Blog do Bruno Voloch

Arquivo : agosto 2012

Brasil vence em ritmo de treino e ‘ganha’ Itália de presente na semifinal
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Bruno Voloch

Aconteceu o previsto.

A seleção brasileira não precisou se esforçar muito, jogou para o gasto, se poupou e venceu com facilidade a Argentina por 3 a 0.

Os argentinos se intimidaram como de hábito e não renderam o vôlei apresentado diante da Bulgária e da Itália na primeira fase. Se entregaram antes mesmo do jogo começar. Tremeram.

A nota ruim foi a contusão de Vissoto. Dificilmente, se realmente o problema for muscular, o jogador irá atuar na semifinal. Wallace tem potencial, mas uma coisa é entrar sem responsabilidade, outra bem diferente é ser o oposto para derrubar bolas.

Mas o dia ainda seria ainda melhor para o Brasil. Ganhamos a Itália de presente.

O forte time dos Estados Unidos simplesmente acabou sendo massacrado pela Itália. Incrível.

A Itália nem parecia aquela seleção irregular, sem padrão tático e com jogo burucrático da primeira fase.

O time apostou tudo no saque e deu certo. A recepção norte-americana não funcionou. Stanley, Priddy e Anderson, aqueles que na semana passada destruíram o Brasil, foram ignorados e pararam no bloqueio da Itália.

Os italianos atuaram com muita personalidade. Ganham moral. Acho improvável porém que consigam manter o nível de jogo apresentado diante dos Estados Unidos contra o Brasil.

Se acontecer, a Itália pode ganhar de quaquer um.

A rivalidade com o Brasil é enorme, mas a seleção brasileira é muito favorita. Seria bem mais complicado jogar contra os Estados Unidos. Nosso jogo não encaixa com o deles.

Seja bem-vinda, Itália.


De tanto apanhar, Brasil aprende a bater pelas mãos de Sheilla e Thaísa
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Bruno Voloch

Deu ‘zebra’ em Londres. Com todo respeito.

De tanto apanhar, o Brasil apendeu a bater. Aprendeu pelas mãos de Sheilla e Thaísa.

É injusto após uma vitória épica como essa destacar somente duas jogadoras, mas não tem como deixar de elogiar Sheilla e Thaísa.

A toda poderosa seleção da Rússia caiu. Sheilla e Thaísa derrubaram.

O quarto venceu o primeiro, quem diria.

Só o esporte pode nos proporcionar momentos como o de hoje.

Difícil falar taticamente de um jogo tão disputado e emocionante. A tática passa longe.

A gente comentava nos últimos dias. Era possível vencer a Rússia. As jogadoras do Brasil também acreditaram. Que bom.

Esse jogo entra para a história do esporte.

Aquele time apático que perdeu para a Coreia por 3 a 0, mudou de postura, se transformou e quer mais.

Os Estados Unidos nos deram o convite, o Brasil aceitou e certamente será convidado para a festa final, talvez contra as próprias norte-americanas.

Dani Lins fez o jogo da vida. A seleção voltou a defender.

Garay se firmou. Colocou Paula no banco e não sai mais do time. Que diferença. Garay é corajosa, não tem medo de atacar e joga para o time.

E Thaísa ?

Importantíssima no bloqueio, firme no saque e com espírito de liderança. Fabiana chorou. Deve ter sido de nervoso. Melhor passar essa parte, afinal ela quase fica marcada de maneira negativa.

Algumas jogadoras quase entregaram, mas Sheilla, sempre ela, não deixou.

Esplêndida, decisiva e espetacular. Sheilla assumiu a responsabilidade e colocou o Brasil na semifinal da olimpíada. Ponto.

Essa coisa de fantasma exorcizado é bobagem.

O que vale é o presente.

 


Sorteio deixa seleção masculina perto da decisão olímpica; Argentina treme contra o Brasil
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Bruno Voloch

Perfeito.

