Campeão da Champions League e favorito ao título italiano da temporada, o Trentino dos brasileiros Rapha e Riad encerrou a participação na primeira fase do campeonato em primeiro lugar.

Na última rodada, o Trentino derrotou o vice-líder Cuneo fora de casa por 3 sets a 2. Com a vitória, o Trentino chegou aos 72 pontos. 

O adversário do Trentino nas quartas de final será o San Giustino do oposto Lorena. O brasileiro foi o destaque do San Giustino na vitória de 3 a 0 em cima do Latina. Lorena marcou 23 pontos e foi determinante na classificação da equipe. O primeiro jogo da série melhor de 5 será na quinta-feira em Trentino. 

O Cuneo ficou em segundo lugar com 61 pontos e pega nas quartas de final o Verona, sétimo colocado.

O Castellana Grotte de Evandro e Bob tinha que vencer na rodada e torcer por um tropeço do Piacenza para evitar o rebaixamento. O Castellana fez sua parte, derrotando o Treviso de Marcelinho por 3 a 1, mas o Piacenza de Piá bateu o Roma por 3 a 2 e ficou na primeira divisão.

O Castellana foi rebaixado para a série A2 junto com o Forli.

Com o resultado negativo, o Sisley Treviso do levantador Marcelinho ficou em sexto lugar e terá pela frente nos playoffs o Macerata, terceiro colocado. A série começa na quarta-feira em Macerata.

Não foi boa a estreia de Bruninho pelo Modena da Itália.

Mesmo jogando em casa, o time perdeu por 3 a 1 para o Brianza e acabou ficando com a quinta colocação na fase de classificação com 43 pontos.

Diferente do que poderia se imaginar, Bruno jogou os 4 sets e apesar do desentrosmento, teve bom desempenho em quadra. O cubano Angel Dennis foi o maior pontuador do Modena com 17 pontos, insuficientes para evitar a derrota da equipe.

Bruninho fez 4 pontos, sendo que 3 de ataque e 1 ponto de bloqueio.

Monza Brianza e Modena voltam a se enfrentar pelas quartas de final já a partir desta quarta-feira em Monza.

A série será melhor de 5 partidas e por ter feito melhor campanha na fase de classificação, terminou em quarto com 44 pontos, o Monza Brianza jogará se necessário 3 jogos em casa. 

O vencedor desse confronto pega na semifinal o classificado de Trentino e San Giustino.

Justa a classificação do Pinheiros.

O time foi melhor que o Minas especialmente na terceira partida e merecidamente ficou com a vaga.

Justamente no dia em que a equipe feminina do Pinheiros garantia o direito de jogar contra o Rio de Janeiro, o masculino perdia seu patrocinador.

Coincidência ? 

Na data, talvez, mas a decisão do patrocinador é plenamente justificável.

Me lembro como se fosse hoje e escrevi ainda em 2009 que essa parceria da Sky com o Pinheiros não seria vitoriosa. Fui além, duvidava até que os 3 anos de contrato fossem cumpridos.

Não é questão de ser Mãe Dináh, basta apenas conhecer um pouco das pessoas envolvidas de ambos os lados, em especial os responsáveis pelo Pinheiros. Amadores ao extremo e sem habilidade para os negócios.

A Sky demorou para enxergar, mas acordou a tempo de evitar mais um vexame. Sim, porque foram duas temporadas de vexames. Troca de treinadores, dispensa de atletas e um time, leia-se clube, sempre em crise.

Duas temporadas de fracassos e sem nenhum título. Nenhum.

Nessa relação fica evidente que a responsabilidade maior é dos dirigentes do Pinheiros, pobre dirigentes. Brincaram com o dinheiro dos outros.

A Sky acordou. Fez bem em se unir ao projeto vitorioso da Cimed, ao lado de profissionais conceituados e que vivem para o esporte. 

É inaceitável que um clube como o Pinheiros não tenha capacidade de administrar uma situação como essas. Perde o Pinheiros e ganha a Cimed. 

