Blog do Bruno Voloch

Sérvias resolvem
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Bruno Voloch

Em São Paulo, Sanja Malagurski foi o destaque. No Rio, Brankica Mihajlovic resolveu. As sérvias de Osasco e Unilever foram determinantes nas vitórias de seus respectivos times diante de Sesi e Praia Clube.

Osasco venceu, fez 3 a 1, mas não repetiu as boas atuações das partidas anteriores. Ganhou em função da fragilidade do adversário e do bom desempenho do quarteto formado por Sheilla, Sanja, Adenízia e principalmente Thaísa, no bloqueio. A italiana Caterina ainda não decolou.

O Sesi só consegui se manter no jogo até o quarto set também por causa do bloqueio e da força ofensiva de Pri Daroit e Ivna. As entradas de Mari Casemiro e Bárbara deram mais equilíbrio ao time que sofrendo incrível instabilidade emocional e errando nos momentos cruciais dos sets.

O resultado fez o Sesi deixar a zona se classificação e cair para a nona colocação.

Osasco lidera folgado com 23 pontos, invicto e 3 a mais que Rio e Campinas.

No ginásio do Tijuca e público decepcionante, o Rio virou pra cima do Praia Clube, de Uberlândia. Novamente o time mineiro teve o jogo nas mãos, caiu de rendimento fisicamente e não suportou a pressão da equipe carioca. A cubana Herrera fez ótimo jogo enquanto suportou as próprias pernas. Não conseguiu manter o ritmo, assim como as companheiras, e viu o Praia levar a virada.

Sem opções no banco, Spencer Lee assistiu Bernardinho colocar Bruna e Régis em quadra. As duas mudaram o cenário do jogo, Fofão cresceu e Mihajlovic decidiu jogar. A sérvia, ruim de passe, se superou no ataque. Jogo feio, emocionante pela virada e marcado por quase 60 erros.

O Praia, pelo elenco que montou, não pode estar na sexta colocação.

O ótimo aproveitamento no bloqueio, 17 pontos, e Tandara novamente inspirada, levaram Campinas aos 3 a 1 diante do bom e esforçado Barueri. A norte-americana Kristin finalmente desencantou e Rosamaria fez um jogo razoável substituindo Natália.

Do outro lado, Renatinha fez 14 pontos, mas joga sozinha em determinadas passagens de rede.

São Caetano, revelação da superliga, bateu São Bernardo por 3 a 0, ganhou a quinta partida e está entre os 5 melhores do torneio.

Na zona da degola, Maranhão finalmente desencantou e venceu Rio do Sul por 3 a 2. Os dois porém seguem nas últimas posições.

Quem não larga a lanterna é o Minas. O time caiu diante de Araraquara e sofreu a oitava derrota seguida no campeonato.


Queda anunciada
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Bruno Voloch

Demorou, mas o Rio de Janeiro não resistiu.

Se contra Campinas o time carioca escapou da derrota por pouco, venceu apenas no tie-break, diante do Minas a equipe não resistiu e conheceu o primeiro resultado negativo na superliga.

Atolado em dívidas e em débito com os jogadores, o Rio perdeu em Belo Horizonte por 3 sets a 2 e viu o Cruzeiro abrir 3 pontos na liderança.

O Minas, que ocupa a modesta sexta posição, 3 derrotas em 7 jogos, venceu com ótimo aproveitamento no bloqueio. Foram 17 pontos no fundamento, mais do dobro do adversário. Rodrigão, central contratado para resolver o problema da posição dos cariocas, acabou zerado.

Como de hábito quando enfrenta Bruninho, Marcelinho brilhou e as entradas de Rafael e Silmar foram determinantes para o Minas.

Perder a segunda posição é questão de tempo para o Rio de Janeiro. O time terá pela frente o Sesi e deve cair para o terceiro lugar após a rodada do fim de semana.

O instável Maringá perdeu mais uma. Ricardinho viu do banco o time cair diante do modesto São Bernardo por 3 a 1 em São Paulo. O resultado deixa São Bernardo na zona de classificação e Maringá, com 9 jogos, disputados, seriamente ameaçado.

No sul, o cubano Dennis marcou 21 pontos e Canoas fez 3 a 1 contra Taubaté, último colocado.

Ainda na parte debaixo da tabela, a rodada teve Volta Redonda derrotando Juiz de Fora por 3 a 0.

 


Tandara, Mihajlovic e Osasco sobrando
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Bruno Voloch

Tandara, sempre ela, foi o nome da sétima rodada.

A oposta de Campinas foi a responsável direta pela vitória do time diante do Sesi por 3 a 2. A jogadora fez 27 pontos, virou bolas fundamentais e se não fosse ela a equipe dificilmente teria vencido, ainda mais depois de perder Natália contundida.

