Blog do Bruno Voloch

Arquivo : janeiro 2013

Prata em Londres, vôlei masculino lidera ranking mundial; Ouro na Olimpíada, feminino continua atrás dos EUA
Comentários Comente

Bruno Voloch

A FIVB, Federação Internacional de Vôlei, divulgou o ranking das melhores seleções do mundo.

Os números são atualizados com a data de 23 de janeiro.

No feminino, mesmo tendo conquistado o bicampeonato olímpico, a seleção brasileira continua atrás dos Estados Unidos. As norte-americanas, finalistas em Londres, somam 330 pontos, contra 315 do Brasil, de José Roberto Guimarães.

Japão, Itália, China e Rússia mantiveram suas posições.

A Turquia é sétima com 148 pontos.

A novidade ficou por conta da Alemanha que saiu do décimo para o oitavo lugar, um ponto a frente da Sérvia que soma 132.

No masculino, a situação é oposta.

A Rússia, mesmo com o título de campeã olímpica, permanece em segundo lugar com 292 pontos.

Prata em Londres, o Brasil, de Benardinho, lidera com 325.

Do terceiro ao décimo lugar, não aconteceram mudanças.

Itália, Polônia, Estados Unidos, Cuba, Sérvia, Bulgária, Argentina e Alemanha completam a relação dos 10 primeiros.


Bicampeão mundial, Paolo Tofoli será assistente técnico da Itália
Comentários Comente

Bruno Voloch

A seleção feminina da Itália ganhou um belo reforço.

Paolo Tofoli, bicampeão mundial em 1990 e 1994, aceitou fazer parte da comissão técnica.

O ex-levantador foi convidado pelo novo treinador, Marco Mencarelli.

Tofoli é ídolo no país, jogou mais de 300 jogos pela seleção e além dos dois mundiais, foi quatro vezes campeão europeu.

Mencarelli vai substituir Massimo Barbolini, que assumiu a Turquia.

Técnico da seleção juvenil feminina, Mencarelli conquistou o mundial da categoria no ano passado no Peru e conta com o apoio de Francesca Piccinini.


Liderado por Dedé e Bernardo, ‘novo’ Vasco surpreende e faz prova contra Flamengo
Comentários Comente

Bruno Voloch

Nem o mais otimista torcedor do Vasco poderia imaginar um início de campeonato tão positivo.

3 jogos, 3 vitórias.

Pouco importa se os resultados conquistados foram diante de times pequenos.

Botafogo e Flamengo já tropeçaram. O Fluminense não está 100%.

O Vasco foi desmontado, perdeu peças importantíssimas, consegue apresentar em um esquema de jogo razoável e entrosamento aceitável com tantas mudanças. A defesa precisa de ajustes, algo natural. Evidente que o time não está pronto e nem poderia.

Dedé é ídolo, mas Bernardo tem sido a cara do Vasco.

Pedro Ken está surpreendendo.

Ruim ver Carlos Alberto entregue novamente e tão cedo ao departamento médico.

Boavista, Macaé e Resende se foram e na quinta-feira o adversário será o Flamengo.

Teste duro, jogo de rivalidade, clássico tradicional e que certamente servirá de parâmetro para o torcedor e a própria comissão técnica.


Botafogo não é Corinthians, Oswaldo de Oliveira não é Tite
Comentários Comente

Bruno Voloch

É impressionante a rejeição da torcida do Botafogo com Oswaldo de Oliveira.

Paciência zero e relação no limite.

Diante do Fluminense, os torcedores vaiaram insistentemente e pediram novamente a cabeça do técnico.

As vaias só foram amenizadas quando Seedorf entrou, empatou e salvou temporariamente a pele do treinador.

Até quando Oswaldo irá resistir ninguém sabe. A multa rescisória é alta, a vaidade dele e dos dirigentes é grande e o treinador se garante no ‘grupo fechado’ para seguir trabalhando.

Jefferson e Jadson deram declarações de apoio ao técnico. Bonita a solidariedade, mas ela funciona até a página B.  Discurso pouco convincente e nada confiável.

Os resultados são determinantes.

Maurício Assumpção se agarra ao exemplo de Tite no Corinthians. Belo exemplo por sinal.

Eliminado na pré-libertadores pelo Tolima em 2011, os dirigentes não demitiram o técnico, seguraram a pressão da torcida e um ano mais tarde, Tite ganharia a libertadores e o mundial de clubes.

O exemplo é válido, mas o fato da política ter dado certo no clube paulista, não significa necessariamente que possa acontecer o mesmo no Botafogo.

São muitas diferenças.

A principal delas é que Tite foi campeão brasileiro em 2011.

