Blog do Bruno Voloch

Diretor da Juventus, da Itália, muda foco, se decepciona com Cortês e foca em Dedé
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Bruno Voloch

Fábio Paratici, diretor de futebol da Juventus, da Itália, passou o fim de semana no Rio de Janeiro.

O dirigente foi ao Engenhão para observar o lateral-esquerdo Cortês, do Botafogo.

Paratici saiu decepcionado com o desempenho do jogador. Curiosamente, desde que foi convocado para a seleção brasileira, Cortês caiu de rendimento.

Quem encheu os olhos do dirigente foi o zagueiro Dedé. A força física e a qualidade técnica do jogador deixaram Paratici impressionado.

Rômulo, meia vascaíno, apesar de ter sido expulso, também recebeu elogios.

 


Torcida do Botafogo não acredita no time; por ironia do destino, clube pode jogar a Sul-Americana em 2012
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Bruno Voloch

Desconfiada, a torcida do Botafogo não compareceu ao Engenhão para o clássico contra o Vasco.

O que se viu no estádio foi um botafoguense em média para seis vascaínos.

Para um jogo decisivo se esperava muito mais, isso sem falar na possibilidade remota, mas possível, do Botafogo ser líder se ganhasse o jogo e o Corinthians perdesse para o Atlético-PR.

Mas o torcedor não se ilude mais com o time. Sabe das limitações da equipe, da fragilidade emocional dos jogadores e da insegurança de Caio Jr.

Por sinal, Caio Jr finalmente admitiu que o título ficou difícil após o resultado negativo diante do Vasco. Só ele mesmo, ao lado do inseparável Flávio Tênius, acreditava ainda em conquista após a derrota para o Figueirense em casa.

A torcida, fiel ao extremo, já tinha jogado a toalha. Jogou com razão.

O Botafogo teve 3 chances de ser líder e não aproveitou. Fracassou em todas as oportunidades.

De eventual líder, o time agora é quinto colocado e está seriamente ameaçado de ficar sem a vaga na libertadores. O curioso é que o Botafogo frequentou a G4 praticamente o campeonato inteiro e vai perdendo forças na reta final. Lamentável.

É evidente que Caio Jr pagará a conta. Longe de ser unanimidade, o treinador fracassou sob comando de Palmeiras e Flamengo na mesma situação.

Trocar de treinador agora seria perda de tempo.

Será que o Botafogo irá bater na trave novamente ?

Pode ser que sim.

Por ironia do destino, os dirigentes devem se preparar para a possibilidade de valorizar uma possível participação do clube na Copa Sul-Americana em 2012, competição que foi deixada de lado e desvalorizada pela comissão técnica.

 

 


Rússia, Bulgária e Croácia se classificam para as finais do Pré-Olímpico Europeu; torcida é por Itália e Alemanha
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Bruno Voloch

A Rússia confirmou o favoritismo e está classificada para a fase final do pré-olímpico da europa.

Jogando em casa, as russsas derrotaram a Romênia por 3 sets a 1. Gamova, com 28 pontos, foi o destaque da Rússia. A competição marcou o retorno de Sokolova ao time russo. Antes, a Rússia já havia derrotado Espanha, Eslováquia e Bélgica sem perder nenhum set.

Croácia, que derrotou a Holanda, e Bulgária, que passou pelo Azerbaijão, também estarão na fase decisiva do pré-olímpico.

Rússia, Croácia e Bulgária irão se juntar as seleções da Turquia, Sérvia, Itália, Alemanha e Polônia. A fase final do pré-olímpico será jogada em maio na Turquia. Apenas uma seleção, a campeã, se classificará para a Olimpíada de Londres em 2012.

Caso Itália e Alemanha se classifiquem já na Copa do Mundo do Japão, além de facilitar a vida da Rússia, mais duas vagas serão abertas e ocupadas por Holanda e Romênia.

A Itália lidera a Copa do Mundo e a Alemanha, hoje em quarto lugar, tem boas chances de ficar entre os 3 primeiros. A Alemanha disputa a vaga diretamente com Estados Unidos e China.

 


Após 3 anos e inúmeras competições, seleção sofre e não encontra levantadora ideal
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Bruno Voloch

O drama não é somente na seleção masculina com Bruno e Marlon.

A péssima campanha da seleção feminina na Copa do Mundo, deixou evidente que o Brasil ainda não tem uma levantadora, que dirá duas.

Repito o que disse anteriormente. É injusto jogar toda a responsabilidade do fracasso nas costas de Dani Lins e Fabíola.

Quem convoca e coloca para jogar é o treinador. Fora isso, com o passe atual da seleção e a líbero Fabi, fazendo hora extra, não tem levantadora que faça milagre.

