Blog do Bruno Voloch

Arquivo : abril 2011

Finalista com o Dínamo na Rússia, Dante confirma negociação com RJX
Comentários Comente

Bruno Voloch

O Dínamo de Moscou é finalista do campeonato russo. Com 19 pontos de Dante, o time derrotou na quinta partida semifinal o Lokomotiv Belogorod por 3 a 1 e vai fazer a final com o Zenit Kazan de Lloy Ball.

Nessa entrevista ao blog, Dante confirma que deve jogar no RJX, agradece os elogios de Giba, fala de seleção brasileira e diz que Bernardinho terá um ‘pepino ‘ pela frente. O jogador fala ainda da recuperação do filho Antônio, do desempenho do Dínamo Moscou em 2011 e do trote aplicado pelos dirigentes do Belchatow da Polônia.

O que você achou do Rio ter formado um time para a temporada 2011/12 ?

 

Olha, já estava na hora. O Rio de Janeiro tem uma grande tradição no vôlei, é uma cidade com vocação esportiva, que será sede dos Jogos Olímpicos e merece um grande time de vôlei. Que isso sirva de estímulo para outras equipes, não só de vôlei, mas de outras modalidades, porque ajuda muito no desenvolvimento do esporte.

O seu nome é dado como certo …

 

Eu sei disso. Estamos mesmo conversando há algum tempo sobre o RJX. A conversa está evoluindo bem, é um projeto excelente, bem estruturado e que tem tudo para dar muito certo. Gostei bastante, mas ainda não tem nada acertado, estou focado somente nas semifinais do Campeonato Russo, é o objetivo que temos nesta temporada e vamos buscar esse título. Tenho falado com o Zé Inácio e as coisas estão bem adiantadas.

O Belchatow da Polônia disse que você estava contratado. Como você explica ?

 

Pois é. Foi uma brincadeira de mau gosto do presidente deles e que me criou problemas por aqui. Tive que me explicar com os dirigentes do Dínamo. Jamais faria isso, tenho reponsabilidade nos contratos que assino. Mas é verdade. A mídia em geral anunciou essa contratação. Sigo firme no Dínamo e concentrado para a decisão com o Zenit.

Recentemente Giba disse que para ele você é o melhor jogador do mundo …

 

Quero aproveitar para agradecer as palavras do Giba sobre mim. Não me considero o melhor do mundo, não, sozinho você não vai a lugar algum, pode até ganhar prêmio individuais, mas não conquista títulos.

E sua temporada no Dínamo de Moscou …

 

Fizemos um bom campeonato até aqui. Tivemos uma reunião com o técnico e ficamos impressionados porque já jogamos 68 partidas nesta temporada. São muitos jogos, a gente conseguiu se controlar, mantendo o alto nível, mas perdemos um dos objetivos, que era a Champions League. Hoje estamos focados no Campeonato Russo e treinando muito forte, intensamente, para corrigir algumas falhas. Agora, como dizemos na seleção brasileira, é a hora de ‘soltar os cavalos’.

Como você viu o retorno de Gustavo e a convocação do Serginho para a seleção brasileira ?

 

Gustavo é um jogador experiente, jogou muito bem esta Superliga e fez por merecer essa convocação. Já o Serginho… Quando vi a matéria dele falando que não jogaria mais pela seleção eu pensei ‘o que esse maluco está fazendo’. O Bernardo conversou com ele e o Serginho sabe que ainda tem condições de contribuir muito com a gente. Cabe a comissão técnica saber dosar bem os treinamentos. Depois da cirurgia nas costas ele precisa tomar alguns cuidados, mas ainda é o melhor líbero do mundo e pode ajudar bastante o Brasil.

Bernardinho chamou 5 levantadores. O que achou ?

 

O Bernardo usou o bom senso, convocou os levantadores que estão se destacando no momento e isso é justo. A convocação mostra que o Brasil está muito bem servido na posição. Não queria estar na posição do Bernardo, porque quem vai ter que resolver esse pepino é ele. E vai ser uma decisão complicada, com certeza, pela qualidade de todos.

E qual a importância do Bruninho estar jogando na Itália ?

 

Jogar no vôlei italiano, para a carreira do Bruno, pode e vai ser muito útil. Lá eles jogam taticamente diferente de outros campeonatos, e mesmo jogando por pouco tempo, essa experiência vai acrescentar muito.

E seu filho Antônio está hoje 100% ?

 

Está tudo ótimo, tudo tranquilo. O Antônio cada vez nos surpreendendo mais. A cada dia que passa ele dá um sinal que se torna alegria para quem o acompanha de perto. Ele é um guerreiro, é o meu ídolo, minha força. Quando estou cabisbaixo, chateado com alguma coisa ou com dor, lembro dele, porque tenho um grande exemplo dentro da família que é o meu filho. Ele superou muita coisa para estar junto com a gente. A Giovanna está cada vez mais esperta e linda.


