Blog do Bruno Voloch

Categoria : Esporte

Contando ninguém acredita
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Bruno Voloch

Só pode ser piada.

Quer dizer que o ‘novo regulamento’ da Superliga, criado pelos gênios que tocam a CBV, prevê rebaixamento e classificação automática para a edição seguinte.

Então tá.

Como que a CBV, diante do atual cenário, pode garantir que os 10 primeiros colocados irão manter seus projetos no esporte para 2015/16 ?

Não pode.

Como que a CBV, diante do atual cenário, pode garantir que novos penetras não jogarão a competição no ano seguinte ?

Não pode.

Como que a CBV, diante do atual cenário, pode falar em rebaixamento após o caso Voleisul ?

Não pode.

Como que a CBV, diante do atual cenário, quer que alguém acredite na Superliga B se os resultados dentro de quadra são deixados de lado por causa dos convidados de honra.

Não pode.

A volta dos 25 pontos não foi uma decisão da CBV e sim da FIVB, do mundo inteiro e resolvida ainda na segundo turno da temporada passada.

No ranking mandam os clubes, os tops de feminino e masculino, e os jogadores não opinam em nada. Fato. Triste, mas fato.

Jogo único na decisão não agrada nenhum dos clubes envolvidos.

Nenhum.

Acontece que são todos literalmente reféns da televisão e manda quem pode.

Optar em fazer a final em 3 jogos, perto do ideal, diga-se de passagem, é por conta própria.

A TV Globo só garante 1.

 

 

 


No ponto
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Bruno Voloch

Ele parece no ponto.

Pronto para enfim ser campeão como titular da seleção brasileira.

Bruno esteve na Itália há 4 anos quando o Brasil foi tri. Agora é diferente.

Virou uma espécie de referência e por mais que não seja uma unanimidade, talvez por seu filho do técnico, seu comportamento dentro e fora de quadra são dignos de elogios.

Merecimento. Esse o termo certo.

28 anos, no ápice da forma física e técnica, Bruno acertou ao deixar o Brasil e jogar na Itália.

Saiu da pressão e decidiu ‘ter vida própria’.

Amadureceu na marra.

Luta até hoje para provar suas qualidades como atleta. Não deveria, aliás, não precisava. Mas ser filho do técnico tem um peso. Tem o peso.

Bruno carrega injustamente toda essa carga.

Vi de perto nesse mundial um jogador diferente. Calmo, sereno e focado. Muito focado.

No jogo contra a Polônia enquanto vários companheiros perderam a cabeça em discussões na rede, Bruno manteve a linha. Evitou bate-boca e quando possível se afastava das polêmicas.

Ganhou ponto. E como. No auge da tensão, evitou polemizar e acusou ‘bola dentro’ em ataque polonês. Fato raro.

Bruno joga contra a ‘síndrome da prata’.

Foi assim nas duas últimas edições da Liga Mundial. 2013 e 2014.

Foi assim nas duas últimas edições da Olimpíada. 2008 e 2012.

O Bruno que vejo aqui na Polônia tem cara de ouro. E se vier será por merecimento.

 

 

 


A coragem de um campeão olímpico
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Bruno Voloch

A decisão da CBV de manter o Voleisul/Paquetá Espotres, de Novo Hamburgo, fora da Superliga revoltou o ex-jogador da seleção brasileira e campeão olímpico Paulão.

O ex-técnico de Canoas procurou o blog para se manifestar:

‘Eu tinha falado pessoalmente com o Neuri ( superintendente da CBV ) e ele disse na minha cara que queria o Voleisul na competição. Perguntei ainda se não precisava ser unânime e o Neuri afirmou que não’.