3 anos e meio se passaram, quase um ciclo inteiro e não achamos a levantadora ideal.

É um entra e sai que não acaba mais e as mais prejudicas são as próprias envolvidas em questão.

Dani e Fabíola alternaram poucos momentos positivos e muita instabilidade. A verdade é que elas não conseguiram se firmar e não passam segurança para o time. É fato. Fugir disso é não querer encarar a realidade.

Zé Roberto pode ser teimoso, vaidoso, mas é inteligente. Sabe que jogar uma olimpíada com as duas, caso esteja lá, não poderá sonhar com algo de positivo.

A qualidade técnica delas é discutível.

Dani Lins pode não ser unanimidade e não é, acredito eu. Dani ao menos ganhou alguns campeonatos brasileiros e se credenciou para estar na seleção.

A atual levantadora do Sesi trabalhou anos com Bernardinho e por mais que exista um conflito entre os dois treinadores, Dani cresceu como atleta e ganhou bagagem. Certamente, ao lado de Bernardinho, Dani sofreu com pressão, mas colheu frutos também. É inegável que Bernardinho contribuiu para a evolução dela.

Fabíola tem boa vontade, é jogadora de grupo, ajuda nos treinos, mas não vinga. Jamais ganhou algum título de expressão no Brasil e lembro que foi convocada ainda em 2003 para a seleção. Entre idas e vindas, não se firmou. 8 anos se passaram, Fabíola não mudou e não vai mudar.

Dizem que é o que temos, mas não dá para engolir isso.

Se é o que temos, então o torcedor que se prepare para fortes emoções e desilusões.

Mas ainda existe tempo.

Zé sempre diz que precisam jogar as melhores, portanto, não é o caso de nenhuma das duas.

Fico vendo o bom e regular campeonato italiano que faz Fernandinha, por exemplo. Ela é baixa ?

Sim, mas Lo Bianco também é baixa. Levantadora precisa fazer o jogo andar e nenhum time ganha o jogo ou deixa de vencer por causa do bloqueio da levantadora.

Fernandinha é elogiada na Itália e não é valorizada no Brasil.

Ana Tiemi já teve chances e não aproveitou.

Por onde anda a campeã olímpica Carol Albuquerque ?

Ana Cristina, Priscilla, Rosane, Roberta, Flavinha são nomes que aparecem de cara.

O tempo é curto e são todas sem experiência ? Talvez, mas algo precisa ser feito.

Fofão é absurdo e seria como Zé Roberto detonasse Dani Lins e Fabíola de uma só vez e jogasse 3 anos e meio no ralo. Zé Roberto não faria isso e nem Fofão, penso eu. Mas do que jeito que as coisas andam, tudo pode acontecer.

Menos Fernanda Venturini, deixo o leitor tranquilo.

Fofão, diferente de Fernanda, não faz o tipo do vai e vem, abandona e volta. Fofão não.

Mas Fofão está fora de questão.

A carência na posição nunca foi tão evidente e só mesmo muita coerência, aliada a uma boa dose de coragem, para mudar esse panorama.

A bola está literalmente com José Roberto Guimarães. Ele pode salvar a seleção, começando pela posição de levantadora.

 


Perder faz parte do jogo, se entregar, como fez a seleção, envergonha o esporte
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Bruno Voloch

A seleção brasileira está eliminada da Copa do Mundo.

Pelo que não jogou nas últimas partidas, especialmente contra a Itália, era de se esperar dificuldades diante do Japão. Agora, perder de 3 a 0 novamente, foi demais.

As jogadoras estão sem confiança, inseguras e por incrível que possa parecer, muitas delas com medo de jogar.

O que não dá para entender é como as coisas chegaram a esse ponto. Um grupo, ou boa parte dele, campeão olímpico e que simplesmente desmoronou.

Não dá para livrar a comissão técnica da responsabilidade, afinal a convocação e as escolhas são feitas pelo treinador.

José Roberto Guimarães tem todo o direito de errar, muito crédito, mas de fato não conseguiu fazer a equipe andar. Talvez tenha faltado ao técnico um faro mais apurado que fosse capaz de detectar as incompatibilidades internas antes de se tornarem públicas.

Reconheço entretanto que é difícil ou quase impossível alterar o rumo das coisas durante a competição. Mas pela experiência e competência, Zé Roberto tem obrigação de nos dar uma satisfação e mudar essa seleção o quanto antes.

Mudar nomes e acima de tudo a postura da equipe. A vaidade não pode existir, muito menos a influência de jogadoras campeãs olímpicas e que se sentem intocáveis.

Perder faz parte, se entregar não combina com o esporte.

