Blog do Bruno Voloch

Arquivo : setembro 2014

Cofre vazio
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Bruno Voloch

Katowice (Polônia).

R$ 4,5 milhões.

Essa seria a premiação caso a seleção brasileira tivesse conquistado o título.

Os jogadores e a comissão dividiriam a quantia estipulada antes do início da competição.

O vice-campeonato deve render ainda cerca de R$ 3 milhões.

Deve.

O martelo ainda não foi batido,

Os dirigentes da CBV tinham se comprometido com os atletas mesmo sem ter a verba ainda disponível.

A história pode mudar.

A derrota vai servir para os homens que comandam a ‘nova CBV’ ganharem tempo.

A filosofia mudou.

No passado o acordo previa apenas prêmio em caso de conquista.

Era tudo ou nada.

E geralmente, era tudo.

 


‘Katovice’
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Bruno Voloch

Katowice (Polônia).

Passada a tempestada, nuvens e trovoadas …

Campanha louvável, digna, duas derrotas apenas e o vice-campeonato.

De novo.

E é o que fica, ou melhor, o que estará registrado na história dos mundias.

A seleção brasileira não resistiu e caiu na final novamente.

Virou rotina.

Foi assim na Olimpíada de Londres, nas duas últimas edições da Liga Mundial e agora aqui em Katowice.

Tirando Rússia e Brasil, talvez as demais seleções estivessem hoje saboreando a medalha de prata, assim como os alemães estão até agora curtindo o bronze inédito,

Não é o caso do Brasil com a prata.

Gosto amargo.

A questão, além de técnica, parece ser emocional.

Aquela seleção, conhecida em reverter as situações mais complicadas e responder quando tinha a ‘faca no pescoço’, não existe mais.

Acabou.

Era marca resgistrada.

Ficou no passado.

Os adversários temiam a seleção brasileira antes mesmo do jogo começar.

Hoje não.

O respeito não é mais o mesmo.

O time simplesmente sucumbiu após ganhar o primeiro set. Perdeu a confiança.

Bruno ‘matou’ Lucarelli, a maioria deixou de sacar viagem e Murilo, sem estar 100%, fez falta no ataque. A estratégia de ‘usar’ o bloqueio dessa vez não funcionou.

Mario Jr era a própria imagem da insegurança, abusou dos erros e do ‘golpe de vista’ precipitado,

Qual novidade ?

Prestígio inabalado e tome tapinha nas costas.

Sidão e Lipe eram os mais inconformados,

Deu gosto de ver.

O primeiro não entendeu porque saiu.

Aliás ninguém. Deixou a quadra irritado com Bernardinho.

O segundo deu exemplo.

Jamais deixou de incentivar os companheiros e acreditou até o fim na conquista do ouro.

Bernardinho não soube reverter a situação dentro de quadra e atacou FIVB e a CBV. Coitada da CBV. Sobrou até para a Confederação Brasileira.

É aquela velha e conhecida estratégia de mudar o foco.

Mas faltou ensaiar o discurso com Bruno, curiosamente, muito mais lúcido.

O levantador afirmou categoricamente que ‘é preciso ganhar’.

Foi quase no ponto.

Desde 2010, quando foi conquistou o tricampeonato mundial, que a seleção masculina não comemora um título de expressão.

Passou do tempo.

Katowice foi mais uma escala.

E as desculpas não colam …

 

 

 

 

 


Pule de 10
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Bruno Voloch

Katowice (Polônia).

Lucão é o cara.

Uma vitória hoje da seleção deve consagrar o brasileiro como melhor jogador do campeonato mundial.

O central da seleção é unanimidade entre os jornalistas presentes, treinadores e ex-atletas que assistiram o campeonato.

Delegados e membros da FIVB também consideram Lucão o MVP do torneio.

É um peso político e tanto.

Só um resultado negativo do Brasil logo mais pode tirar o troféu das mãos de Lucão.

