Blog do Bruno Voloch

‘Penetra’, Brasil aceita convite e tem bola para estragar festa dos Estados Unidos
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Bruno Voloch

Chegou a hora.

Neste sábado, Brasil e Estados Unidos fazem a grande decisão dos jogos olímpicos de Londres.

Diante do que temos assistido até agora, acho que ninguém em sã consciência tem coragem de apontar um favorito.

Primeiro, porque trata-se de uma final olímpica.

Como se não bastasse, existe toda a rivalidade entre brasileiras e norte-americanas. Algumas delas estavam em quadra quando em 2008 o Brasil fez 3 a 1 e ganhou a inédita medalha de ouro, ou seja, não devem ter esquecido até hoje o gosto amargo da derrota.

Os Estados Unidos são apontados pelos especialistas como os melhores do mundo na atualidade. Pode ser que sejam mesmo. Hooker está numa fase espetacular, as ponteiras Larson e Logan Tom são muito regulares e as centrais resolvem. Berg tem sido muito eficaz. McCutcheon dispensa comentários. Excepcional.

O time ainda não perdeu e venceu a maioria dos confrontos contra o Brasil em 2012.

Mas até que ponto tudo isso pode ser levado em consideração ?

A seleção estava 'morta', em crise e perto da eliminação.

Não custa lembrar que foram as próprias norte-americanas que nos colocaram na brincadeira de novo. Então …

O Brasil ganhou moral e força emocional após a épica vitória de 3 a 2 em cima da Rússia. O time se encontrou com as entradas de Fernanda Garay e Dani Lins. Thaísa está fazendo a diferença no meio e Sheilla, sempre ela, decisiva.

Se jogarmos com o mesmo espírito das partidas contra a Rússia e Japão, será complicado para os Estados Unidos.

Taticamente não devemos ter grandes novidades ou inovações.

Os times se conhecem, se repeitam e serão estudados minuciosamente.

A sorte está lançada. Aliás, a sorte também pode definir o campeão. É sempre bom contar com ela.


Ouro ou prata, seleção masculina merece ser aplaudida de pé
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Bruno Voloch

Concordo plenamente com o que disse Bernardinho após a fantástica vitória da seleção.

O time fez diante da Itália um dos jogos mais perfeitos desde que ele assumiu o comando da equipe há 11 anos. Impecável como escrevi no texto anterior.

É impressionante a maneira como esses jogadores conseguem crescer na adversidade. Me refiro especificamente ao resultado ruim na Liga Mundial.

O grupo não se abateu e merece crédito.

Serginho fez o jogo do ano. Atuação espetacular.

Fico imaginando o que deva estar passando na cabeça do técnico da Rússia, Vladimir Alekno.

Como parar esse time do Brasil ?

Dá forma que a seleção atuou contra a Itália será impossível.

O grupo está confiante, entrosado, superando os obstáculos e assustando pela maneira agressiva que está atuando.

Vissoto saiu, Wallace entrou e nada mudou na seleção.

Desacreditada, a seleção volta a ser favorita. Volta a encantar.

A Rússia que se cuide.


Covarde, Itália treme como de hábito; Brasil agradece presente dando espetáculo
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Bruno Voloch

Os deuses do vôlei estão definitivamente do lado brasileiro.

Primeiro ganhamos a Argentina nas quartas e depois a Itália na semifinal.

É bem verdade, vale ressaltar, que cumprimos nosso papel dentro de quadra e agradecemos jogando bola. E como jogamos. De nada adiantaria os adversários cairem do céu se a seleção não fizesse sua parte.

A Itália de hoje foi a Itália de sempre. Contra o Brasil sempre foi assim, ou melhor, depois da década de 90 tem sido assim. Time covarde, afinando e com medo em quadra. A Itália que venceu os Estados Unidos não era a verdadeira Itália. Por isso, comemoramos tanto a derrota dos Estados Unidos na véspera.

Prefiro porém falar da atuação de gala do Brasil. Impecável em todos os fundamentos, não deixou a Itália pensar. Agressivo ao extremo, o time simplesmente atropelou a Itália.

Wallace substituiu Vissoto e rodou praticamente todas as bolas. O garoto mostrou personalidade, pediu bola e Bruno atendeu.