E nossa seleção está assim. Se entrega com uma facilidade absurda, não luta como antes e as jogadoras estão com cara de derrotas.

Pode ser desgaste físico, distância de casa, mas nada disso serve como desculpa. E nem poderia.

O clima é ruim, pesado e triste.

A seleção está se acostumando a perder e os adversários perderam o respeito pelo Brasil.

É grave a situação e mudanças se fazem necessárias.

Mudança de comportamento e principalmente de algumas peças.

Para tanto é preciso ter coragem e talvez mudar, para o bem da seleção, a filosofia de trabalho.


Após despachar Brasil, Arrighetti, central da Itália, provoca: ‘Foi uma obra-prima’
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Bruno Voloch

'Uma obra-prima'.

Assim a central Arrighetti resumiu a vitória da Itália diante do Brasil na Copa do Mundo por 3 a 0.

Virtualmente classificada para a Olimpíada de Londres, a jogadora elogiou a postura do sexteto italiano:

'Nossa defesa esteve espetacular, o bloqueio funcionou muito bem e jogamos com muita velocidade. O Brasil não conseguiu nos acompanhar'.

Arrighetti afirmou que pouca gente acreditava na Itália especialmente depois do fracasso no campeonato europeu no mês passado. A Itália foi eliminada ainda na semifinal pela Alemanha:

'Parecia impossível. Mas demos a volta por cima e ganhamos da seleção campeã olímpica'.


Japão vence, assume quinto lugar e empurra Brasil para a sexta colocação na Copa do Mundo
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Bruno Voloch

A seleção brasileira vive de fato uma situação dramática na Copa do Mundo do Japão.

As donas da casa venceram a Coreia por 3 a 0 em Sapporo e assumiram a quinta colocação com 13 pontos. O Brasil, com a derrota para a Itália, é apenas o sexto colocado com 12 pontos.

Domingo, o Japão será o adversário da seleção e uma vitória colocaria novamente o Brasil em quinto.

Nos demais jogos da rodada, uma surpresa. A República Dominicana derrotou a Alemanha por 3 sets a 2 e o resultado pode ajudar a seleção brasileira no futuro. A Alemanha fez 1 ponto, subiu aos 15 e está em quarto lugar.

A República Dominicana, do brasileiro Marcos Kwiek, está fora da briga, mas teve como destaque Bethania de la Cruz que marcou 42 pontos.

Os Estados Unidos ganharam fácil da Argélia por 3 a 0 e estão em segundo com 18 pontos.

A China, derrotada pelo Brasil, fez 3 a 1 na Sérvia e ocupa a terceira posição com 16.

A Itália, ainda invicta, lidera a Copa do Mundo com 20 pontos e 7 vitórias.


Lo Bianco fez a diferença pela Itália; Fabíola de titular é inaceitável e o drama parece sem fim
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Bruno Voloch

Nunca foi tão nítida a diferença que faz uma levantadora em quadra. Assim foi Itália x Brasil.

Lo Bianco, levantadora da Itália, fez um jogo espetacular contra o Brasil e nos fez sofrer. Pior que isso, fez o Brasil encarar uma dura realidade e aparentemente sem solução.

Não temos uma jogadora confiável para a posição.

Fabíola foi triste e mais lamentável foi ver Dani Lins no banco. Nem acho que Dani faria tanta diferença assim, mas definitivamente com Fabíola a seleção não pode jogar. Dani é menos ruim, mais constante e erra menos.

Fiz os elogios merecidos para Fabíola quando entrou e ajudou na virada contra a Coreia. Mas diante da Itália, a limitação técnica dessa jogadora ficou visível. Fabíola é imprevisível, impressioante. As atacantes sofrem com bolas ruins, sem precisão e coladas na rede. Coladas, quando muitas vezes as bolas passam da rede e não podem ser atacadas. Triste.

Imagino o que deva passar pela cabeça de Sheilla, Paula, Mari e cia. São 3 boas bolas razoáveis, para uma 'jaca'. Fabíola até arrisca mais que Dani, usa as centrais, mas se enrola nas próprias mãos. Contra a Itália fez de tudo. Dois toques, saques errados, falta de precisão e insegurança de sobra. Gritar, ela ainda faz bem, mas não foi o caso de ganhar no grito. Uma pena.

Por sinal esse é um dos sentimentos que tenho da comissão técnica. Não existe solução. Se Fofão já disse não, e convenhamos não seria mais aceitável, o jeito é investir rápido em outras mãos, como Ana Tiemi, Fernandinha e manter Dani para esse processo de transição.

O tempo é curto.

