Blog do Bruno Voloch

‘Katovice’

Bruno Voloch

Katowice (Polônia).

Passada a tempestada, nuvens e trovoadas …

Campanha louvável, digna, duas derrotas apenas e o vice-campeonato.

De novo.

E é o que fica, ou melhor, o que estará registrado na história dos mundias.

A seleção brasileira não resistiu e caiu na final novamente.

Virou rotina.

Foi assim na Olimpíada de Londres, nas duas últimas edições da Liga Mundial e agora aqui em Katowice.

Tirando Rússia e Brasil, talvez as demais seleções estivessem hoje saboreando a medalha de prata, assim como os alemães estão até agora curtindo o bronze inédito,

Não é o caso do Brasil com a prata.

Gosto amargo.

A questão, além de técnica, parece ser emocional.

Aquela seleção, conhecida em reverter as situações mais complicadas e responder quando tinha a 'faca no pescoço', não existe mais.

Acabou.

Era marca resgistrada.

Ficou no passado.

Os adversários temiam a seleção brasileira antes mesmo do jogo começar.

Hoje não.

O respeito não é mais o mesmo.

O time simplesmente sucumbiu após ganhar o primeiro set. Perdeu a confiança.

Bruno 'matou' Lucarelli, a maioria deixou de sacar viagem e Murilo, sem estar 100%, fez falta no ataque. A estratégia de 'usar' o bloqueio dessa vez não funcionou.

Mario Jr era a própria imagem da insegurança, abusou dos erros e do 'golpe de vista' precipitado,

Qual novidade ?

Prestígio inabalado e tome tapinha nas costas.

Sidão e Lipe eram os mais inconformados,

Deu gosto de ver.

O primeiro não entendeu porque saiu.

Aliás ninguém. Deixou a quadra irritado com Bernardinho.

O segundo deu exemplo.

Jamais deixou de incentivar os companheiros e acreditou até o fim na conquista do ouro.

Bernardinho não soube reverter a situação dentro de quadra e atacou FIVB e a CBV. Coitada da CBV. Sobrou até para a Confederação Brasileira.

É aquela velha e conhecida estratégia de mudar o foco.

Mas faltou ensaiar o discurso com Bruno, curiosamente, muito mais lúcido.

O levantador afirmou categoricamente que 'é preciso ganhar'.

Foi quase no ponto.

Desde 2010, quando foi conquistou o tricampeonato mundial, que a seleção masculina não comemora um título de expressão.

Passou do tempo.

Katowice foi mais uma escala.

E as desculpas não colam …