Blog do Bruno Voloch

Arquivo : agosto 2012

André Nascimento, campeão olímpico, pode ser anunciado como novo reforço de Canoas
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Bruno Voloch

André Nascimento, campeão olímpico em Atenas 2004, pode estar voltando ao vôlei brasileiro.

O jogador está conversando com os dirigentes de Canoas, equipe que irá disputar pela primeira vez a superliga.

André, de 33 anos, estava jogando no Suntory, do Japão.

Canoas acertou com o veterano Gustavo e conta no elenco com os experientes Jotinha, Dentinho, Enoch, Minuzzi, Bozkinho e Xanxa.

O time é dirigido por Paulão, campeão olímpico em 1992.


Ressentimento, soberba e amargura contrastam com a humildade após conquista do ouro olímpico
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Bruno Voloch

Mari não está mais na seleção, mas fez escola. Deixou boas alunas no grupo.

Soube que o gesto famoso após a conquista do ouro em Pequim foi repetido pela líbero Fabi e Sheilla, através das palavras, após a vitória contra os Estados Unidos.

Atitude deprimente e de baixo calão que definitvamente não combinam com Sheilla, especialmente.

A dura lição sofrida por Mari parece não ter sido compreendida por Fabi, eleita a sétima melhor líbero da olimpíada. Garay foi melhor passe e Castillo, da República Dominicana, considerada a melhor líbero e defesa.

“As jogadoras já estão acostumadas com a pressão, deveriam se concentrar, entender e as vezes ignorar as coisas de fora”, disse Sâmia Hallage, psicóloga clínica e esportiva, em recente entrevista na rádio Bradesco Esportes FM.

Sâmia, que trabalhou com boa parte do grupo e com José Roberto Guimarães, não aprova esse tipo de conduta:

“Não concordo. Entendo a vontade de desabafar, mas sempre vai existir essa relação de cobrança nos diferentes segmentos da vida profissional. A vitória precisa e deve ser comemorada internamente”.

Exageros à parte, Sheilla é esclarecida, não tem antecedentes de indisciplina e sabe que terá vida longa na seleção.

A gente até entende que determinadas jogadoras, eternamente ameçadas, e que estão perto de deixar o grupo, consequentemente abrindo caminho para as mais jovens, tenham esse tipo de reação. Pode ser desespero. Pressionada por Camila Brait, Fabi teve a ousadia de dizer que irá pensar se vai defender o Brasil na Olímpiada do Rio em 2016. Em breve, mais precisamente após o término da superliga, ela terá a resposta. Não deve se preocupar.

Será que a medalha de prata da seleção masculina não serve de lição ?

Claro que sim.

Paula Pequeno é outra.

Qual é necessidade de dizer que teria sido mal aproveitada pelo treinador após a conquista do ouro ?

Entendo. É a maneira mais simples de justificar o rendimento abaixo do esperado em quadra.

Alguém viu ou escutou algum desabafo de Dani Lins ?

Dani estava tão ou mais pressionada, afinal a posição de levantadora sempre foi a mais questionada.

A jogadora do Sesi preferiu responder na bola, no trabalho, ganhou a posição e comemorou a façanha de maneira reservada ainda em quadra. Mais tarde, já estava incentivando o companheiro Sidão, titular da seleção masculina, que no dia seguinte disputaria o ouro com a Rússia.

Jaqueline, gratíssima surpresa na final, foi discreta, e simplesmente deixou a mídia de lado. Ciente de que tinha cumprido sua missão, saboreou a medalha, que de fato teve um gosto diferente de 2008 quando assistiu a conquista do banco.

Experiente, o técnico, José Roberto Guimarães, agradeceu o empenho do grupo, o apoio que recebeu da família, as atletas e a comissão técnica. Pediu humildemente que ‘apenas’ tivesse seu trabalho reconhecido.

Lembro que após a vitória contra a China, quando passou a depender de outros resultados, leia-se dos Estados Unidos, o técnico disse que se a seleção fosse eliminada seria por merecimento pois não tinha rendido o suficiente.

José Roberto Guimarães sabe ouvir críticas construtivas. Apanhou quando cortou Mari. Fabíola nem tanto, mas teve que ouvir alguns desaforos e de dentro do grupo.

Nas derrotas e principalmente nas vitórias, conhecemos o verdadeiro atleta. Aprender a ganhar, é mais díficil do que saber perder.