Quem paga essa conta ?

Os associados do clube e a cidade de São Paulo. 

Os dirigentes vão seguir com a empáfia de sempre, certamente não serão cobrados e muito menos irão prestar contas.   

Nem precisam. Tão cedo nenhuma empresa séria e idônea vai se juntar ao clube. É uma lástima, porque o Pinheiros é muito maior do que as pessoas que hoje comandam o clube.

O Pinheiros, é bom lembrar, sempre foi referência no esporte. 

O que é importante enaltecer nesse triste momento, é a classificação do ‘primo pobre’ do clube, o vôlei feminino. Com gente séria, atletas comprometidas e com um orçamento infinitamente inferior, o time de Paulo Coco está novamente na semifinal.

Tomara que os dirigentes do Pinheiros tenham aprendido a lição. Mas jogadoras não devem esperar que os dirigentes reconheçam o trabalho e os resultados alcançados dentro de quadra.

Seria querer demais …

A Sky, empresa que patrocinava o vôlei do Pinheiros em São Paulo, está mudando de casa.

A Cimed em Florianópolis será o destino.

Após dois anos de parceria, o Pinheiros fica sem o patrocinador e a Cimed, eliminada nas quartas de final pelo Vôlei Futuro, ganha um investimento de peso.

Durante as temporadas 2009/10 e 2010/11 o Pinheiros não conquistou nenhum título, trocou duas vezes de treinador e esteve envolvido em crises que acabaram determinando a saída de jogadores como Marcelinho e Rodrigão.

Giba e Gustavo que têm contrato com a Sky vão vestir a camisa da Cimed. Bruninho, Renato e Éder, todos da Cimed, devem  permanecer no time. A decisão final será tomada após a divulgação do ranking pela CBV. 

Marcos Pacheco será o treinador e Mauro Grasso não será aproveitado.

A empresa vai oficializar a decisão nos próximos dias.

O Minas jogou fora a grande chance de ser finalista da superliga.

Jogou fora e dificilmente vai estar na decisão. Pode até acontecer novamente, até porque o Minas venceu o Sesi em São Paulo por 3 a 2. Mas agora será diferente.

O Sesi deixou a capital mineira como favorito absoluto para o terceiro jogo. Claro que pela tradição e até pela campanha que realizou até aqui, o Minas merece respeito. Será respeitado, não tenho dúvida, mas em quadra vai encontrar um Sesi renovado em todos os aspectos, especialmente no lado emocional.

O Minas fez 1 a 0 e deu a falsa impressão que venceria. Pura ilusão.

O Sesi venceu a partida quando se acertou em quadra e ganhou o segundo set por 25/13.

O passe matou o Minas e Marlon nada pode fazer. O bloqueio, arma até então usada pelo Minas, passou para o Sesi. Foram 15 pontos contra 4. Vini e Wallace se destacaram nesse fundamento, mas sem jamais esquecer de Murilo.

O Minas estava sem saída, literalmente. Marcelo trocou, parava o jogo quando podia, mas não teve jeito. 

O Sesi se impôs e atuou com personalidade. Jogou como primeiro colocado que foi na fase de classificação e cresceu na adversidade.

A semifinal segue aberta. Cada time venceu uma e fora de casa. Mas o Sesi é favorito para ser finalista, especialmente depois do que jogou em Belo Horizonte.

O Sesi tem Murilo, Sidão, Thiago, Wallace, Serginho, um timaço. Mas a imagem que fico desse segundo jogo é a do central Vini. O cara contagiou os companheiros e seu espírito guerreiro foi fundamental para a virada do Sesi.

É inegável a ascenção do Vôlei Futuro na superliga.

Após uma campanha irregular na fase de classificação, o time cresceu, passou por cima da Cimed, mas esbarrou numa equipe muito bem armada.

