Blog do Bruno Voloch

Arquivo : março 2013

Oswaldo de Oliveira leva dura lição e ganha crédito no Botafogo
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Bruno Voloch

Jefferson, Marcelo Mattos e Seedorf foram os principais responsáveis pela classificação do Botafogo.

Nem o mais otimista torcedor alvinegro acreditava na vitória diante do Flamengo. Agora podem e devem aparecer aqueles que certamente irão nos contrariar, mas não muda minha opinião.

A presença nas arquibancadas do Engenhão responde qualquer questão relacionada ao assunto.

O time vinha de um empate com o frágil Boavista, perdeu a vantagem, jamais tinha vencido o Flamengo no Engenhão e continuava sendo questionado pela torcida.

A semana tinha sido complicada com a saída de Márcio Azevedo, declarações inoportunas de Oswaldo de Oliveira e treinos secretos para evitar os contra-ataques do Flamengo.

Mas existem coisas que de fato só acontecem com o Botafogo.

Júlio Cesar, poucos lembram, foi o vilão da derrota para o Flamengo. Escalado como volante, errou no gol de Hernane e saiu no intervalo. Curiosamente, quis o destino que o jogador fosse escalado no lugar de Márcio Azevedo, pivô de críticas do treinador ao clube.

Com a bola rolando, com 1 minuto o time revertou a vantagem, se agarrou ao regulamento e foi brilhante taticamente nos 90 minutos. Treinou uma coisa e se viu obrigado a realizar outra completamente diferente.

A aplicação tática dos jogadores chamou atenção. O efeito Zico e o suposto favoritismo do Flamengo devem ter mexido com o ego do grupo.

Oswaldo de Oliveira tem méritos.

Assumiu os riscos bancando Marcelo Mattos, acertou ao colocar Gabriel na vaga de Andrezinho e Vitinho resolveu o jogo no último lance da partida.

O Botafogo terminou o clássico com Dória, Gabriel e Vitinho, todos formados no clube.

O técnico segue sem moral com a torcida e a relação é complicada e conflitante.

Os números são ainda contra Oswaldo, mas no futebol tudo pode mudar.

Vencer o arquirrival e quebrar o incômodo tabu dão sobrevida ao treinador.

Oswaldo viu que não adiantava lamentar a saída de Márcio Azevedo como se o jogador fosse resolver todos os problemas do Botafogo. Jamais foi assim.

Dura lição.

Jefferson porém tem toda razão. O Botafogo não pode se contentar com pouco. Por enquanto eliminar o Flamengo é pouco, mas uma avanço significativo na busca pelo título.


Flamengo precisa ter cautela, agir com a razão e prestigiar Dorival Júnior
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Bruno Voloch

É preciso ter cautela e acima de tudo agir com a razão e não com a emoção.

A derrota para o Botafogo não significa que tudo esteja errado no Flamengo e que a boa campanha em 2013 seja simplesmente ignorada.

Evidente que fica no ar uma enorme frustração para o torcedor.

Dorival Júnior errou.

Escalar Carlos Eduardo de início talvez tenha sido o maior pecado do técnico. Se ele mesmo declarou que o jogador não tinha condição de jogar os 90 minutos, deveria ter escalado alguém em melhores condições e se fosse o caso usar Carlos Eduardo no segundo tempo.

Não foi assim.

É claro que o Flamengo não perdeu só por causa de Carlos Eduardo, mas que a escalação do meia prejudicou o rendimento da equipe, não tenho dúvidas.

Reconhecer os méritos do adversário é sinal de grandeza e todos no Flamengo foram unânimes em afirmar que o Botafogo foi melhor. O gol com 1 minuto ‘matou’ o esquema de Dorival Júnior. O time não soube sair do forte esquema de marcação e caiu.

O que não dá é achar que a partir de agora tudo está errado, que Rafinha não serve, que Hernane não seja o jogador ideal, que a zaga seja frágil e que o Flamengo não tenha um camisa 10.

Não dá para esquecer que com essa mesma equipe o Flamengo venceu o próprio Botafogo e ganhou o Vasco por 4 a 2.

Dorival Júnior sempre deixou claro que o time estava em formação e a derrota não desmentiu o treinador.

A realidade aponta que o Flamengo não é melhor nem pior que ninguém, talvez igual aos demais grandes do Rio.

Fato é que no primeiro grande teste de 2013 o Flamengo foi reprovado.

A partir da derrota, o clube terá que provar na prática que definitivamente mudou.

O trabalho precisa seguir naturalmente, sem desespero e pressão fora de hora.

