Blog do Bruno Voloch

Arquivo : março 2013

Fluminense abusa do direito de perder gols e é merecidamente castigado
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Bruno Voloch

O Fluminense não pode reclamar da sorte.

O time foi incompetente por isso perdeu dois pontos e deixou de derrotar o Huachipato no Engenhão.

Foram inúmeras chances criadas no primeiro tempo e o Fluminense só teve a capacidade de faz um gol e mesmo assim de pênalti, marcado por Fred.

Só Thiago Neves desperdiçou duas chances claras de gol. O time chileno não assustou, o Fluminense teve muito apetite, mas uma incrível falta de pontaria.

1 a 0 magro era sinal de drama no segundo tempo. Não deu outra.

O Flumiense não conseguiu manter o ritmo e Huachipato, já sem os 3 zagueiros de origem, equilibrou o jogo e ganhou o meio de campo. Mesmo assim, as melhores oportunidades ainda eram do tricolor. Wellington Nem e Thiago Neves voltaram a errar na conclusão.

O Huachipato arriscava pouco e na bola parada empatou a partida. Arrué fez linda jogada no rebote e Nuñez empatou. Castigo merecido.

A partir daí o Fluminense esqueceu a tática e partiu para o desespero.

Fred ainda obrigou o goleiro Veloso a fazer um linda defesa.

Abel ainda colocou inutilmente Rhayner e Samuel em campo.

O Fluminense frustra seus torcedores e os jogadores deixaram o campo sob vaias e gritos de ‘time sem vergonha’.


Coragem de Andreia expõe sentimento do Pinheiros após eliminação
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Bruno Voloch

A sinceridade de Andreia, jogadora do Pinheiros, após a derrota e a eliminação na superliga chamou atenção.

Há muito tempo não assistia no vôlei uma declaração tão sincera e emocionante.

Perguntada se o Pinheiros deixava a competição com a sensação do dever cumprido, Andreia foi categórica:

“Não. Ficou claro que poderíamos ter ido mais longe.”

Como é bom ouvir respostas desse nível e sair da rotina do dia a dia. Gente de personalidade como Andreia faz falta no esporte.

Rio, Osasco, Campinas e Sesi chegaram. Nada mais natural e a superliga feminina caminha para óbvio. Chega, quem investe mais.

Mas a gente tem obrigação de enaltecer o brilhante trabalho de Spencer Lee em Uberlândia e Wagão no Pinheiros.

Osasco montou uma verdadeira seleção brasileira. O Rio trouxe Logan Tom e Campinas contratou Vasileva. O Sesi conta com duas titulares da seleção campeã olímpica: Dani Lins e Fabiana.

Em tese tinham obrigação de chegar as semifinais.

Spencer e Wagão fizeram um trabalho espetacular, digno de elogios. Suas equipes eram infinitamente inferiores aos adversários.

Praia e Pinheiros por muito pouco não derrubaram os favoritos. Esse é um dos prazeres do esporte.

Os dirigentes do Praia Clube do Pinheiros são obrigados a valorizar o trabalho da comissão técnica e das jogadoras.


Ary Graça cede à pressão dos europeus e mundial de clubes será um outubro
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Bruno Voloch

A FIVB, presidida pelo brasileiro Ary Graça, não resistiu e cedeu à pressão dos clubes europeus.

A entidade tinha intenção de antecipar a realização do campeonato mundial de clubes. A competição chegou a ser confirmada para maio, entre os dias 8 e 15.

Acontece que o período poderia coincidir com as finais de vários campeonatos nacionais, como da Itália, Rússia e Turquia.

Os principais clubes da europa ameaçaram não jogar a competição e a FIVB se viu obrigada a mudar o calendário.

Dessa forma, o evento será novamente disputado em outubro, sem data definida.

Sollys/Osasco e Trentino, da Itália, são os atuais campeões do mundo.


Recuperada após arritmia, Verê, líbero do Sesi, afirma: “Fiquei perdida e pensei que teria pouco tempo de vida”
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Bruno Voloch

O mês de fevereiro e o ano de 2013 dificilmente irão sair da memória da líbero Verê, do Sesi.

