Blog do Bruno Voloch

Montes Claros versão feminina

Bruno Voloch

E o Sesi bateu na trave. De novo.

A zebra ficou pelo caminho.

Exceção feita ao sul-americano, quando derrotou Osasco e foi campeão, o Sesi ficou novamente na estrada.

O vice-campeonato da superliga, o primeiro da história, foi o terceiro da temporada e chegou para confirmar a incrível sina de insucessos do time em decisões.

Já tinha sido assim no paulista e Copa Brasil. A Copa São Paulo não conta.

Não é uma simples coincidência.

Aliás, coincidência foi ter vencido Osasco duas vezes seguidas.

Após eliminar Osasco, as jogadoras posaram para fotos, provocaram, comemoraram como se tivessem ganho o título e na verdade o Sesi simplesmente se esqueceu de que tinha que vencer mais um jogo para ser campeão. Se deu por satisfeito.

As declarações de respeito ao Rio foram meramente políticas.

Talmo chegou a declarar que camisa não ganhava mais jogo. Imagina se ganhasse. Não se pode menosprezar o Rio, ainda mais numa final.

Mas diferente do que Talmo pensa, ou pensava, a tradição pesa. E como.

É evidente que o Sesi teve lá seus méritos, evoluiu na competição e acreditou mesmo que poderia ganhar a superliga depois de derrotar Osasco.

A grande verdade é que o time sobreviveu graças ao talento de Dani Lins e Fabiana. Simples assim. Bia e Ivna foram importantes. E só.

Ns final, deu a lógica.

O Sesi é e foi com muito esforço a versão feminina de Montes Claros, time vice-campeão da superliga 2009/10, curiosamente também sob comando do mesmo treinador.

Talmo tem toda razão quando afirma que tudo foi um processo de maturação, aprendizado e evolução. Só se precipitou quando disse que sabia onde o Sesi poderia chegar.

Errou.

O Sesi foi longe demais.

E Osasco deve estar se lamentando até agora. Difícil se perdoar. E nem poderia.