Blog do Bruno Voloch

Categoria : Esporte

Será o suficiente ?
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Bruno Voloch

Osasco parou ?

Pelo jeito, sim.

O anúncio oficial da contratação de Mari, notícia que o blog divulgou quase 1 mês antes em primeira mão, parece ter fechado o ciclo de contratações do clube paulista.

O orçamento diminui e Osasco terá menos gastos na próxima temp0rada com a saídas de Sheilla, Fabíola, Sanja e Caterina.

A equipe titular terá em tese Dani Lins e Mari, Gabi e Carcaces e Adenizia e Thaisa, com Camila Brait de líbero.

E Ivna ?

Veio para ser banco ?

Não creio.

Fato é que Osasco terá um time bem diferente da temporada passada.

Mari tem mesmo a cara de Osasco e se identifica muito com o torcedor. Se vai render é uma outra questão, mas a jogadora acertou em cheio na escolha. Não existia alternativa melhor. Mari não pode passar e chega para jogar como oposta.

Carcaces terá a responsabilidade de apagar a péssima imagens deixada por Sanja e Caterina. A cubana é titular absoluta.

Pelo desenho formatado, Gabi pode finalmente assumir, por méritos, o papel principal. Ambas porém terão que passar.

No meio Osasco segue bem servido, assim como de líbero.

Luizomar ganha algumas opções interessantes no banco. Gosto do jogo de Samara, ponteira corajosa e também muito identificada com o clube. Lara é uma incógnita.

A levantadora Diana é experiente e pode ser útil.

Muito se falou na chegada de uma segunda estrangeira. Pelo andar da carruagem, o projeto foi abortado.

A pergunta que fica no ar é a seguinte:

Com elenco atual Osasco será capaz de evitar o décimo título brasileiro do Rio de Janeiro ?

Ex-jogadoras do clube como Mari, Dani Lins e Ivna serão capazes de dar nova identidade ao time ?


Brasil pela Rússia
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Bruno Voloch

Virou moda.

Trocar o Brasil pela Rússia agora é rotina.

Brankica Mihajlović, campeã brasileira pela Unilever, também jogará a próxima temporada no vôlei da russo.

A jogadora sérvia irá defender o tradicional Omichka Omsk.

O clube será um dos representantes da Rússia na Champions League.

Brankika vai substituir Natalya Mammadova que assinou contrato de 5 anos com o Volero, da Suíça.

 

 

 

 


Bernardinho e o foco
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Bruno Voloch

O foco.

Muito se comenta que Bernardinho, técnico da seleção masculina, tenha perdido o foco.

Não creio.

O técnico, que foi acusado de estar envolvido diretamente nas denúncias contra Ary Graça, ex-presidente da CBV, também teve seu nome ligado a política nos últimos meses, mais precisamente ao PSDB.

Bernardinho não esconde de ninguém a amizade com Aécio Neves e mantém contatos periódicos com Fernando Henrique Cardoso.

Apesar dos inúmeros pedidos, a candidatura ao governo do Rio não aconteceu. A família, segundo o treinador, teve peso direto na decisão de não se envolver ainda mais na política.

A opção anunciada em fevereiro fez Bernardinho retomar em tese o foco e dois meses depois o técnico levava o Rio de Janeiro ao nono título brasileiro.

Paralelamente, o treinador lutava para conseguir recursos e tentar salvar o projeto com o time masculino do Rio. Bernardinho foi um dos responsáveis pela criação da equipe.

O clube no entanto naufragou.

O foco passou a ser a CBV.

A entrada de Renan, amigo pessoal do técnico, foi o primeiro passo.

Embora tenha negado e jamais admito publicamente, fontes garantem que Bernardinho é considerado um dos responsáveis pela série de denúncias contra Ary Graça. Os dois jamais tiveram boa relação.

Curiosamente dentro de quadra a seleção masculina não rende.

Parou.

Os resultados são decepcionantes. Chegamos ao ponto de perder para o Irã, algo inédito na história do vôlei masculino.

A liga mundial entra na quarta semana.

Desde que assumiu a seleção, Bernardinho jamais foi tão contestado como agora. Não existe crise, ainda.

O que mais chamou atenção nos jogos em São Paulo, especialmente para aqueles que conhecem o trabalho de Bernardinho, foi a naturalidade e passividade em aceitar as derrotas, algo incomum na carreira dele.

O treinador sempre conseguiu tirar o máximo de cada jogador.

Hoje o que se vê é um grupo inseguro, time titular indefinido e alguns atletas muito longe das condições físicas e técnicas ideais.

É cedo para afirmar que Bernardinho tenha perdido o foco. Mas as coincidências são inegáveis.