Na Itália, Bergamo dispara na liderança e brasileira ‘desconhecida’ é destaque na vitória do Urbino
Comentários Comente

Bruno Voloch

Por aqui, a oposta Jaline teve poucas oportunidades de mostrar seu talento.

O jeito foi deixar o país e tentar a sorte no exterior. Deu certo. Jaline tem sido um dos destaques do modesto Urbino da Itália e nesse fim de semana voltou a se destacar.

Jaline fez 17 pontos e foi a maior pontuadora na vitória de 3 a 0 do Urbino diante do Castellana Grotte. O Urbino está em quinto lugar e classificado para os playoffs do campeonato.

Fora de casa, o Bergamo fez 3 a 1 em cima do Novara. Sem contar com Piccinini gripada, a búlgara Vasileva foi o destaque do Bergamo com 15 pontos. Beneficiado com a derrota do Villa Cortese, o Bergamo foi aos 46 pontos e abriu 5 de vantagem na liderança.

Campeão da Copa Itália, o Villa Cortese perdeu para o Busto Arsizio por 3 a 0 e parou nos 41 pontos.

O Pesaro manteve a quarta posição ao bater o Modena de Fernandinha pelo placar de 3 a 1. A croata Senna Usic fez 24 pontos. O Modena está em nono lugar mas tem chances de se classificar para os playoffs.

Nos demais resultados da rodada, o Conegliano ganhou de 3 a 1 do Perugia e o Pavia, já rebaixado, perdeu em casa pelo mesmo placar para o Piacenza.   

Restam ainda duas rodadas pata terminar a fase de classificação. Bergamo, Villa Cortese, Busto Arsizio, Pesaro, Urbino, Novara e Conegliano estão classificados para as quartas de final.

Piacenza, Modena, Castellana e Perugia brigam por uma vaga. Acontece que uma dessas quatro equipes também será rebaixada. Com 5 pontos e uma vitória em 20 jogos, o Pavia já caiu.


Arkas Spor, de João Paulo Bravo, perde e fica com o vice-campeonato na Turquia
Comentários Comente

Bruno Voloch

A temporada 2010/11 terminou para o brasileiro João Paulo Bravo.

O Arkas, time do ponta da seleção, voltou a perder para o Fenerbahçe, dessa vez por 3 a 0 e acabou como vice-campeão turco.

O Fenerbahçe, dirigido pelo argentino Daniel Castellani, ganhou o título diante da torcida e com ótima atuação do sérvio Miljkovic que marcou 14 pontos.

João Paulo terá folga de duas semanas e deve se apresentar para os treinos com a seleção brasileira no dia 9 de maio.


Giovane Gávio vira realidade, vence preconceitos e mira seleção
Comentários Comente

Bruno Voloch

Coragem nunca faltou.

Assim que abandonou a carreira, Giovane deixou claro que gostaria de ser treinador.

Sabia entretanto que teria que quebrar algumas barreiras e muitos preconceitos, especialmente por parte de futuros companheiros de profissião.

No início, ele apanhou. Nada mais natural para um iniciante. Giovane sempre fez questão de frisar que o primeiro objetivo era dirigir um time de ponta, ser campeão e um dia quem sabe fazer história na seleção também como treinador.

Tudo na hora certa, sem atropelos. Giovane já fez história. Foi campeão como jogador e agora treinador, feito conquistado somente por Javier Weber, hoje técnico da Argentina e ex-jogador da extinta Ulbra.

Não acho cedo para dizer que Giovane virou realidade. Cara de credibilidade e que não se deixa abater facilmente pelas eventuais derrotas, como na superliga passada com o mesmo Sesi. 

Giovane teve o mérito de montar todo um projeto e ‘ganhar’ o grupo de jogadores. Com o time nas mãos, teve a capacidade de deixar todos os atlletas em condiçoes iguais de jogo, como Vini, fundamental nos 3 a 1 da decisão.

Isso sem falar na aposta em Sandro e em especial de Wallace, ‘escondido’ na Argentina há 4 anos.

Giovane sabe conviver com estrelas como Murilo e Serginho, ex-companheiros de seleção. Giovane é humilde, sabe falar com os jogadores e taticamente foi perfeito nessa reta final de superliga. Contra o Minas e Cruzeiro deu provas de seu amadurecimento como treinador.

Pode parecer cedo, mas não é. Giovane vingou e já é realidade. O primeiro objetivo ele conquistou e está consolidado.