Após realizar exames de rotina, a jogadora foi afastada dos jogos e treinos do clube por causa de uma arritmia cardíaca.

Mas isso tudo já é passado na cabeça da atleta. Verê entrou em quadra na terceira partida das quartas de final contra o Praia Clube e ajudou o time a se classificar para a semifinais da competição.

Verê conversou com o blog, contou o drama que viveu e as incertezas em relação ao futuro:

“A primeira coisa que veio na minha cabeça foi na verdade uma pergunta para nosso medico: Vou ter que ficar afastada de tudo? Vou ficar fora das quartas? Na hora nem pensei na gravidade que poderia ser esse problema. Fiquei sem reação, completamente perdida em meus pensamentos”.

Ela conta como recebeu a notícia:

“Recebi de um dos nossos médicos. Eu estava me preparando para o treino e logo que entrei em quadra ele me chamou em particular para comunicar a arritmia”.

Verê afirma que se assustou, fez indagações, mas não pensou no pior:

“Quando vc recebe uma notícia tão complexa assim passa um milhão de coisas em sua mente como por exemplo: Vou ter que abandonar as quadras? Não vou mais poder ter filhos ? Tenho pouco tempo de vida ? Passa tudo em sua mente, principalmente família. Mas em nenhum momento me entreguei, coloquei na minha cabeça que o que Deus colocasse em minha vida, eu iria encarar de peito aberto. No final de tudo descobri que meu coração está melhor que antes”, brinca a atleta.

A líbero fala abertamente das suas preocupações:

“A principal preocupação são as consequências que isso pode trazer na vida profissional e pessoal. Uma notícia ruim pode mudar o curso natural das coisas”.

Verê diz que só pensa em ajudar o Sesi a derrotar o Rio de Janeiro e sonha com seleção brasileira:

“Representar o seu país é o sonho de todo atleta , mas isso deve ser encarado como uma consequência de um trabalho. Se um dia eu chegar a ser convocada estarei preparada, se isso não acontecer minha carreira segue em frente. Hoje estou pronta para ajudar o Sesi a seguir em busca de uma final na Superliga”.


Campinas cumpre meta; Pinheiros deixa ótima impressão
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Bruno Voloch

A comemoração do técnico José Roberto Guimarães após o último ponto contra o Pinheiros reflete bem o sentimento de alívio.

A classificação para a semifinal foi sofrida e a explosão de alegria do treinador é plenamente justificável.

Pouca gente esperava que o Pinheiros pudesse dar tanto trabalho e chegasse tão longe na competição.

Devo admitir que me incluo nessa relação e ao mesmo tempo fiquei surpreso e gratificado ao ver o Pinheiros jogar tanta bola.

No terceiro e decisivo confronto, Campinas teve Ramirez inspirada. A cubana foi importantíssima com seu espírito de liderança e participação no ataque e bloqueio.

Campinas jogou com raiva, conseguiu equilibrar o jogo no bloqueio, não se apavorou com a derrota no primeiro set e fez muita pressão no saque.

Walewska, além de Ramirez, fez ótimo jogo.

Apesar do placar de 3 a 1, o jogo foi muito tennso e nenhum dos dois times foi regular. Foi uma partida marcada pela grande quantidade de erros, mais de 50 no total, reflexo do nervosismo de ambos os lados.

A experiência de Campinas pode ter pesado no fim.

O Pinheiros, assim como o Praia Clube, deixa a superliga de cabeça erguida. Pelo investimento feito, o time foi até longe demais.

Campinas sofreu com inúmeras contusões no elenco, como Soninha e Jú Nogueira e sentiu a ausência de Fernandinha no playoff. Pri Heldes tem futuro, mas é bem previsível, algo natural da idade.

A equipe sai fortalecida das quartas de final e passa a viver o papel do Pinheiros.

Osasco é o favorito e tem a obrigação de vitória. Talvez assim, sem pressão, Campinas possa ser finalista.