A cobrança sempre irá existir, afinal trata-se de Flamengo, mas a coerência tem que prevalacer.


Botafogo beirou a perfeição em tarde de gala de Jefferson
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Bruno Voloch

Dois tempos distintos na semifinal entre Flamengo e Botafogo.

Júlio Cesar em bela jogada individual fez o gol do Botafogo com 1 minuto de jogo, mudou a cara da partida e reverteu a vantagem.

O alvinegro mandou no primeiro tempo, envolveu completamente o Flamengo e não foi ameaçado. A marcação do Botafogo foi absolutamente perfeita, sem erros e taticamente impecável.

O Flamengo não conseguiu chutar nenhuma bola no gol de Jefferson.

Dorival Júnior foi obrigado a alterar o time para o segundo tempo e trouxe Renato Abreu e Rodolfo para a partida.

O Flamengo cresceu e passou a dominar a partida. O Botafogo recuou e mais do que nunca apostou nos contra-ataques.

O clássico ganhou em emoção e Jefferson começou a se destacar. Se o goleiro do Botafogo foi mero espectador nos 45 minutos iniciais, no segundo tempo a coisa mudou de figura.

Jefferson fez grandes defesas e se transformou no herói da classificação. Evitou o empate do Flamengo numa cabeçada de Hernane, em chute de Gabriel e foi seguro.

O Flamengo se lançava cada vez mais ao ataque e dava espaços. Vitinho teve duas chances e na terceira não perdoou.

Jefferson, ele mesmo, percebeu a presença de Felipe, goleiro do Flamengo, ainda no ataque, fez ótimo lançamento e Vitinho matou o clássico no Engenhão fazendo 2 a 0.

O Flamengo pode reclamar da arbitragem no lance de mão de Marcelo Matos , mas não soube em nenhum momento sair da forte marcação do Botafogo. Marcelo Matos e Fellype Gabriel foram excelentes.

O Botafogo beirou a perfeição em dia Jefferson e merecidamente derrotou finalmente o maior rival no Engenhão.

O Flamengo pode reclamar da arbitragem no lance de mão de Marcelo Matos.


Clubes pressionam CBV contra Osasco; jogadores exigem transparência em novo ranking
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Bruno Voloch

A CBV, Condeferação Brasileira de Vôlei, irá divulgar essa semana o ranking e a pontuação dos jogadores para a temporada 2013/14.

Os critérios basicamente serão os mesmos, mas algumas propostas estão sendo estudadas. Atualmente, os jogadores são ranqueados de 1 a 7 pontos e cada time só pode somar 32 pontos.

Cada equipe pode ter no máximo 3 jogadores com pontuação 7 e dois estrangeiros.

Giba, por exemplo, não deverá ser mantido com 7. O jogador está jogando na Argentina.

Representantes dos clubes e da entidade se reuniram e discutiram os principais pontos. Poucos treinadores participaram do encontro.

Jogadores veteranos como Gustavo, Manius e Marcelinho devem ganhar uma espécie de bônus e cair na pontuação.

Os atletas estão fazendo algumas exigências e querem mais transparência no ranking.

A principal reivindicação é quanto ao posicionamento dos clubes e treinadores, ou seja, os jogadores querem saber abertamente a opinião dos envolvidos.

No feminino, o Sollys/Osasco está sendo pressionado pelos adversários.

Atletas que foram repatriadas e formadas na base do clube não somam pontos. No caso de Osasco, Adenízia e Brait são consideradas da base e Jaqueline foi repatriada da Itália.

Os concorrentes diretos e principais rivais de Osasco alegam que o clube perdeu o patrocínio do Finasa, já com Brait e Adenízia, e acertou com o Sollys, sendo assim, fundou uma nova empresa mas que utilizava a estrutura do antigo Finasa.

Pela lei, seria uma outra instituição, inclusive com o CNPJ diferente do usado na época do Finasa.

O próprio Sollys/Nestlé cita apenas dois titulos da Superliga e desconsidera os que foram conquistados na época do antigo parceiro.

Adenízia e Camila Brait eram da base do Finasa e não do Sollys e a defesa de Rio, Campinas, Sesi e Minas é de que as jogadoras teriam que ser pontuadas e ranqueadas naturalmente.

Osasco se defende e cita a antiga parceria do Rexona. O clube foi tranferido de Curitiba para o Rio e virou Unilever.

O CNPJ porém usado pelo Unilever é exatamente o mesmo da época do Rexona.

A decisão final será do presidente, Ary Graça.


