Blog do Bruno Voloch

Arquivo : outubro 2013

A volta de quem não deveria ter saído
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Bruno Voloch

Não é de hoje que falo do potencial de Walewska, jogadora de Campinas.

Atleta acima da média, profissional dedicada, serena, responsável e com inúmeras qualidades.

Acompanho a carreira de Walewska, central do Amil/Campinas, desde os tempos de Minas por volta do fim da década de 90.

Ganhou status e fama com Bernardinho ainda nos tempos de o extinto Rexona em Curitiba. Merecidamente, acabou chegando a seleção brasileira.

Titular absoluta na era José Roberto Guimarães desde 2003, Wal foi premiada com o ouro olímpico em Pequim 2008. Desde então, inexplicavelmente, mas por motivos que só ela tem conhecimento, , abdicou da seleção.

Walewska rejeitou várias vezes o pedido de Zé Roberto de retornar, o último convite há dois anos.

Honestamente, não sei quem cedeu e de que maneira o técnico conseguiu convencer a jogadora, mas é o que menos importa. Fato é que a seleção ganha muito com a presença dela. Uma líder nata.

Wal será muito útil e tem bola de sobra. Inclusive para ser titular.

Apesar de muita gente questionar os métodos de Zé Roberto e duvidar do profissionalismo do técnico, afinal mais duas jogadoras de Campinas foram chamadas, Walewska é uma ótima opção.

O aproveitamento de Carol é discutível, uma vez que nomes como Ana Beatriz, Mayhara e Letícia Hage poderiam sair da lista de espera.

Michelle é uma alternativa interessante mas não ameaça Garay e Natália. Entra para compor.

 

 


Pinheiros e Barueri na parte de cima e briga dura pela lanterna
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Bruno Voloch

Rio do Sul protagonizou a grande zebra do campeonato ao vencer a Unilever por 3 a 1. Resultado surpreendente e que lá na frente pode custar caro ao time de Bernardinho. O tropeço porém não tira da Unilever a condição de favorita ao título. Na temporada passada o time perdeu do Minas por 3 a 0 e foi campeão. Sem meio time, Fofão, Gabi e Juciely, o quadro não é tão assustador.

Osasco pode render mais e é o que se espera do time de Luizomar de Moura. Passar pelo frágil Minas e sem perder sets era obrigação. A ausência de Thaísa não foi sentida, o que não quer dizer muita coisa. Contra adversários mais poderosos tecnicamente, a central vai fazer falta.

Em Uberlândia, o Praia ganhou do Sesi por 3 a 1 num confronto que ganhou rivalidade nos últimos anos. As duas equipes porém seguem devendo. A expectativa é ver o Praia com Herrera e Mari em quadra. O Sesi, devidamente condenado e com cortes definidos para 2014/15, é mero figurante.

Pinheiros segue fazendo bonito e derrubou um dos grandes favoritos ao título. A vitória de 3 a 2 contra Campinas coloca a equipe num patamar que talvez o próprio time duvidasse nesse início de competição. Fato é que o Pinheiros ganha respeito e força a cada rodada.

Barueri fez o dever de casa e passou fácil pelo decepcionante Maranhão com 3 a 0 com 21/13, 21/13 e 21/11. Barueri se credencia a brigar na parte de cima da tabela, enquanto Maranhão acumula uma derrota atrás da outra.

A presença de Maranhão na superliga deve estar sendo comemorada por Brasília, penetra da competição. Se não fosse pela presença das nordestinas, Brasília estaria hoje na última colocação. Pelo elenco que montou, Brasília tinha obrigação de estar entre os 8. Anda no limite. Mas após perder para São Bernardo, que não tinha vencido ninguém, o penetra apanhou do modesto e bem treinado time de São Caetano por 3 a 2.

Rio do Sul, Maranhão, Minas brigam rodada a rodada pelo título de pior time da superliga. Não dá para deixar de destacar o esforço de Brasília para entrar nesse relação.

 

 

 


Decisão tardia e inevitável
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Bruno Voloch

A decisão de demitir Dorival Júnior parece sensata. O Vasco deu pequenos sinais de evolução nas primeiras partidas sob comando do treinador, mas depois voltou a mediocridade dos tempos de Paulo Autuori e seus antecessores.

O problema não é treinador. O elenco é fraco, limitadíssimo em todos os setores. A mudança é interessante no aspecto emocional e traz uma questionável motivação para aqueles que não eram utilizados por Dorival. E só.

