Bernardinho critica calendário da CBV e cita hipocrisia dos companheiros de profissão
Bruno Voloch
Acabo de assisitir a entrevista concedida por Bernardinho ao canal Esporte Interativo.
Interesses à parte, é algo natural e mais do que previsível que o técnico defenda a empresa, afinal leva o nome do programa.
Diante da 'imparcialidade', poucos pontos podem ser aproveitados.
Bernardinho falou sobre o ranking e a questão envolvendo Osasco. Diz ele que é 'da nossa cultura querer levar vantagem' e chama a votação feita por treinadores para a formação do ranking de 'hipócrita'.
Curioso é que Bernardinho já teve uma verdadeira seleção nas mãos e não usava desse discurso. O técnico, sua comissão técnica e representantes do clube assinaram o regulamento da competição.
Será que só agora constataram a força de Osasco ?
Não acredito.
Se Osasco levou vantagem e montou uma seleção, como de fato é, fez com consentimento de todos, inclusive da Unilever.
Bernardinho sabe da força e do favoritismo do time paulista e não suporta a idéia de cair pelo segundo ano seguido numa final. Soa como desculpa feita, embora ache que Osasco não terá vida tão fácil como se imagina.
O treinador da seleção no entanto foi diversas acusado, sem provas mas com evidências, de favorecimento quando comandava a seleção feminina e o extinto Rexona em Curitiba. Afinal, quem não gostaria de trabalhar com Bernardinho e se aproximar da seleção ?
Hoje, José Roberto Guimarães sofre o mesmo em Campinas.
Bernardinho porém tem toda razão quando fala do calendário da CBV e da Superliga.
O campeonato é mal feito, mal dirigido, mal planejado e deixa um buraco de 3 semanas entre as semifinais e a decisão do campeonato.
Irônico, mas realista, Bernardinho chamou de 'absurdo' o calendário e disse que o tempo que terá para trabalhar o time para as finais será maior do que o período de preparação da seleção para a olimpíada de Londres.