Fenerbahçe fracassa e perde título da Copa Europeia; Paula Pequeno faz 3 pontos na final
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Bruno Voloch

Acabou o sonho do Fenerbahçe de conquistar a Copa Europeia, segundo torneio mais imporante da Europa.

Após perder a primeira partida da final para o Muszyna, da Polônia, por 3 a 2, o time de Paula Pequeno tinha obrigação de ganhar em casa e forçar a realização do golden set, sexto set.

Mesmo atuando em Istambul e com ginásio cheio, o Fenerbahçe voltou a ser derrotado e curiosamente pelo mesmo placar do jogo de ida: 3 a 2. Com isso, o título inédito ficou nas mãos das polonesas do Muszyna.

Nem os 21 pontos da coreana Kim Yeon-Koung evitaram o resultado negativo do Fenerbahçe. Seda Tokatlioglu fez bom jogo e saiu de quadra com 16 pontos. Quem decepcionou foi Paula Pequeno. A ponteira brasileira fez apenas 3 pontos em 5 sets e ficou devendo.

Anna Werblinska foi a melhor jogadora em quadra e fez 19 pontos pelo Muszyna.

Agora, o Fenerbahçe volta as atenções para o campeonato turco. O time é o quarto colocado, distante de VakifBank, Eczacibasi e Galatasaray.


Ellen e bloqueio dão sobrevida ao Pinheiros do ótimo Wagão
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Bruno Voloch

O desempenho do Pinheiros no primeiro jogo foi uma espécie de aviso.

Campinas suou para fazer 3 a 1. Dessa vez porém, não teve jeito.

Jogando em casa, o Pinheiros devolveu a derrota, fez 3 a 2 e empurrou a responsabilidade de volta para Campinas no terceiro e decisivo jogo da série na terça-feira.

Ellen foi a melhor jogadora do time e o símbolo da vitória.Taticamente o Pinheiros foi superior e novamente deu uma aula de bloqueio no time de Campinas. Foram 23 pontos em 5 sets, contra apenas 12. Mérito das jogadoras, mas é impossível e injusto deixar de citar o trabalho de Wagão, técnico do time.

O aproveitamento espetacular e acima da média no fundamento bloqueio é fruto de muito treinamento e estudo. Lara e Ana Carolina estavam inspiradíssimas.

E não é que Campinas tenha jogado mal, mas o Pinheiros foi melhor.

A búlgara Vasileva por exemplo jogou muito mais do que na partida anterior. Vasileva fez expressivos 27 pontos.

Daymi teve altos e baixos e Pri Daroit não repetiu a boa atuação da primeira partida. As centrais porém derrubaram Campinas. Walewska é sempre regular e não dá prejuízo. Andressa, Renata e Natasha não deram resultado.

Pri Heldes foi muito óbvia e jogou o básico.

Do outro lado, além de Ellen, o Pinheiros contou com um ótimo volume de jogo, paciência nos contra-ataques e muita coragem.

A levantadora Macris fez um jogo inteligente e mostrou personalidade. Andrea, referência em quadra, demorou para entrar no jogo, mas virou bolas fundamentais.

Após fazer 2 a 0 e permitir o empate de Campinas, a maioria achou que Campinas, pela experiência e moral no jogo, fosse virar a partida e fechar a partida em 3 a 2. Seria até natural, mas o Pinheiros não se entregou, voltou a jogar como no segundo set e ganhou o tie-break até com relativa vantagem.

Pelo que fez no segundo turno da superliga e nas duas partidas das quartas de final, o Pinheiros não merecia deixar a competição sem ter o direito de fazer o terceiro jogo.


Rio cumpre meta sem sustos, Rio do Sul deixa superliga com dever cumprido
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Bruno Voloch

A viagem até a cidade de Rio do Sul, Santa Catarina, talvez tenha sido mais desgastante do que o jogo.

A segunda partida entre Rio de Janeiro e Rio do Sul durou pouco mais de uma hora e terminou com a vitória carioca por 3 a 0.

Resultado óbvio, esperado e que classificou o time com sobras para a semifinal.

A seriedade como encarou a partida talvez tenha sido o grande mérito do time dirigido por Bernardinho. O Rio não perdeu a concentração, foi agressivo e tratou de liquidar a série o quanto antes.

O técnico, ciente de que não corria maiores riscos, não alterou a equipe uma vez sequer. Não foi necessário.

Gabi segue ganhando confiança e Natália ritmo de jogo.

O Rio do Sul deixa superliga de cabeça erguida.

Rogério Portela fez um ótimo trabalho, classificou o time para os playoffs, mas o time foi até onde poderia chegar.