Sem verba, Florianópolis e São Bernardo podem ter o mesmo destino de Vôlei Futuro e Pindamonhangaba
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Bruno Voloch

Além do Vôlei Futuro, mais duas equipes podem ficar fora da próxima edição da superliga.

Florianópolis e São Bernardo sequer enviaram representantes para a reunião realizada na CBV e que serviu para definir o ranking para a temporada 2013/14.

A informação partiu de Renato D’Avila, superintendente técnico da entidade. O próprio dirigente confidenciou sua preocupação aos demais envolvidos.

O Volta Redonda também não esteve presente ao encontro, mas irá manter a equipe por mais um ano.

O Vôlei Futuro está com os salários atrasados e soma dívidas com ex-atletas. Basílio Neto, diretor do clube, já deixou claro que o Araçatuba passa por momentos complicados e que só poderá manter o vôlei masculino se conseguir investidores.

Basílio não escondeu a decepção com os resultados do time na superliga e a eliminação ainda na fase de classificação.

Florianópolis e São Bernardo usam recursos bem mais humildes, mas também passam por dificuldades.

São Bernardo disputa a fase de playoffs da competição, mas não existe a garantia da sequência do projeto.

Florianópolis vive situação semelhante.

Conforme o blog divulgou, o projeto em Pindamonhangaba foi encerrado.

João Conceição, técnico do time, comandará a equipe em Taubaté.

Ricardo Navajas busca patrocinadores e se conseguir formam um time de ponta, irá treinar Suzano.


Futebol carioca vive ‘crise’ nas arquibancadas; Engenhão e preços são considerados vilões
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Bruno Voloch

Os dirigentes do futebo carioca não se entendem. E não é de hoje.

O torcedor realmente ficou em segundo plano.

Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco deveriam ter o mesmo peso pela tradição e representatividade. Mas não funciona bem assim.

Ninguém consegue explicar porque os preços dos ingressos da primeira semifinal entre Vasco e Fluminense custavam entre R$ 30 e R$ 60 e no dia seguinte para Botafogo e Flamengo estavam valendo R$ 40 e R$ 80.

Como assim ?

A decisão de manter os preços usados no jogo entre Botafogo e Flamengo para a decisão mostra apenas que nínguém está preocupado com a presença de público e sim com a cota da televisão.

As duas semifinais levaram pouco mais de 30 mil pessoas ao Engenhão.

Existe algo de errado nessa relação.

Quando poderia se imaginar dois clássicos tão tradicionais com 15 e 17 mil torcedores ?

Será mesmo que só Engenhão pode ser culpado ?

É bem verdade que o estádio não pegou e é de certa maneira discriminado pela localização.

Fato é que a Copa do Nordeste e a final do primeiro turno do campeonato paraense deram de goleada nas semifinais da Taça Guanabara.


Unilever preferia enfrentar Praia Clube; torcida foi contra o Sesi
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Bruno Voloch

Ninguém vai admitir abertamente, mas se pudesse determinar o adversário na semifinal, a Unilever optaria pelo Praia Clube.

As jogadoras, até por uma determinação de Bernardinho, usarão o discurso do respeito e a tese de que para ser campeão não se pode escolher adversário.

No íntimo porém, a torcida foi pela classificação do Praia Clube.

Embora tenha tido dificuldades quando jogou em Uberlândia e venceu por 3 a 2, o time mineiro era considera menos rodado e com jogadoras pouco experientes, exceção de Dani Scott e Arlene.

O estilo de jogo do Sesi encaixa com o da Unilever. As equipes quase sempre fazem jogos equilibrados e decidido em detalhes.

Em tese, conhecer Dani Lins, Sassá e Fabiana, todas ex-jogadoras do Rio, pode ser uma vantagem, mas a comissão técnica carioca não pensa bem assim.

Acontece que Dani Lins e Fabiana, campeãs com o treinador no Rio, pegaram Bernardinho de surpresa na época. O clube não esperava que as duas tivessem coragem de largar o projeto seguro e vitorioso da Unilever.

