Blog do Bruno Voloch

Arquivo : agosto 2014

Ainda dá caldo ?
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Bruno Voloch

A última vez que falei sobre a modalidade foi quando Fernanda Berti e Taiana  conquistaram uma das etapas do circuito mundial em Haia, na Holanda.

Não é minha praia predileta, mas novamente acabei vencido.

Eis que Ricardo e Emanuel resolvem reativar a parceira.

Conheço muito a trajetória de ambos no esporte. Os dois são extremamente dedicados, profissionais ao extremo e respeitados mundialmente.

Acontece que a fila anda.

Emanuel está com 41 anos. Ricardo 39.

A pergunta é simples:

A dupla terá fôlego para se manter até 2016 e jogar em alto nível ?

Não duvido, acho apenas complicado.

Eles estarão entregues nas mãos da competente Letícia Pessoa, o que ajuda mas não é garantia de nada.

Emanuel e Ricardo casaram e descasaram várias vezes e não encontraram o casamento ideal. Agora voltaram.

Na praia é assim. Um casa e separa interminável.

A realidade de hoje é uma, daqui a dois anos será outra e a única certeza é que Emanuel e Ricardo já não são os mesmos de 10 anos atrás quando foram ouro nos jogos olímpicos de Atenas.

Emanuel e Ricardo porém dão a entender que sabem onde estão pisando e não arriscariam toda uma história vitoriosa por uma simples aventura.

Basta ver o atual cenário, o ranking das duplas brasileiras e concluir que se classificar para a olimpíada do Rio não será tão complicado.

Ser ouro é outro departamento.

 

 

 


Saudades
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Bruno Voloch

Ainda dava meus primeiros passos no jornalismo quando tive o prazer de conhecer e trabalhar com Ênio Figueiredo.

Era o fim da década de 80.

A extinta TV Manchete exibia o campeonato brasileiro de vôlei quando não se sonhava com TV a cabo no país.

Sujeito simples, respeitado e profundo conhecedor da matéria.

Reclamava, me lembro como se fosse hoje, de que jamais teve o reconhecimento merecido pelo tempo que se dedicou ao esporte.

Talvez tivesse mesmo razão.

Grande Ênio. Do Atlético Mineiro, do Flamengo e da seleção feminina inesquecível dos anos 80.

Foi ele, Ênio Figueiredo, que abriria as portas para o projeto do extinto BCN/Guarujá, time de incrível sucesso nos anos 90 no litoral paulista.

O tempo nos separou.

O seu sorriso franco e suas histórias ficaram guardadas para sempre.

Obrigado pelos ensinamentos …

 

 

 


Mexendo em vespeiro
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Bruno Voloch

Ekaterina Gamova não engoliu as recentes declarações de José Roberto Guimarães.

O técnico da seleção afirmou que a jogadora só aceitou voltar a jogar pela Rússia por causa de ‘um caminhão de dinheiro’.

Irônica, a atacante mais bem paga do mundo, mudou seu estilo e respondeu ao treinador via Facebook:

‘A informação não é correta. Não recebi um caminhão de dinheiro e sim dois. Compraram ainda uma casa pra mim no Rio de Janeiro, perto de você. Agora seremos vizinhos. Vamos nos visitar, falar sobre vôlei e beber alguma coisa’.

Ekaterina Gamova anunciou que deixaria de jogar pela seleção após a olimpíada de Londres em 2012.

Há poucas semanas foi convencida pelos dirigentes da federação russa e acertou seu retorno.

A Rússia irá lutar pelo tricampeonato mundial em setembro na Itália.


Números incontestáveis
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Bruno Voloch

Fabi se aposentou e já faz parte do passado.

Não existe como negar os serviços prestados e nem é esse o caso. Os títulos respondem os possíveis questionamentos.

A seleção porém continua muito bem servida na posição de líbero.

Camila Brait, de Osasco, não sentiu a pressão.

A jogadora cresce a cada partida, mostra personalidade em quadra e ganha a confiança da comissão técnica nos treinamentos e principalmente nos jogos.

Ainda é tímida no quesito liderança, algo natural, mas é apenas questão de tempo.

Camila fez contra os Estados Unidos seu melhor jogo no Grand Prix.

Nas estatísticas a líbero aparece como segundo melhor passe e defesa da competição.

 

 

 


A incrível Kim
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Bruno Voloch

A Coreia ainda não tem vaga assegurada nas finais do Grand Prix e é bem possível que não esteja no Japão.

Mas Kim Yeon-Koung segue fazendo história.