Botafogo não é Corinthians, Oswaldo de Oliveira não é Tite.

São dois clubes de enorme tradição e respeito.

Um técnico em alta, outro que não consegue se firmar e é olhado com desconfiança.

A sensação é que o Botafogo está perdendo tempo.

A Taça Guanabara está quase na metade com 3 rodadas disputadas. O time está fora da zona de classificação e em terceiro lugar no grupo A.

Ainda restam 5 jogos e muita bola para rolar. A questão é convencer o torcedor.

Insistir com Oswaldo é desperdiçar tempo. Janeiro está quase no fim.

O preço será caro no futuro.


Sem Mari e com Paula Pequeno de titular, Fenerbahçe volta a vencer na Turquia
Comentários Comente

Bruno Voloch

O Fenerbahçe voltou a vencer no campeonato turco.

Em jogo válido pela segunda rodada do returno, o Fenerbahçe fez 3 sets a 0 no Iller Bankasi, sexto colocado.

A partida durou apenas uma hora e dez minutos e as parciais foram de 25/15, 25/20 e 25/18.

Mari novamente sequer foi relacionada entre as 12.

O regulamento do campeonato só permite que cada time relacione 3 estrangeiras por jogo.

O técnico Kamil Soz escalou Paula Pequeno, Lindsey Berg e a coreana Kim Yeon entre as titulares. Paula teve boa atuação e marcou 9 pontos.

Com a vitória, o Fenerbahçe continua na quarta colocação com 26 pontos.

O Vakifbank lidera invicto com 38 pontos. Giovanni Guidetti poupou várias titulares, mas mesmo assim a equipe passou fácil Eregli Bld por 3 a 0.

Quem se manteve na segunda posição foi o Eczacibasi. Sokolova, estrela russa, fez 15 pontos e comandou os 3 a 1 diante do Nilüfer. O Eczacibasi chega aos 36.

O Galatasaray, da italiana Lo Bianco, marcou 3 a 0 no Kolejliler, alcançou a décima vitória e soma 30 pontos em terceiro lugar.


Hooker, hoje na Rússia, deixa saudades em Osasco
Comentários Comente

Bruno Voloch

Destinee Hooker deixou Osasco após a conquista do título brasileiro em 2012.

A norte-americana brilhou na decisão, marcou 20 pontos, desequilibrou e foi fundamental na conquista. 3 a 0 incontestável e uma despedida amarga para Fernanda Venturini.

Curiosamente, Osasco optou em não renovar o contrato de Hooker.

Na época, a jogadora não escondeu a decepção com a decisão da comissão técnica:

“Sollys assina com Sheilla e Fe Garay. Muito sorte ao time na próxima temporada. Infelizmente, parece que não farei parte. Deus abençoe. Obrigado aos fãs pelo movimento para tentar minha renovação com o Sollys. Eu ainda desejo o melhor para o time. Amo vocês. Eu queria ficar, mas tudo acontece por uma razão”, escreveu Hooker via Twitter.

Hoje a realidade é dura para Osasco.

Sheilla não vingou e os torcedores sentem saudades de Hooker. Pode ser que nos playoffs, Sheila resolva jogar, mas por enquanto isso não aconteceu. Bola, ela tem de sobra, mas não acha.

As cobranças são normais e Sheilla deve entender dessa maneira. Só se pode exigir e cobrar de quem tem talento, caso específico dela.

A atleta foi fundamental na olimpíada de Londres, mas decididamente não consegue render o mesmo em Osasco.

É bem verdade que Hooker está se recuperando de uma cirurgia no joelho e fora de combate na Rússia.

Mas o descontentamento de boa parte da torcida com Sheilla chama atenção.

O pequeno caso de indisciplina, quando Hooker quebrou a mão após discutir com o namorado por telefone, pode ter pesado na escolha de Luizomar de Moura. O técnico melhor do que ninguém sabia dos prós e contras do convívio diário com Hooker.

É indiscutível porém a importância dela ao time. Hooker rendeu e resolveu quando Osasco mais precisou. Foi contratada para fazer a diferançe e fez. Tinha que resolver e resolveu.

Hooker deixa saudades.


Na luta contra o rebaixamento, São Bernardo, lanterna da Superliga, troca de técnico
Comentários Comente

Bruno Voloch

Fernando Lacerda, ex-Santo André e São Caetano, é o novo treinador do time feminino de São Bernardo.

Lacerda assume o lugar de José Alexandre que foi convidado para ser secretário de esportes da cidade.

O técnico deixa São Bernardo na última colocação com 13 derrotas em 13 jogos, campanha bem diferente do ano passado quando classificou a equipe para os playoffs.

