Blog do Bruno Voloch

Arquivo : agosto 2014

Emenda pior que o soneto
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Bruno Voloch

Não é fatalidade.

É incompetência.

O roubo das taças dos mundiais gera o absurdo e mostra a total falta de preparo da ‘nova’ CBV.

Os responsáveis deveriam ter devolvido as taças na última segunda-feira, dia 18, mas contrataram a TNT, empresa que atua no ramo de transporte de carga, e simplesmente descobriram que ainda na sexta-feira os troféus estavam em São Paulo.

Eis que então decidiram voltar com os mesmos para o Rio e mandar por um membro da comissão técnica da seleção masculina, no caso Mariana Daragona.

Na volta de São Paulo para o Rio de Janeiro, o veículo da TNT parou no Via Park, Shopping que fica na zona oeste da cidade, para fazer uma entrega e roubaram as taças ao arrombarem o caminhão.

Nada anormal quando Neuri Barbieri, hoje homem forte da CBV, contrata para a assessoria de imprensa da entidade seu ex-diretor financeiro na Federação Paranaense de Vôlei.

Detalhe:

Jandrey Vicentin, também ex-relações públicas do chefe, foi o mesmo que Neuri nomeou para presidente da comissão que atestou a elegibilidade do então presidente da Federação do Paraná acusado de irregularidades no último mandato em 2012.

Pior do que tudo isso foi ouvir que as taças roubadas não têm nenhum valor ?

Dá-lhe CBV …


Rotina inimaginável
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Bruno Voloch

Quem diria.

Pode até parecer exagero, mas não é.

O Brasil venceu a Rússia novamente com muita facilidade por 3 a 0 em jogo muito semelhante ao da rodada anterior quando a seleção bateu a Bélgica pelo mesmo placar.

Uma hora e vinte minutos e uma superioridade absoluta nos números.

Diferente do que se imaginava, embora jamais pudesse se discutir o favoritismo do Brasil, ganhar nessas condições novamente, assim como na segunda fase do Grand Prix, era algo inimaginável e que curiosamente começa a virar rotina quando essas duas seleções se enfrentam.

A Rússia sofreu horrores no passe e se não fosse o bom desempenho de Kosheleva a derrota poderia ter sido acachapante.

Fabiana e principalmente Thaísa foram os destaques da seleção brasileira.

As ponteiras tiveram dificuldades de rodar, verdade seja dita. O meio salvou. As meias salvaram.

Se Fabiana chamou atenção no ataque, Thaísa foi mais completa e pontuou em todos os fundamentos.

Tandara entrou muito bem novamente.

7 erros em 3 sets e contra a Rússia são números que efetivamente deixam qualquer treinador radiante ao fim do jogo.

Sinal de concentração e que o adversário foi muito estudado.

 


A dois passos do paraíso
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Bruno Voloch

O Japão segue 100% no Grand Prix.

Diante da fanática torcida, as japonesas ganharam o terceiro jogo consecutivo na fase final.

Dessa vez a vítima foi o time reserva da China que não resistiu e caiu com 3 a 0, parciais de 25/21, 25/17 e 25/21.

Saori Kimura, sempre ela, foi o destaque e maior pontuadora em quadra.

O Japão soma 9 pontos, dois a mais que o Brasil e encara a fraca Bélgica no sábado.

Se vencer, o que é a lógica e por 3 a 0, e a seleção brasileira não somar 3 pontos contra a Rússia na preliminar, as japonesas poderão entrar em quadra contra o Brasil já campeãs do Grand Prix.

Será ?


A volta de Thaísa
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Bruno Voloch

Ela voltou.

Thaísa, enfim, reapareceu. Que bom.

Tudo bem que enfrentamos o adversário mais fraco das finais e que o resultado era conhecido de véspera, mas a volta de Thaísa foi o que de melhor poderia ter acontecido na partida contra a Bélgica.

Não pelos números, muito embora os 7 pontos de saque não possam ser ignorados, pelo contrário, mas pela atitude da jogadora.

Sorrindo, liderando, pedindo bola e recebendo, o mais importante.

Dani assim entendeu e botou Thaísa pra rodar, diferente do que aconteceu por exemplo no jogo contra a China e principalmente diante da Turquia.

O jogo também marcou o reaparecimento de Adenízia após um ‘castigo’ inexplicável. A jogadora de Osasco fez lá seus pontinhos de bloqueio no terceiro set e conseguiu sentir o gostinho do Grand Prix.

Outra que voltou foi Fabíola.

Aparentemente sem o mesmo entusiasmo de sempre, mas mostrando muito profissionalismo após a ‘cara amarrada’, justificável diga-se de passagem, do pós jogo contra a China.

