Blog do Bruno Voloch

Prata na Liga Mundial não tira Brasil da liderança do ranking mundial
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Bruno Voloch

A perda do título da Liga Mundial para a Rússia não tirou a seleção brasileira da liderança do ranking mundial.

O Brasil, segundo a FIVB, Federação Internacional de Vôlei, continua em primeiro lugar com 345 pontos. A Rússia somou 50 pontos e se aproximou dos brasileiros com 330 pontos.

Nenhuma alteração significativa foi notada no novo ranking divulgado pela entidade. Como o pódio em Mar del Plata foi o mesmo dos jogos olímpicos de Londres, Rússia, Brasil e Itália, os italianos se mantiveram na terceira posição com 286.

A Polônia, que fracassou na liga e não chegou as finais, continua em quarto e os Estados Unidos na quinta posição.


Flamengo e Botafogo no Padrão FIFA
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Bruno Voloch

Inacreditável os preços para o jogo de domingo no Maracanã entre Flamengo e Botafogo.

Padrão FIFA.

A gente entende as dificuldades financeiras dos dois clubes, mas não é correto que o torcedor pague literalmente essa conta.

O Flamengo, responsável pelo aumento, enxerga no clássico uma possibilidade real de dar uma respirada financeira, algo natural, mas exagerou na dose ao aumentar em quase 70%.

O preço é salgado e incompatível com o bolso do carioca.

O ingresso mais em conta sai por R$ 100,00, com a meia sendo cobrada R$ 50,00. As cadeiras inferiores custam R$ 120,00, ambos atrás dos gols.

As cadeiras centrais não são vendidas por menos de R$  160,00 e a VIP 220,00. São poucos os que podem se aventurar. Óbvio que teremos buraco no estádio. Foi assim no jogo entre Vasco e Fluminense e com preços 'populares'.

Uma pena.

O Maracanã ficou elitizado, não é mais do povo.

 


Quem fala o que não deve, ouve o que não quer
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Bruno Voloch

Desnecessária essa polêmica entre Alexey Spiridonov, apelidado de Tintim, e Bernardinho. O técnico da seleção brasileira errou e não tinha a menor necessidade de esculhambar o jogador russo após a derrota no primeiro jogo.

O comportamento de Spiridonov em quadra pode ter passado dos limites, mas todo e qualquer cidadão no mundo tem hoje acesso imediato as redes sociais e a internet. Portanto, seria natural que Spiridonov tomasse conhecimento que foi chamado de 'insano' e 'doente mental' pelo treinador da seleção.

A declaração pode ter sido dada de cabeça quente, mas não combina com Bernardinho, campeão mundial e olímpico.

Spiridonov provou mesmo em quadra ser um atleta diferenciado, mas seria incoerente deixar de admitir as qualidades técnicas e virtudes do jogador russo.

O desabafo de Spiridonov após o jogo e a conquista do título foi uma simples consequência e resposta ao técnico da seleção. Seria pedir demais que Spiridonov ficasse calado e deixasse Mar del Plata sem tirar uma casquinha de Bernardinho.

Spiridonov fez gestos obscenos diante das câmeras direcionados ao treinador.

Quem fala o que não deve, ouve o que não quer.

O que não dá para entender é como Bernardinho acaba caindo numa armadilha como essa. Spiridonov até então era um mero desconhecido e ganhou fama após esse triste e lamentável episódio.

Bernardinho errou, é muito superior e não poderia se rebaixar ao recém-chegado Spiridonov.

 


O sobe e desce na seleção masculina
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Bruno Voloch

Em tese a seleção masculina que participou da Liga Mundial só não contou com Sidão e Murilo. Teoricamente, Bernardinho levou para as finais em Mar del Plata o que tinha de melhor.

É bem verdade que os problemas físicos atrapalham a seleção não é de hoje. Pode até ser uma simples coincidência, mas já virou uma infeliz rotina ver 1 ou 2 jogadores contundidos durante uma competição.

Esse é um tema que deve ser discutido internamente e os métodos usados até então podem ser questionados.

Dante, de 32 anos, é o mais experiente do atual grupo. É nítido que o jogador tem dificuldades em acompanhar o ritmo dos demais e fisicamente não consegue jogar 5 sets. Na olimpíada, Dante já tinha ficado pelo caminho. Fica muito complicado imaginar que o atleta consiga estar em quadra em 2016. Bernardinho parece pensar diferente.

Lucarelli aprovou inteiramente. Está voando em quadra, tem muita saúde e técnica de sobra. Veio para ficar e cumpriu exatamente o que se esperava.

Maurício Borges tem potencial, mas nas vezes em que foi exigido não rendeu. Sentiu a responsabilidade e ficou devendo. Lipe foi usado em poucas oportunidades, mas está longe de ser confiável. Thiago Alves estranhamente virou a última opção e nem jogou.

Diante desse cenário, Murilo e Lucarelli formariam hoje a dupla de ponteiros da seleção e ficaríamos sem banco.

