Blog do Bruno Voloch

Arquivo : fevereiro 2014

Esconde-esconde, política e ética zero
Comentários Comente

Bruno Voloch

Inexplicável.

Ninguém fala, ninguém é encontrado e os poucos que poderiam se explicar, preferem o silêncio.

Após a vergonhosa derrota de 3 a 0 em casa para Montes Claros, Horácio Dileo, pediu o boné e deixou o Minas. Declarações muito mais políticas e extremamente conflitantes não convenceram na saída do treinador. Jogadores e técnico efetivamente já não falavam a mesma língua.

Prova disso foi o desempenho do Minas após a chegada de Ricardo Picinin e a saída de Dileo. O Minas venceu 3 jogos seguidos e se garantiu na quarta colocação. E foram 3 vitórias de peso. Os mineiros ganharam simplesmente de Sesi e Cruzeiro, virtuais finalistas da competição. Os 3 a 0 contra o Rio já estavam no script, ou seja, não existe mágica, os resultados não apareceram por acaso e estão sim diretamente ligados a troca de comando.

Eis que para surpresa, Dileo, que chegou a falar em problemas particulares, é anunciado como novo treinador de Maringá, penetra masculino, em substituição a Douglas Chiarotti. Tudo bem que Douglas não foi e jamais será unanimidade, mas estava fazendo um trabalho no mínimo razoável e classificou o time para os playoffs.

Patrocinadores cobravam melhores resultados e Ricardinho, dono do time, respondeu.

Dileo, que nada tenho contra, diga-se de passagem, estreou perdendo em casa para São Bernardo por 3 a 1. Dificilmente em 3 semanas irá fazer algo de diferente ou dar uma cara nova em termos táticos ao time. Maringá está classificado, mas não vai passar por Sesi ou Cruzeiro, adversário nas quartas.

Nesse autêntico jogo de empurra, engana trouxa e mistério, recém-chegados e demitidos adotam a política, numa clara jogada de não se fechar portas. Pode ser. O entra e sai continua com cara de futebol no vôlei de ética zero.


Sesi conta com apagão, ganha decisão e avança em primeiro lugar
Comentários Comente

Bruno Voloch

Foi uma prévia da final da superliga.

Cruzeiro e Sesi decidindo o primeiro lugar da fase de classificação e o direito de jogar a final em casa.

O Cruzeiro parecia ter o jogo nas mãos. Jogando diante do apoio da fanática torcida, abriu 1 a 0 diante do Sesi com 22/20 e caminhava com boa vantagem no segundo set. Um apagão porém mudou o rumo da parcial.

Depois de quase 30 minutos de paralisação, o Sesi, que perdia por 9/6, voltou melhor, mais concentrado e virou o set sem maiores dificuldades com ótima participação de Lucão por 21/16. Fez 2 a 1, mas não foi capaz de evitar o empate do Cruzeiro no quarto set.

No tie-break, o Sesi sobrou, ignorou a pressão dos torcedores, foi mais consistente, equilibrado e fechou com 15/8.

Não foi um jogo brilhante tecnicamente. Sobraram erros de ambos os lados, 56 no total, número assustador e distante da realidade técnica de Cruzeiro e Sesi.

Wallace foi o maior pontuador, algo normal, mas o Cruzeiro sentiu falta dos ponteiros. Filipe e principalmente Dias não funcionaram. O cubano Leal, suspenso, fez falta em termos ofensivos.

Murilo ganhou reconhecimento da comissão técnica e foi escolhido o melhor em quadra. Belo incentivo. Na prática porém Lucão foi disparado o jogador mais importante o Sesi nos 5 sets.

A vitória deixa o Sesi, 51, em ótima situação. Para ser primeiro colocado, basta derrotar em casa o decadente RJ Vôlei e superar o eliminado Montes Claros nas última rodada.

O Cruzeiro, 53, só terá o RJ Vôlei pela frente. Vencerá, mas não irá depender de suas forças para terminar a fase de classificação como líder.

O Sesi está com a faca e o queijo nas mãos.

 

 


Osasco quebra recorde e mira Sesi após chacota nas redes sociais
Comentários Comente

Bruno Voloch

Osasco fez história na superliga.

O time derrotou o Praia Clube de Uberlândia, conseguiu a vigésima vitória seguida na história da competição e superou a marca do rival Rio de Janeiro.

O resultado de 3 a 0 deixa a equipe ainda mais folgada na liderança com 58 pontos, 8 a mais que Campinas.

Se engana porém quem acha que a vitória de 3 a 0 diante do Praia foi tranquila. Osasco andou patinando em vários momentos da partida e só não deixou escapar 1 ou até dois sets, por pura incompetência do Praia nos momentos decisivos do segundo e terceiro sets.