Os dois últimos colocados na Superliga não estão garantidos na temporada seguinte, mas como normalmente alguns clubes desistem da competição ou perdem patrocínio, é provável que São Bernardo se salve.

O elenco conta com jogadores de qualidade e experientes como a levantadora Ana Cristina e a oposta Renatinha.

A estreia de Fernando Lacerda será contra Campinas, quarto colocado, em casa, no Baetão.


10 mil pessoas, resultado justo e silêncio de arrepiar no Engenhão
Comentários Comente

Bruno Voloch

Foi de arrepiar.

Como era de se esperar, tricolores e alvinegros se uniram dentro e fora de campo no minuto de silêncio homenageando as vítimas de Santa Maria. 10 mil pessoas, treinadores, arbitragem e jogadores.

Confesso ter visto poucas vezes, não é a primeira, um respeito tão grande e o real sentimento de dor em todos no Engenhão.

Com a bola rolando no primeiro clássico do ano, muito equílibrio. Nada mais natural.

Abel Braga tem um time nas mãos.

Oswaldo de Oliveira não consegue formar um time.

Essa é a diferença do Fluminense para o Botafogo.

Não dá para dizer que tenha faltado disposição. Os jogadores do Botafogo se empenharam, Diego Cavalieri teve mais trabalho que Jefferson, mas o Fluminense sempre foi mais objetivo.

No fim do primeiro tempo, Wellintgon Nem, em lindo lance individual, arrancou de antes do meio-campo, foi fazendo fila e recebeu ótimo passe de Bruno para abrir o placar no Engenhão.

Logo no início do segundo tempo, Valencia quase faz um gol de placa. Jefferson evita.

Seedorf entra na vaga de Jadson e devolve a esperança ao torcedor do Botafogo.

O camisa 10 participa diretamente do gol de empate. Bolívar, de cabeça, fez justiça.

O empate foi o melhor que poderia acontecer, afinal não existia mesmo motivo para comemoração nesse domingo trágico, inesquecível de muita dor.


Sofrimento e alívio no fim
Comentários Comente

Bruno Voloch

E o Flamengo quase tropeça novamente.

Apesar de ter tido mais posse de bola e dominado a partida, o time suou para vencer o Volta Redonda.

Rafinha talvez tenha sido o jogador mais perigoso do Flamengo.

Léo Moura segue lento e sem inspiração.

Elias foi razoável e Ibson ruim.

O lateral João Paulo mostrou personalidade.

Dorival Junior fez as 3 alterações possíveis e o time andou com Thomás.

É nítida a necessidade do Flamengo ter um camisa 9. Hernane é esforçado e só.

Apesar de ter feito o gol da vitória, não é o jogador ideal para a posição. Longe disso.

Era para ter saído como vilão, quando perdeu um gol incrível debaixo do gol.

Saiu como herói.


Arbitragem, tecnologia, óculos e autoridade zero
Comentários Comente

Bruno Voloch

A péssima arbitragem na partida entre RJX e Sesi, que quase tirou a vitória dos paulistas no quarto set, traz de volta a discussão sobre a necessidade do uso da tecnologia no esporte.

A questão é delicada e divide a opinião na modalidade.

Fica evidencidado que os árbitros não conseguem acompanhar determinados lances. Mas está claro também a incompetência e o despreparo de vários deles.

A sorte ainda está do lado da CBV. Fico imaginando o que aconteceria se o Sesi tivesse perdido o jogo por 3 a 1 depois de dois erros absurdos do árbitro Paulo Beal. Nos dois casos, Beal que me desculpe, um belo par de óculos resolveria o problema.

Não acredito honestamente em má fé. Prefiro ainda pensar diferente, mas confesso que as vezes é difícil me convencer.

Jamais vi uma superliga tão criticada e marcada por erros de arbitragem. As críticas só não são maiores porque a CBV ameaça punir técnicos e atletas. Outro absurdo.

A tecnologia iria ajudar, não resta dúvida.

Mas olhando em outra direção, até porque nem todos os jogos teriam o recurso, o nível da arbitragem ficaria ainda pior. A acomodação seria inevitável.

A CBV insiste em não se pronunciar, até porque Carlos Antônio Rios, presidente da Cobrav, não teria argumentos com as falhas gritantes e os erros sucessivos.

Saudades dos tempos de Josebel Palmerín, Murilo Aguiar, Dalmir Medeiros e Carlos Yoshiura, que nos deixou recentemente.

O uso do microfone expôs ainda mais a classe.

Os jogadores mais experientes deitam e rolam. Sabem que no máximo serão advertidos. E os árbitros são obrigados a ouvir calados xingamentos e desaforos e beiram a desmoralização.

Autoridade zero.