Se a Polônia for campeã a coisa pode mudar de figura, mas ainda assim o jogador ainda será sério canditado ao prêmio.

 

 


Ao vivo e em cores
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Bruno Voloch

Katowice (Polônia).

Bernardinho extrapolou e mereceu a punição.

O seu comportamento durante e especialmente depois da derrota para a Polônia é reprovável.

Mas o técnico brasileiro tem razão em alguns aspectos.

A guerra existe sim e só não foi oficialmente declarada. Me refiro aos poloneses.

Além do atraso no horário do ônbius, a seleção se viu obrigada a treinar para o jogo contra a França num ginásio cheio de elementos estranhos.

Privacidade zero.

E mais.

As câmeras da TV local, Polsat, ficaram ligadas durante todo o treinamento, isso sem contar o sem número de pessoas gravando a atividade sem a menor cerimônia,

É bem verdade que no Brasil não seria diferente e já colocamos nossos adversários pra treinar em horários inapropriados,

Fato é que a essa altura do campeonato não existe mais o que esconder.


Melhor assim
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Bruno Voloch

Katowice (Polônia).

‘Não é uma guerra. É um jogo. Uma final de campeonato’.

A frase é de Grzegorz Kulaga.

Ele não joga, mas tem feito a torcida polonesa jogar como nunca.

Kulaga é o DJ oficial do evento.

Sentado ao meu lado no café da manhã no Qubus Hotel, o jovem polonês de apenas 26 anos contou detalhes do que pretende fazer logo mais aqui em Katowice:

‘Durante o intervalo entre o segundo e terceiro sets vamos apagar as luzes do ginásio e lembrar os melhores monentos do campeonato numa animação. Essa noite foi difícil dormir, Me sinto como um jogador e com a responsabildade de fazer nossa seleção andar’.

Kulaga porém faz um alerta:

‘Somos muito educados. A torcida lê o vôlei, entende as regras, mas deixo claro que isso não é e nem pode se transformar numa guerra por causa do comportamento de algumas pesssoas após a vitória da Polônia por 3 a 2 contra o Brasil. Vai ter um vencedor e naturalmente um perdedor. Aplausos para os dois’.

Todos os ingressos para o jogo estão vendidos.

São esperados mais de 20 mil pessoas do lado de fora do ginásio.

 

 


Vitória da bola
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Bruno Voloch

A final do mundial exorciza ‘fantasmas’.

Deixa para trás aqueles que defendem a tese, louca até provem o contrário, de que existia armação para tirar o Brasil de uma possível decisão.

Como assim ?

O que dirão agora os entendidos de plantão ?

Bobagem.

Rigorosamente nada.

Na bola, o Brasil ganhou 11 dos 12 jogos que disputou,

Por méritos próprios, a Polônia também chegou e com igual campanha,

Pura balela essa conversa fiada de que o Brasil teria sido prejudicado pelo regulamento. Nada disso.

Assim como no Brasil, a TV determina tudo, ou quase tudo.

A Polsat comprou e exigiu que a Polônia jogasse em dias alternados.

O Brasil, diferente do adversário da final, teve mais um dia de descanso.

A punição imposta foi justíssima.

A comissão técnica e alguns jogadores exageraram na dose e a coisa só não foi pior porque as imagens não foram encontradas.

O Brasil respondeu na bola. Como tem que ser. Sempre.

Rússia, Estados Unidos e Itália ficaram pelo caminho pelo mesmo motivo. Nesse caso faltou bola. Simples.

Chegou quem mereceu.

Contra tudo e contra todos,

 

 


Confiança ou otimismo exagerado ?
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Bruno Voloch

Katowice (Polônia).

É incontestável o ótimo trabalho que faz Stephane Antiga.

Em pouco tempo de trabalho transformou o time.

Cortou alguns medalhões e fez o torcedor esquecer de Kurek e Bartman, reconhecidamente ídolos nacionais.

Hoje passado.

Assim como Andrea Anastasi que não deixa saudades por aqui.

Vi de perto.