Se mantiver a coerência no trabalho, a dedicação do dia a dia e os resultados, Giovane pode seguir o caminho de Weber.


Após título inédito, Serginho deve repensar sobre futuro na seleção brasileira
Comentários Comente

Bruno Voloch

Emocionante e de arrepiar o depoimento de Serginho, líbero do Sesi, após a conquista do título.

35 nas costas e uma sinceridade que muito marmanjo não tem.

Era só ver nos olhos do jogador que suas palavras eram absolutamente sinceras.

Serginho tirou das costas, com 4 parfusos e tudo, o peso de encerrar a carreira sem ganhar uma superliga. Esse risco ele não corre mais. Ainda bem.

Entendo os apelos dos jogadores e da comissão técnica da seleção para que Escadinha siga firme até Londres 2012. Mas tenho minhas dúvidas se o Escada aguentará.

Seu desgaste em quadra é nítido e obviamente que após a cirurgia Escada não é mais o mesmo jogador. Ele mesmo sabe disso. Mas apesar disso, Escada segue sendo longe, disparado, o melhor líbero que temos.

Só acho que após o título, Serginho deve pensar e refletir muito o que vai fazer da carreira. A imagem que temos dele é de um cara ganhador, vibrante guerreiro, líder e que ganhou tudo que disputou como atleta.

Entendo os apelos de Murilo e principalmente de Bernardinho. Sem ele, a seleção fica com um ‘buraco’ atrás.

Mas não acho correto pressionar o Escada. Isso me parece um pouco de ‘egoísmo’ no bom sentido. 

Serginho, Escadinha, Escada, para os íntimos, está no limite e precisamos entender, por mais que seja doloroso.


Derrota no terceiro ‘matou’ Cruzeiro; segundo lugar deve ser valorizado
Comentários Comente

Bruno Voloch

A derrota no terceiro set foi determinante na decisão.

O Cruzeiro sentiu demais a vitória do Sesi e não teve mais forças para reagir. Uma pena. Mas o Cruzeiro como se diz na gíria ‘caiu de pé’.

O time foi muito bem montado e com orçamento inferior aos ‘bicho papões’ Pinheiros/ SKY e Vôlei Futuro que ficaram pelo caminho. Só por isso o trabalho deveria ser enaltecido.

O Cruzeiro nos deu novamente o prazer de ver o ‘mago’ William em ação. Aliás, William ganhou com interia justiça o prêmio de melhor levantador do campeonato.

Wallace, uma grata revelação. Menino corajoso, estilo cubano e que dá na bola sem dó. Na decisão, levou uma bolada na cara de Murilo e acordou. Jogou muito bem o segundo set. Fez uma bela superliga.

Os centrais Acácio e Douglas Cordeiro se completaram. Acácio no bloqueio, Doulgas no ataque, muitas vezes a bola de segurança do time.

Felipe e Léo Mineiro passam como poucos. Felipe jogou mais na final, Léo nem tanto, mas nada que tire o brilho de Léo durante toda a superliga.

Marcelo Mendez realizou uma ótima temporada. Foi campeão mineiro e vice da superliga. Montou um time versátil, seguro atrás, como volume de jogo e poderoso no ataque.    

O Cruzeiro talvez tenha chegado onde muitos não esperavam antes do campeonato. Superou o Pinheiros de Giba e Gustavo nas quartas e ganhou do Vôlei Futuro de Ricadinho, Vissoto e Lucão.

A torcida do Cruzeiro deu mais uma vez um belo espetáculo no Mineirinho. Ganhou de presente por tudo que o time fez nas fases anteriores o direito de ver de perto seu time na final.

Aplaudiu os jogadores no fim da partida numa clara demonstração de agradecimento. A recíproca é verdadeira.


A história do título do Sesi vai além dos 3 a 1 contra o Cruzeiro
Comentários Comente

Bruno Voloch

O Sesi mereceu ser campeão brasileiro pela primeira vez.

Mas a história dessa conquista não se resume somente ao desempenho na superliga e passa também pela perda do título paulista para o Vôlei Futuro.

A filosofia de trabalho foi mantida.

O Sesi foi o time mais regular do campeonato e se superou nos momentos de adversidade. E não foram poucos.

Primeiro não conseguiu contar com o líbero Serginho ‘inteiro’, passou pela contusões de Thiago Barth, Murilo e Thiago Alves. Giovane teve a sensibilidade de poupar seus principais jogadores quando foi preciso. E mais. A comissão técnica preparou não só os titulares como também os reservas. Os jogadores que foram usados ao longo da superliga se mostraram sempre preparados para entrar e absolutamente em forma.