Justamente o fato de não ter tido aprovação de todos os clubes que o Voleisul, segundo colocado na Superliga B, ficou de fora da primeira divisão.

http://blogdobrunovoloch.blogosfera.uol.com.br/2014/09/16/vira-e-desvira/

Inconformado, Paulão, fugindo ao seu estilo sereno, detonou a CBV e seus dirigentes:

‘Cambada de mentirosos. Ele estava a favor, disse que seria maravilhoso ver o vôlei gaúcho forte novamente e mais investidores. Depois voltou atrás, pressionado por gente que foi contra, caso desse tal de Renato D’Avila’.

Paulão foi além e não economizou palavras:

‘Realmente uma confederação que fatura mais de R$ 100 milhões está mais preocupada onde gastar essa grana do que fomentar o esporte. Superliga foi e será sempre segundo plano. Mas tudo bem, a pilantragem e os sem caráter continuarão arrotando sobre quem faz história nesse esporte. Uma pena’.

Campeão olímpico em Barcelona 1992, o ex-atleta pede uma varredura na entidade:

‘Precisamos fazer uma limpa hoje na CBV e tirar esses caras que só querem dinheiro e poder. Eu fiz muito pelo vôlei dentro e fora das quadras, mas tem uns chupa-sangue que decidem tudo’.

Paulão se orgulha do que fez pelo esporte:

‘Ajudei a montar o centro de excelência de Saquarema. Liberei verba para o Viva Vôlei quando estava no ministério e vi de perto as necessidades dos nossos atletas’.

Por fim, Paulão confirma o que o todos no vôlei sabem, o blog inclusive bancou essa informação após a saída de Ary Graça, mas ninguém admite abertamente:

‘O Neuri disse na minha cara que o Toroca ( atual presidente da CBV ) é um enfeite e que não manda nada. Eles compram nas eleições os presidentes das federações com passagens e hotéis. Uma vergonha essa CBV’.

 

 

 


Fim da discussão
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Bruno Voloch

Não.

O regulamento do campeonato mundial não foi rasgado como reclamam abertamente jogadores e comissão técnica da seleção brasileira.

A polêmica aberta durante o sorteio e a formação dos grupos para a terceira fase é desnecessário e injustificável.

O regulamento, diferente do que a maioria afirma, previa a divisão dos grupo por sorteio independente da colocação na fase anterior, segundo ou terceiro.

A decisão foi tomada justamente para evitar situações semelhantes ao mundial de 2010 quando o Brasil entregou o jogo para a Bulgária

Além disso, o regulamento previa que se o país sede chegasse a terceira fase, como de fato aconteceu com a Polônia, independentemente da classificação no grupo, os poloneses iriam jogar na cidade de Lódz.

O link, colocado à disposição no site da FIVB, é muito claro.

http://poland2014.fivb.org/~/media/fivb2014/competition/poland/match_schedule_20140723_en.pdf

Portanto, não existe ‘regulamento rasgado’

A TV local, detentora os direitos de transmissão do evento, muda a data e os horários dos jogos de acordo com o que pagou, ou seja, exigiu e pediu que a Polônia jogasse em dias alternados. Nada de diferente que aconteceria no Brasil.

Patriotismo de lado e sim.

O Brasil está classificado para as semifinais. Direito adquirido dentro de quadra. E na bola.

Melhor resposta.


Ponto fundamental
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Bruno Voloch

Impecável.

Assim foi o Brasil diante da Rússia.

3 a 0 incontestável.

Agressiva do início ao fim, a seleção não deu chances ao adversário.

Venceu com absoluta autoridade.

Já virou rotina. Na maioria das vezes quando a seleção se vê em dificuldades, se encontra no limite, encontra forças para reverter a situação.

Lodz viu de perto pela primeira vez.

O Brasil fez um jogo de pouco erros. É bem verdade que o saque inexistente e juvenil dos russos facilitou a vida de Bruno.

O levantador jogou com inteligência e sem pressão escolheu as melhores alternativas de ataque.

Bruno ‘leu’ que Murilo não estava em quadra para atacar e sim para passar. Bruno percebeu que Lucarelli e principalmente Wallace queriam jogo. Bola neles.