Vissoto teve a falta de sorte de se contundir e Wallace, tirando a final contra a Rússia onde não compareceu, estão muito na frente dos demais opostos. Vissoto é mais maduro, rodado e seria titular, mas Wallace é uma ótima opção na reserva. O jovem Renan ainda tem muito chão pela frente.

Lucão é disparado nosso melhor central e titular absoluto. Sidão joga mais que Éder e recupera naturalmente a posição quando voltar. Éder e Isac estão no mesmo nível. Éder é mais rodado, mas prefiro a juventude e a agressividade de Isac. Maurício é ótimo bloqueador, corre por fora, mas perde nos demais fundamentos.

Mario Jr, diferente do que imaginava, jogou muita bola nas finais da liga mundial e deixou Alan sem chances de sonhar em ser titular da seleção. Confesso, tanto que escrevi sobre o assunto, que o líbero de Campinas poderia ameaçar Mario Jr, mas reconheço que fui convencido do contrário e na bola.

A questão do levantador talvez seja tão delicada como a dos ponteiros. Bruno ganhou status de capitão, ainda tem a preferência de Bernardinho, mas está seguro. William é baixo para os padrões  internacionais, mas tem mais precisão do que Bruno. Rapha é o mais jogado dos 3, porém não tem o mesmo prestígio do atual titular. O ex-jogador do Trentino precisaria ser testado, ter sequência de jogos, para ser definitivamente analisado.

Do contrário, Bernardinho e a comissão técnica, embora reconheçam a capacidade do jogador, jamais saberão até onde Rapha pode ir com a camisa da seleção.


A ‘cara’ do Flamengo de Mano
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Bruno Voloch

A primeira derrota do Flamengo no campeonato brasileiro deixa o time ainda em posição delicada na competição. A equipe segue perto da zona do rebaixamento e distante do pelotão da frente.

Não dá para dizer que o resultado em Caxias do Sul tenha sido injusto. O Internacional procurou muito mais o gol do que o Flamengo, criou mais oportunidades e mereceu ganhar a partida.

Responsabilizar a arbitragem diante da falha de Felipe chega a ser soa como absurdo.

Melhor enxergar a evolução do time mesmo na derrota e que o desempenho contra o ASA foi mero acidente de percurso.

Hoje o Flamengo tem esquema de jogo definido e não é um bando em campo correndo atrás da bola. A defesa é bem arrumada, o time marca bem e os jogadores exercem as funções estabelecidas por Mano.

O time já tem uma 'cara', uma base e em se tratando de Flamengo é uma enorme evolução.


Injusta e inevitável síndrome da prata na carreira de Bruno
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Bruno Voloch

Bruno foi eleito o melhor levantador da Liga Mundial e de quebra faturou U$ 10 mil dólares.

O jogador porém era a própria imagem da frustração no pódio. O rosto ainda estampava toda a decepção por mais um vice-campeonato e a derrota acachapante para a Rússia na final. Bruno era um dos mais abatidos e não esboçou reação ao receber a medalha de prata.

Aliás, já tinha sido assim na Liga Mundial de 2011, na Olimpíada de Londres em 2012 e a história se repetiu agora em Mar del Plata. Isso sem falar na prata nos jogos olímpicos de Pequim em 2008. 4 pratas quase em sequência.

Bruno é uma realidade, mas não consegue ser unanimidade e deu claros sinais de insegurança. Viveu novamente de altos e baixos na competição e na decisão não jogou bem, assim como todo o time.

O levantador tem virtudes. É vibrante, ganhou a faixa de capitão, é líder, mas ainda não faz a diferença.

É incrível e até inaceitável como Bruno não consegue acertar as bolas na entrada de rede. Ele insiste em repetir a jogada quando  o companheiro é bloqueado, situação que já foi observada pelos adversários, mania que será deixada de lado com o tempo.

Difícil com Bruno, pior sem ele.

William teve poucas chances, jogou contra os Estados Unidos porque o Brasil estava classificado, mas está na cara que não é a primeira opção de Bernardinho. É mais preciso do que o titular, mas é baixo para os padrões internacionais.

Rapha ainda pode ser a melhor alternativa, mas teve a falta de sorte e acabou quase não jogando por contusão.

O Sul-Americano e a Copa dos Campeões são as próximas competições. O primeiro é obrigação e o segundo não tem o mesmo peso da Liga Mundial. São ótimas oportunidades de Rapha ser testado, mas duvido muito pela maneira como as coisas são conduzidas na seleção.

Bruno, pelo jeito, terá que conviver e superar a injusta mas inevitável síndrome da medalha de prata.

 


O ídolo Juninho e o não ao boicote
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Bruno Voloch

Apesar dos pedidos de Roberto Dinamite, o torcedor do Vasco felizmente não atendeu ao estúpido pedido de boicote e foi ao Maracanã. Talvez não no número desejado, mas o suficiente para ver de perto de Juninho.

A volta do jogador representa muito mais do que um simples reforço. É a presença de um ídolo em campo, referência para os jovens e exemplo para os mais rodados.