Antiga ovacioado,

Ninguém me contou.

O técnico da Polônia era a imagem do otimismo e abriu a entrevista coletiva dessa forma:

‘Não temos medo do Brasil. Eles são fortes, mas já provamos que podemos ganhar’.

Esse é Stephane Antiga, técnico que independente do resultado da decisão, já fez história dirigindo a Polônia.

 

 

 


Sem ‘pilha’, Brasil será tetra em Katowice
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Bruno Voloch

Katowice (Polônia).

O clima que se vê pelas ruas de Katowice é contagiante.

Incrível.

Por onde se anda, nos bares, restaurantes, o assunto é a seleção nacional.

Fato é que aqui nem o mais otimista torcedor polonês poderia imaginar ver sua seleção chegando tão longe num mundial.

Pois chegou.

E como.

E por méritos.

O destino assim determinou.

De um lado os donos da casa, campeões uma única vez há 40 anos.

Do outro o Brasil, maior vencedor da década e atrás de um tetracampeonato jamais visto na história dos mundiais.

Duas seleções com campanhas iguais. 1 derrota em todo o campeonato.

Chegam para decidir o mundial os dois melhores times do torneio.

O Brasil é mais equipe. Tem tradição, mais técnica e individualmente superior.

A Polônia foi além do que esperava. Uma equipe que alcança a final carregada por uma torcida sem igual capaz sim de fazer a diferença.

Diante da Alemanha foram 12 mil pessoas aqui dentro do ginásio e mais 12 mil fora acompanhando o jogo no telão.

Espetáculo inigualável.

Não tem essa se achar que a Polônia está satisfeita com a medalha de prata.

Não.

O Brasil não deve cair nessa armadilha.

Agora os poloneses acreditam que podem vencer a seleção brasileira novamente.

Existe respeito de ambos os lados.

Os poloneses são jovens, mas malandros.

A seleção não deve cair ‘na pilha’ novamente e aceitar as famosas provocações na rede.

É a única maneira que a Polônia tem de igualar o jogo em termos técnicos,

Não.

O Brasil deve jogar bola.

Bernardinho deve manter os nervos no lugar, esquecer fatores extra-quadra e se ‘limitar’ a dirigir o time, o que sabe fazer com maestria.

Se assim acontecer, será tetracampeão do mundo aqui em Katowice.

 


Será ?
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Bruno Voloch

Fora do campeonato mundial da Itália, a craque russa, Lyubov Sokolova, disse que não vai deixar de jogar pela seleção.

A jogadora acabou sendo cortada do grupo que irá tentar o tricampeonato mundial por causa de problemas físicos.

Perguntada se o corte significaria sua saída definitiva da seleção, Sokolova foi bem clara:

‘Não. Estarei jogando as Olimpíadas do Rio de Janeiro em 2016. Esse é meu maior objetivo’.

A entrevista foi concedida ao site izvestia.ru.

Sokolova, que está com 36 anos, rasgou elogios ao time atual e disse confiar em mais um título mundial:

‘Katya Gamova e Tanya Kosheleva são as líderes naturais dessa equipe e podem fazer a diferença’.

Será ?


Por um fio
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Bruno Voloch

Katowice (Polônia).

Murilo é o alvo.

A seleção brasileira pode ganhar um problema para a semifinal de sábado contra a França.

Os organizadores do mundial aceitaram o pedido dos dirigentes poloneses e procuram por imagens que possam ‘incriminar’ Murilo.

O jogador é acusado de ter atirado a toalha num dos fiscais após a derrota do Brasil para a Polônia na última terça-feira.

A punição, se vier, pode ser de uma ou duas partidas.

A CBV está ciente da situação.

A FIVB, Federação Internacional de Vôlei, ainda não se manifestou.

A decisão está nas mãos da rede de televisão Polsat que transmite o campeonato para mais de 60 países.

Os profissionais da emissora estão examinando as imagens que possam comprovar a ‘agressão’ de Murilo.