Papel brilhante de Serginho na partida. O líbero da seleção esteve impecável na recepção.

Quem ganhou com isso foi Bruno. O levantador do Brasil trabalhou com passe na mão, sem pressão e encontrou sempre as melhores alternativas.

Murilo, Dante, Lucão e Sidão rodaram livres, sem serem incomodados pelo bloqueio da Itália.

Do outro lado, tocamos em todas as bolas e os italianos não conseguiam rodar. Foram 10 pontos de bloqueio.

Chegou a ser covardia. Os italianos só jogaram o primeiro set. Depois, de cabeça baixa, aceitaram o jogo do Brasil passivamente e foram detonados. Ponto a ponto.

Nem as provocações habituais resolveram.

O Brasil agradeceu os presentes de forma educada, como nós sabemos fazer:

Jogando bola e dando espetáculo.


Dani Lins brilha, cala críticos e coloca Brasil na decisão
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Bruno Voloch

O vôlei feminino do Brasil cumpriu seu papel.

Não. A olimpíada ainda não terminou e estamos na decisão contra os Estados Unidos.

Mas diante do quadro desenhado na primeira fase, esse grupo pode ser considerado vitorioso pela volta por cima. A reação foi impressionante.

As críticas foram justas, merecidas e baseadas no desempenho pífio e vergonhoso em determinado momento da competição. Só pode se cobrar de quem tinha ou ainda tem talento.

E foi assim.

A vitória contra a Russia nos deu moral, confiança e alegria.

De 'zebra', afinal ficamos em quarto lugar na fase de classificação, somos finalistas e vamos brigar pelo ouro. Se vamos ganhar é outra questão.

Contra o Japão, transformamos o jogo numa partida fácil e previsível. Vencemos sem sustos e jamais fomos ameaçados.

Dani Lins, contestada pela maioria, arrasou. Contestada por mim, inclusive. Qual o problema em admitir ?

Nenhum.

Mudar de opinião baseado em fatos, evolução de jogo e crescimento profissional é saber reconhecer o talento do jogador em questão.

Dani provou.

Jogou muita bola, usou as melhores opções e deixou as jogadoras de ataque sempre em ótimas condições.

Logo ela. Para muitos, era considerada carta fora do baralho. De aparente terceira opção, virou titular.

Dani não é unanimidade e não quer ser. Dani é jogadora de grupo. Calada, trabalhou, jamais desistiu e conquistou seu lugar.

Por falar em calada, estava demorando…

Eis que Thaísa, jogando uma bola redonda, diga-se de passagem, resolve desbafar e soltar mais uma pérola. Disse que para quem não acreditava no grupo, seria uma resposta.

Resposta ?

Será que Thaísa não pensa antes de falar ?

Ou será que a central da seleção não enxergava as deficiências do time especialmente nos 3 primeiros jogos contra Turquia, EUA e Coreia ?

Mari, falou, desabafou em Pequim 2008 e que fim levou ?

Thaísa deveria se espelhar em Dani Lins.

Voltando ao jogo, o bloqueio definiu a partida. As japonesas não tinham espaço e quando achavam algum buraco, a defesa da seleção funcionava de maneira efetiva.

Sheilla e Garay foram nossas definidoras.

O Brasil venceu com autoridade e de maneira incontestável.

A final será imprevisível.

Zebra, não somos mais. Viramos realidade.

 


Brasil vence em ritmo de treino e ‘ganha’ Itália de presente na semifinal
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Bruno Voloch

Aconteceu o previsto.

A seleção brasileira não precisou se esforçar muito, jogou para o gasto, se poupou e venceu com facilidade a Argentina por 3 a 0.

Os argentinos se intimidaram como de hábito e não renderam o vôlei apresentado diante da Bulgária e da Itália na primeira fase. Se entregaram antes mesmo do jogo começar. Tremeram.

A nota ruim foi a contusão de Vissoto. Dificilmente, se realmente o problema for muscular, o jogador irá atuar na semifinal. Wallace tem potencial, mas uma coisa é entrar sem responsabilidade, outra bem diferente é ser o oposto para derrubar bolas.

Mas o dia ainda seria ainda melhor para o Brasil. Ganhamos a Itália de presente.