Melhor não poderia ser.

O sorteio deixou a seleção masculina perto da decisão olímpica.

Os mais cautelosos preferem deixar a euforia de lado e respeitar Argentina.

Respeito no esporte deve existir, mas é evidente que a sorte está do nosso lado.

Não basta. Será preciso jogar bola. Nem tanto talvez.

A Argentina é nosso velho freguês do Brasil. Os argentinos nos respeitam, tremem e muitas das vezes atuam com medo do time brasileiro.

Os pessimistas irão lembrar de 2000 em Sidney quando perdemos para eles por 3 a 1 e acabamos eliminados.

Não existe comparação.

Essa é outra geração. Uma geração que está se despedindo e provavelmente com mais uma decisão olímpica no currículo.

Os jogadores da argentina já devem estar perdendo o sono.

O Brasil é o próprio pesadelo.


Defesa brilha, reservas se ‘divertem’ e Brasil vence em ritmo de treino
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Bruno Voloch

O Brasil cumpriu seu papel, não perdeu nenhum set e encarou a partida diante da Alemanha com a seriedade necessária.

Sem compromisso, o que poderia tornar o jogo perigoso, a Alemanha, já sabendo que enfrentaria a Bulgária nas quartas, arriscou tudo no saque. Era a única maneira que tinha para tentar equilibrar a partida. Não deu certo, ou melhor, no segundo set quase deu certo.

Bernardinho não quis emoção, enxergou o pequeno risco, fez a inversão e colocou Ricardinho e Wallace. Os dois trataram de virar para a seleção.

O sistema defensivo do Brasil funcionou como nunca. Destaques para Bruno, Serginho e Murilo.

Com 2 a 0 , Bernardinho, diante da facilidade encontrada no terceiro set, resolveu arriscar e colocou Rodrigão, Giba e Thiago Alves.

Os reservas mantiveram o ritmo e o Brasil liquidou em 3 a 0.

Foi um ótimo ‘treino’ para as quartas de final.


Ser ‘zebra’ pode virar trunfo para a seleção feminina contra a Rússia
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Bruno Voloch

O quadro me parece de pessimismo.

Será para tanto ?

Não vamos exagerar e não podemos iludir o leitor.

Pela campanha que fez até agora, a Rússia é favorita na partida contra a seleção brasileira nesta terça-feira.

5 jogos e 5 vitórias. Nós jogamos as mesmas 5 partidas, perdemos duas delas e vencemos outros dois jogos apenas no quinto set. O Brasil só se classificou por causa da ajuda dos Estados Unidos, caso contrário já estaríamos eliminados.

Mas passou …

O estilo de jogo das russas é velho conhecido. Bola alta nas pontas, pouca participação das centrais, bloqueio e saque pesados e uma recepção irregular. Gamova e Goncharova são os destaques e as jogadoras de definição. Sokolova está apagada, mas não pode jogar solta. Startseva, levantadora do time, é absolutamente previsível, mas lidera as estatísticas como a melhor da posição.

Kryuchkova é uma líbero segura e vem executando bem a função.

Mas agora ‘zera tudo’, como gostam de dizer os treinadores.

Concordo em parte. O desempenho na fase de classificação não pode ser esquecido e óbvio que serve como parâmetro.

Como trata-se de jogo único, tudo pode acontecer.

Além da má fase técnica, as jogadoras precisam cuidar do emocional. Ainda não fizemos um grande jogo na olimpíada.

Vivemos de altos e baixos, muito mais baixos, do que altos. Nossa postura está distante do ideal. Thaísa deve servir como exemplo. É a melhor jogadora do Brasil na competição.

Garay, enfim titular, deve ajudar muito no passe. Jaqueline será importante na defesa, mas as duas vão precisar rodar. Sem ponteiras efetivas, não se ganha jogo. Não poderemos ter as centrais como segurança. Sheilla aparentemente se garante.

Esse é o cenário.