Se não fossem as derrotas para os Estados Unidos e a Coreia e as críticas, talvez o grupo não chegasse com tanta força, coragem e união na decisão contra a Rússia.

As cobranças serão intermináveis, ainda mais depois do segundo título olímpico.


As duas faces, os erros de Bernardinho e a covardia com Bruno
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Bruno Voloch

Emocionante e absolutamente sincero o depoimento de Bernardinho.

Como era de se esperar, o treinador saiu em defesa do filho, algo natural.

É preciso separar as coisas.

Bruno fez uma ótima olimpíada, amadureceu, deixou Ricardinho no banco e talvez tenha sido um dos melhores da posição nos jogos olímpicos.

O levantador era uma aposta, incógnita para muitos, mas hoje é realidade. Fato.

Aqueles que atribuem a presença de Bruno na seleção pelo fato de ser filho do técnico estão completamente equivocados e se recusam a enxergar a realidade.

Bruno ganhou a posição de titular da seleção na bola, na quadra e no aspecto técnico. O jogador terá papel fundamental no novo ciclo olímpico que vai se iniciar em breve.

A medalha de prata irá demorar para cicatrizar. Bruno porém precisa assimilar o golpe rapidamente.

Bernardinho está sendo corente na questão envolvendo Bruno, mas sabe que errou ao levar jogadores cansados, fisicamente quebrados e ficou sem banco quando precisou. Seu time aguentava jogar 3 sets. Quando precisou mais do que isso, caiu. Foi assim contra os Estados Unidos e Rússia.

Dante foi vencido pelo joelho.

Giba era mais um consultor do que jogador. Ricardinho fez figuração e Rodrigão idem. Os ‘senadores’ e Bernardinho morreram juntos e abraçados.

A idéia era se consagrar e consagrar Giba, por isso ele entrou em quadra para finalizar os 3 a 0. Não deu. Giba não rodou e Rodrigão errou no momento de decisão no terceiro set.

Não dá para deixar de enaltecer o ótimo rendimento de Wallace. Personalidade e coragem. Veio para ficar.

Mesmo arrebentado do ombro, Murilo não comprometeu e jogou muito bem. Os centrais, Lucão e Sidão, são inquestionáveis.

Serginho é mais um ‘senador’. Serginho, diferente dos demais, fez sua parte e com sobras. Não faltou entrega ao líbero da seleção. Dá prazer ver Serginho jogando e ele deixa saudades. Jamais teremos um líbero igual.

Bernardinho não sabe se contiuará na seleção. Pelo bem de Bruno, admite sair. Seria mesmo o ideal.

É uma tremenda covardia, mas Bruno só terá paz e tranquilidade quando deixar de ser dirigido pelo pai.

A seleção ficou pequena para Bruno e Bernardinho


Alekno derruba Bernardinho e Muserskiy acaba com o sonho do Brasil
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Bruno Voloch

Dmitriy Muserskiy acabou com o sonhom do Brasil.

Ganhar ou perder faz parte do esporte.

Vladimir Alekno, técnico da Rússia, deu um nó tático em Bernardinho.

Mudou o time a partir do terceiro set e matou a seleção. De oposto, Muserskiy fez mais de 30 pontos, algo espetacular.

Mikhaylov, de ponta, jogou solto e foi fundamental.

Tivemos dois match points, mas não fechamos. O vôlei não perdoa. O esporte não perdoa.

A Rússia cresceu e o Brasil perdeu o controle do jogo.

Dante estava no limite e quase não suportando as dores no joelho.

Giba, sem condição, foi presa fácil.

Fisicamente o time morreu, não aguentou.

A Rússia nos atropelou a partir do quarto set.

Bernardinho arriscou, sabia que tinha um time no limite e quase sem banco.

Mas hoje não era dia de Bernardinho. Errou ao manter Giba em quadra.

Hoje foi dia de Muserskiy.


Após perda do título, McCutcheon deixa comando dos Estados Unidos
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Bruno Voloch

Hugh McCutcheon não é mais o técnico da seleção dos Estados Unidos.

A decisão já foi tomada pelo treinador. Ele vai apenas esperar a delegação voltar ao país e comunicar aos responsáveis.

A partida contra o Brasil foi a última de McCutcheon no comando da seleção feminina.

O técnico irá trabalhar na Universidade de Minessota na NCAA.

Karch Kiraly e Paula Weishoff, assistentes de McCutcheon em Londres, são os nomes cotados para assumir o cargo.


As convicções do insuperável José Roberto Guimarães
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Bruno Voloch

Espetacular.