Thaísa de um lado e Natália do outro, foram as melhores em quadra.

Comissão técnica e jogadoras podem não admitir abertamente, mas agora Osasco se concentra no Sesi. O adversário voltou a surpreender na rodada e fez 3 a 2 em Campinas.

O confronto ganhou rivalidade especial após a final do título sul-americano.

Osasco quer confirmar a primeira colocação na fase de classificação antecipadamente e encara o jogo de segunda-feira como uma autêntica revanche, especialmente após as provocações dos dirigentes do Sesi nas redes sociais.


História da carochinha
Comentários Comente

Bruno Voloch

Está muito mal explicada a dispensa de Fernandinha e Fernanda Ísis de Barueuri. Aliás, até agora os motivos não revelados.

Maurício Thomas alegou ‘conflitos de ideias e de ideais num mesmo grupo’ para liberar as jogadoras.

Essa não colou.

A sensação é que o clube e principalmente o treinador estão escondendo a verdade.

Maurício Thomas ficou em situação desconfortável já que foi contratado por indicação das próprias jogadoras, entre elas Fernandinha e Fernanda Ísis.

Estranho ver as jogadoras sendo liberadas ‘apenas’ por conflito de ideais e ideais. Num grupo formado por 14 atletas é impossível todas pensarem iguais ou compartilharem do mesmo pensamento. Divergir em qualquer segmento da vida é normal.

O técnico, de potencial indiscutível, pensa mesmo que alguém acreditou nesse discurso ?

Essa é a famosa história da carochinha.

Na bola as coisas estão cada vez mais complicadas. O time, já sem as duas, perdeu de 3 a 0 para São Bernardo pela sétima rodada do returno, não se encontra e está fora da zona de classificação na nona colocação.

 

 


Recém-criado, Barueri vive crise e dispensa campeã olímpica Fernandinha
Comentários Comente

Bruno Voloch

Fernandinha não é mais jogadora do Barueri.

A levantadora campeã olímpica em 2012 foi dispensada do clube. Junto com ela, partiu a central Fernanda Ísis.

A comissão técnica e a diretoria do clube alegaram ‘problemas disciplinares’ para a liberação das atletas.

A decisão aconteceu antes do jogo contra o Sesi. O time foi derrotado por 3 sets a 2..

Barueri ocupa apenas a nona colocação na superliga e soma 26 pontos, dois atrás de São Caetano que fecha a zona de classificação.

O time é conhecido pela presença das ‘musas’ Mari Paraíba, Luciane Escouto e Natasha Valente.

Em agosto do ano passado, Barueri assumiu o projeto do Jacareí, que montou equipe, mas teve problemas com salários e não conseguiu manter a participação na superliga.


Resposta, recorde e surra
Comentários Comente

Bruno Voloch

Não poderia ter sido melhor o primeiro jogo de Osasco após a traumática e inesperada perda do título sul-americano para o Sesi.

O time venceu com autoridade o Pinheiros por 3 a 0, adversário sempre duro e que oferece resistência aos grandes.

Osasco impôs ainda incríveis 21/5 no terceiro set após os dois primeiros serem relativamente equilibrados.

Sanja e Caterina, que foram uma negação diante do Sesi, se recuperaram, mas ninguém jogou mais bola do que Thaísa.

Osasco lidera com folga, foi aos 55 pontos e segue sem perder na superliga.

Se vencer o instável Praia Clube na próxima rodada, algo provável, o clube se torna recordista da competição com 20 vitórias consecutivas superando o rival Rio de Janeiro que ganhou 19 em 2011/12.

 

 


Postura x Profissionalismo
Comentários Comente

Bruno Voloch

Todo mundo sabe que o RJ Vôlei está em crise.

É fato que os jogadores não superaram os problemas financeiros.

Marcelo Fronckowiak, técnico da equipe, vem quebrando a cabeça para escalar o time. O treinador se viu obrigado a lançar atletas juvenis, improvisar e trabalhar longe das condições ideais.

Apesar das adversidades, o comandante do RJ Vôlei jamais deixou de acreditar no projeto, mesmo que o que fora prometido jamais tenha sido entregue.

Grande profissional. Exemplo raro no vôlei.

O resultado diante de Campinas era esperado. Nova derrota, 3 a 0 e o RJ Vôlei caindo na tabela.

Rivaldo foi o nome do jogo, especialmente no terceiro set. O saque de Campinas esteve impecável.

Marcelo sabe que ganhar ou perder faz parte do esporte, mas o que se viu em quadra porém foi bem diferente.

Alguns jogadores do time carioca, no mesmo terceiro set, não tiveram o comportamento adequado. Faltou profissionalismo e postura.

Era nítido e absolutamente compreensível o descontentamento de Marcelo com o líbero Mário Jr, jogador da seleção.