Curiosamente, Lucão dessa vez não foi tão acionado. Nem precisava. Sidão ótima partida e cresceu no fim do terceiro set com bloqueios importantíssimos.

A Rússia esteve irreconhecível.

Apática, assustada e sem força ofensiva conhecida.

Muserskiy decepcionou. A Rússia aos poucos foi se rendendo e se entregando. Pavlov foi o único que se salvou.

Quem diria.

O pontinho conquistado na derrota para a Polônia ajudou e foi fundamental para a classificação antecipada da seleção.

Se contra a Polônia, diante de um ginásio lotado, faltou tranquilidade, diante da Rússia, com ginásio quase vazio, sobrou consciência.

Vitória da razão contra a emoção.

 

 

 

 

 

 

 


Vira e desvira
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Bruno Voloch

A nova gestão da CBV se supera a cada dia.

Ninguém sabe quem manda efetivamente na Superliga.

É o famoso jogo do estica e puxa.

Os clubes, coitados, acham que estão com o poder nas mãos e a CBV pensa que dita as regras.

É uma absoluta zona.

Foi um tal de vira e desvira a mesa. Cômico, para não dizer trágico.

O Voleisul/Paquetá Espotres, de Novo Hamburgo, havia sido incluído na competição na vaga do Rio de Janeiro.

O atual vice-campeão da segunda divisão seria a décima terceira equipe na competição.

O que era maioria no passado, não foi unanimidade no presente.

Sem a aprovação de todos os clubes participantes, dada como certa na véspera, a equipe gaúcha acabou sobrando e não foi aceita na Superliga.

Os dirigentes gaúchos detonaram os diretores da entidade e disseram estar ‘envergonhados’ da nova CBV.

O Voleisul, é bom que se diga, não seria penetra, termo apropriado aos times que entram pela janela.

A equipe disputou a Superliga B e estaria apenas herdando a vaga deixada por um dos participantes.

O caso é completamente diferente de Brasília, esse sim, penetra-mor.

Quanto ao regulamento, ponto para eles.

A Superliga masculina ganha em emoção com a decisão em 3 jogos.

A Superliga feminina perde. Um jogo para definir o campeão é lamentável.

Saudades dos velhos tempos …

 

 


Desequilíbrio
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Bruno Voloch

E o Brasil caiu.

E logo diante da fanática torcida polonesa que fez um lindo espetáculo na Atlas Arena em Lodz.

Prevaleceu o controle emocional. Prevaleceu a frieza da Polônia.

A seleção brasileira não soube controlar os nervos, aceitou as provocações do outro lado da rede e inflamou o time da Polônia.

Era tudo que os poloneses, inferiores tecnicamente, precisavam. A bola ficava em segundo plano.

Se bem que não dá para ignorar a ótima atuação de Wlazly com incríveis 31 pontos e a boa cabeça de Kubiak, capaz de desestabilizar o lado brasileiro.

Isso sem falar nas alterações de Antiga.

Nem mesmo a comissão técnica brasileira, experiente em todos os sentidos e acostumada com pressão, conseguiu segurar a onda e protagonizou cenas desnecessárias ao fim do quinto set.

O ataque polonês de fato desviou em Sidão. Ponto. Se o lance não foi mostrado no telão é uma outra questão.

Dentro de quadra o que se viu foi muito bate-boca a partir especialmente do quarto set e uma arbitragem frouxa.

Curiosamente, o Brasil tinha o controle do jogo após abrir 2 a 1 com uma vitória tranquila e surpreendente no terceiro set.

O resultado deu a sensação de que a Polônia não teria forças para reagir. Ledo engano.

A Polônia não só reagiu como passou as dominar as ações.

Atropelou o Brasil no fim do quarto set e não perdeu o ritmo no quinto. Chegou a estar vencendo por 7 a 2 no tie-break.

