Blog do Bruno Voloch

Arquivo : setembro 2014

Vitória da bola
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Bruno Voloch

A final do mundial exorciza ‘fantasmas’.

Deixa para trás aqueles que defendem a tese, louca até provem o contrário, de que existia armação para tirar o Brasil de uma possível decisão.

Como assim ?

O que dirão agora os entendidos de plantão ?

Bobagem.

Rigorosamente nada.

Na bola, o Brasil ganhou 11 dos 12 jogos que disputou,

Por méritos próprios, a Polônia também chegou e com igual campanha,

Pura balela essa conversa fiada de que o Brasil teria sido prejudicado pelo regulamento. Nada disso.

Assim como no Brasil, a TV determina tudo, ou quase tudo.

A Polsat comprou e exigiu que a Polônia jogasse em dias alternados.

O Brasil, diferente do adversário da final, teve mais um dia de descanso.

A punição imposta foi justíssima.

A comissão técnica e alguns jogadores exageraram na dose e a coisa só não foi pior porque as imagens não foram encontradas.

O Brasil respondeu na bola. Como tem que ser. Sempre.

Rússia, Estados Unidos e Itália ficaram pelo caminho pelo mesmo motivo. Nesse caso faltou bola. Simples.

Chegou quem mereceu.

Contra tudo e contra todos,

 

 


Confiança ou otimismo exagerado ?
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Bruno Voloch

Katowice (Polônia).

É incontestável o ótimo trabalho que faz Stephane Antiga.

Em pouco tempo de trabalho transformou o time.

Cortou alguns medalhões e fez o torcedor esquecer de Kurek e Bartman, reconhecidamente ídolos nacionais.

Hoje passado.

Assim como Andrea Anastasi que não deixa saudades por aqui.

Vi de perto.

Antiga ovacioado,

Ninguém me contou.

O técnico da Polônia era a imagem do otimismo e abriu a entrevista coletiva dessa forma:

‘Não temos medo do Brasil. Eles são fortes, mas já provamos que podemos ganhar’.

Esse é Stephane Antiga, técnico que independente do resultado da decisão, já fez história dirigindo a Polônia.

 

 

 


Sem ‘pilha’, Brasil será tetra em Katowice
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Bruno Voloch

Katowice (Polônia).

O clima que se vê pelas ruas de Katowice é contagiante.

Incrível.

Por onde se anda, nos bares, restaurantes, o assunto é a seleção nacional.

Fato é que aqui nem o mais otimista torcedor polonês poderia imaginar ver sua seleção chegando tão longe num mundial.

Pois chegou.

E como.

E por méritos.

O destino assim determinou.

De um lado os donos da casa, campeões uma única vez há 40 anos.

Do outro o Brasil, maior vencedor da década e atrás de um tetracampeonato jamais visto na história dos mundiais.

Duas seleções com campanhas iguais. 1 derrota em todo o campeonato.

Chegam para decidir o mundial os dois melhores times do torneio.

O Brasil é mais equipe. Tem tradição, mais técnica e individualmente superior.

A Polônia foi além do que esperava. Uma equipe que alcança a final carregada por uma torcida sem igual capaz sim de fazer a diferença.

Diante da Alemanha foram 12 mil pessoas aqui dentro do ginásio e mais 12 mil fora acompanhando o jogo no telão.

Espetáculo inigualável.

Não tem essa se achar que a Polônia está satisfeita com a medalha de prata.

Não.

O Brasil não deve cair nessa armadilha.

Agora os poloneses acreditam que podem vencer a seleção brasileira novamente.

Existe respeito de ambos os lados.

Os poloneses são jovens, mas malandros.

A seleção não deve cair ‘na pilha’ novamente e aceitar as famosas provocações na rede.

É a única maneira que a Polônia tem de igualar o jogo em termos técnicos,

Não.

O Brasil deve jogar bola.

Bernardinho deve manter os nervos no lugar, esquecer fatores extra-quadra e se ‘limitar’ a dirigir o time, o que sabe fazer com maestria.

Se assim acontecer, será tetracampeão do mundo aqui em Katowice.

 


Será ?
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Bruno Voloch

Fora do campeonato mundial da Itália, a craque russa, Lyubov Sokolova, disse que não vai deixar de jogar pela seleção.

A jogadora acabou sendo cortada do grupo que irá tentar o tricampeonato mundial por causa de problemas físicos.

Perguntada se o corte significaria sua saída definitiva da seleção, Sokolova foi bem clara:

‘Não. Estarei jogando as Olimpíadas do Rio de Janeiro em 2016. Esse é meu maior objetivo’.

A entrevista foi concedida ao site izvestia.ru.