Dessa vez ela aqueceu sem maiores problemas e entrou.

 


Final domingo ?
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Bruno Voloch

O Brasil só depende de seus próprios resultados para ser campeão do Grand Prix pela décima vez.

O Japão, que havia derrotado a Rússia na estreia por 3 a 1, ganhou da Turquia por 3 a 0 na segunda rodada e assumiu a liderança com 6 pontos.

Ishii e Kimura fizeram ótimo jogo e o saque, trunfo das turcas contra o Brasil, acabou sendo decisivo só que do lado contrário.

A seleção brasileira está em segundo lugar com 4.

Como ainda enfrentará as japonesas, o Brasil fica com a obrigação de vencer Bélgica e a Rússia por pelo menos 3 a 1, próximos adversários, e com uma vitória simples no confronto direto com o Japão, ficaria com o título.

A Turquia tem apenas dois e está na penúltima colocação.

Se vencer o clássico contra a China na sexta-feira, o Japão terá Bélgica no sábado e decidirá o título do Grand Prix no domingo contra o Brasil.

Rússia, com 3 pontos, e a Turquia, como já jogaram com o Japão, passam a depender de outros resultados.

A China, atrás do Brasil com 3, vive mesma situação.

 


Passaporte carimbado
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Bruno Voloch

Nos dois primeiros jogos do Brasil no Japão a comissão técnica da seleção não relacionou Natália.

Foi assim na estreia contra a Turquia e também contra a China.

Se engana porém quem acha a jogadora corre algum risco de não jogar o mundial. É quase zero.

Natália está com problema muscular na coxa e ainda tem total confiança de José Roberto Guimarães.

Mas a jogadora não é a primeira opção de ataque e hoje em dia tem se limitado a entrar para sacar, muito pouco para uma atleta de tamanho potencial.

Se Tandara ganhou a disputa com Monique, Gabi é a alternativa número 1 para as pontas. Fato.

É improvável, para não dizer quase impossível que Zé abra mão de Natália, considerada também um amuleto, para a Itália.

A ausência dela no banco, mesmo que por contusão, significa pouco ou quase nada para o treinador.

 


Dúvida dissipada ?
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Bruno Voloch

O resultado já era esperado.

A vitória por 3 a 0 diante do time praticamente reserva da China soava como obrigação.

E foi assim.

A dúvida era saber como se comportaria o time e algumas jogadoras após a primeira derrota na competição e o fraco rendimento contra a Turquia na estreia.

Não foram mal. A maioria fez um jogo no mínimo razoável. Longe, muito longe de ter sido uma grande partida, mas o Brasil fez o suficiente para vencer por 3 a 0.

Era o que importava.

Vitória que em tese devolveria a confiança ao grupo.

Mas será ?

O Brasil mostrou certa insegurança ainda no inicio do primeiro set, quase se complicou no fim, mas fechou. A China também equilibrou o jogo no segundo set e a seleção só conseguiu certa folga depois da segunda parada técnica. O terceiro foi o menos complicado.

José Roberto Guimarães agiu bem. Fez certo.

Manteve em quadra o time titular que havia sido derrotado na véspera e quase não mexeu no time, exceção feita a entrada de Monique em alguma passagens no primeiro e terceiro sets.

O Brasil foi bem superior no ataque e bloqueio, mas exagerou nos erros, quase 20 no total.

Jaqueline e Fernanda Garay foram as maiores pontuadoras, Thaísa a que menos fez pontos, esse sim motivo de preocupação.

Não vejo e não vi Thaísa sorrindo. Não foi só ela.

Teve mais gente após o aquecimento de rede …

 

 

 

 

 

 

 

 

 


A carta na manga na Polônia
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Bruno Voloch

O foco é a seleção feminina.

Não dá para esquecer porém que o mundial masculino começa no fim do mês na Polônia.

Aliás, estarei em Varsóvia assistindo a cerimônia de abertura a convite da FIVB.

E não é que Bernardinho ‘inovou’.

O técnico optou por Renan e cortou Isac do mundial. Nesse caso terá Lucão, Sidão e Éder para o meio.

Só ele mesmo pode explicar os motivos, afinal convive 24 hs com o grupo e analisa detalhadamente o desempenho de cada um deles nos treinos.

A sua pergunta é a mesma que eu faço:

Se Renan não fez parte do grupo que jogou a Liga Mundial, como agora pode estar relacionado para o mundial ?

Não só pode, como está.

Nada contra, pelo contrário.

Renan tem talento, futuro e certamente irá crescer muito atuando no vôlei da Europa.

http://blogdobrunovoloch.blogosfera.uol.com.br/2014/06/03/mudanca-em-boa-hora

O texto foi escrito há mais de dois meses e Renan, como ressaltei, só ficou fora das convocações em 2014, justamente ano do mundial. Agora reaparece.