O Cruzeiro de Marcelo Mendez não tem estrelas, porém possui um jogo coletivo impressionante. Fora isso, o levantador William e o oposto Wallace estão fazendo a diferença. Nos 3 a 2 da primeira partida, William e Wallace foram espetaculares.

Estaria cometendo uma grande injustiça se não lembrasse dos centrais Acácio e Douglas e dos pontas Felipe e Léo Mineiro. Mas eles 4 que me desculpem, a noite em Contagem foi de William e Wallace.

A torcida do Cruzeiro teve papel decisivo na vitória do time. Exemplo a ser seguido em termos de incentivo e nesse caso faz bem ter a torcida acostumada com o futebol ao lado. Nesse caso.

Errar é humano e sinceramente não acho que Cezar Douglas seja o único culpado pelo erro de substituições no quarto set. O time ficou sem Ricardinho, mas mesmo assim venceu. Ganhou por causa da competência de Lucão. Simples.

Alex Raimundo, um dos assistentes de Cezar, deveria ter ajudado o treinador. Durante uma partida decisiva como essa, o técnico tem várias preocupações na cabeça, precisa passar orientações a todo instante e cabe aos assistentes a marcação das jogadas do adversário, a anotação do número de alterações, assim como os pedidos de tempo. Erraram todos da comissão.

Mas o vôlei é mesmo incrível.

Com o emocional todo a favor após empatar o jogo e ganhar o quarto set sem levantador em quadra, eis que o Cruzeiro entra de maneira forte e agressiva em quadra no tie-break sem dar chances ao Vôlei Futuro.

O tal do camisa 18 assume a responsabilidade e resolve retribuir todo o carinho e apoio dos torcedores. Wallace esteve impecável.   

O Cruzeiro venceu com méritos e está perto da final.

As novidades não param no vôlei masculino.

Enquanto o Rio de Janeiro confirma a formação de um novo time para a temporada 2011/12, a Cimed e o Pinheiros devem anunciar no início da semana a fusão das duas equipes.

A sede deverá ser em São Paulo.

O Pinheiros vai manter o patrocínio atual da Sky e terá ainda o apoio da Cimed.

Vários jogadores do atual elenco do Pinheiros serão liberados e Mauro Grasso não será o treinador. Marcos Pacheco, atual técnico da Cimed, deve ser mantido no cargo.

Giba e Gustavo estão certos na equipe até porque o contrato deles termina apenas em maio de 2012. Bruninho, pretendido pelo Rio de Janeiro, Éder e o oposto Bob fazem parte dos planos da futura comissão técnica.

Os dirigentes e representantes das duas equipes e mais os responsáveis pelos patrocinadores, vão se reunir durante a semana que vem em São Paulo e oficializar o negócio.

A torcida de Araçatuba pode comemorar.

O segundo jogo semifinal entre Vôlei Futuro e Cruzeiro será realizado no ginásio Plácido Rocha em Araçatuba no dia 9 de abril.

A TV Globo havia solicitado a mudança do local para Barueri. Sem alternativa, a CBV confirmou a alteração no início da semana.

Após a absolvição no julgamento do STJD, a diretoria do clube resolveu encarar a emissora detentora dos direitos de transmissão e iniciou uma verdadeira batalha para levar a partida de volta para Araçatuba.

A versão oficial da Globo é de que o ginásio não havia sido aprovado e que necessitava de uma nova vistoria. Vistoria foi feita e o local liberado.

Uma pessoa ligada à CBV disse ao blog que a Globo estava com receio do comportamento da torcida do Vôlei Futuro, caso o jogo fosse mantido para Barureri. Com isso, a emissora voltou atrás e sinalizou positivamente para que a partida fosse jogada em Araçatuba.

Essa foi a primeira vez na história da competição que um clube faz prevalecer seus interesses mediante interesse da TV Globo.

O confronto entre Vôlei Futuro e Macaé tinha um favorito: Vôlei Futuro.

Mas o time de Macaé poderia ter ido além na superliga. Macaé se perdeu justamente quando venceu o próprio Vôlei Futuro na reta final do returno por 3 a 2.