A atacante coreana marcou incríveis 42 pontos na vitória da Coreia por 3 a 1 diante da Rússia no último domingo em São Paulo.

Kim quebrou o recorde da polonesa Skowronska e se tornou a maior pontuadora de uma única partida do Grand Prix.

A jogadora segue liderando as estatísticas da competição com 146 pontos em 22 sets disputados. Kim tem ainda o melhor saque do torneio.

A Coreia está em sétimo lugar, soma 9 pontos com 3 vitórias e 3 derrotas no Grand Prix.

A seleção volta a jogar na sexta-feira, dia 15, contra a China em Macau. No fim de  semana enfrenta Japão e Sérvia.

 

 


Só Brasil e Japão garantidos
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Bruno Voloch

Uma simples vitória separa o Brasil das finais do Grand Prix.

A seleção brasileira jogará o próximo fim de semana na Tailândia contra Estados Unidos, República Dominicana e Tailândia e precisa vencer somar apenas mais 3 pontos para se classificar e em primeiro lugar.

As finais do Grand Prix acontecerão entre os dias 20 e 24 no Japão.

Na sexta-feira, dia 15, o Brasil volta a enfrentar os Estados Unidos.

Diante do atual cenário, é improvável que a Rússia, tradicional rival da seleção, esteja no Japão. Com apenas 7 pontos, as russas teriam que vencer os 3 próximos jogos ( Turquia, Itália e Alemanha ) e ainda torcer por uma improvável combinação de resultados.

Apesar da segunda colocação com 13 pontos, a Turquia terá adversários duros, tradicionais e conhecidos pela frente. Vai ter que ganhar pelo menos 2 dos 3 jogos para não correr riscos. A classificação pode até vir com uma vitória apenas, mas não é certa.

A China tem em tese uma tarefa mais simples. Em casa, recebe Coreia, Japão e Sérvia. Com os mesmos 13 pontos, vai ter que chegar aos 19 pontos para não depender de ninguém.

Sérvia (11), Itália (10), Estados Unidos (9), Coreia (9) e Alemanha (8) disputam a última vaga.

Favorita, a Sérvia terá o confronto direto com a Coreia, de Kim. Em tese, tirando o jogo contra o Brasil, o caminho dos Estados Unidos é o mais fácil.

Itália e Alemanha correm por fora.

Décimo colocado, o Japão, uma vitória em 6 jogos, está automaticamente classificado por sediar as finais.

A Holanda tem a melhor campanha entre as seleções que disputam o grupo 2, dificilmente deixará de jogar as finais e ganhará a vaga da Tailândia na ‘primeira divisão’ em 2015.

Bulgária e República Tcheca brigam para compor o segundo escalão no ano que vem.

 


Alívio
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Bruno Voloch

Enfim, um teste de verdade para a seleção brasileira.

Sem desmerecer as vitórias contra Coreia e Rússia em São Paulo e sem esquecer dos resultados positivos contra China e Itália na semana passada, o jogo contra os Estados Unidos foi o mais difícil e complicado até agora no Grand Prix.

É bem verdade que os últimos 4 resultados negativos para os Estados Unidos foram em amistosos disputados no mês passado quando o time ainda não contava com Jaqueline. Mas conta e como. E estava incomodando.

A rivalidade é grande entre brasileiras e norte-americanas. O respeito idem.

Por mais que se fale em Rússia e China, existe uma enorme preocupação com o time dos Estados Unidos. Preocupação essa justificável.

É uma equipe aplicada taticamente, renovada pelas mãos Karch Kiraly e em nítida ascensão.

Kiraly não trouxe para São Paulo o que tem de melhor, ou seja, a obrigação de quebrar esse pequeno tabu era ainda maior.

E foi assim.

Apesar do placar de 3 a 0 e principalmente diante do que Rússia e Coreia apresentaram, os Estados Unidos foram os que mais exigiram da seleção.

O Brasil sacou com muita eficiência e as norte-americanas abusaram dos erros. Larson, Akinradewo, no bloqueio, e Murphy, maior pontuadora do jogo, fizeram os Estados Unidos resistirem no jogo.

A entradas de Nixon e Kelsey no terceiro deram nova cara aos Estados Unidos. Do lado brasileiro, o banco fazia diferença com Fabíola e Tandara naquele que acabaria sendo o mais disputado da partida.

O saque e os erros dos Estados Unidos determinaram a vitória do Brasil.

Os números mostraram enorme equilíbrio no bloqueio e uma leve superioridade norte-americana no ataque.