Sokolova, que está com 36 anos, rasgou elogios ao time atual e disse confiar em mais um título mundial:

‘Katya Gamova e Tanya Kosheleva são as líderes naturais dessa equipe e podem fazer a diferença’.

Será ?


Por um fio
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Bruno Voloch

Katowice (Polônia).

Murilo é o alvo.

A seleção brasileira pode ganhar um problema para a semifinal de sábado contra a França.

Os organizadores do mundial aceitaram o pedido dos dirigentes poloneses e procuram por imagens que possam ‘incriminar’ Murilo.

O jogador é acusado de ter atirado a toalha num dos fiscais após a derrota do Brasil para a Polônia na última terça-feira.

A punição, se vier, pode ser de uma ou duas partidas.

A CBV está ciente da situação.

A FIVB, Federação Internacional de Vôlei, ainda não se manifestou.

A decisão está nas mãos da rede de televisão Polsat que transmite o campeonato para mais de 60 países.

Os profissionais da emissora estão examinando as imagens que possam comprovar a ‘agressão’ de Murilo.

 

 


Contando ninguém acredita
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Bruno Voloch

Só pode ser piada.

Quer dizer que o ‘novo regulamento’ da Superliga, criado pelos gênios que tocam a CBV, prevê rebaixamento e classificação automática para a edição seguinte.

Então tá.

Como que a CBV, diante do atual cenário, pode garantir que os 10 primeiros colocados irão manter seus projetos no esporte para 2015/16 ?

Não pode.

Como que a CBV, diante do atual cenário, pode garantir que novos penetras não jogarão a competição no ano seguinte ?

Não pode.

Como que a CBV, diante do atual cenário, pode falar em rebaixamento após o caso Voleisul ?

Não pode.

Como que a CBV, diante do atual cenário, quer que alguém acredite na Superliga B se os resultados dentro de quadra são deixados de lado por causa dos convidados de honra.

Não pode.

A volta dos 25 pontos não foi uma decisão da CBV e sim da FIVB, do mundo inteiro e resolvida ainda na segundo turno da temporada passada.

No ranking mandam os clubes, os tops de feminino e masculino, e os jogadores não opinam em nada. Fato. Triste, mas fato.

Jogo único na decisão não agrada nenhum dos clubes envolvidos.

Nenhum.

Acontece que são todos literalmente reféns da televisão e manda quem pode.

Optar em fazer a final em 3 jogos, perto do ideal, diga-se de passagem, é por conta própria.

A TV Globo só garante 1.

 

 

 


No ponto
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Bruno Voloch

Ele parece no ponto.

Pronto para enfim ser campeão como titular da seleção brasileira.

Bruno esteve na Itália há 4 anos quando o Brasil foi tri. Agora é diferente.

Virou uma espécie de referência e por mais que não seja uma unanimidade, talvez por seu filho do técnico, seu comportamento dentro e fora de quadra são dignos de elogios.

Merecimento. Esse o termo certo.

28 anos, no ápice da forma física e técnica, Bruno acertou ao deixar o Brasil e jogar na Itália.

Saiu da pressão e decidiu ‘ter vida própria’.

Amadureceu na marra.

Luta até hoje para provar suas qualidades como atleta. Não deveria, aliás, não precisava. Mas ser filho do técnico tem um peso. Tem o peso.

Bruno carrega injustamente toda essa carga.

Vi de perto nesse mundial um jogador diferente. Calmo, sereno e focado. Muito focado.

No jogo contra a Polônia enquanto vários companheiros perderam a cabeça em discussões na rede, Bruno manteve a linha. Evitou bate-boca e quando possível se afastava das polêmicas.

Ganhou ponto. E como. No auge da tensão, evitou polemizar e acusou ‘bola dentro’ em ataque polonês. Fato raro.

Bruno joga contra a ‘síndrome da prata’.

Foi assim nas duas últimas edições da Liga Mundial. 2013 e 2014.

Foi assim nas duas últimas edições da Olimpíada. 2008 e 2012.

O Bruno que vejo aqui na Polônia tem cara de ouro. E se vier será por merecimento.

 

 

 


A coragem de um campeão olímpico
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Bruno Voloch

A decisão da CBV de manter o Voleisul/Paquetá Espotres, de Novo Hamburgo, fora da Superliga revoltou o ex-jogador da seleção brasileira e campeão olímpico Paulão.

O ex-técnico de Canoas procurou o blog para se manifestar:

‘Eu tinha falado pessoalmente com o Neuri ( superintendente da CBV ) e ele disse na minha cara que queria o Voleisul na competição. Perguntei ainda se não precisava ser unânime e o Neuri afirmou que não’.