Nas mãos de José Roberto Guimarães, diferente do que aconteceu no Sesi, a tendência de Tandara é evoluir ainda mais e amadurecer. Hoje é uma das atletas mais valorizadas do vôlei brasileiro e com méritos.

Ainda em São Paulo, Pinheiros e Rio fizeram um jogo equilibradíssimo. Mihajlovic foi determinante nas duas últimas parciais. Sarah e Juciely jogaram bem e Andreia, como de hábito, foi a melhor do Pinheiros.

Osasco, mesmo atuando fora de casa, venceu sem grandes dificuldades o instável e até agora decepcionante Uberlândia. Se esperava bem mais do time mineiro. Sheilla, Adenízia e Thaísa comandaram os 3 a0 das paulistas em noite apagada de Sanja. O atual campeão paulista lidera com folga.

Nos demais jogos sem apelo algum, o penetra Brasília cumpriu sua obrigação e fez 3 a 0 no Minas. São Caetano, segue fazendo bonito e aplicou 3 a 0 no Maranhão.

São Bernardo, com Soninha impecável no quinto set, surpreendeu Barueri, já sem Cibele, e fora de casa ganhou no tie-break.

No sul, Araraquara se distanciou das últimas colocações vencendo Rio do Sul por 3 a 1.


Rolo compressor
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Bruno Voloch

Impressionante a maneira como o Cruzeiro derrotou o Sesi em São Paulo.

A prévia da decisão da superliga foi um verdadeiro atropelo do time mineiro que não deu chances ao adversário e fez 3 a 0 sem grandes dificuldades. E não foi uma vitória qualquer.

Os mineiros ganharam simplesmente do segundo melhor time do campeonato e talvez a única que poderia fazer frente nas fases decisivas da competição. Pelo que vimos, dificilmente isso acontecerá.

Tudo bem que o Sesi não jogou completo, tinha o desfalque de Sidão, e que Murilo ainda reforçará o grupo de Marcos Pacheco, mas o que sei viu foi o Cruzeiro atuando como um rolo compressor e passando literalmente por cima.

O saque arrasador fez toda a diferença na partida.

Foram 8 pontos do Cruzeiro em todo jogo.

Nem mesmo Serginho, melhor líbero do mundo, deu conta de passar. Sandro não tinha alternativas e quase não jogou com o meio, deixando os pontas sobrecarregados. Lucarelli fez o que pode.

Do outro lado William brincou com o bloqueio paulista.

Lucão fez o único ponto do Sesi em 3 sets contra 4 dos mineiros.

Com passe na mão, o levantador do Cruzeiro usou as melhores opções e transformou Wallace no melhor em quadra. Filipe e Leal foram extremamente regulares e Éder fez ótima partida.

O nível de vôlei apresentado no clássico deixa claro que só uma grande zebra tira o título do Cruzeiro.

O competente Marcelo Mendez tem um timaço nas mãos e se souber controlar o oba-oba, natural pelo momento que atravessa o time, não perde a superliga.


Exigência da TV Globo, regra dos 21 pontos será extinta no fim da superliga
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Bruno Voloch

A regra que determina a disputa dos sets em 21 pontos está com os dias contados.

Cumprindo determinação da TV Globo, o presidente da FIVB, Federação Internacional de Vôlei, Ary Graça, resolveu testar a nova contagem na Superliga com o objetivo de diminuir a duração das partida.

A nova regra foi alvo de críticas da maioria dos jogadores e dos técnicos das seleções, José Roberto Guimarães e Bernardinho.

Baseada em números e apenas 3 meses de superliga, a CBV, Confederação Brasileira de Vôlei, chegou a conclusão de que o tempo da partidas, diferente do que se imaginava, não diminuiu como esperado.

Internamente os dirigentes da entidade não estão autorizados a falar sobre o assunto, especialmente porque irão contrariar as determinações da TV Globo.

É certo porém que a regra dos 21 pontos será abolida no fim da temporada e para 2014/15 os 25 pontos por sets estarão de volta.


10 vezes Osasco: autoridade e postura de campeão
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Bruno Voloch

Não teve nem graça.

Osasco ganhou como quis do Sesi e conquistou com brilhantismo o apagado campeonato paulista de 2013.

3 a 0 sem sustos e autoridade de campeão.

O Sesi foi apático, inseguro, presa fácil para Osasco e segue o incômodo e natural jejum de títulos. Difícil acreditar que tenha eliminado o poderoso time de Campinas nas semifinais. Falta camisa, tradição e é incrível como o time simplesmente desaparece nas horas decisivas, o que não chega a ser nenhuma surpresa para quem acompanha o histórico da equipe feminina. Dá pra livrar apenas Ivna e Fabiana.

A líbero Suellen e as ponteiras Pri Daroit e Suelle não funcionaram. Bia jogou abaixo do que pode apresentar e as alterações de Talmo não surtiram feito algum.