O forte time dos Estados Unidos simplesmente acabou sendo massacrado pela Itália. Incrível.

A Itália nem parecia aquela seleção irregular, sem padrão tático e com jogo burucrático da primeira fase.

O time apostou tudo no saque e deu certo. A recepção norte-americana não funcionou. Stanley, Priddy e Anderson, aqueles que na semana passada destruíram o Brasil, foram ignorados e pararam no bloqueio da Itália.

Os italianos atuaram com muita personalidade. Ganham moral. Acho improvável porém que consigam manter o nível de jogo apresentado diante dos Estados Unidos contra o Brasil.

Se acontecer, a Itália pode ganhar de quaquer um.

A rivalidade com o Brasil é enorme, mas a seleção brasileira é muito favorita. Seria bem mais complicado jogar contra os Estados Unidos. Nosso jogo não encaixa com o deles.

Seja bem-vinda, Itália.


De tanto apanhar, Brasil aprende a bater pelas mãos de Sheilla e Thaísa
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Bruno Voloch

Deu 'zebra' em Londres. Com todo respeito.

De tanto apanhar, o Brasil apendeu a bater. Aprendeu pelas mãos de Sheilla e Thaísa.

É injusto após uma vitória épica como essa destacar somente duas jogadoras, mas não tem como deixar de elogiar Sheilla e Thaísa.

A toda poderosa seleção da Rússia caiu. Sheilla e Thaísa derrubaram.

O quarto venceu o primeiro, quem diria.

Só o esporte pode nos proporcionar momentos como o de hoje.

Difícil falar taticamente de um jogo tão disputado e emocionante. A tática passa longe.

A gente comentava nos últimos dias. Era possível vencer a Rússia. As jogadoras do Brasil também acreditaram. Que bom.

Esse jogo entra para a história do esporte.

Aquele time apático que perdeu para a Coreia por 3 a 0, mudou de postura, se transformou e quer mais.

Os Estados Unidos nos deram o convite, o Brasil aceitou e certamente será convidado para a festa final, talvez contra as próprias norte-americanas.

Dani Lins fez o jogo da vida. A seleção voltou a defender.

Garay se firmou. Colocou Paula no banco e não sai mais do time. Que diferença. Garay é corajosa, não tem medo de atacar e joga para o time.

E Thaísa ?

Importantíssima no bloqueio, firme no saque e com espírito de liderança. Fabiana chorou. Deve ter sido de nervoso. Melhor passar essa parte, afinal ela quase fica marcada de maneira negativa.

Algumas jogadoras quase entregaram, mas Sheilla, sempre ela, não deixou.

Esplêndida, decisiva e espetacular. Sheilla assumiu a responsabilidade e colocou o Brasil na semifinal da olimpíada. Ponto.

Essa coisa de fantasma exorcizado é bobagem.

O que vale é o presente.

 


Sorteio deixa seleção masculina perto da decisão olímpica; Argentina treme contra o Brasil
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Bruno Voloch

Perfeito.

Melhor não poderia ser.

O sorteio deixou a seleção masculina perto da decisão olímpica.

Os mais cautelosos preferem deixar a euforia de lado e respeitar Argentina.

Respeito no esporte deve existir, mas é evidente que a sorte está do nosso lado.

Não basta. Será preciso jogar bola. Nem tanto talvez.

A Argentina é nosso velho freguês do Brasil. Os argentinos nos respeitam, tremem e muitas das vezes atuam com medo do time brasileiro.

Os pessimistas irão lembrar de 2000 em Sidney quando perdemos para eles por 3 a 1 e acabamos eliminados.

Não existe comparação.

Essa é outra geração. Uma geração que está se despedindo e provavelmente com mais uma decisão olímpica no currículo.

Os jogadores da argentina já devem estar perdendo o sono.

O Brasil é o próprio pesadelo.


Defesa brilha, reservas se ‘divertem’ e Brasil vence em ritmo de treino
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Bruno Voloch

O Brasil cumpriu seu papel, não perdeu nenhum set e encarou a partida diante da Alemanha com a seriedade necessária.