Justamente o fato de não ter tido aprovação de todos os clubes que o Voleisul, segundo colocado na Superliga B, ficou de fora da primeira divisão.

http://blogdobrunovoloch.blogosfera.uol.com.br/2014/09/16/vira-e-desvira/

Inconformado, Paulão, fugindo ao seu estilo sereno, detonou a CBV e seus dirigentes:

‘Cambada de mentirosos. Ele estava a favor, disse que seria maravilhoso ver o vôlei gaúcho forte novamente e mais investidores. Depois voltou atrás, pressionado por gente que foi contra, caso desse tal de Renato D’Avila’.

Paulão foi além e não economizou palavras:

‘Realmente uma confederação que fatura mais de R$ 100 milhões está mais preocupada onde gastar essa grana do que fomentar o esporte. Superliga foi e será sempre segundo plano. Mas tudo bem, a pilantragem e os sem caráter continuarão arrotando sobre quem faz história nesse esporte. Uma pena’.

Campeão olímpico em Barcelona 1992, o ex-atleta pede uma varredura na entidade:

‘Precisamos fazer uma limpa hoje na CBV e tirar esses caras que só querem dinheiro e poder. Eu fiz muito pelo vôlei dentro e fora das quadras, mas tem uns chupa-sangue que decidem tudo’.

Paulão se orgulha do que fez pelo esporte:

‘Ajudei a montar o centro de excelência de Saquarema. Liberei verba para o Viva Vôlei quando estava no ministério e vi de perto as necessidades dos nossos atletas’.

Por fim, Paulão confirma o que o todos no vôlei sabem, o blog inclusive bancou essa informação após a saída de Ary Graça, mas ninguém admite abertamente:

‘O Neuri disse na minha cara que o Toroca ( atual presidente da CBV ) é um enfeite e que não manda nada. Eles compram nas eleições os presidentes das federações com passagens e hotéis. Uma vergonha essa CBV’.

 

 

 


Fim da discussão
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Bruno Voloch

Não.

O regulamento do campeonato mundial não foi rasgado como reclamam abertamente jogadores e comissão técnica da seleção brasileira.

A polêmica aberta durante o sorteio e a formação dos grupos para a terceira fase é desnecessário e injustificável.

O regulamento, diferente do que a maioria afirma, previa a divisão dos grupo por sorteio independente da colocação na fase anterior, segundo ou terceiro.

A decisão foi tomada justamente para evitar situações semelhantes ao mundial de 2010 quando o Brasil entregou o jogo para a Bulgária

Além disso, o regulamento previa que se o país sede chegasse a terceira fase, como de fato aconteceu com a Polônia, independentemente da classificação no grupo, os poloneses iriam jogar na cidade de Lódz.

O link, colocado à disposição no site da FIVB, é muito claro.

http://poland2014.fivb.org/~/media/fivb2014/competition/poland/match_schedule_20140723_en.pdf

Portanto, não existe ‘regulamento rasgado’

A TV local, detentora os direitos de transmissão do evento, muda a data e os horários dos jogos de acordo com o que pagou, ou seja, exigiu e pediu que a Polônia jogasse em dias alternados. Nada de diferente que aconteceria no Brasil.

Patriotismo de lado e sim.

O Brasil está classificado para as semifinais. Direito adquirido dentro de quadra. E na bola.

Melhor resposta.


Ponto fundamental
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Bruno Voloch

Impecável.

Assim foi o Brasil diante da Rússia.

3 a 0 incontestável.

Agressiva do início ao fim, a seleção não deu chances ao adversário.

Venceu com absoluta autoridade.

Já virou rotina. Na maioria das vezes quando a seleção se vê em dificuldades, se encontra no limite, encontra forças para reverter a situação.

Lodz viu de perto pela primeira vez.

O Brasil fez um jogo de pouco erros. É bem verdade que o saque inexistente e juvenil dos russos facilitou a vida de Bruno.

O levantador jogou com inteligência e sem pressão escolheu as melhores alternativas de ataque.

Bruno ‘leu’ que Murilo não estava em quadra para atacar e sim para passar. Bruno percebeu que Lucarelli e principalmente Wallace queriam jogo. Bola neles.

Curiosamente, Lucão dessa vez não foi tão acionado. Nem precisava. Sidão ótima partida e cresceu no fim do terceiro set com bloqueios importantíssimos.

A Rússia esteve irreconhecível.

Apática, assustada e sem força ofensiva conhecida.

Muserskiy decepcionou. A Rússia aos poucos foi se rendendo e se entregando. Pavlov foi o único que se salvou.

Quem diria.

O pontinho conquistado na derrota para a Polônia ajudou e foi fundamental para a classificação antecipada da seleção.

Se contra a Polônia, diante de um ginásio lotado, faltou tranquilidade, diante da Rússia, com ginásio quase vazio, sobrou consciência.

Vitória da razão contra a emoção.