Todo grande clube precisa de um ídolo, o Vasco não tinha, agora pode ser orgulhar de contar com Juninho.

Um jogo, um clássico, num palco especial, foi o suficiente para Juninho fazer a diferença e mostrar o quanto o Vasco andava carente.

O gol, o passe para André e se tivesse condições físicas, Juninho poderia ter ido além.

A vitória não só tirou o Vasco da zona do rebaixamento como pode ter marcado o início de uma nova era no clube.

É cedo para se comemorar. O time ainda não é confiável, tem suas deficiências, mas contar com um jogador com as qualidades técnicas de Juninho faz a diferença.

Se Fagner, Guinazu e Montoya vingarem, o Vasco, sob comando de Dorival Junior, pode deixar de conviver definitivamente com o rebaixamento.


Ney Franco ganha força no Fluminense
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Bruno Voloch

A diretoria do Fluminense garante que Abel Braga será mantido como técnico.

O treinador aparentemente não pensa em entregar o cargo. Abel detonou Fred, a zaga, mas ao menos reconheceu que as expulsões foram merecidas.

Fato é que o Fluminense perdeu para um time que estava na zona do rebaixamento, se aproxima perigosamente dos últimos colocados, sofreu a quarta derrota seguida e somou 3 pontos em 15 disputados.

A relação entre Abel e a torcida anda no limite. O futuro do treinador é incerto.

Ney Franco, ex-técnico do São Paulo, ronda as Laranjeiras e é hoje o nome mais forte para substituir Abel caso o atual treinador não continue no clube.

O nome de Ney tem a aprovação de Celso Barros, presidente da Unimed.


Muita calma nessa hora
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Bruno Voloch

A derrota para a Rússia foi doída, mas o caminho para o crescimento do vôlei brasileiro é reconhecer a superioridade do adversário.

Bernardinho foi perfeito.

Mesmo ainda sob os feitos da derrota, fez questão de enaltecer os russos e não tentou encontrar desculpas para o resultado negativo. Aliás, não encontraria por mais que procurasse.

Sereno, o técnico, que nunca gostou de dar entrevistas após as derrotas, foi feliz e corajoso. Assumiu a responsabilidade pela derrota e saiu em defesa dos mais jovens.

Lucarelli e Wallace já são realidade, mas fracassaram na final. Nada porém que possa tirar as virtudes desses dois jogadores de enorme futuro. Jovens, certamente irão aprender e amadurecer com o tempo. É uma dura lição, mas faz parte do esporte.

O trabalho de renovação deve continuar. Isac foi outra grata surpresa.

Mas existem baixas.

Dante dá sinais de desgaste, Maurício não vingou e Thiago Alves e Lipe foram apenas coadjuvantes.

Éder teve azar de se contundir na reta final, mas ainda é uma incógnita.

A medalha de prata tem o sabor amargo e a pressão por títulos sempre irá existir. É bom de qualquer forma ter muita calma nessa hora e evitar queimar uma geração que está em formação.

 


Da ficção à realidade
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Bruno Voloch

Durou menos de 5 minutos a alegria do Brasil na decisão da Liga Mundial. O que era ficção, os 5 a 0 aplicados nos russos de cara no primeiro set, virou realidade ainda antes da primeira parada técnica.

A seleção brasileira não resistiu e viu uma Rússia simplesmente irrepreensível.

O Brasil resistiu somente o primeiro set e depois foi absolutamente dominado pelo adversário. Vitória incontestável e rigorosamente na bola, sem arbitragem ou desafio.

A superioridade da Rússia foi tamanha que fica difícil e chato analisar tecnicamente o jogo nos dois últimos sets.

Bruno foi inseguro, Wallace não repetiu as boas atuações dos jogos anteriores, Dante fraco e os centrais não acharam o ataque russo. Dá para livrar apenas Lucarelli, com alguns lampejos e Mário Jr, melhor jogador do Brasil na final.

Bernardinho fez de tudo. Trocou as peças, inverteu a rede, tirou Bruno, Wallace, Lucarelli, mas não teve jeito. Lipe e Thiago Alves fizeram apenas figuração na liga mundial.

Do outro lado, Sivozhelez deixou para jogar tudo que sabia na final. Brilhou. Foi decisivo no ataque e no saque.

Grankin, levantador, jogou com passe A o tempo inteiro e não deu chances aos nossos bloqueadores. Por sinal, a seleção brasileira marcou 2 pontos de bloqueio em 3 sets.

Muserskiy foi seguro, atuou com muita personalidade e rodou quase todas as bolas.

O polêmico Spiridonov não comprometeu. Bola mesmo jogou Pavlov. 22 pontos e 1 erro em 3 sets.

A Rússia curiosamente cometeu mais erros que o Brasil, 26 contra 17, mas foi melhor em todos os fundamentos. A Rússia jogou como autêntica campeã. Ao Brasil, restou os 5 minutos de ficção.

Mas a realidade veste vermelho e se acostumou perigosamente a nos vencer.