Longe dos holofotes e com a mídia toda voltada para a Copa do Mundo, a seleção sob pressão, se agarra ao passado e busca reagir no Teerã.

Os jogos contra o Irã acontecem na sexta-feira e no domingo.

 

 

 


Montes Claros vai
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Bruno Voloch

É quase certa a participação de Montes Claros na próxima edição da superliga.

O clube, último colocado na temporada passada, irá contar com a ajuda do presidente do Sada/Cruzeiro, Vittorio Medioli.

Uma das empresas de Medioli vai ajudar a bancar os custos para a formação do time.

Os gastos não devem passar da casa dos R$2 milhões.

Com o mercado fechado e a maioria dos times já formados, Montes Claros deve investir na base e em jogares que se destacaram na Superliga B.

O nome do novo treinador ainda não foi definido.

Anderson, campeão olímpico e ex-jogador da seleção brasileira, é um dos nomes cotados.

Gilson Bernardo, o Gilson “Mão de Pilão”, que comandou o Voleisul/Paquetá na segunda divisão, foi sugerido aos dirigentes mineiros.

 


Pensamento pequeno
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Bruno Voloch

Ricardo Picinin se apresentou oficialmente ao Praia Clube.

Chegou e não mandou bem.

Entre outras coisas, o técnico disse que espera levar o time até as semifinais da superliga.

Como assim Picinin ?

Será que os dirigentes e torcedores pensam da mesma forma ?

Não creio.

Nunca se investiu tanto em Uberlândia.

A expectativa, pelo elenco montado, era de ver o Praia brigando de igual para igual com Rio e Osasco e pensando em título.

Mas pelo jeito a coisa não deve andar novamente. Não com esse pensamento e complexo de inferioridade.

A questão é cultural e o Praia parece distante de virar grande, afinal nem o treinador acredita na possibilidade de ser campeão.

 

 

 

 

 

 

 


Exemplo de ‘nova gestão’
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Bruno Voloch

O vôlei brasileiro, diferente do que se imagina, passa por uma grave crise.

Se dentro de quadra os reflexos já podem ser sentidos com os resultados da seleção masculina, fora de quadra o cenário não é diferente no feminino.

Sheilla, principal estrela, deixou o país e foi para a Turquia. Fabíola seguiu para a Rússia e Fernanda Garay continua na Europa.

Campinas e Barueri fecharam as portas e o número de jogadoras desempregadas simplesmente dobrou em relação ao mesmo período no ano passado.

O quadro é ruim.

A CBV vê e se cala. Não existe perspectiva.

‘Gente graúda’ se mexeu, os responsáveis assumiram e a ‘nova’ gestão ainda não disse ao que veio.

Nada menos do que 4 campeãs olímpicas estão fora do mercado, casos de Jaqueline, Fernandinha, Walewska e Valeskinha.

Isso sem contar Ana Tiemi, hoje jogadora de seleção e Carol Gattaz, figura carimbada.

A gente pode ir além se lembrarmos das levantadoras Camila Torquete e Ana Cristina e das centrais Geovana e Luciane Escouto.

Por onde andam algumas menos conhecidas do grande público como Fran Steidele, Milca, Thais Barboza e Thais Bruzza ?

E as líberos Kilara, Dalila, Belzinha, Elyara e Dani Terra ?

Bons valores como Clarisse, Fofinha e Alê Fratoni optaram pelo exterior, mesmo caminho que da jovem central Andressa. Joycinha então nem se fale.

O mercado anda inflacionado e os grandes chegam a pagar entre R$1,5 milhão e 2,0 milhão por temporada para as jogadoras de ponta.

Atletas em fase de crescimento e formação priorizam o lado financeiro e deixam de jogar nos pequenos, onde seriam titulares, para ser banco nos times de frente e embolsar na média algo em torno de R$ 25 mil mês.

São raríssimos os clubes que investem nas divisões de base.

Nenhuma empresa aparece no mercado disposta a botar dinheiro na modalidade. Pior. O Minas, tradicional celeiro de craques, anda cada vez mais enfraquecido.

Isso sem contar os resultados frustrantes nas seleções de base onde até pouco tempo o Brasil era referência.

Assim caminha o vôlei brasileiro em ano de mundial.

 

 

 

 

 

 

 


Do quinto ao oitavo lugar
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Bruno Voloch

Brasília, penetra da última superliga, mudou.

O time manteve a base e o tripé formado pelas experientes Elisângela, Érika e Paula Pequeno.

Mesmo sem o mesmo alcance financeiro dos clubes grandes, Sergio Negrão foi criativo e ganhou alternativas interessantes.

