Blog do Bruno Voloch

Arquivo : março 2014

Não dá para reclamar da sorte
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Bruno Voloch

Não tem essa de ‘grupo da morte’.

Nenhuma das seleções consideradas favoritas ao título mundial pode reclamar do sorteio.

O regulamento é uma mãe.

Na primeira fase da competição 4 das 6 seleções se classificam para a fase seguinte, ou seja, Brasil, Itália, Rússia, China, Japão, Alemanha, Sérvia e Estados Unidos estarão nas oitavas de final. Fato.

As segundas forças dos continentes europeu e asiático seguem o mesmo raciocínio. República Dominicana e Cuba idem. Africanas e parte da Norceca sobram.

A Itália terá a Alemanha como grande concorrente no grupo A. A imprevisível República Dominicana é a terceira força e Argentina e Croácia brigam pela quarta vaga. A Tunísia não ganha de ninguém.

No grupo B, o Brasil deve ter trabalho apenas contra a Sérvia. Normalmente passa fácil pela Turquia e pode encontrar algumas dificuldades contra o alto time da Bulgária. Canadá e Camarões não assustam.

O grupo C terá Estados Unidos e Rússia. Sem dúvida o mais equilibrado e interessante. A Tailândia costuma dar trabalho e a Holanda se pega com o Cazaquistão pelo quarto lugar.

Japão e China, um dos dois será o primeiro do D. Porto Rico deve ser o Norceca 3. Cuba pode aparecer como Norceca 4, além da boa Bélgica e Azerbaijão. Em tese é o grupo mais equilibrado.

No geral porém ninguém, incluindo o Brasil, pode falar em falta de sorte.

 


Campinas alcança meta; Canoas cai de pé
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Bruno Voloch

Canoas lutou, não faltou determinação e caiu de pé diante de sua torcida.

Perdeu para um adversário mais qualificado tecnicamente, que investiu mais e que chegou pela primeira vez nas semifinais da superliga.

Por tudo que realizou até agora na competição, pelo terceiro lugar na fase de classificação, Campinas merecidamente segue na briga pelo título.

Como era de se esperar, Canoas e Campinas fizeram um jogo tenso e curiosamente não tão equilibrado como na primeira partida.

Embora tenha feito um ótimo terceiro set, a derrota no set anterior acabaria sendo determinante para Canoas que novamente dependeu demais dos ataques do oposto Dennis, maior pontuador com 18 pontos. Bosko entrou muito bem na partida, assim como Enrico e Salsa, esse no bloqueio.

Campinas porém foi mais consistente.

Mineiro substituiu bem João Paulo. Rivaldo foi decisivo como de hábito e Diogo extremamente regular no ataque. Gustavão no bloqueio e Vini no saque apareceram em momentos cruciais.

Murilo e Paulo Renan travaram um duelo interessante. Murilo alcançou números consideráveis para um jogador da posição e pontuou 7 vezes. Paulo Renan saiu vencedor e foi preciso optando pelas peças corretas no fim do jogo.

Em resumo. Deu a lógica.

 

 


China e Rússia no caminho do Brasil na Montreux Volley Masters
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Bruno Voloch

China e Rússia, atual bicampeã do mundo, estarão no caminho do Brasil na Montreux Volley Masters.

A Suíça fecha o grupo A.

A vigésima nona edição do tradicional torneio, terá ainda as participações dos Estados Unidos, República Dominicana, Japão e Alemanha, seleções que formam o grupo B.

A Montreux Volley Masters de 2014 será jogada entre os dias 27 de maio e 1 de junho.

Cuba, maior vencedora da história da competição com 9 títulos, não foi convidada.

O Brasil é o atual campeão.

A seleção comandada por José Roberto Guimarães ganhou em 2009, ficou 3 anos sem disputar e venceu a Rússia na decisão no ano passado.

Em 2014, o técnico novamente irá usar um time B e as principais jogadoras serão poupadas.

 


Laranjas abusados; laranjas valentes
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Bruno Voloch

Deu gosto ver São Bernardo jogar.

Deu gosto ver o pequeno jogar e encarar de igual para o igual o grande.

Assim foi Sesi e São Bernardo. O segundo contra o sétimo. Orçamentos incomparáveis.

Inesperado, mas com desfecho previsível.

O ‘se’ não joga, mas se Leozão não tivesse tido problema muscular no quarto set, a história do jogo poderia ter sido diferente.

Valente, o time muito bem comandado por Peu, por sinal uma gratíssima surpresa como treinador, fez um jogo surpreendente e acabou sendo derrotado apenas no quinto set, valorizando demais a vitória do Sesi na abertura das quartas de final.

Marcos Pacheco foi feliz nas alterações e obrigado a terminar a partida com Lucão e Murilo no banco. Como se não bastasse, Pacheco perdeu ainda Evandro contundido e Renan assumiu a posição de oposto.

