Cenas inusitadas de um vice-campeonato
Bruno Voloch
Patética.
A cena das jogadoras do Sesi comemorando o vice-campeonato com as atletas do Rio ainda em quadra foi absolutamente inacreditável.
Algo inédito na história do vôlei e talvez do esporte.
O Sesi poderia ter sido mais discreto.
Óbvio que que existem aqueles que defendem a tese de que o segundo lugar é motivo de orgulho. Pode ser, especialmente no caso do Sesi que nunca ganhou nada em termos de superliga e se encaixa naquele ditado: 'quem nunca comeu melado, quando come se lambuza'.
O pior é que a 'comemoração' da derrota não parou por aí.
Os times ainda se encontraram numa churrascaria na zona sul da cidade onde a confraternização foi ainda maior, ou seja, completa.
Os 'beijinhos' pós-jogo na rede já cheiravam hipocrisia, mas o Sesi conseguiu se superar.
Reverenciar o vencedor é bonito e soa inteligente, assim é o esporte.
Por tudo que passou na temporada, as jogadoras e a comissão técnica se sentiram no direito de comemora o feito.
Mas o comportamento da jogadoras do Sesi deixa claro que a Unilever ganhou o título muito antes de entrar em quadra.
Há uma enorme diferença entre respeito e o medo.
Bernardinho sempre cobra postura e jamais, em tempo algum, iria participar de tal 'solenidade' e muito menos permitir que suas jogadoras fossem expostas dessa forma se a situação fosse inversa.
Mas nesse caso também há uma enorme diferença entre Unilever e Sesi.
O Sesi se contentou com pouco. Uma pena.