Foi a vitória acima de tudo do conjunto. Não houve, assim como aconteceu contra Rússia e Coreia, nenhum destaque individual.

Thaísa, para variar, foi a mais efetiva e Camila Brait fez sua melhor partida no Grand Prix.

Enfim, um teste pra valer.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Vitória pelo meio
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Bruno Voloch

Foi um Brasil e Rússia diferente.

Nem tanto pelo placar de 3 a o para a seleção brasileira, resultado previsível diante dos desfalques e da importância dada a competição pelo adversário.

O que se viu dentro de quadra não chega a ser uma novidade mas começa a virar rotina na seleção.

Sheilla não é mais a primeira opção. Aliás, tem sido assim desde o início do Grand Prix.

Com o passe na mão, mérito de Garay, Camila e Jaqueline, Dani Lins abusa das jogadas com Fabiana e Thaísa pelo meio, situação inimaginável tempos atrás. Hoje nossas centrais são a bola de segurança da levantadora.

Embora Sheilla tenha pontuado bastante no terceiro set, Thaisa e Fabiana, não por acaso, terminaram o jogo como maiores pontuadoras.

Foi um Brasil e Rússia diferente.

Nem tanto pelo placar de 3 a 0.

A Rússia, tradicional paredão na rede, se rendeu ao bloqueio brasileiro. Foram 14 pontos do Brasil contra apenas 7 das russas.

Foi um Brasil e Rússia diferente onde Thaísa fez quase o mesmo número de pontos da Rússia no bloqueio, algo absolutamente atípico.

No primeiro e terceiro sets a seleção dominou completamente e não foi ameaçada. O segundo set foi mais equilibrado e participação de Natália no saque acabou sendo decisiva.

A Rússia foi instável, insegura e nem de longe mostrou a cara do time que jogará o mundial da Itália.

O Brasil não.

Já tem identidade definida desde a entrada de Jaqueline.

Foi definitivamente um Brasil e Rússia diferente.

 

 

 

 

 


Autêntico 6 contra 1
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Bruno Voloch

O vôlei é  um esporte praticado numa quadra dividida em duas partes por uma rede, possuindo duas equipes de seis jogadores em cada lado.

Certo ?

Em tese sim, mas na prática o que se viu no jogo entre Brasil e Coreia foi algo bem diferente disso.

Uma seleção, o Brasil, possuía 6 atletas, a outra seleção, a Coreia, apenas uma.

Kim Yeon-Koung, craque de bola e uma das maiores jogadoras do mundo na atualidade, não sobreviveu. E olha que Kim não jogou mal, longe disso, nas sozinha não conseguiu, como de hábito, levar a Coreia nas costas. A atacante coreana, apesar de todas as dificuldades e muito bem marcada, terminou o jogo como maior pontuadora e 16 pontos.

O Brasil quase não foi exigido, teve o mérito de errar pouco e ‘brincou’ no bloqueio.

Dani Lins trabalhou 90% do tempo com o passe nas mãos. Nossas atacantes, seja pelo meio ou pelas pontas, não tiveram dificuldade em rodar.

Thaisa teve ótimo aproveitamento na rede e Fernanda Garay foi a mais regular.

Sheilla deu sinais de evolução, especialmente se comparada aos jogos na Itália e Jaqueline num nível um pouco abaixo do que mostrou na Europa.

Rússia, mesmo com time B, e Estados Unidos, que se enfrentaram antes com vitória das norte-americanas por 3 a 1, devem exigir mais da seleção no fim de semana.

 


Bernardinho ainda não desistiu de Leal
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Bruno Voloch

Há pouco mais de 1 mês, o blog divulgava a notícia em primeira mão.

http://blogdobrunovoloch.blogosfera.uol.com.br/2014/06/27/fato-raro-e-inimaginavel/

Os rumores de que Yoandy Leal, cubano que defende o Sada/Cruzeiro, jogue pela seleção brasileira são cada vez mais fortes.

O jogador já cumpriu a suspensão de 2 anos imposta pela Federação de Cuba pelo fato de ter se negado a defender a seleção.

Recentemente a CBV, Confederação Brasileira de Vôlei, atendendo uma solicitação de Bernardinho, consultou a FIVB, Federação Internacional de Vôlei, sobre a possibilidade de naturalizar o atleta.

O processo não andou.

Independente do resultado no mundial da Polônia, a comissão técnica irá insistir na ideia de contar com Leal.

Um novo pedido será feito de maneira oficial.

Bernardinho deseja contar com Leal para a Olimpíada de 2016 no Rio de Janeiro.