Tecnicamente o jogo foi muito equilibrado, mas o bloqueio do Sesi acabou fazendo a diferença a partir principalmente do quarto set. Rogério e Renan se destacaram.

Na base da improvisação de Michael como oposto, São Bernardo não resistiu e caiu de pé.

Time valente, abusado e que vendeu caro a derrota.

 

 

 


Satisfação garantida
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Bruno Voloch

A vitória de Osasco diante de Brasília por 3 a 1 agradou a todos, principalmente ao time paulista.

O resultado, a vigésima quinta vitória consecutiva da equipe na competição, coloca justamente o ‘penetra’ Brasília no caminho de Osasco nas quartas de final, ou seja, melhor impossível.

Osasco fez 2 a 0 com facilidade, perdeu a concentração com os grotescos erros da arbitragem, tirou o pé no terceiro set, mas tratou de dar números finais ao jogo com 21/16 no quarto set.

Tudo foi festa.

Nem a comissão técnica de Osasco resistiu.

Aproveitou o clima e escolheu Fabíola como melhor em quadra.

Não que ela tenha jogado mal, pelo contrário, a levantadora fez um jogo pra lá de aceitável, mas analisando o desempenho e a pontuação de Thaisa, não dá para dizer que alguém tenha jogado mais bola do que a central da seleção brasileira.

Seria o mesmo que Sergio Negrão do outro lado optasse por Paula Pequeno, pelo fato de estar jogando em casa e ser de Brasília, ao invés de Dani Scott que gastou a bola.

Satisfação garantida nos dois lados.


Minas faz dever de casa e martírio do RJ Vôlei está perto do fim
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Bruno Voloch

O sofrimento do RJ Vôlei está perto do fim.

Deve durar mais 3 dias, data do segundo jogo contra o Minas pelas quartas de final da superliga masculina.

Na primeira partida em casa, os mineiros foram melhores em tudo e ganharam por 3 a 0, parciais de 26/24, 21/17 e 21/18.

O RJ Vôlei resistiu bravamente ao primeiro set, mas acabou entregando no fim. Depois, o Minas sobrou nos sets seguintes e venceu como quis sem ser ameaçado.

Filip foi o melhor em quadra e Otávio apareceu bem no bloqueio.

O Rio só não fez pior por causa do bom aproveitamento de Bob no ataque. E foi só. Os cariocas marcaram apenas 2 pontos de bloqueio em todo jogo, metade de Otávio só nesse fundamento.

A diferença técnica é gritante.

O Minas, mesmo errando mais, foi soberano e a tendência é que dê fim ao martírio do RJ Vôlei em breve.

 

 


Tandara resolve, Zé Roberto agradece e vence novamente Bernardinho
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Bruno Voloch

No fim da temporada passada, Tandara tinha propostas do Rio e de Campinas. E justamente ela acabou decidindo o clássico e respondendo em quadra o investimento e a aposta de José Roberto Guimarães.

No duelo entre os treinadores das seleções brasileiras, a jogadora de Campinas arrebentou em quadra, marcou 25 pontos e resolveu a partida, especialmente no quinto set.

Campinas, que se garantiu em segundo lugar e deixou o Rio em terceiro, poderia ter vencido perfeitamente por 3 a 0.

O time sobrou nas duas primeiras parciais e caminhava para fazer 3 a 0 com surpreendente e relativa tranquilidade.

Faltou concentração.

Brilhou é bem verdade estrela de Bernardinho ao lançar Amanda no terceiro set. O Rio porém contou com enorme contribuição de Campinas para sobreviver na partida. Foi uma reação inesperada e impressionante que refletiu diretamente no resultado do quarto set.

No quinto set, se fez justiça ao time mais equilibrado. Tandara chamou a responsabilidade e resolveu a parada. Atuação fantástica da ponteira de Campinas. Tandara desequilibrou o set e pontuou mais do que todas as atacantes do Rio juntas.

Importante enaltecer a boa participação de Carol Gattaz no bloqueio. Campinas ainda espera por Natália. Por mais que tenha feito 10 pontos, a jogadora pode render muito mais. Walewska esteve apagada e norte-americana Kristin foi regular.

Prejuízo mesmo deu Sarah Pavan que não compareceu. Seria demais esperar que Regís resolvesse. A central Natasha foi uma grata surpresa.

O Rio sofre ainda com a instabilidade na recepção e só Fabi, segura como de hábito, é pouco.

José Roberto Guimarães agradeceu a Tandara, abriu 2 a 0 e voltou a vencer Bernardinho, assim como já tinha acontecido no turno no Rio de Janeiro.

Mas deve ser apenas um até breve.

Campinas vai passar por São Caetano nas quartas. O Rio pode encontrar mais resistência diante do Pinheiros, mas normalmente os dois voltarão a se encontrar nas semifinais.

