No ponto
Bruno Voloch
Ele parece no ponto.
Pronto para enfim ser campeão como titular da seleção brasileira.
Bruno esteve na Itália há 4 anos quando o Brasil foi tri. Agora é diferente.
Virou uma espécie de referência e por mais que não seja uma unanimidade, talvez por seu filho do técnico, seu comportamento dentro e fora de quadra são dignos de elogios.
Merecimento. Esse o termo certo.
28 anos, no ápice da forma física e técnica, Bruno acertou ao deixar o Brasil e jogar na Itália.
Saiu da pressão e decidiu 'ter vida própria'.
Amadureceu na marra.
Luta até hoje para provar suas qualidades como atleta. Não deveria, aliás, não precisava. Mas ser filho do técnico tem um peso. Tem o peso.
Bruno carrega injustamente toda essa carga.
Vi de perto nesse mundial um jogador diferente. Calmo, sereno e focado. Muito focado.
No jogo contra a Polônia enquanto vários companheiros perderam a cabeça em discussões na rede, Bruno manteve a linha. Evitou bate-boca e quando possível se afastava das polêmicas.
Ganhou ponto. E como. No auge da tensão, evitou polemizar e acusou 'bola dentro' em ataque polonês. Fato raro.
Bruno joga contra a 'síndrome da prata'.
Foi assim nas duas últimas edições da Liga Mundial. 2013 e 2014.
Foi assim nas duas últimas edições da Olimpíada. 2008 e 2012.
O Bruno que vejo aqui na Polônia tem cara de ouro. E se vier será por merecimento.