Blog do Bruno Voloch

Arquivo : agosto 2014

Duas entre as melhores
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Bruno Voloch

Dani Lins e Thaísa estão entre as melhores do Grand Prix pelas estatísticas da FIVB, Federação Internacional de Vôlei.

O primeiro fim de semana foi o suficiente para a levantadora assumir a liderança nos números. Dani atuou os 3 jogos contra China, Itália e República Dominicana e obteve o melhor aproveitamento. Ela é seguida por Alisha Glass, dos Estados Unidos.

Thaísa é outra que lidera com certa folga no fundamento bloqueio. A russa Irina Fetisova vem em segundo. Fabiana teve o quarto melhor rendimento.

A principal jogadora do Grand Prix até agora é a coreana Kim Yeon-Koung que fez 75 pontos em 3 jogos. Kim também lidera as estatísticas no fundamento saque.

Nadia Centoni, da Itália, é a melhor atacante.

Camila Brait e Jaqueline figuram entre as 4 melhores passadoras do Grand Prix. A turca Sonsirma é a número 1.

A líbero brasileira só perde para Brenda Castillo, da República Dominicana, na defesa.

 

 

 


Só Brasil se salva
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Bruno Voloch

É cedo. Trata-se ainda do primeiro fim de semana, mas o Brasil é exceção.

Se a seleção conseguiu 100% de aproveitamento no Grand Prix, as rodadas iniciais da competição foram atípicas, marcadas por surpresas e resultados inesperados.

Quem poderia imaginar China e Estados Unidos fora da zona de classificação ?

A Rússia, no limite, apenas em quarto lugar, colocação que ainda garantiria as atuas bicampeãs do mundo na fase final no Japão.

A Turquia, ao lado do Brasil, é a única que ainda não perdeu e ainda assim soma dois pontos a menos do que a seleção brasileira por ter vencido Rússia e Estados Unidos no tie-break.

A Sérvia, mesmo sem Brakocevic, é terceira colocada.

Itália e Alemanha decepcionaram e a sempre perigosa Coreia, de Kim, maior pontuadora até agora, mostrou que deve dar trabalho.

Do outro lado a Holanda manteve o favoritismo e continua cada vez mais credenciada para estar no Japão, muito embora não dê para ignorar as boas campanhas de República Tcheca e Bulgária.

 


Acima do esperado
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Bruno Voloch

Foi melhor do que se imaginava.

3 jogos, 3 vitórias e 100% de aproveitamento.

Assim foi a passagem do Brasil pela Itália e o desempenho no primeiro fim de semana de Grand Prix.

Diante do que foi visto nos amistosos contra os Estados Unidos, o aproveitamento foi acima do esperado.

É bem verdade que havia dentro de quadra uma diferença:

Jaqueline.

A entrada dela no time deu principalmente mais segurança ao passe da seleção. Jaque mostrou que é peça fundamental no esquema tático de José Roberto Guimarães. A jogadora superou as expectativas em todos os sentidos.

Se existia alguma duvida em relação a recuperação física e o quanto Jaque poderia render em termos técnicos, bastaram 3 partidas para as interrogações se dissiparem.

Curiosamente, o Brasil teve mais trabalho mesmo na estreia contra a China onde fez 3 a 1 . Diante da decepcionante Itália e contra a República Dominicana, destaque para o bloqueio, a seleção não teve dificuldades.

Por sinal, os 3 adversários não ofereceram resistência, verdade seja dita.

Se Jaqueline foi a melhor, o rendimento de Sheilla foi abaixo das expectativas. A oposta da seleção pode render muito mais e pontuou pouquíssimo em termos de comparação as ponteiras.

Fabíola, quando foi usada, deu conta do recado. Dani Lins porém segue soberana.

Garay teve um início tímido contra a China e subiu de produção contra Itália e especialmente a República Dominicana.

É cedo para se falar em título ou coisas do gênero.

Mas a seleção mostrou nesses 3 primeiros jogos do Grand Prix que recuperou a confiança após os insucessos nos Estados Unidos e ganha moral para jogar contra as próprias norte-americanas, Rússia e Coreia em São Paulo no próximo fim de semana.

 

 

 

 


Sami foi e será sempre inigualável
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Bruno Voloch

A foto tem Sami (quase) sorrindo.

