bernardinho; Polônia perde o medo do Brasil
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Bruno Voloch

Dessa vez foi para valer, assim como na semana passada em São Paulo.

Agora porém, deu Polônia.

Após dois jogos treinos contra Canadá e Finlândia, o Brasil enfim foi exigido e testado.

Diante da Polônia, perdemos novamente.

Bernardinho escalou o que tinha de melhor com Bruno, Wallace, Sidão e Lucão e Murilo e Thiago Alves. Giba não podia mesmo participar do jogo.

Tivemos o primeiro set nas mãos. Serginho teve razão ao reclamar no pedido de tempo. Num jogo de alto nível, não dá para errar certas bolas. Bernardinho optou pela inversão e a seleção perdeu o set. Acontece, mas o treinador fez a opção errada.

O jogo mostrou que ainda sofremos com nossos levantadores. Ricardinho se contentou com o banco e entrou mal nas inversões. Foi assim em todo o jogo, especialmente no primeiro e quarto sets. Tomara que não perca a motivação pela condição de reserva.

Bruno foi impreciso, abusou da repetição de levantamentos e insistiu com a ‘tal’ bola de segunda, que efetivamente não cai mais. Parecia incomodado com tamanha responsabilidade. Não foi bem.

Murilo fez novamente um jogo abaixo da média. Cometeu falhas decisivas na recepção e no saque.

Bernardinho acertou ao colocar Vissoto. Rodrigão não mudou em nada nossa maneira de jogar. Lucão não pode nunca ser banco.

Vissoto foi nosso maior pontuador e uma surpresa muito agradável. Parece recuperado fisicamente e merece mais oportunidade. 

E a Polônia ?

Os brasileiros podem não gostar de Andrea Anastasi, treinador. Mas ele foi o responsável direto pela vitória.

Ganhou o duelo tático com Bernardinho.

A entrada de Zaggumy, levantador reserva, mudou a cara do time. Anastasi foi carajoso.

Jarosz substituiu bem Bartman no segundo set.

Os destaques porém foram Winiarski e Kurek. Os dois ‘mataram’ a seleção e quase não erraram. São muito regulares e não fogem da responsabilidade.

A Polônia ganhou merecidamente e ficou com o primeiro lugar do grupo. Em 4 jogos com o Brasil, venceu 3, ou seja, indiscutível a ascensão dos poloneses. Eles de fato perderam o medo de jogar com o Brasil e o mais perigoso é que acostumaram a nos vencer.