Roberto Dinamite tinha obrigação de dar uma satisfação ao torcedor e a maneira mais simples era dispensar o técnico. Dito e feito. O presidente porém demorou para enxergar que Dorival seria incapaz de livrar o time do rebaixamento.

O mais correto teria sido demitir o treinador após a derrota para o Criciúma. O jogo contra o Goiás passou e novo vexame. Os dois gols em 6 minutos diante do Botafogo e o empate com o adversário jogando com o time reserva já era outro indício de que a coisa não andaria. Só aí foram 8 pontos deixados para trás.

Ser eliminado da Copa do Brasil, embora tenha feito um bom jogo, era questão de tempo. Mas priorizar a luta contra a segunda divisão e abrir mão de lutar por uma vaga na libertadores foi pensar pequeno demais, longe das tradições do Vasco.

Dorival teve o fim que mereceu. O Vasco segue condenado.


Eurico Miranda detona Dorival e fala em ‘crime’ contra o Vasco
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Bruno Voloch

Inconformado com a situação do Vasco, o ex-presidente, Eurico Miranda, voltou a se manifestar.

Após a derrota para a P0nte Preta, Eurico não se conteve, detonou a administração atual e falou em ‘crime’ contra o Vasco:

‘Eu me dispus a ajudar vocês. Ofereci minha ajuda novamente.  Disse que o caminho era a troca de treinador e a vinda de alguém com raiz de Vasco. Falei isso há 10 rodadas, há mais de um mês. Vocês são responsáveis pelo crime que estão cometendo contra o Vasco.’


Conta na mesa errada
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Bruno Voloch

Não foi a primeira e certamente não será a última vez que o Vasco perde um jogo por causa das faljas individuais do goleiro.

O futebol é coletivo, mas desde o início da temporada, o time sofre com erros grotescos na posição e o clube se limitou a jogar a responsabilidade na mídia, achando a cobrança exagerada.

Carlos Germano, ídolo dos anos 90, e preparador de goleiros, garantiu que o Vasco estava bem servido.

Roberto Dinamite aderiu ao discurso e até Dorival Junior não enxergou o óbvio. A conta está saindo cara. O Vasco não jogou tão mal assim contra o Criciúma e contra a Ponte Preta, mas pela teimosia e vaidade da diretoria e comissão técnica, saiu de campo derrotado nas duas ocasiões.

O time pode até ser fraco, e é de fato, mas talvez não estivesse nessa posição tão delicada com um goleiro apenas razoável.

Diego, Alessandro, Michel Alves representam uma agonia sem fim. Eles porém não os maiores culpados. A responsabilidade é de quem contrata e quem escala.

A maioria dos jogadores do elenco não podia vestir a camisa do clube. É um  desrespeito com a história do clube. Essa conta passa pelos atletas, mas precisa ser paga pela diretoria e por Dorival Júnior.

O Vasco é pessimamente mal administrado e igualmente mal escalado. Dorival perdeu a mão faz tempo.


Sesi reduz investimento no feminino e deixa São Paulo
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Bruno Voloch

A temporada 2013/14 será a última do time feminino do Sesi jogando em São Paulo.

Insatisfeitos com os resultados, os dirigentes já decidiram que a equipe não irá mais treinar e muito menos jogar na Vila Leopoldina, local normalmente usado pelo clube para os jogos da superliga.

As mudanças não param por aí.

O investimento será reduzido drasticamente.

Hoje o feminino custa algo em torno de R$ 10 milhões por temporada. Apenas as jogadoras com 2 anos de contrato serão mantidas para 2014/15, casos de Dani Lins e Bia, por exemplo.

Talmo de Oliveira deve deixar o Sesi.

Maurício Thomas, hoje em Barueri, é o nome preferido para assumir o cargo. Maurício trabalha com a seleções de base e intenção é ter um time formado na maioria por juvenis, mesclando a experiência de algumas atletas adultas.

Por questões éticas, Alexandre Pflug, diretor do clube, não irá admitir publicamente os novos rumos do vôlei feminino, mas a decisão já está tomada.

Nada muda até o fim da edição atual da superliga e o novo planejamento será válido a partir de maio de 2014.

 


Brincadeira perigosa e sinceridade raramente vista
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Bruno Voloch

“Estamos brincando com o perigo”.