Assim o Rio caiu novamente. Assim o Rio não irá se levantar. Por sinal, difícil saber se realmente os jogadores querem ganhar sobrevida na superliga.

Pelo que demonstraram em quadra, não.

Se depender de Marcelo, sim.

 


Frustração laranja em Uberlândia
Comentários Comente

Bruno Voloch

Nem mesmo o trio formado por Mari, Herrera e Monique, que atuou pela primeira vez na superliga, impediu nova derrota do praia Clube na competição.

Jogando em casa, fato que não tem feito a menor diferença na atual temporada, o time perdeu para Campinas por 3 sets a 2.

Mari jogou os 5 sets, mas está longe da forma física ideal e passou o segundo set sem pontuar. Herrera foi novamente a melhor jogadora do Praia e Monique teve boa participação. O Praia segue instável, abusa dos erros e é irregular.

Exceção feito ao quarto set, Natália, foi o destaque de Campinas com 25 pontos. Tandara, embora tenha pontuado menos, 19, ainda é mais constante que a companheira.

A norte-americana Kristin apareceu bem e Angélica substituiu bem Walewska.

O resultado deixa o Praia, 3 derrotas seguidas, ameaçado até pelo penetra Brasília.

Campinas somou 2 pontos e ainda é perseguido de perto pelo Rio com 47.

Por sinal, o time carioca bateu o Minas sem problemas em Belo Horizonte por 3 a 0.

Em termos de classificação, o bom time de São Caetano virou diante de Araraquara com 3 a 1, chegou aos 28 pontos e continua entre os 8 primeiros.

Em duelo de eliminados, o São Bernardo derrotou fácil o decepcionante Maranhão por 3 a 0.


Reação e nervos em frangalhos
Comentários Comente

Bruno Voloch

Eletrizante sob todos os aspectos o clássico entre Minas e Cruzeiro.

Jogando em casa, o Minas fez valer o mando de quadra e venceu por 3 sets a 2 num dos jogos mais disputados e equilibrados da superliga.

Curiosamente, depois da saída de Horácio Dileo, após 3 derrotas seguidas, e a consequente chegada de Ricardo Picinin, o Minas nã0 perdeu mais e venceu Sesi e Cruzeiro, dois dos favoritos ao títulos. É nítida a evolução do time.

Diante do fortíssimo Cruzeiro, o Minas apresentou incrível poder de reação e virou o jogo após sofrer 21/11 no terceiro set.

Filip e Raphael, comandados pelo excelente Marcelinho, foram os responsáveis diretos pelo resultados. O ótimo aproveitamento do bloqueio foi decisivo.

Jediel de Carvalho mostrou segurança no aspecto disciplinar e fez valer a regra, algo raro na competição, no segundo set. Leal, sempre ele, exagerou após pontuar, comemorou de frente para os adversários, provocou e acabou discutindo com Henrique. Descontrolado, empurrou o jogador do Minas e foi merecidamente desqualificado pelo árbitro. Henrique foi punido com cartão vermelho. Mais tarde, Ricardo Picinin e Marcelo Mendez, exaltados e após discussão, também receberem cartão vermelho.

O Minas ainda sonha com o terceiro lugar, mas a realidade aponta para quarta colocação.

O Cruzeiro perdeu Leal para a decisão de sábado, dia 15, contra o Sesi, que passou fácil por Maringá por 3 a 1. O elenco é forte, Marcelo Mendez tem boas opções, mas o cubano irá fazer falta no jogo que vai definir a primeira colocação da fase de classificação.

Canoas confirmou vaga nos playoffs ao vencer por 3 a 0 Montes Claros.

O resultado foi importante para São Bernardo que caiu em casa para Juiz de Fora, mas com 23 pontos, ainda mantém relativa margem de segurança e deve fechar o bloco dos classificados.

 

 


Argentina realiza sonho antigo e contrata Julio Velasco
Comentários Comente

Bruno Voloch

Julio Velasco, um dos maiores treinadores da história do vôlei mundial, é o novo treinador da seleção masculina da Argentina.

Velasco vai substituir Javier Weber demitido no fim de 2013.

Reconhecido mundialmente melhor técnico do século XX ao lado do japonês, Yasutaka Matsudaira, e do norte-americano, Doug Beal, Velasco  fez muito sucesso nos anos 90 à frente da seleção da Itália. Os italianos ganharam 5 vezes a Liga Mundial, 3 vezes o europeu e a medalha de prata na olimpíada de Atlanta em 1996.

Argentino naturalizado italiano, Velasco ainda treinou as seleções da República Tcheca, Espanha e estava dirigindo o Irã.

Será a primeira vez que o técnico irá trabalhar na seleção da Argentina.