Osasco tem espírito de campeão. Entrou em quadra sem respeitar o adversário, se impôs desde o primeiro saque e confirmou o favoritismo.

Sheilla e Adenízia foram as melhores na final. Embora tenha fechado o jogo com ponto de bloqueio, a italiana Caterina ficou devendo. Sanja foi muito superior.

Importante enaltecer o trabalho da comissão técnica de Osasco. O time começou o campeonato cambaleando, sofreu derrotas inesperadas, penou sem as jogadoras da seleção, mas soube crescer nos momentos decisivos, alcançou o ápice da forma nas finais e ganhou merecidamente o décimo título estadual.


Fernanda Garay vê briga e rivalidade entre Fenerbahçe e Galatasaray
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Bruno Voloch

Não chega a ser nenhuma novidade, mas começa a virar rotina na Turquia.

O clássico de maior rivalidade no país entre Galatasaray e Fenerbahçe mais uma vez não chegou ao fim, foi interrompido após uma confusão envolvendo os torcedores nas arquibancadas e com reflexos para a arbitragem em quadra.

O Fenerbahçe, de Fernanda Garay, vencia por 2 a 0, parciais de 25/17 e 25/21, e liderava o terceiro set por 23/13 quando as torcidas rivais se desentenderam no ginásio.

O jogo já tinha sido paralisado no primeiro set quando o Fenerbahçe chegou a parada técnica com vantagem de 8/4.

A partida contou com estrelas do vôlei mundial como Ozsoy, Montano, Kimura, Lo Bianco, Kim Yeon-Koung e Havlickova. A coreana Kim era a maior pontuadora do jogo com 19 acertos e Fernanda Garay teve atuação discreta com 8 pontos.

A Federação da Turquia deve se pronunciar nos próximos dias.

 

 

 


Cruzeiro nada de braçada e Murilo reaparece em rodada marcada pelos erros
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Bruno Voloch

Não muda o cenário na superliga masculina.

O Sada/Cruzeiro atropelou mais um adversário, fez 3 a 1 Minas e se manteve na liderança da competição com 21 pontos, ou seja, aproveitamento de 100%.

Wallace e Leal comandaram a sétima vitória consecutiva do atual campeão mundial.

Em Maringá, apesar dos 3 a 0, o Sesi teve que suar para vencer os donos da casa. Lorena e Quiroga sozinhos quase conseguiram complicar a vida dos paulistas. Lucão e Evandro, além do ótimo aproveitamento no bloqueio, decidiram o jogo a favor do Sesi. A partida marcou o retorno de Murilo que deixou a quadra sem pontuar.

No Rio, o RJ Esportes e Campinas fizeram uma partida equilibrada e assustadoramente marcada pela quantidade absurda de erros. 56 no total. Bob foi fundamental na vitória apertada dos cariocas por 3 a 2. O Rio segue instável, limitado e a diferença de 6 pontos na classificação não demonstra a realidade atual entre Rio e Campinas.

Canoas assumiu a sétima colocação ao vencer Montes Claros por 3 a 1. O cubano Dennis foi espetacular, marcou 25 pontos e foi decisivo.

Numa autêntica pelada com direito a 65 erros e nada de aproveitável, São Bernardo fez 3 a 2 contra Juiz de Fora.

Taubaté conseguiu se superar e perdeu em casa para o Volta Redonda, pior time do campeonato até então, por 3 a 0. A lanterna passa para as mãos dos paulistas, temporariamente.


Sem verba, RJ Esportes perde Maurício para Turquia
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Bruno Voloch

Maurício Souza não é mais jogador do RJ Esportes, antigo RJX.

Em crise e sem verba, o clube não conseguiu segurar o jogador da seleção brasileira que aceitou uma proposta do vôlei da Turquia.

Maurício, que atua como central, irá defender o Halkbank da Turquia, time que atua o levantador Rapha.

O atleta ficou menos de 5 meses no Rio e fez parte do grupo vice-campeão da Liga Mundial de 2013.

 


Pinóquios cariocas
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Bruno Voloch

A ótima reportagem de Luiz Paulo Montes e Luiza Oliveira confirma o que o blog bancava desde agosto.

http://blogdobrunovoloch.blogosfera.uol.com.br/2013/08/30/sem-eike-rjx-troca-identidade-fica-sem-verba-e-perde-maracanazinho/

Eike Batista retirou o patrocínio e deixou o time carioca nas mãos.

O clube passa a se chamar RJ Esportes exatamente como dissemos meses atrás.

Curioso é que esses mesmos dirigentes do clube, comissão técnica e profissionais das empresas de Eike fizeram questão de negar, afirmando desconhecer a crise e qualquer parceria com o Tijuca, hoje consolidada.

Desgaste desnecessário.

A realidade pode demorar a aparecer, mas acaba prevalecendo, fato comum no esporte brasileiro e infelizmente corriqueiro no vôlei ultimamente.