Blog do Bruno Voloch

Atanasijevic ‘decide’ e Brasil sofre diante da Sérvia; Sidão e Wallace escapam em jornada pouco inspirada
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Bruno Voloch

Vencer a Sérvia apenas no tie-break não estava nos planos da seleção masculina.

Não foi o Brasil da vitória contra a Rússia, passou distante de ser aquele time que perdeu de 3 a 1 para os Estados Unidos e mais parecia aquela equipe que venceu a frágil Tunísia na estreia.

O Brasil jogou para o gasto e só.

Sonolento e sem inspiração, a seleção não acreditou no potencial do adversário e perdeu o primeiro set.

Foi o suficiente para acordar e empatar sem problemas no segundo set. A seleção entrava em quadra, sacava com eficiência e ameaça os primeiros pontos de bloqueio.

Arrastado, o terceiro set terminou com a vitória da Sérvia e com grande atuação de Atanasijevic. Para sorte da seleção, o técnico da Sérvia, sabe-se lá os motivos, decidiu sempre iniciar os sets com o jogador no banco. Foi fatal no quarto e quinto sets. Atanasijevic resolveu o jogo no terceiro no saque e quando esteve em quadra, raramente era parado.

Do lado brasileiro, Sidão foi destaque. Bruno teve altos e baixos e foi bem no quinto set. Murilo idem. Vissoto começou bem e Dante foi discreto. Isso com elogio e respeito. Ricardinho entrou e nada para variar. Rodrigão pode se dizer o mesmo, tirando alguns bons saques táticos. Wallace resolveu novamente.

E Giba ?

Afinal ele pode ou não jogar ?

Não seria o caso de entrar no lugar de Dante ?

Enfim, Giba deu lá seus pitacos de treinador no banco e deve estar pensando no desenho que irá deixar no rosto em caso de medalha de ouro.

O Brasil foi instável e venceu principalmente por causa da teimosia do treinador da Sérvia.


Brasil sobrevive graças ao talento de Thaísa e entrada de Fernanda Garay
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Bruno Voloch

Thaísa.

Esse foi o nome do Brasil no jogo contra a China.

Thaísa mostrou atitude, assumiu a responsabilidade, foi incansável no ataque e fez um jogo taticamente perfeito. Exemplo.

É claro que a jogadora contou com a sensibilidade de Dani Lins. A levantadora do Brasil aproveitou praticamente todas as passagens de Thaísa na rede e usou a central do Osasco no ataque.

Quando não teve o passe na mão, Dani foi obrigada a apelar para as ponteiras. E a recepção novamente deixou o time na mão. Fabi, para variar, esteve insegura e prejudicou o time.

José Roberto Guimarães demorou para enxergar o óbvio. Paula Pequeno está mal, não vira, parece pesada e sem mobilidade. Com Fernanda Garay em quadra o time fica mais leve, roda com mais facilidade e se sente mais seguro na recepção.

Sheilla foi contagiada pelo astral de Thaísa e rodou bolas muito importantes.

Jaqueline foi bem no fundo com ótimas defesas. Finalmente acordou.

A China deu trabalho. Deu trabalho em função dos erros da seleção. Nossa equipe ainda mostra sinais de falta de controle emocional. Tivemos 3 pontos de vantagem para fechar o jogo em 3 a 1 e não conseguimos. Virou rotina essa espécie de apagão.

Mas a alegria voltou, mesmo que temporariamente.

Longe de convencer e de ser uma seleção confiável, o Brasil vai se arrastando e sobrevivendo. Mas a realidade nos mostra jogadoras fragilizadas emocionalmente.

A realidade aponta para Garay como titular.

A vitória faz a seleção respirar e Thaísa mostrou como deve se comportar uma atleta em quadra.


Stanley, Anderson e Priddy foram impecáveis na vitória incontestável dos Estados Unidos
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Bruno Voloch

Vitória justa e absolutamente merecida da seleção dos EUA diante do Brasil.

Os norte-americanos dominaram praticamente todo o jogo e se tivessem sido mais regulares no primeiro set teriam feito 3 a 0.

Assim como uma vitória contra a Rússia não coloca o Brasil como o grande favorito, a derrota frente aos EUA não descarta nossas possibilidades de medalha. É cedo para isso.

Não faltou disposição para a seleção. Perdemos para um grande adversário.

Leandro Vissoto, enquanto teve pernas, foi um dos destaques da seleção. Murilo ficou devendo e Dante fez um bom jogo. Bruno não pode ser responsabilizado e epenas Lucão rodou no meio. Ricardinho e Rodrigão foram usados, mas não ajudaram em nada. Giba idem. Wallace sim, merece elogios.

Jovem, muita personalidade e coragem.

Foi um jogo de poucos pontos de bloqueio. O ataque, de ambos os lados, superou a defesa.

Até a metade do segundo set, o saque do Brasil funcionou. Dante foi ótimo.

Mas perdemos a concentração e principalmente a paciência com a derrota no segundo set.