A presença de Renan no banco é mais uma alternativa para Bernardinho na rede e com boa vontade no saque, até porque titular como oposto ele não será.

Guardadas as devidas proporções, Muserskiy saiu do meio para a saída e virou o jogo para a Rússia na inesquecível final olímpica de 2012.

Bernardinho não esquece.

Honestamente, não vejo essa versatilidade toda no jogador, mas quem sabe Renan não seria uma carta na manga do técnico.

O tal ‘elemento surpresa’.

 

 

 

 


12 a 1 é inaceitável
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Bruno Voloch

E não é que Zé Roberto tinha razão.

Na véspera das finais do Grand Prix, o técnico, sempre cautelos0, dizia ‘desconhecer’ o favoritismo da seleção brasileira para a conquista do torneio.

Um certo exagero, convenhamos, se levarmos em conta a campanha do Brasil na primeira fase da competição.

Mas logo na estreia a seleção caiu, acabou perdendo de 3 a 2 para a Turquia e de quebra viu uma longa invencibilidade ir embora.

Desde o começo do jogo a seleção sofreu no passe. Foi assim do início ao fim da partida.

A Turquia simplesmente arriscou tudo no saque e destruiu a recepção do Brasil.

Garay e Jaqueline, exímia passadora, também não resistiram.

Sem passe, a seleção se iguala as demais.

Sem  passe, Fabiana e principalmente Thaísa não participam e nosso jogo fica óbvio demais. Marcado e de bolas nas pontas.

Sem esse diferencial, a seleção foi facilmente dominada no primeiro set com 25/18.

A Turquia surpreendia com um bom sistema defensivo. O Brasil seguia inseguro no passe, mas mesmo assim o segundo set foi mais equilibrado. A seleção teve a chance de vencer, mas errou quando não podia e a Turquia fez 25/23 colocando mais pressão.

Com 6 a 1 contra, Zé Roberto resolveu arriscar tudo ou quase tudo. Colocou Tandara, Gabi e Carol nos lugares de Sheilla, Fernanda Garay e Thaísa. As alterações mudaram a cara do jogo a partir do terceiro set e recolocaram o Brasil na partida.

A vitória devolveu a confiança ao time que ainda precisou da volta de Sheilla para empatar o jogo no quarto set.

Quando se esperava uma repetição da virada contra os Estados Unidos, a Turquia se superou e comandada por Sonsirma e Ozsoy fechou com 15/12.

Jogo decidido no saque (Toksoy deitou e rolou) e no péssimo rendimento do sistema de recepção da seleção.

Foram 12 pontos de saque da Turquia, contra apenas 1 do Brasil. Números inaceitáveis para uma seleção de ponta.

Jogo equilibrado nos ataques e bloqueios.

Partida em que Tandara brilhou vindo do banco e as ‘ausências’ de Thaísa e Garay acabaram sendo determinantes para a primeira derrota do Brasil no Grand Prix.

Competição de ‘tiro curto’ é assim e não existe tempo para lamentações. A China, que passou pela Bélgica com time reserva por 3 a 1, nos espera.

Teoricamente o Brasil não deve ter dificuldades, ainda mais se contar com Thaísa de volta.

Acontece que a Rússia também esperava o mesmo contra o Japão e perdeu por 3 a 1, portanto todo cuidado é pouco.

 

 

 

 

 


Mexendo em vespeiro – parte 2
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Bruno Voloch

A russa Ekaterina Gamova continua inconformada com as recentes declarações de José Roberto Guimarães, técnico da seleção.

O treinador afirmou há algumas semanas que a jogadora só teria aceitado voltar a jogar pela Rússia por questões financeiras. Zé chegou a usar o termo ‘caminhão de dinheiro’.

Irônica, Gamova se defendeu pelas redes sociais respondendo que teriam sido ‘dois caminhões e não apenas 1’. Ela foi além, avisando que a federação havia comprado uma casa no Rio e que os dois poderiam beber juntos e falar sobre vôlei na olimpíada de 2016.

http://blogdobrunovoloch.blogosfera.uol.com.br/2014/08/12/mexendo-em-vespeiro/

Não satisfeita, Gamova voltou a falar hoje sobre o tema.

‘Eu me senti muito ofendida por ele por causa dessa afirmação. Sempre joguei por amor ao meu país e sou conhecida também pelo enorme patriotismo’.

Por fim provocou:

‘Voltei para conquistar novamente a medalha de ouro no mundial e não por dinheiro’.

A Rússia é a atual bicampeã do mundo e irá lutar pelo tricampeonato na Itália em setembro.