Não se trata de um novo ciclo olímpico onde Zé Roberto teria 4 anos para moldar uma nova levantadora. Os jogos de Londres 2012 estão chegando e junto a triste constatação de que não temos uma levantadora, que dirá duas.

Com Fabíola não dá. Com Dani Lins é até suportável caso não exista outra opção.

Nenhuma das atacantes, acho difícil e faltaria coragem, vai admitir em público essa nossa carência. Mas elas não precisam, está na cara o desconforto e fica visível em quadra.

Não dá para culpar a comissão técnica de maneira geral. As opções podem ter sido erradas, mas falta material humano. Não existe.

Só que se não existe, é hora de arriscar para evitar um novo fiasco no futuro.


Derrota era anunciada. Deu a lógica, Itália não respeitou e atropelou o Brasil
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Bruno Voloch

Deu a lógica.

Após passar sufoco diante da Coreia, Sérvia e China, seria normal ter dificuldades contra a líder Itália.

A seleção brasileira decepcionou novamente, foi dominada praticamente os 3 sets e acabou sendo presa fácil para as italianas.

Verdade seja dita, a Itália fez um ótimo jogo e não deu chances para o Brasil. A péssima atuação da seleção não pode e nem deve tirar os méritos da Itália, líder da Copa do Mundo e praticamente classificada para a Olimpíada.

A passividade com que as jogadoras aceitam a derrota é preocupante. Perder um set, dois e até o jogo é encarado com absoluta naturalidade.

A levantadora Lo Bianco, tema do próximo post, simplesmente fez as atacantes da Itália passearem em quadra. Costagrande raramente era parada pelo nosso frágil bloqueio. Adenízia nos deu uma falsa esperança quando entrou no segundo set e fez alguns pontinhos no terceiro, mas nada que pudesse alterar o roteiro da sétima vitória da Itália.

Fabiana saiu de quadra ainda no segundo set com 1 ponto, isso mesmo, 1 ponto e sem achar uma vez sequer as atacantes da Itália na rede. Foi péssima.

Arrighetti e Gioli jogaram soltas, com confiança e derrubaram 90% das bolas. A baixinha Bosetti brilhou do fundo, da ponta e ignorou nosso bloqueio. A Itália mostrou um sistema defensivo sólido, segurança no passe e quase não errou no ataque.

Poucas vezes se viu nessa Copa do Mundo uma superioridade técnica tão grande entre duas seleções consideradas grandes.

Pelo que mostrou na Copa do Mundo, estava previsto. A Itália não respeitou, atropelou o Brasil e só fez confirmar a lógica.


Comissão técnica não consegue fazer Mari jogar como antes; parte do grupo não ajuda e seleção perde talento
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Bruno Voloch

Apesar de apresentar um vôlei de qualidade sofrível até agora na Copa do Mundo, os recentes resultados da seleção feminina, estão servindo para quebrar um incômodo tabu.

O lado emocional, quase sempre fragilizado de nossas jogadoras, era um dos motivos que nos levava a perder a maioria das disputas de tie-break. Agora, curiosamente, não tem sido assim, ao menos por enquanto.

Vencemos Coreia , Sérvia e China no quinto set. Será um sinal de que temos um grupo amadurecido ?

Óbvio que não, e os altos e baixos durante os jogos, provam isso.

Além da irregularidade, os problemas de relacionamento entre algumas jogadoras não deveriam interferir diretamente no desempenho da seleção, mas pesam e as atletas não conseguem separar as coisas.

Esse é uma questão delicada e que a comissão técnica terá que resolver no futuro.

Nada chama mais a atenção do que o baixo rendimento de Mari. Quem explica ?

Diante da China, Mari saiu e não voltou mais. Sassá foi até o fim.

Mari é craque de bola, tem um potencial espetacular, fora de série, mas não consegue jogar como antes. Pode render na ponta ou mesmo na posição de oposta.

Na Copa do Mundo, Mari está deslocada. Ninguém exige ver Mari sorrindo, pulando e gritando, até porque esse não é o perfil dela. Mas Mari não está feliz e visivelmente desconfortável.

Hoje, dentro da realidade da seleção, José Roberto Guimarães não pode abrir mão do talento dela. Ainda não.

Não tenho dúvida de que a comissão técnica da seleção tenha competência suficiente para trazer Mari de volta para o grupo. Minha preocupação é saber se o grupo, ou exatamente parte dele, quer Mari na seleção. Absurdo.

É uma lástima assistir a seleção perder um talento como o de Mari. A vaidade deveria ser deixada de lado, mas prevalece e como dentro da seleção feminina. Isso não é de hoje, historicamente sempre foi assim.

O ideal seria deixar as diferenças fora de quadra e separar coisas.