A frase, de sinceridade raramente vista, é de Rafael Sóbis, hoje um dos jogadores mais importantes do Fluminense, e reflete exatamente a posição que vive o tricolor.

O time faz de tudo para entrar na zona do rebaixamento. Não consegue. Sorte do Fluminense que o Vasco insiste em ficar entre os 4 últimos.

São 7 jogos sem vencer e Luxemburgo, embora tenha valorizado a base, parece ter perdido força e o grupo vive uma relação semelhante a de Mano Menezes quando ainda dirigia o Flamengo. Os jogadores não assimilam o que pede o técnico. Fato.

O Fluminense pode se livrar e é bem possível que se mantenha na primeira divisão. Mas o torcedor não deve se iludir. Caso aconteça, será muito mais por demérito dos outros, do que mérito próprio.

 

 

 


Evandro sem panela
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Bruno Voloch

Foi de encher os olhos o desempenho de Evandro no primeiro jogo da decisão do campeonato paulista entre Sesi e Campinas.

O oposto do Sesi desequilibrou a partida e foi fundamental na vitória por 3 a 1. É impressionante o a forma física e técnica do jogador. Evandro está voando em quadra.

Os anos afastados do vôlei brasileiro fizeram bem ao atleta. Evandro parece ter amadurecido e superado os problemas extraquadra.

Bernardinho acertou em cheio ao convocar o atleta do Sesi. Estar na lista é pouco.

Evandro precisa ser testado. Sem ‘panela’ na seleção e se prevalecer apenas o fator bola, Evandro hoje briga no mínimo de igual para igual com Leandro Vissoto e Wallace.


Taubaté e penetra ladeira abaixo
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Bruno Voloch

Taubaté já fez de tudo. Trocou treinador, dispensou jogadores, trouxe reforços, entre eles, Giba. O time porém não anda, ou melhor, não vence.

A derrota para Maringá dentro de casa foi a quinta consecutiva na superliga e a equipe segue na incômoda lanterna do campeonato sem pontuar.

Taubaté não dá sinais de reação e continua ladeira abaixo. Seria injusto jogar a responsabilidade nas costas de Giba. Por mais que não esteja 100% e longe de apresentar o vôlei que o consagrou, Giba não é mágico.

Caminho semelhante faz o penetra Brasília na superliga feminina. Uma decepção seja dentro ou fora de casa. O modesto time de São Bernardo se aproveitou da fragilidade e instabilidade do adversário e conquistou a primeira vitória no torneio ao vencer por 3 a 2.

A veterana, mas eficiente levantadora Kátia, estava em dia inspirado. Com a chegada de Soninha, São Bernardo pode sonhar com uma vaga nos playoffs. Trata-se de uma jogadora experiente, forte fisicamente e habilidosa. Contratação pontual.

 

 

 


Pinheiros contraria gíria e Praia pega no tranco
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Bruno Voloch

Zebra é uma gíria usada no esporte para designar um resultado inesperado.

A cada temporada, o Pinheiros, de Wagão, deixa de lado o rótulo de zebra e evoluiu a cada partida.A vitória, não tão inesperada assim contra o Sesi, foi mais uma prova da capacidade da equipe.

No papel o time do Sesi é superior, investimento então nem se fale, mas na prática não anda, não é confiável e acumula insucessos.

O Pinheiros fez 3 a 2, mas poderia ter vencido por 3 a 0. Ganhou 2, mas não seria absurdo nenhum sair de quadra com os 3 pontos. O conjunto segue sendo o ponto forte do time, além do ótimo volume de jogo.

No Rio, a Unilever teve que suar para derrotar o São Caetano por 3 a 1. Sarah Pavan evitou o pior para as cariocas. Impressiona a aplicação tática das meninas comandadas por Hairton Cabral.

Campinas e Osasco passaram fácil por Minas e Rio do Sul respectivamente e somaram mais 3 pontos.

Na briga na parte debaixo da tabela, a Uniara ganhou do time de Maranhão por 3 a 1. Foi a segunda vitória de Araraquara na superliga e Maranhão segue zerado com campanha decepcionante.

O trio formado por Monique, Kim Glass e Letícia, foi fundamental para o Praia Clube derrotar Barueri por 3 sets a 2. Uberlândia segue devendo, apresenta altos e baixos e está muito distante do que supostamente pode jogar. Novamente pelas mãos de Cibele, Barueri conquistou 1 ponto importante.