O Sesi saiu de 1 a 0 para o Minas na semifinal, teve forças, superação, determinação e acima de tudo personalidade para vencer em Belo Horizonte e reverter a situação em casa. O Minas, todo poderoso e um dos mais tradicionais times do Brasil. Não era fácil. O Sesi fez.

O Sesi ficou 15 dias sem jogar e quem disse que os jogadores perderem o ritmo de jogo. Pelo contrário. Jogaram com uma agressividade impressionante e muita lucidez.

O time paulista jogou fora de casa a final e a decisão teoricamente seria em ginásio neutro após a eliminação do Minas. Teoricamente. O Cruzeiro passou pelo Vôlei Futuro e ganhou o direito de jogar em casa. Mais uma barreira pela frente.

Mineirinho lotado e 17 mil vozes contra. Nada disso abalou o Sesi que veio preparado para ser campeão.   

O Sesi mostrou como se faz um time campeão. Não basta ter Murilo, Serginho, Wallace, Sidão e cia. Ajuda muito. É preciso fundamentalmente ter estrutura, profissionais responsáveis e qualificados dentro e fora de quadra e uma comissão técnica competente.


Carol e Thaísa comandaram vitória do Osasco; beijo de Jaqueline roubou a cena
Comentários Comente

Bruno Voloch

Difícil, muito difícil escolher um destaque na vitória de Osasco diante do Vôlei Futuro.

Carol demorou para entrar no jogo, mas quando entrou, jogou muito bem. Atuou com uma personalidade impressionante e quase sempre escolheu a melhor opção no ataque.

Thaísa teve ótimo desempenho no bloqueio, foi participativa no ataque e sorriu. Sim, Thaísa sorriu. É verdade que sorriu com mais vontade no fim do jogo com a clasificação garantida, mas a central estava nitidamente feliz.

Como seria complicado falar da diferença técnica das duas equipes, prefiro sinceramente dedicar essa espaço para Jaqueline. Já vi Jaqueline jogar muito mais, porém sua atuação nesse segundo jogo semifinal foi marcante.

Seria redundância falar de sua importância no passe e na defesa, mas Jaqueline voltou a atacar e do fundo também. Não 100% ainda, mas perto dos 80, digamos. Jaque tem mais uma semana pela frente até a decisão e certamente vai evoluir até o jogo em Belo Horizonte.

Que Jaqueline é simples e humilde, isso todos nós já sabemos. Mas dessa vez ela se superou.

O gesto de dar um beijo na companheira Thaís após a largada cair foi absolutamente inesperado. O beijo era uma maneira de agradecer o carinho como foi tratada nesse período de recuperação e a confiança que o grupo tem nela.

Dar beijo é comum no esporte como forma de agradecimento, até a bola é beijada.

Mas o gesto de Jaqueline foi espontâneo e natural, como tudo que ela faz.


Vôlei Futuro ‘não falou’ e também não jogou
Comentários Comente

Bruno Voloch

Assim como as notas oficiais, a ‘lei da mordaça’ também não funcionou.

A história do masculino se repete com o feminino e o Vôlei Futuro está fora da decisão da superliga. A equipe terá que brigar com o Pinheiros pelo terceiro lugar da superliga.

Desde os incidentes com o time masculino em Contagem e a briga com a TV Globo, as jogadoras foram proibidas de falar com a imprensa pela diretoria do clube.

Se esse tipo de decisão ajudasse o time, menos mal. Mas não foi o caso.

O Vôlei Futuro não falou e muito menos aproveitou o tempo que teve para treinar. O aproveitamento de saque beirou o ríduculo, especialmente com Paula Pequeno. Paula aliás jogou com raça, determinação, mas não fez a diferença como era de se esperar.

Osasco foi inteligente e não precisou se esforçar muito para vencer. Sacou com mais eficiência e acima de tudo, inteligência. Tandara sofreu com a recepção, embora esteja longe de ser a responsável pela derrota.

Os principais responsáveis não entraram em quadra.

O vôlei Futuro não falou, mas também não jogou.


Ibson volta à pauta no Botafogo; Caio Jr aprova nome do jogador
Comentários Comente

Bruno Voloch

O nome de Ibson voltou a ser comentado nos bastidores do Botafogo.

O treinador Caio Jr já teria sido consultado e aprovou a idéia de contar com o jogador. Os dois trabalharam juntos no Flamengo em 2008.

Ibson está no Spartak Moscou.

O empresário do jogador, Eduardo Uram, tem bom relacionamento com a diretoria do Botafogo e está encarregado de conduzir as negociações.

Ibson está com 27 anos e tem contrato até julho de 2013 com o time russo.

Fora Ibson, o Botafogo pretende contratar ainda um lateral-direito, outro zagueiro, mais um armador e atacante.