É preciso respeitar.

José Roberto Guimarães.

Criticado pelos cortes de Mari e Fabíola, o técnico esteve abraçado aos seus ideais. Do início ao fim.

Trabalhou incansavelmente.

Os Estados Unidos fizeram bonito e ganharam da Turquia. Poderiam ter eliminado o Brasil. Não fizeram.

A final não foi hoje, foi contra a Rússia.

A seleção ganhou moral confiança.

O primeiro set foi assustador. Deu a impressão que a seleção seria arrasada pelos Estados Unidos. E foi.

Mas o jogo apenas começava para o Brasil.

Dessa vez, deu Zé Roberto.

O Brasil  aprendeu a lição de campeonatos anteriores e estudou minuciosamente o time norte-americano. Perdeu na primeira fase e deu a volta por cima no jogo final. Bloqueou e defendeu como elas fizeram na primeira partida.

Jogo único é assim.

Dani Lins, Fernanda Garay e principalmente Jaqueline.

Ela definiu o jogo.  Ela acabou com os Estados Unidos. 18 pontos.

Foi a vitória do trabalho, da persistência e da superação.

O grupo soube ouvir as críticas, absorveu e aprendeu.

O melhor time do mundo, perdeu para o novo número 1.

Mas o  Brasil se rende novamente ao talento de um gênio chamado José Roberto Guimarães.


‘Penetra’, Brasil aceita convite e tem bola para estragar festa dos Estados Unidos
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Bruno Voloch

Chegou a hora.

Neste sábado, Brasil e Estados Unidos fazem a grande decisão dos jogos olímpicos de Londres.

Diante do que temos assistido até agora, acho que ninguém em sã consciência tem coragem de apontar um favorito.

Primeiro, porque trata-se de uma final olímpica.

Como se não bastasse, existe toda a rivalidade entre brasileiras e norte-americanas. Algumas delas estavam em quadra quando em 2008 o Brasil fez 3 a 1 e ganhou a inédita medalha de ouro, ou seja, não devem ter esquecido até hoje o gosto amargo da derrota.

Os Estados Unidos são apontados pelos especialistas como os melhores do mundo na atualidade. Pode ser que sejam mesmo. Hooker está numa fase espetacular, as ponteiras Larson e Logan Tom são muito regulares e as centrais resolvem. Berg tem sido muito eficaz. McCutcheon dispensa comentários. Excepcional.

O time ainda não perdeu e venceu a maioria dos confrontos contra o Brasil em 2012.

Mas até que ponto tudo isso pode ser levado em consideração ?

A seleção estava ‘morta’, em crise e perto da eliminação.

Não custa lembrar que foram as próprias norte-americanas que nos colocaram na brincadeira de novo. Então …

O Brasil ganhou moral e força emocional após a épica vitória de 3 a 2 em cima da Rússia. O time se encontrou com as entradas de Fernanda Garay e Dani Lins. Thaísa está fazendo a diferença no meio e Sheilla, sempre ela, decisiva.

Se jogarmos com o mesmo espírito das partidas contra a Rússia e Japão, será complicado para os Estados Unidos.

Taticamente não devemos ter grandes novidades ou inovações.

Os times se conhecem, se repeitam e serão estudados minuciosamente.

A sorte está lançada. Aliás, a sorte também pode definir o campeão. É sempre bom contar com ela.


Ouro ou prata, seleção masculina merece ser aplaudida de pé
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Bruno Voloch

Concordo plenamente com o que disse Bernardinho após a fantástica vitória da seleção.

O time fez diante da Itália um dos jogos mais perfeitos desde que ele assumiu o comando da equipe há 11 anos. Impecável como escrevi no texto anterior.

É impressionante a maneira como esses jogadores conseguem crescer na adversidade. Me refiro especificamente ao resultado ruim na Liga Mundial.

O grupo não se abateu e merece crédito.

Serginho fez o jogo do ano. Atuação espetacular.

Fico imaginando o que deva estar passando na cabeça do técnico da Rússia, Vladimir Alekno.

Como parar esse time do Brasil ?

Dá forma que a seleção atuou contra a Itália será impossível.

O grupo está confiante, entrosado, superando os obstáculos e assustando pela maneira agressiva que está atuando.

Vissoto saiu, Wallace entrou e nada mudou na seleção.

Desacreditada, a seleção volta a ser favorita. Volta a encantar.

A Rússia que se cuide.