A vitória histórica contou com a audácia do treinador Alexandre Ferrante que mexeu com propriedade no time e foi premiado com a bela atuação da levantadora Luíza.

Barrada, Camila Adão não pensou assim. A história é conhecida e não faço a mínima questão de perder tempo falando de quem não merece mais do que uma linha.

Após esse lamentável episódio de anti-profissionalismo, curiosamente Macaé não venceu mais. Foram 4 jogfos e 4 derrotas, duas delas já nas semifinais para o Vôlei Futuro.

Culpar Camila Adão somente seria injusto, até porque ela não tem bola para ganhar jogo sozinha. Mas ajudou a perder, colaborou muito para a eliminação de Macaé, isso é óbvio.

Alexandre Ferrante, que novamente mostrou ser um bom treinador na despedida do time na superliga, também tem sua responsabilidade. Alexandre deveria simplesmente ter exigido que Camila Adão fosse dispensada após a jogadora ficar fora do jogo contra Osasco. Não fez e pagou caro pela omissão.

Alexandre perdeu Camila e por tabela Luíza.

Ele mesmo confessou ter sido pressionado pela torcida para escalar Camila. Talvez receoso com seu futuro, Alexandre aceitou a imposição e escalou Camila como titular nas duas partidas.

O esporte em pleno ano de 2011 não permite mais esse tipo de amadorismo. O preço é alto demais.

Esse triste episódio de quebra de hierarquia, não vai tirar o brilho da boa campanha de Macaé na superliga, mas deixa uma interrogação no ar quanto ao futuro de Camila e de Alexandre.

Pode ser que após a eliminação, Alexandre tenha coragem de falar, até porque não deve permanecer em Macaé para a próxima temporada. Camila deve explicações a ela mesma e as companheiras. Camila pode ficar em paz e tranquila, porque é querida na cidade e tem o apoio da torcida e do presidente.

O mais triste é que Macaé deixa a superliga jogando bem e encarando de igual para igual o Vôlei Futuro. Gabriela é uma revelação, Fernanda Ísis  cresceu nas finais e Luiza mostrou novamente seu valor quando solicitada na derrota por 3 a 1.

Dizer que Macaé perdeu para ele mesmo seria uma tremenda injustiça com o Vôlei Futuro, mas que as brigas internas e vaidades ajudaram, não tenho dúvidas em afirmar.

Por essas e outras, Macaé não pode reclamar da eliminação e não merecia sorte melhor. O time morreu abraçado a sua filosofia de trabalho.

Osasco encarou a passagem para a semifinal da superliga como um fato normal. Da fato faz sentido. Osasco é o atual campeão brasileiro e o time foi montado para ser campeão. Se vai conseguir é uma outra questão.

Já as jogadoras do Vôlei Futuro entraram para a recente história do clube. Pela primeira vez, o time de Araçatuba é semifinalista da superliga. Classificação merecida, mas assim como Osasco, o time foi montado para também ficar com o título.

A vaga alcançada pelo Vôlei Futuro deve ser um pouco mais valorizada pois enfrentou nas quartas um adversário um pouco mais qualificado. O Vôlei Futuro segue sendo instável no passe e existem falhas no sistema defensivo. Como não tem obrigação de ser campeão, segundo a diretoria, deve jogar menos pressionado as semifinais.

A boa para o time é a ótima fase de Ana Cristina e a recuperação de Joycinha. Ana está com moral, jogando fino, sem sentir a pressão e com personalidade.

Osasco está longe do que considero o ideal. Eu e acho que Luizomar de Moura. A volta de Jaqueline dá segurança ao time em todos os sentidos, mas Jaque ainda sente claramente a falta de ritmo de jogo.

Osasco e Vôlei Futuro devem deixar a comemoração de lado. Os dois se classificaram, mas pelo elenco e investimento feito, não fizeram mais do que obrigação.