Vasco jogou apenas para empatar; zaga do Fluminense achou pouco e deu vitória de presente
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Bruno Voloch

Dois times e dois objetivos diferentes.

O Fluminense jogou em busca da vitória, o Vasco não quis jogo, afinal o empate classificava a equipe para a decisão. Saiu de campo com mais do que merecia.

Ofensivo, o tricolor agrediu o adversário do início ao fim do primeiro tempo. Acertou a trave, obrigou Alessandro a fazer defesas milagrosas e não fez o gol por falta de sorte.

O Vasco abusou do jogo feio, atuou com duas linhas de quatro e na base do chutão.

No segundo tempo o clássico ganha em emoção.

O Fluminense mantém o estilo de jogo, dá espaços, o Vasco se aproveita e começa a explorar os contra-ataques. A chance mais clara aparece num lance de 4 contra 2, mas Bernardo erra na conclusão.

Gum resolve dar uma ajuda ao Vasco. Erra a cabeçada, a bola sobra livre para Éder Luis que cruza na medida para o sempre oportunista Bernardo, até então apagado, fazer 1 a 0. A classificação parecia nas mãos do Vasco.

O Fluminense, ainda mais ofensivo com Wagner e Rhayner em campo, não se entrega e vira o jogo de maneira impressionante em dois minutos com Thiago Neves e Wellington Nem.

Brilha então a estrela do técnico Gaúcho. Dos pés de Dakson sai o lançamento para Romário empatar de cabeça. Novo cruzamento e novo erro de posicionamento da defesa tricolor.

O empate já seria suficiente para o Vasco, mas o jogo aéreo mata o Fluminense. Dedé aproveita novo descuido e vira mais uma vez a partida.

O Fluminense, melhor nos 90 minutos, se entregava em campo e acabava eliminado pelo péssimo desempenho do setor defensivo.

O Vasco, distante da postura ideal, se classifica de maneira dramática e com destaque para Dedé.

Assim é o futebol.


Botafogo entre a cruz e a espada
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Bruno Voloch

Os dirigentes do Botafogo seguem batendo cabeça e não se entendem.

A política está dividida.

Existem aqueles que defendem a tese de que o time precisa se reforçar e a contratação de um atacante é considerada fundamental.

Outros preferem preservar o grupo atual, zerar as dívidas no elenco e a chegada de um medalhão poderia causar turbulências.

Kleber, Marcelo Moreno, Alecsandro e outros menos badalados são comentados no dia a dia. Nenhum deles viria por menos de R$ 400 mil mês.

Maurício Assumpção, voz maior e dominante no Botafogo, aprova o investimento, mas teme pela reação negativa dos jogadores.

O clube fez um pequeno caixa com a venda de Marcio Azevedo, cerca de R$ 2 milhões.

O que fazer com a verba é a questão.

Investir, reforçar o elenco, ou tentar resolver as pendências financeiras com os jogadores ?


Em dia de Jaqueline, Osasco se garante e Sheilla mantém recuperação
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Bruno Voloch

A classificação de Osasco para a semifinais da superliga já era esperada.

Na verdade, o time paulista não fez mais do que obrigação e liquidou o Minas em dois jogos nas quartas de final.

A partida em Belo Horizonte foi igual ou até mais tranquila do que o primeiro jogo em Osasco. 3 a 0 sem sustos, sem dificuldades e em ritmo de treino.

O que a comissão técnica, comandada por Luizomar, talvez possa comemorar é o fato de poder contar novamente com Sheilla.

A jogadora já havia dado sinais de recuperação diante da torcida e voltou a jogar bem no Minas. Ótima perspectiva.

Sheilla fez 17 pontos e se o entrosamento com Fabíola não é o ideal, se aproxima do básico, ou seja, o mínimo necessário.

Não tenho dúvida e afirmo que Sheilla será fundamental para Osasco passar por Campinas ou Pinheiros e brigar pelo bicampeonato.

Não dá para iludir o torcedor de Osasco e dizer que o Minas tenha sido o teste definitivo para Sheilla provar sua recuperação. Não foi. Mas Sheilla andou e mostrou evolução.

Luizomar ainda poupou a ótima Fernanda Garay. Como o adversário não representava nenhum risco, Samara jogou como titular.

Jaqueline, como de hábito, foi extremamente eficiente e a melhor jogadora em quadra.

O Minas fica pelo caminho mais uma vez. Uma pena ver um clube tão tradicional se limitando apenas a participar da competição sem poder brigar pelo título.