Quarto set vale mais que tie-break; vitória com sabor de derrota
Bruno Voloch
Quando Valeskinha largou por cima do bloqueio de Jaqueline, o primeiro árbitro, Rogério Espialsky, poderia ter encerrado a partida entre Osasco e Rio.
O Rio fazia 25/23 no quarto set e garantia a liderança da superliga.
A partir daquele momento o jogo mudou. Bernardinho e Luizomar se estranharam e as comissões técnicas seguiram o péssimo exemplo de seus comandados. Cenas deprimentes aconteceram após a partida como se a gente tivesse acabado de assistir um jogo de várzea.
Jaqueline foi feliz ao detonar ambos os lados.
A vitória de Osasco por 17/15 no quinto set foi menos comemorada do que o habitual.
Osasco teve tudo nas mãos para definir a partida em 3 a 0. Faltou pouco e por detalhes o time não fechou em primeiro lugar.
Detalhes e erros do enrolado Rogério Espialsky. O árbitro marcou duas invasões altamente duvidosas a favor do Rio. Não acho que as atletas de Osasco tenham atrapalhado o levantamento de Fofão. Ele deu.O pior estava por vir. O chamado árbitro em questão não viu as duas bolas que tocaram o chão no terceiro set e seriam pontos também a favor de Osasco. Portanto dá para afirmar com tranqulidade, ainda mais com 32/30, que o árbitro influenciou diretamente no resultado do terceiro set e consequentemente da partida.
A jovem Gabi fez um partidaço, Sarah virou bolas importantes a partir do terceiro set e quem diria, Regiane foi fundamental quando substituiu Natália. A ex-jogadora de Osasco sentiu a pressão, estava presa em quadra e acabou no banco. Regiane dá prejuízo no passe, mas de vem quando roda no ataque.
Juciely sempre regular não merecia ter recebido o tratamente dado por Bernardinho. Faltou respeito com a atleta e o ser humano. Passou dos limites.
Fofão estava exausta e colocando a língua para fora. Não aguentou jogar nem o quinto set.
O Rio ficou em primeiro especialmente pela regularidade de Sarah Pavan e o equilíbrio de Gabi.
Jaqueline e Fernanda Garay foram as melhores de Osasco. Ponteiras que seguraram no passe e viraram no ataque. As duas tiveram atuação marcante.
Thaísa e Adenízia pontuaram bem, mas poderiam rendido mais no bloqueio. O espírito de Adenízia é algo contagiante.
Sheilla segue devendo e longe de ser a atacante de definição dos sonhos de Luizomar. Não será.
Karine merece ser lembrada. A levantadora reserva entrou bem em todos os sets, com personaliade, usou as opções mais simples e é extremamente eficaz.
Assim foi Osasco e Rio.
Deu Rio, mas poderia ter dado Osasco por 3 a 0.