Dani e Fabiana deixaram o Rio e a relação ficou estremecida.

A levantadora acompanhou os passos do namorado Sidão e foi para o Sesi.

Desgastada com Bernardinho, Fabiana se aventurou pela europa, Vôlei Futuro e também foi parar em São Paulo.

Isso sem falar em Elisângela, cria de Bernardinho no extinto Rexona em Curitiba.

A ótima fase da atacante Tandara também é motivo de preocupação.

O Sesi foi inconstante a maior parte da superliga, vive de altos e baixos, ainda não tem padrão de jogo, mas apesar da poucas virtudes, Bernardinho preferia viajar até Uberlândia.


Sesi atua como time grande e Tandara, ‘pipoqueira’, rege classificação em Uberlândia
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Bruno Voloch

A torcida de Uberlândia fez sua parte e lotou o ginásio do Praia Clube.

Diretoria, comissão técnica, time e torcedores apostavam no fator casa para classificar a equipe pela primeira vez para uma semifinal de superliga.

A idéia era repetir a ótima performance da segunda partida quando o Praia bateu o Sesi por 3 a 0.

Mas o sonho foi adiado mais uma vez.

Tandara, chamada de pipoqueira pela torcida, definiu o jogo e manteve o Sesi na luta pelo inédito título.

A atacante fez 22 pontos, se destacou no ataque, saque e bloqueio. Duro ter sido ver Dani Lins receber o prêmio de melhor jogadora. Mais uma prova de que a escolha é política e não técnica.

Não que Dani Lins tenha jogado uma partida ruim, longe disso, mas Tandara foi determinante.

Tandara não ganhou o jogo sozinha. Dessa vez dá para enaltecer o jogo coletivo do Sesi e até Sassá pontuou decentemente. Bia manteve a regularidade habitual e Elisângela rodou bolas importantes.

Fabiana apareceu finalmente e se mostrou presente quando solicitada.

O saque do time paulista ‘matou’ a recepção do Praia. Juliana, sem alternartivas, quase não usou as centrais. Monique e Michele ficaram sobrecarregadas.

O grande mérito do Sesi foi ter sido agressivo e errado pouco nos 3 sets.

A nota triste foi ver a falta de autoridade de Fabrício Feliciano, primeiro árbitro. No segundo set, ele não conseguiu enxergar uma bola muito fora do ataque do Praia Clube. Nada porém que justificasse a revolta de Talmo e a comissão técnica do Sesi. Todos se comportaram de maneira exagerada e foram apenas advertidos pelo omisso Fabrício Feliciano.

Algumas jogadoras do Sesi pintaram e bordaram em quadra, no banco e foram no máximo advertidas.

O Praia deixa a superliga aplaudido, mas com a exata noção de que se tivesse contado com Herrera, o final poderia ser diferente.

O Sesi segue na competição aos trancos e barrancos. O time continua dependente de Tandara e muito distante da regularidade exigida para um time que sonha ser de ponta.


René Simões diz que Abel Braga foi ‘infeliz’ e ‘conhece a grandeza do Vasco’
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Bruno Voloch

É grande a revolta no Vasco.

Inconformado com a derrota no clássico, Abel Braga detonou o jovem Dakson após o jogo.

Na entrevista coletiva, o técnico do Fluminense afirmou que Dakson ainda ‘não ganhou nada’ e ‘dar de letra quando se está vencendo é fácil’.

Abel disse que recrimina essa postura e acha que o jogador do Vasco desrespeitou os companheiros de profissão com a ‘palhaçada’.

O técnico cutucou o adversário dizendo que entende os motivos de tamanha euforia porque o Vasco ‘não ganha nada’ faz tempo.

René Simões, dirigente do Vasco, saiu em defesa do jogador e condenou as declarações de Abel.

Em entrevista à radio Tupi, o dirigente rebateu e disse que Abel foi ‘infeliz e inoportuno’. René afirmou que o técnico esquece que defendeu o clube quando ainda era jogador e conhece a grandeza do Vasco.