Contra eles, é fatal. Os EUA erram pouco e sabem aproveitar as falhas do adversário. Fisicamente não são tão fortes quanto os russos, mas tecnicamente são superiores.

O trio formado por Stanley, Anderson e Priddy foi espetacular e decisivo. Stanley resolveu o jogo no quarto set. Só no saque.

Os Estados Unidos seguem sendo um dos fortes candidatos ao ouro.

Vale ressaltar a péssima arbitragem que prejudicou as duas seleções e irritou os jogadores em quadra.

Mas eles ganharam mesmo na bola, isso é indiscutível.


Jogadoras da seleção se cobram, buscam reação e fazem reunião a portas fechadas para evitar crise
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Bruno Voloch

Para evitar o vexame da eliminação ainda na primeira fase dos jogos olímpícos, a seleção feminina busca alternativas contra a crise.

As jogadoras fizeram uma reunião que contou a presença da comissão técnica no prédio onde o Brasil está instalado na vila olímpica.

O clima é ruim e de desânimo.

Aconteceram as cobranças naturais, as mais experientes falaram e prometeram mudar a postura diante da China.

O técnico, José Roberto Guimarães, deu carinho ao grupo, deixou as atletas à vontade e pediu apenas dignidade e dedicação.

O Brasil enfrenta a China nesta sexta-feira.


Virtualmente eliminado, Botafogo deve começar a priorizar 2013
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Bruno Voloch

Campeonato Carioca, Copa do Brasil, Brasileiro e agora Sul-Americana.

Competição por competição, uma a uma, o Botafogo foi sendo eliminado.

O discurso era sempre o mesmo. Priorizar.

Priorizar o que ?

Nada.

Chego a duvidar se de fato existe planejamento.

O Botafogo foi caindo, se despedindo de todas as competições que jogou. Desde o carioca até a sul-americana.

Deve vez porém o time se superou. Conseguiu perder para um Palmeiras desinteressado e com pouco apetite.

Será que alguém acredita que o Botafogo irá fazer 3 a 0 no Palmeiras no jogo da volta ?

Difícil.

Pode acontecer, no futebol já vimos de tudo. Mas não com esse time.

As desculpas são sempre as mesmas, incrível. O time do Botafogo não consegue equilíbrio e regularidade.

Oswaldo de Oliveira chegou com moral, ganhou a queda de braço com Loco Abreu, limpou o elenco, mas futebol que é bom até agora nada.

Está pretigiado, mas até quando ?

Está por falta de opção no mercado. Mas Oswaldo precisa abrir o olho ..

O Botafogo de Oswaldo tem lampejos entre um jogo e outro, mas nada confiável.

Mas pode melhorar e o torcedor não deve desanimar.

O Uruguai foi eliminado dos jogos olímpicos e Lodeiro estará desembarcando em breve. Amaral também está chegando.

Com essas notícias, é melhor priorizar 2013. Ainda dá tempo.


Seleção feminina não tem personalidade e liderança; veteranas não assumem responsabilidade
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Bruno Voloch

Decepcionante a atuação da seleção diante da Coreia.

Derrota justa e absolutamente merecida.

O Brasil foi inteiramente dominado, não teve forças para reagir e se mostrou inseguro como de hábito.

O técnico, José Roberto Guimarães, ainda tentou mudar a cara do time escalando Garay na vaga de Jaqueline. O que ele não esperava era que Paula Pequeno fizesse apenas 1 ponto em 3 sets. Vergonhoso.

Não tem time que possa andar em quadra quando as ponterias não rodam. Detalhe. Isso já havia acontecido contra os Estados Unidos. Dessa vez foi ainda pior.

Garay fez seu papel. Regular, marcou 10 pontos. Jaqueline entrou, mas pouco ajudou. 6 pontos. Sheilla fez 16 pontos

Fabiana e Thaísa não podem ser culpadas. Com o entra e sai das levantadoras, Fernandinha e Dani Lins, as duas não resistiram.

Sheilla também sofreu com a imprecisão.

O que falta para essa seleção é personalidade. Ninguém assume a responsabilidade ou a liderança em quadra.

É uma equipe que entra quieta e sai calada.

A Coreia se aproveitou e nem precisou ser brilhante.

Kim, Han e Jung Dy deitaram e rolaram.


‘Renascimento’ do Brasil é destaque na mídia e preocupa Itália, EUA e Polônia
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Bruno Voloch

Bernardinho disse após o jogo diante da Rússia que a seleção precisa se concentrar nos Estados Unidos e esquecer a vitória contra os russos. 

Mas a história não é bem assim. O ténico pode pensar dessa forma, no que está correto, mas a vitória convincente do Brasil continua sendo destaque.

A mídia enalteceu a grande exibição do Brasil e o resultado foi muito comentado na vila olímpica.

O 'reaparecimento' do Brasil chama a atenção dos técnicos das principais seleção do mundo e que ainda podem nos enfrentar a partir das quartas de final.