 


Bloqueio salva Campinas contra Canoas
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Bruno Voloch

Emocionante o primeiro jogo entre Campinas e Canoas pelas quartas de final da superliga masculina.

Jogo muito equilibrado, com destaque para os opostos Rivaldo e Dennis e decidido em detalhes. Os 17 pontos de bloqueio nos 5 sets acabaram salvando Campinas e foram fundamentais para que o time paulista saísse vencedor diante da torcida.

Canoas resistiu bravamente e valorizou a vitória de Campinas.

Os gaúchos fizeram a diferença no saque e abriram 1 a 0. Resposta prontamente dada no set seguinte através de Gustavão e seus 5 pontos de bloqueio. 1 a 1.

O experiente Gustavo e o cubano Dennis colocaram Canoas novamente na frente com 21/17.

No quarto set Campinas sobrou, Vini apareceu bem e Canoas abusou dos erros numa parcial atípica de 21/11.

No tie-break, Rivaldo virou bolas importantíssimas, mas os bloqueios de Gustavão deram a vitória para Campinas. Canoas controlou parte do quinto set, mas novamente foi traído pelos erros.

O confronto segue rigorosamente aberto.

 

 


Federação de vôlei impede menor de idade de jogar no Rio de Janeiro
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Bruno Voloch

Presidentes de federações continuam desafiando as leis pelo Brasil afora.

A Federação de Vôlei do Rio de Janeiro, por meio de seu presidente Carlos Reinaldo Souto, cobra R$ 3 mil para as transferências de crianças de 12 anos de idade de um clube para outro.

A norma administrativa adotada por Souto impede jovens de exercer um direito constitucionalmente assegurado da prática esportiva.

O regulamento fere diretamente a Constituição Federal e afeta o direito indisponível da criança de praticar esporte, fundamental na formação do jovem.

A última vítima foi Manuela, filha de Alexey, ex-jogador da seleção brasileira de basquete, e Luisa Parente, ginasta vitoriosa e que representou o país em duas olimpíadas.

O pai, revoltado, falou ao blog em tom de desabafo:

‘Minha filha Manuela, que joga vôlei no Rio de janeiro, fez a sua ultima partida oficial no dia 02 de julho de 2012 e desde então nunca mais pode retornar as quadras por conta de um regulamento arbitrário e reprovável por parte da Federação de Vôlei do Estado do Rio de Janeiro. Não se trata especificamente do fato da minha filha estar há quase dois anos sem poder entrar em quadra, o ponto é que várias crianças e jovens já foram prejudicados no passado e, se nada for feito a exemplo do que a minha filha está passando, muitas crianças serão prejudicadas no futuro e isso precisa ter um fim’.
A menina não atua em função da taxa cobrada e da arbitrariedade da federação. A família, sem alternativas, procurou a justiça, e uma denúncia foi encaminhada recentemente ao Ministério Público.

‘Há muitos meses estamos travando uma ‘batalha’ na esfera do judiciário e que ainda não terminou. Tenho obtido a solidariedade de várias pessoas e profissionais ligados ao esporte’, com0 Siro Darlan, ex-juiz de menores e desembargador’, disse Alexey.

O casal informou o caso também ao COB, Comitê Olímpico Brasileiro, e à CBV, Confederação Brasileira de Vôlei:

‘Estive no COB conversando com a Adriana Behar. Ela ficou estarrecida e extremamente surpreendida, mas disse que não tem como intervir nessa situação já que a atribuição do COB está ligada as confederações e não as federações. A CBV tem ciência dos fatos que foram relatos e documentados por e-mail, mas até agora não se pronunciou’.

Carlos Souto, que preside a federação desde 1992, foi procurado para falar sobre o tema, mas não respondeu as ligações.

 

 

 

 

 

 


Falta de verba impede virada de mesa
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Bruno Voloch

A ética prevalece na superliga, mas só temporariamente.

Sem verba e eliminados na primeira fase da competição, Montes Claros e Volta Redonda desistiram de jogar o quadrangular que classificaria os dois primeiros colocados para a temporada 2014/15.

Taubaté e Juiz de Fora, que também estariam envolvidos na ‘armação’ e virada de mesa, terão que aguardar o convite da CBV.

Em tese, os 8 primeiros colocados estão automaticamente classificados para o ano que vem. Em tese. Isso porque o RJ Vôlei pode definitivamente fechar as portas, abrindo assim vaga para o nono colocado, Juiz de Fora.

O campeão da superliga B, que sairá entre Sada/Contagem, Voleisul, São José  e Santo André, se garante na competição.

Os demais times ‘serão convidados a participar, mediante avaliação de critérios técnicos e econômicos’, ou seja, o resultado de quadra daqueles que jogam a superliga B não é levado em consideração.

A ética deve durar pouco.