O Brasil lutou, foi corajoso, mas se perdeu nos nervos.

Reagiu, chegou a ter o ponto do jogo, mas não resistiu a pressão.

E sem essa de citar ausência de a, b ou c.

Lipe e Vissoto não comprometeram, pelo contrário, foram os maiores pontuadores da seleção.

 

 

 


Força máxima
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Bruno Voloch

Os Estados Unidos não serão os mesmos do Grand Prix.

A seleção que jogará o mundial da Itália terá as presenças de Harmotto, Fawcett e Hildebrand.

A volta das jogadoras não chega a ser nenhuma surpresa e era prevista por Karch Kyraly.

Com as 14 atletas definidas, as norte-americanas terão na competição as levantadoras Glass, Thompson, as atacantes Larson, Hill, Hildebrand e Robinson.

Hamartto, Akin, Adams e Dixon são as 4 centrais. Murphy e Fawcett as opostas e Banwarth e Davis as duas líberos.

Os Estados Unidos estão no grupo C e enfrentam na primeira fase México, Holanda, Rússia, Tailândia e Cazaquistão.


Primeiro e daí ?
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Bruno Voloch

Não poderia ter sido pior para o Brasil o sorteio que definiu os grupos da terceira fase do mundial.

A seleção vai enfrentar Polônia e Rússia.

Do outro lado estarão França, Irã e Alemanha. Em tese, dois grupos completamente desequilibrados.

Como se não bastasse, a seleção sai de Katowice e se desloca para Lodz.

Se sobrou competência dentro de quadra até agora, afinal é a única seleção invicta, faltou sorte no novo chaveamento.

A Rússia é e será sempre um adversário duríssimo. Com o retorno de Pavlov, poupado inteligentemente, pode tornar as coisas mais complicadas para o Brasil.

A Polônia faz uma boa campanha.

Tecnicamente é inferior ao Brasil e a Rússia e em condições normais sobraria fácil. Acontece que a Polônia joga empurrada por uma torcida espetacular, fanática e que é sim capaz de levar o time nas costas.

De qualquer maneira é preciso enxergar a situação de uma outra forma.

Se a seleção primeira colocada não terá nenhuma vantagem, passando por essa fase, e o Brasil tem mostrado bola de sobra para tal, pegaríamos numa eventual semifinal, seleções sem a mesma força e tradição casos de Alemanha, Irã e França, essa sim, favorita do outro lado.

Quem quer ser campeão não pode escolher adversário. Mas que faltou sorte ao Brasil no sorteio, isso faltou.

Agora é tratar literalmente mais do que nunca e recuperar Murilo e principalmente Wallace.

 

 


Velasco classifica Irã
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Bruno Voloch

Quem diria.

Os Estados Unidos tinha tudo para conseguirem a vaga e se manterem vivos na luta por mais um título mundial.

Bastava apenas derrotar a já eliminada Argentina.

Eis o problema.

Sem pretensões alguma na partida e jogando sem pressão, os argentinos, de Julio Velasco, ex-técnico do Irã, venceram por 3 a 2.

O ponto somado foi insuficiente para manter os norte-americanos na competição.

O Irã, virtual eliminado e que havia derrotado a Sérvia por 3 a 1, foi pego de surpresa e volta para o mundial.

O mais curioso é que mesmo os iranianos acreditavam na possibilidade de classificação uma vez que dependiam especificamente da vitória da Argentina ou de um triunfo da França contra a Polônia, o que não aconteceu.

A Polônia venceu por 3 a 2.

O Irã chega entre os 6 melhores pela primeira vez na história e deve agradecer a vaga obtida ao ex-treinador, Julio Velasco, que trabalhou como técnico da seleção entre 2011 e 2014 e fundamentalmente a incompetência dos Estados Unidos.

Quem agradece ?

O Brasil, que se vê livre dos Estados Unidos, uma seleção que tradicionalmente nos dá muito trabalho e de amargas recordações.