Na extensa lista de contratações, até porque nem todas podem ser consideradas reforços, Michelle Pavão, Pri Heldes e Angélica são as maiores apostas.

Michelle é realidade e se de fato jogarem as melhores, será titular.

Angélica é uma boa promessa. Só isso. Desde que foi operada, não conseguiu ser a mesma jogadora dos tempos de Praia Clube. Esse é grande desafio da jogadora.

O ‘penetra’ Brasília sofreu na temporada passada sem levantadora.

As chegadas de Pri Heldes e Ananda dão finalmente o toque de qualidade no setor, algo que ficou muito distante nas mãos das antecessoras.

Se forem bem trabalhadas, ambas podem e devem render muito. São duas atletas jovem, de potencial, inteligentes e com características semelhantes.

Roberta, ex-São Caetano, traz boas referências para o meio.

Da Alemanha chega a também central Barbara Wezorke.

Honestamente não lembro da líbero Érika Mini, mas a equipe está bem entregue com Verê.

Seria a mesma que defendeu Macaé anos atrás ?

A expectativa pelo elenco formado e as contratações é de que Brasília possa fazer uma campanha superior ao do primeiro ano. Pode até ser, especialmente pela instabilidade marcante de Sesi e Praia Clube. Essa aliás é a esperança também do Pinheiros, de Wagão.

Normalmente porém, se Praia e Sesi não ajudarem, é que Brasília dispute de quinto à oitavo lugar.

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Tiro no escuro
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Bruno Voloch

Uma aposta. Uma autêntica incógnita.

Bailey Marie Webster, anunciada como novo contratada do Praia Clube, é norte-americana, 23 anos, ponta e 1,91m.

Jovem, forte fisicamente, Bailey é inexperiente e jamais atuou fora do país.

A atleta jogava até a temporada passada o campeonato universitário dos Estados Unidos pelo Texas Longhorns.

A relação custo-benefício é interessante para os cofres do clube.

Em tese, Bailey chega para brigar por uma vaga com Sassá e Ju Costa.

Tandara é intocável numa das pontas e Daymi na saída.

A última experiência do Praia com jogadoras norte-americanas foi traumática. Kimberly Glass decepcionou e não aprovou.

Bailey tem ‘padrinho’ forte.

Existe um leve exagero da assessoria do clube ao falar em ‘novo reforço’.

É o que se chama de tiro no escuro.

 


Fome de Brasil
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Bruno Voloch

O foco nos Estados Unidos é a seleção brasileira.

O Brasil é o time a ser batido, número 1 no ranking mundial.

Kristin Hildebrand, capitã norte-americana, deixou claro em recente entrevista que a comissão técnica pensa e estuda as brasileiras a maior parte do tempo

A ex-jogadora de Campinas disse ter sido uma grande honra jogar no Brasil, que fez amizades e o fato de ter trabalhado com Zé Roberto pode ser benéfico para os Estados Unidos.

Kristin foi além.

Afirmou categoricamente que as jogadoras estão com ‘fome’ de vencer o Brasil e que hoje as brasileiras são as grandes rivais.

Algumas remanescentes de 2008 e 2012 não escondem a frustração quando os Estados Unidos perderam a medalha de ouro para o Brasil nos jogos de Pequim e Londres.

O troco, segundo ela, pode ser ‘doloroso’ para as brasileiras, se referindo aos jogos olímpicos do Rio em 2016.

Estados Unidos e Brasil se enfrentarão por 4 oportunidades em julho na Califórnia valendo a USA Volleyball Cup.


Má fase da Rússia é pura ilusão
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Bruno Voloch

A imagem de Taras Khtey, alongando após a quarta derrota seguida da Rússia na Liga Mundial é curiosa e ninguém deve se iludir.

O desempenho da seleção atual campeã olímpica chama atenção.

Os russos perderam todos os jogos que disputaram até agora na competição. Mas os números adversos não parecem ser motivo de preocupação. Não que as derrotas façam parte do planejamento de Andrey Voronkov, treinador da seleção.

A comissão técnica apenas optou em usar o torneio para testar alguns jogadores e poupar as principais estrelas para o mundial da Polônia. A liga não é nem de longe prioridade para os russos.

Apesar dos inúmeros desfalques, a Rússia ainda assim roubou 1 ponto dos Estados Unidos e da Sérvia em derrotas por 3 a 2.

A Rússia é a lanterna do grupo B, liderado por Sérvia e Estados Unidos com 10 pontos. No próximo fim de semana os russos irão receber a Bulgária, outra seleção que ainda não venceu.

A descontração de Taras Khtey tem explicação.