Desanimador ?

Nem tanto, já foi pior, mas precisamos trabalhar dentro da realidade.

A realidade mostra a Rússia favorita. Sinceramente, não vejo esse time como imbatível. Os resultados recentes credenciam as russas e nos deixam como franco-atiradores.

Diante dos últimos acontecimentos, ser ‘zebra’ pode ser um trunfo para a seleção.

Quem apostaria na Bulgária no masculino ?

O caminho da seleção passa por aí.


Thank you, McCutcheon
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Bruno Voloch

A seleção feminina deve agradecer aos Estados Unidos.

A classificação veio graças ao profissionalismo do time norte-americano. Mesmo classificado para as quartas de final e em primeiro lugar do grupo, o time mostrou atitude, respeito aos torcedores e venceu a Turquia por 3 a 0. Belo exemplo.

Quem imaginou que o treinador McCutcheon fosse poupar as titulares se enganou. McCutcheon escalou a força máxima.

Sendo assim, a seleção feminina entrou em quadra classificada. A Sérvia, que tinha ganho somente um set na competição, atuou descompromissada e sem ambição alguma.

Após ganhar de presente a vaga na fase seguinte da olimpíada, o mínimo que o Brasil poderia fazer era vencer por 3 a 0.

O jogo foi muito fraco tecnicamente e sem emoção.

De positivo, apenas a presença de Fernanda Garay como titular e o bom rendimento das nossas centrais. Thaísa segue sendo superior.

De negativo, a falta de concentração habitual.

No mais, thank you, McCutcheon.


Atanasijevic ‘decide’ e Brasil sofre diante da Sérvia; Sidão e Wallace escapam em jornada pouco inspirada
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Bruno Voloch

Vencer a Sérvia apenas no tie-break não estava nos planos da seleção masculina.

Não foi o Brasil da vitória contra a Rússia, passou distante de ser aquele time que perdeu de 3 a 1 para os Estados Unidos e mais parecia aquela equipe que venceu a frágil Tunísia na estreia.

O Brasil jogou para o gasto e só.

Sonolento e sem inspiração, a seleção não acreditou no potencial do adversário e perdeu o primeiro set.

Foi o suficiente para acordar e empatar sem problemas no segundo set. A seleção entrava em quadra, sacava com eficiência e ameaça os primeiros pontos de bloqueio.

Arrastado, o terceiro set terminou com a vitória da Sérvia e com grande atuação de Atanasijevic. Para sorte da seleção, o técnico da Sérvia, sabe-se lá os motivos, decidiu sempre iniciar os sets com o jogador no banco. Foi fatal no quarto e quinto sets. Atanasijevic resolveu o jogo no terceiro no saque e quando esteve em quadra, raramente era parado.

Do lado brasileiro, Sidão foi destaque. Bruno teve altos e baixos e foi bem no quinto set. Murilo idem. Vissoto começou bem e Dante foi discreto. Isso com elogio e respeito. Ricardinho entrou e nada para variar. Rodrigão pode se dizer o mesmo, tirando alguns bons saques táticos. Wallace resolveu novamente.

E Giba ?

Afinal ele pode ou não jogar ?

Não seria o caso de entrar no lugar de Dante ?

Enfim, Giba deu lá seus pitacos de treinador no banco e deve estar pensando no desenho que irá deixar no rosto em caso de medalha de ouro.

O Brasil foi instável e venceu principalmente por causa da teimosia do treinador da Sérvia.


Brasil sobrevive graças ao talento de Thaísa e entrada de Fernanda Garay
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Bruno Voloch

Thaísa.

Esse foi o nome do Brasil no jogo contra a China.

Thaísa mostrou atitude, assumiu a responsabilidade, foi incansável no ataque e fez um jogo taticamente perfeito. Exemplo.

É claro que a jogadora contou com a sensibilidade de Dani Lins. A levantadora do Brasil aproveitou praticamente todas as passagens de Thaísa na rede e usou a central do Osasco no ataque.