É essa a imagem que guardo dele, eterno guru de tanta gente no esporte.

Supervisor da seleção masculina campeã olímpica em 1992.

Os mais jovens, que têm a obrigação de saber quem foi e o que Sami representou, podem vê-lo ao lado de Pampa, abaixo de José Roberto Guimarães e Nuzman.

O vôlei brasileiro está de luto.

Aos 88 anos, Sami Mehlinsky nos deixou essa madrugada. Foram 70 anos de dedicados ao esporte. Uma vida.

Primeiro e mais antigo treinador de vôlei do Brasil.

Falar dele é fácil. Esse sim era unanimidade.

Quantos não passaram nas mãos dele ?

Quantos não foram formados por ele ?

Tive a honra e o prazer de conviver com Sami.

Cidadão simples, humilde, ser humano espetacular e profundo conhecedor da matéria.

Caráter irretocável.

Me recordo perfeitamente dos nossos dias de convívio na Hebraica, no Rio de Janeiro, quando ainda adolescente. Ensaiava meus primeiros passos no esporte sob olhar atento e inigualável de Sami.

Como aprendi. Aliás, como espero ter aprendido e correspondido.

Que saudade vai deixar.

O inesquecível ‘porra caralho’, marca registrada. Nossa … como ouvi isso.

Era para o meu bem, sei disso Sami.

Você fez escola.

Deixa agora seus alunos órfãos.

Sami acaba partindo num dia sagrado para nós judeus.

Logo agora …

 

 

 

 


Giba, enfim, se rende ao óbvio
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Bruno Voloch

Giba fez a opção correta.

Não tinha alternativas. Protelou até demais.

O ideal e o bom senso indicavam que deixasse o esporte após a olimpíada de Londres em 2012. Na ocasião, há dois anos atrás, já dava claros sinais de que não jogaria mais em alto nível.

Essa semana, curiosamente, foi tema de um dos posts do blog, quando ainda admitia se aventurar nas quadras.

http://blogdobrunovoloch.blogosfera.uol.com.br/2014/07/28/literalmente-giba-acaba-dancando/

Não vingou.

Não vingaria. Não tinha necessidade de se expor como aconteceu.

Quem teve o privilégio de acompanhar a carreira dele desde o início sabe do que estou falando. Eu vi.

Talento raro.

Ganhou tudo que um atleta pode conquistar. Talvez nem ele mesmo sonhasse ser campeão mundial e olímpico.

Cresceu, amadureceu, ocupou espaço e virou realidade por seus próprios méritos.

Deveria, pelo carisma e respeito que conquistou, se dedicar ao esporte. Tem o perfil ideal e ainda pode fazer muito pelo vôlei.

Resistiu o quanto pode. Foi além.

Agora, Giba sai de cena e deixará saudades.

 


Jaqueline veio para ficar
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Bruno Voloch

A vitória contra a China por 3 a 1 fica em segundo plano.

A atuação apagada de Sheilla, que pode render muito mais, idem.

O ótimo desempenho de Ting Zhu, que vira realidade a cada competição, será certamente tema em breve.

Que me desculpem as companheiras de Jaqueline, o esporte é coletivo, mas hoje foi dia de dela.

O retorno da atacante simplesmente mudou a cara da seleção.

Time mais leve, confiante, seguro no passe e com mais alternativas no ataque.

Jaqueline não foi brilhante e nem poderia depois de tanto tempo afastada das quadras. Mostrou porém a categoria habitual.

Conforme o blog antecipou na véspera, o técnico José Roberto Guimarães escalou a atacante de início. O treinador apenas se rendeu ao óbvio.

Jaqueline atuou os 4 sets, pontuou em todos os fundamentos e fez 15 no total. Desempenho acima do esperado.

É cedo, podem alegar os pessimistas de plantão. Foi só 1 jogo, vão dizer aqueles que procuram enxergar defeito em tudo.

Fato é que Jaqueline veio para ficar.

É inaceitável, inadmissível, que uma atleta do quilate de Jaqueline esteja sem clube para jogar.

Só mesmo no Brasil.

 

 

 

 


Kosheleva, Kim, Sanja e Del Core
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Bruno Voloch

Tatiana Kosheleva decidiu na Turquia, Kim resolveu na Coreia, Sanja Malagurski brilhou diante da Alemanha e a Itália, de Del Core, superou a República Dominicana.