Sem compromisso, o que poderia tornar o jogo perigoso, a Alemanha, já sabendo que enfrentaria a Bulgária nas quartas, arriscou tudo no saque. Era a única maneira que tinha para tentar equilibrar a partida. Não deu certo, ou melhor, no segundo set quase deu certo.

Bernardinho não quis emoção, enxergou o pequeno risco, fez a inversão e colocou Ricardinho e Wallace. Os dois trataram de virar para a seleção.

O sistema defensivo do Brasil funcionou como nunca. Destaques para Bruno, Serginho e Murilo.

Com 2 a 0 , Bernardinho, diante da facilidade encontrada no terceiro set, resolveu arriscar e colocou Rodrigão, Giba e Thiago Alves.

Os reservas mantiveram o ritmo e o Brasil liquidou em 3 a 0.

Foi um ótimo 'treino' para as quartas de final.


Ser ‘zebra’ pode virar trunfo para a seleção feminina contra a Rússia
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Bruno Voloch

O quadro me parece de pessimismo.

Será para tanto ?

Não vamos exagerar e não podemos iludir o leitor.

Pela campanha que fez até agora, a Rússia é favorita na partida contra a seleção brasileira nesta terça-feira.

5 jogos e 5 vitórias. Nós jogamos as mesmas 5 partidas, perdemos duas delas e vencemos outros dois jogos apenas no quinto set. O Brasil só se classificou por causa da ajuda dos Estados Unidos, caso contrário já estaríamos eliminados.

Mas passou …

O estilo de jogo das russas é velho conhecido. Bola alta nas pontas, pouca participação das centrais, bloqueio e saque pesados e uma recepção irregular. Gamova e Goncharova são os destaques e as jogadoras de definição. Sokolova está apagada, mas não pode jogar solta. Startseva, levantadora do time, é absolutamente previsível, mas lidera as estatísticas como a melhor da posição.

Kryuchkova é uma líbero segura e vem executando bem a função.

Mas agora 'zera tudo', como gostam de dizer os treinadores.

Concordo em parte. O desempenho na fase de classificação não pode ser esquecido e óbvio que serve como parâmetro.

Como trata-se de jogo único, tudo pode acontecer.

Além da má fase técnica, as jogadoras precisam cuidar do emocional. Ainda não fizemos um grande jogo na olimpíada.

Vivemos de altos e baixos, muito mais baixos, do que altos. Nossa postura está distante do ideal. Thaísa deve servir como exemplo. É a melhor jogadora do Brasil na competição.

Garay, enfim titular, deve ajudar muito no passe. Jaqueline será importante na defesa, mas as duas vão precisar rodar. Sem ponteiras efetivas, não se ganha jogo. Não poderemos ter as centrais como segurança. Sheilla aparentemente se garante.

Esse é o cenário.

Desanimador ?

Nem tanto, já foi pior, mas precisamos trabalhar dentro da realidade.

A realidade mostra a Rússia favorita. Sinceramente, não vejo esse time como imbatível. Os resultados recentes credenciam as russas e nos deixam como franco-atiradores.

Diante dos últimos acontecimentos, ser 'zebra' pode ser um trunfo para a seleção.

Quem apostaria na Bulgária no masculino ?

O caminho da seleção passa por aí.


Thank you, McCutcheon
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Bruno Voloch

A seleção feminina deve agradecer aos Estados Unidos.

A classificação veio graças ao profissionalismo do time norte-americano. Mesmo classificado para as quartas de final e em primeiro lugar do grupo, o time mostrou atitude, respeito aos torcedores e venceu a Turquia por 3 a 0. Belo exemplo.

Quem imaginou que o treinador McCutcheon fosse poupar as titulares se enganou. McCutcheon escalou a força máxima.

Sendo assim, a seleção feminina entrou em quadra classificada. A Sérvia, que tinha ganho somente um set na competição, atuou descompromissada e sem ambição alguma.

Após ganhar de presente a vaga na fase seguinte da olimpíada, o mínimo que o Brasil poderia fazer era vencer por 3 a 0.

O jogo foi muito fraco tecnicamente e sem emoção.

De positivo, apenas a presença de Fernanda Garay como titular e o bom rendimento das nossas centrais. Thaísa segue sendo superior.

De negativo, a falta de concentração habitual.

No mais, thank you, McCutcheon.