Quando não teve o passe na mão, Dani foi obrigada a apelar para as ponteiras. E a recepção novamente deixou o time na mão. Fabi, para variar, esteve insegura e prejudicou o time.

José Roberto Guimarães demorou para enxergar o óbvio. Paula Pequeno está mal, não vira, parece pesada e sem mobilidade. Com Fernanda Garay em quadra o time fica mais leve, roda com mais facilidade e se sente mais seguro na recepção.

Sheilla foi contagiada pelo astral de Thaísa e rodou bolas muito importantes.

Jaqueline foi bem no fundo com ótimas defesas. Finalmente acordou.

A China deu trabalho. Deu trabalho em função dos erros da seleção. Nossa equipe ainda mostra sinais de falta de controle emocional. Tivemos 3 pontos de vantagem para fechar o jogo em 3 a 1 e não conseguimos. Virou rotina essa espécie de apagão.

Mas a alegria voltou, mesmo que temporariamente.

Longe de convencer e de ser uma seleção confiável, o Brasil vai se arrastando e sobrevivendo. Mas a realidade nos mostra jogadoras fragilizadas emocionalmente.

A realidade aponta para Garay como titular.

A vitória faz a seleção respirar e Thaísa mostrou como deve se comportar uma atleta em quadra.


Stanley, Anderson e Priddy foram impecáveis na vitória incontestável dos Estados Unidos
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Bruno Voloch

Vitória justa e absolutamente merecida da seleção dos EUA diante do Brasil.

Os norte-americanos dominaram praticamente todo o jogo e se tivessem sido mais regulares no primeiro set teriam feito 3 a 0.

Assim como uma vitória contra a Rússia não coloca o Brasil como o grande favorito, a derrota frente aos EUA não descarta nossas possibilidades de medalha. É cedo para isso.

Não faltou disposição para a seleção. Perdemos para um grande adversário.

Leandro Vissoto, enquanto teve pernas, foi um dos destaques da seleção. Murilo ficou devendo e Dante fez um bom jogo. Bruno não pode ser responsabilizado e epenas Lucão rodou no meio. Ricardinho e Rodrigão foram usados, mas não ajudaram em nada. Giba idem. Wallace sim, merece elogios.

Jovem, muita personalidade e coragem.

Foi um jogo de poucos pontos de bloqueio. O ataque, de ambos os lados, superou a defesa.

Até a metade do segundo set, o saque do Brasil funcionou. Dante foi ótimo.

Mas perdemos a concentração e principalmente a paciência com a derrota no segundo set.

Contra eles, é fatal. Os EUA erram pouco e sabem aproveitar as falhas do adversário. Fisicamente não são tão fortes quanto os russos, mas tecnicamente são superiores.

O trio formado por Stanley, Anderson e Priddy foi espetacular e decisivo. Stanley resolveu o jogo no quarto set. Só no saque.

Os Estados Unidos seguem sendo um dos fortes candidatos ao ouro.

Vale ressaltar a péssima arbitragem que prejudicou as duas seleções e irritou os jogadores em quadra.

Mas eles ganharam mesmo na bola, isso é indiscutível.


Jogadoras da seleção se cobram, buscam reação e fazem reunião a portas fechadas para evitar crise
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Bruno Voloch

Para evitar o vexame da eliminação ainda na primeira fase dos jogos olímpícos, a seleção feminina busca alternativas contra a crise.

As jogadoras fizeram uma reunião que contou a presença da comissão técnica no prédio onde o Brasil está instalado na vila olímpica.

O clima é ruim e de desânimo.

Aconteceram as cobranças naturais, as mais experientes falaram e prometeram mudar a postura diante da China.

O técnico, José Roberto Guimarães, deu carinho ao grupo, deixou as atletas à vontade e pediu apenas dignidade e dedicação.

O Brasil enfrenta a China nesta sexta-feira.