A Rússia sofreu com o bloqueio dos Estados Unidos, quase não errou e estreou no Grand Prix derrotando de virada o bom e regular time do Estados Unidos por 3 a 1 na Turquia.

Em casa, a Coreia, também de virada, fez 3 a 1 na Tailândia.

Como de hábito, Kim foi a maior pontuadora com 29 acertos. O jogo foi muito fraco tecnicamente e marcado por erros. 53 no total em 4 sets.

A Sérvia, surpreendentemente e sem a estrela Brakocevic, ganhou fácil da Alemanha por 3 a 0.

Sanja Malagurski, que não traz boas lembranças ao torcedor de Osasco, foi eleita a melhor em quadra.

Brankika, ex-Rio, atuou como titular e fez 11.

A Alemanha resistiu apenas o primeiro set e jogou muito abaixo da expectativa.

A Itália, com Piccinini no banco, passou pela República Dominicana por 3 a 0. Vitória do conjunto e destaque para a veterana Del Core.

 

 

 


Combinado sai caro
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Bruno Voloch

Recebo a notícia de que Mari Paraíba não irá mais jogar por Maranhão.

O clube, segundo apurei, não cumpriu o prometido e deixou a jogadora na mão. Uma pena.

O compromisso estava fechado desde maio e 3 meses mais tarde os dirigentes comunicaram que não teriam como arcar financeiramente com o combinado.

Ofereceram a metade.

Ouviram um sonoro ‘não’.

Mari sai prejudicada porque a maioria dos times já fechou as portas. São raras as contratações.

O exterior deve ser a alternativa. Talvez a mais confiável e segura no momento.

O competente e correto Chicão, técnico do Maranhão, merecia sorte melhor.


Doce inocência
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Bruno Voloch

O ‘penetra’ Brasília, time formado em 2013 e que entrou na competição pela janela sem disputar a segunda divisão, não vai deixar saudades.

Conversando informalmente pelas ferramentas sociais, duas jogadoras dispensadas no fim da temporada passada, uma delas conhecida mundialmente, detonaram o clube.

No início ambas se mostraram reticentes e cautelosas.

Após muita insistência e com a garantia de que seus nomes não seriam revelados, abriram cautelosamente.

O tratamento da comissão técnica, segundo uma delas, era ‘diferenciado’ fora de quadra.

‘Cansei de ver gente chegando cambaleando para os treinos depois de baladas que duravam a noite toda. Todo mundo sabe que era assim em Osasco e lá não foi diferente. Mas não podia deixar de ser escalada’.

Doce inocência.

O blog procurou a presidente do clube, Leila Gomes de Barros Rego, mas não obteve retorno.

 

 

 

 

 

 

 


Horacio ganha ‘novo’ Ricardinho
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Bruno Voloch

Ricardinho está voando.

O ex-levantador da seleção brasileira trabalhou durante as férias, perdeu 11 quilos e alcançou o condicionamento físico ideal.

Quem acompanha o dia a dia de Ricardinho em Maringá aposta que o jogador possa ainda fazer a diferença dentro de quadra.

Não duvido.

Já no fim da superliga passada, o clube, através de Ricardinho, dava sinais de mudança.

A chegada do argentino Horácio Dileo quase nos playoffs da competição foi apenas o primeiro sinal de que o grupo seria basicamente reformulado para o segundo ano de projeto.

Dito e feito.

Ricardinho dividiu as tarefas e deu carta branca ao treinador.

Vieram os regulares Rivaldo e Diogo de Campinas, o cubano Sanchez, o venezuelano Ivan Marques e o líbero Brendle.

Matheus e Ricardo de São Bernardo são boas apostas.

O ponta Renato foi mantido, assim como o levantador reserva Thiago Gelinski.

No papel o time é infinitamente superior ao da temporada passada e o clube parece estar mais estruturado apesar de ter perdido recentemente um patrocinador de peso.

O investidor poderia bancar a vinda de Henrique, ex-Minas, um baita jogador.

Maringá, pelo desenho atual, tem tudo para ir além das oitavas de final.

A pergunta é:

Ricardinho, em forma e motivado, é o cara que ainda pode fazer a diferença ?