Covarde, Itália treme como de hábito; Brasil agradece presente dando espetáculo
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Bruno Voloch

Os deuses do vôlei estão definitivamente do lado brasileiro.

Primeiro ganhamos a Argentina nas quartas e depois a Itália na semifinal.

É bem verdade, vale ressaltar, que cumprimos nosso papel dentro de quadra e agradecemos jogando bola. E como jogamos. De nada adiantaria os adversários cairem do céu se a seleção não fizesse sua parte.

A Itália de hoje foi a Itália de sempre. Contra o Brasil sempre foi assim, ou melhor, depois da década de 90 tem sido assim. Time covarde, afinando e com medo em quadra. A Itália que venceu os Estados Unidos não era a verdadeira Itália. Por isso, comemoramos tanto a derrota dos Estados Unidos na véspera.

Prefiro porém falar da atuação de gala do Brasil. Impecável em todos os fundamentos, não deixou a Itália pensar. Agressivo ao extremo, o time simplesmente atropelou a Itália.

Wallace substituiu Vissoto e rodou praticamente todas as bolas. O garoto mostrou personalidade, pediu bola e Bruno atendeu.

Papel brilhante de Serginho na partida. O líbero da seleção esteve impecável na recepção.

Quem ganhou com isso foi Bruno. O levantador do Brasil trabalhou com passe na mão, sem pressão e encontrou sempre as melhores alternativas.

Murilo, Dante, Lucão e Sidão rodaram livres, sem serem incomodados pelo bloqueio da Itália.

Do outro lado, tocamos em todas as bolas e os italianos não conseguiam rodar. Foram 10 pontos de bloqueio.

Chegou a ser covardia. Os italianos só jogaram o primeiro set. Depois, de cabeça baixa, aceitaram o jogo do Brasil passivamente e foram detonados. Ponto a ponto.

Nem as provocações habituais resolveram.

O Brasil agradeceu os presentes de forma educada, como nós sabemos fazer:

Jogando bola e dando espetáculo.


Dani Lins brilha, cala críticos e coloca Brasil na decisão
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Bruno Voloch

O vôlei feminino do Brasil cumpriu seu papel.

Não. A olimpíada ainda não terminou e estamos na decisão contra os Estados Unidos.

Mas diante do quadro desenhado na primeira fase, esse grupo pode ser considerado vitorioso pela volta por cima. A reação foi impressionante.

As críticas foram justas, merecidas e baseadas no desempenho pífio e vergonhoso em determinado momento da competição. Só pode se cobrar de quem tinha ou ainda tem talento.

E foi assim.

A vitória contra a Russia nos deu moral, confiança e alegria.

De ‘zebra’, afinal ficamos em quarto lugar na fase de classificação, somos finalistas e vamos brigar pelo ouro. Se vamos ganhar é outra questão.

Contra o Japão, transformamos o jogo numa partida fácil e previsível. Vencemos sem sustos e jamais fomos ameaçados.

Dani Lins, contestada pela maioria, arrasou. Contestada por mim, inclusive. Qual o problema em admitir ?

Nenhum.

Mudar de opinião baseado em fatos, evolução de jogo e crescimento profissional é saber reconhecer o talento do jogador em questão.

Dani provou.

Jogou muita bola, usou as melhores opções e deixou as jogadoras de ataque sempre em ótimas condições.

Logo ela. Para muitos, era considerada carta fora do baralho. De aparente terceira opção, virou titular.

Dani não é unanimidade e não quer ser. Dani é jogadora de grupo. Calada, trabalhou, jamais desistiu e conquistou seu lugar.

Por falar em calada, estava demorando…

Eis que Thaísa, jogando uma bola redonda, diga-se de passagem, resolve desbafar e soltar mais uma pérola. Disse que para quem não acreditava no grupo, seria uma resposta.

Resposta ?

Será que Thaísa não pensa antes de falar ?

Ou será que a central da seleção não enxergava as deficiências do time especialmente nos 3 primeiros jogos contra Turquia, EUA e Coreia ?

Mari, falou, desabafou em Pequim 2008 e que fim levou ?

Thaísa deveria se espelhar em Dani Lins.

Voltando ao jogo, o bloqueio definiu a partida. As japonesas não tinham espaço e quando achavam algum buraco, a defesa da seleção funcionava de maneira efetiva.

Sheilla e Garay foram nossas definidoras.

O Brasil venceu com autoridade e de maneira incontestável.

A final será imprevisível.

Zebra, não somos mais. Viramos realidade.