Integrantes das comissões técnicas dos Estados Unidos, Polônia e Itália estavam no ginásio e viram de perto o renascimento da seleção de Bernardinho. 

Longe de ser considerada favorita a medalha de ouro, a seleção começa a mudar esse cenário.

Coadjuvante, o Brasil volta a ser motivo de preocupação.

Mauro Berruto, treinador da Itália, teria dito que 'hoje ninguém ganharia deles'.

A Itália pode cruzar com a seleção brasileira nas quartas de final.

Apesar das duas vitórias, poucos jogadores do Brasil se destacam nas estatísticas.

O líbero Serginho é o único deles e aparece como quinto melhor líbero e com a quarta melhor defesa.


Seleção lembra o passado, tem atuação de ‘gente grande’ e ganha moral na Olimpíada
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Bruno Voloch

O mais otimista torcedor brasileiro não poderia imaginar uma vitória de 3 a 0 sobre a Rússia.

Acho muito complicado que os jogadores ou alguém da comissão técnica pensasse em algo semelhante. Aconteceu.

Simplesmente aconteceu.

Um resultado como esse dá moral, traz de volta o prestígio e acima de tudo o respeito. Mostra que a seleção brasileira está viva.

O Brasil foi agressivo do início ao fim do jogo, esteve concentrado, não aceitou provocações e ganhou com sobras. Sobrou tanto quanto no jogo contra a Tunísia. Incrível.

É bem verdade que a Rússia abusou dos erros. Um set inteiro de graça. Desespero em tirar o passe das mãos do levantador brasileiro.

A exibição diante dos russos nos enche de esperança, mas não podemos achar que a olimpíada terminou. Falta muito, como bem disse Bernardinho. Mas foi um grande passo.

O Brasil precisa pensar um jogo por vez. Esse é o segredo.

Quando dá tudo certo, não existe espaço para as dores ou reclamações.

Se Dante tem mesmo problema no joelho, como o próprio treinador admitiu, ninguém viu. Murilo suportou bem as dores no ombro e foi o maior pontuador.

Bruno parecia 'dopado'. Dopado de vontade de ganhar, de energia e contagiou os companheiros.

O Brasil teve postura acima de tudo.

Lucão foi fundamental no fim do terceiro set.

A realidade entre Brasil e Rússia não é essa. O segundo set talvez serve como lição e não podemos nos iludir.

O grupo é experiente e vai saber administrar tamanha euforia.

A seleção estava devendo uma atuação de 'gente grande' e gastou a bola. Finalmente.

 


Reserva na seleção, Fernanda Garay contraria a lógica e é destaque nas estatísticas
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Bruno Voloch

As estatísticas revelam números surpreendentes após a segunda rodada dos jogos olímpicos de Londres e contrariam a lógica na seleção brasileira.

Fernanda Garay, reserva da seleção, é a jogadora que aparece como destaque do Brasil.

Garay tem a melhor recepção do torneio, superando Kryuchkova, da Rússia e Larson, dos Estados Unidos.

A atleta entrou nos dois primeiros jogos do Brasil na olimpíada. Diante da Turquia substituiu Paula Pequeno e deixou a titular no banco. Contra os Estads Unidos a história se repetiu. Jaqueline saiu e não voltou mais. Garay terminou em quadra.

A expectativa era de que Garay começasse entre as 6 na partida dos Estados Unidos, mas José Roberto Guimarães optou em manter Paula.

Nos demais fundamentos, a central Fabiana aparece como segunda melhor bloqueadora. Gioli, da Itália, lidera.

A coreana Kim é a maior pontuadora da competição, seguida de Hooker dos Estados Unidos.


Amedrontado e inseguro, Brasil mostra falhas na recepção e joga sem ponteiras; EUA beiram a perfeição
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Bruno Voloch

Aconteceu o que ninguém desejava.

Aconteceu o que a gente previa.

Se mantivesse o nível da atuação diante da Turquia, a seleção seria derrotada pelos Estados Unidos.

Não deu outra.

Passiva, a seleção brasileira estava amedrontada. Jogou com medo os dois primeiros sets e foi facilmente derrotada.

Os Estados Unidos estavam impecáveis. Fizeram um jogo brilhante e taticamente as norte-americanas estiveram perfeitas nos sets iniciais.

Tirando alguns momentos do terceiro set, Brasil jamais achou o tempo de bloqueio dos Estados Unidos. Do outro lado, todas as bolas eram amortecidas.

Nossas ponteiras não são confiáveis. Paula e Jaqueline foram extremamente inconstantes. Não tivemos passe e Fernandinha foi obrigada a trabalhar com o passe fora da rede a maior parte do tempo. Por conta da péssima recepção, as centrais não foram usadas. Thaísa e Fabiana quase não jogaram.

Fernanda Garay entrou novamente muito bem e merece ser mantida.

Zé Roberto tentou de tudo, alternou Dani e Fernandinha, mas o problema estava no aproveitamento do ataque e também no passe.

Os Estados Unidos foram muito mais regulares e venceram com méritos.