Blog do Bruno Voloch

Arquivo : julho 2014

Estados Unidos fazem a quadra diante Brasil
Comentários Comente

Bruno Voloch

Novo jogo, nova derrota.

Os Estados Unidos completaram a quadra e venceram o Brasil pela quarta vez consecutiva encerrando assim a série de amistosos entre as duas seleções.

Honestamente não me recordo de algo semelhante desde que José Roberto Guimarães assumiu o cargo.

Por mais que tenha tido o caráter amistoso, o desempenho da seleção não deixa de ser preocupante.

É bem verdade que as duas últimas partidas foram decididas no tie-break, mas nada porém apaga a imagem negativa de 4 derrotas seguidas para o mesmo adversário.

O pior é que em tese o treinador levou para a excursão o que tinha de melhor, ou seja, todas as titulares. Jaqueline, embora seja peça importante no esquema, não atua pela seleção desde a olimpíada de Londres em 2012.

Sheilla mostrou que está bem abaixo do que pode render.

A linha de passe do Brasil sofre nas mãos de Natália. Gabi é jovem e tem enorme potencial.

Tandara quase não foi aproveitada, algo sinceramente inexplicável. É hoje, diante do atual cenário, a melhor opção ao lado de Garay nas pontas.

Monique jogou bem a quarta partida e substituiu Sheilla com autoridade.

Se os amistosos serviram de teste ou observação, só a comissão técnica pode responder, mas que os resultados não foram satisfatórios, é fato.

 

 

 

 


Quem se pronuncia ?
Comentários Comente

Bruno Voloch

O que de fato aconteceu com Jaqueline ?

Peça fundamental no esquema da seleção, a jogadora acabou ficando de fora da viagem para os Estados Unidos.

Estranho.

Jaque estava no aeroporto no dia do embarque e simplesmente não viajou.

Dispensada ?

Cortada ?

O silêncio inexplicável deixa no ar algumas interrogações.

A alegação oficial fala em ‘questões pessoais’, algo absolutamente compreensível. O atleta é um ser humano como qualquer outro e não está livre das questões e dos problemas do dia a dia.

José Roberto Guimarães se cala.

A CBV, óbvio, não se pronuncia.

O curioso é que Jaque era só sorrisos, treinava normalmente em Saquarema, teve a estrutura necessária para o filho e dava claros de evolução física e técnica.

O treinador estava empolgado com o retorno da jogadora.

E faz sentido, ou fazia sentido, vai saber …

Jaque compõe como poucas o time. Passa, defende e ataca. Em forma é titular fácil.

A jogadora tem propostas de vários times do exterior, uma delas é do Dínamo de Moscou.

Jaque porém não quer deixar o país e a única alternativa viável no Brasil seria o Sesi.

Os amistosos contra os Estados Unidos servem de preparação para o Grand Prix.

Os jogos seriam fundamentais para Jaque que pouco atuou em 2014 e quase não foi utilizada na Montreux Volley Masters.

Seriam, porque Jaque ficou.

A questão é saber se volta.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Evolução e novos revés
Comentários Comente

Bruno Voloch

Não tem sido nada fácil a vida da seleção feminina nos Estados Unidos.

Após duas derrotas e uma semana de treinamentos em terras norte-americanas, o time voltou a perder no terceiro amistoso entre as duas seleções.

Diferente das partidas anteriores, o jogo foi mais equilibrado e a vitória dos Estados Unidos aconteceu somente no tie-break após 25/19, 22/25, 27/25, 25/27 e 15/11.

Thaisa foi a maior pontuadora da seleção com 21 acertos. Garay fez 18.

As seleções jogam novamente no fim de semana e encerram a série de 4 amistosos.

 

 


Oportunidade única
Comentários Comente

Bruno Voloch

Mario Jr está de partida.

É mais um jogador que deixa o vôlei brasileiro.

O líbero da seleção foi contratado pelo Piacenza, da Itália.

Será a segunda experiência do atleta no exterior.

Quem me acompanha sabe que não sou fã de Mario Jr, pelo contrário, acho que não é jogador de seleção. Mas quem escolhe e define é Bernardinho.

O blog, independente da opinião formada, deseja boa sorte ao líbero.

A cobrança será enorme e justificável.

Serginho, ex-jogador da seleção, defendeu o clube italiano por 4 anos e deixou saudades por lá.

 


Craque indiscutível
Comentários Comente

Bruno Voloch

O vôlei está mais triste.

Taismary Aguero anunciou que está deixando o esporte.

Pude ter a honra e o prazer de entrevistar e conviver com jogadora nas olimpíadas de Atlanta em 1996, Sidney 200o, ainda por Cuba e em Pequim 2008 já vestindo a camisa da Itália.

Craque. Seja levantando, seja atacando.

Habilidosa ao extremo e diferenciada, tanto que havia sido chamada novamente para a seleção italiana.

Aguero abre mão do vôlei e da rotina de treinos e viagens para cuidar do filho Pietro Norberto.

Decisão corajosa. Decisão respeitável.

É uma pena.

Seria ainda mais prazeroso ver Aguero em ação no campeonato mundial que a Itália irá sediar em breve.

O Casalmaggiore, atual clube da atleta, também já foi comunicado.

Aos 37 anos, Aguero, como se diz na gíria, ainda tinha ‘muita lenha para queimar’.


De novo a Rússia pelo caminho
Comentários Comente

Bruno Voloch

Rússia e Irã serão os adversários da seleção masculina na fase final da Liga Mundial. Os jogos acontecerão a partir do dia 16 de julho em Florença, na Itália.

Do outro lado estarão Itália, Estados Unidos e o classificado do quadrangular formado por França, Holanda, Bélgica e Austrália.

O torneio será jogado entre os dias 11 e 13 em Sidney.

Em tese, a França é a favorita para estar na Itália e se juntar aos grandes. A Holanda corre por fora, enquanto Bélgica e Austrália são autênticas zebras.

A Rússia, que optou em poupar os titulares nas primeira rodadas, perdeu apenas uma partida a partir do momento que usou o time principal. Só ficou em segundo lugar no grupo B, atrás dos Estados Unidos, por causa dessa opção da comissão técnica.

Curiosamente, a seleção brasileira jogará a fase final sem tanta pressão. Pode parecer pouco, mas a classificação, considerada impossível pela maioria, tira um peso grande das costas dos jogadores.

Não era questão de pessimismo, mas o vôlei que a seleção apresentava há 3 semanas não permitia mesmo imaginar que a equipe pudesse se classificar e vencer os dois jogos contra a Itália fora de casa.

É bem verdade, como já foi dito aqui, que Mauro Berruto, treinador da seleção italiana, deu uma enorme colaboração. Ao escalar o time reserva contra Irã e Polônia com o objetivo claro de prejudicar o Brasil na tabela e dificultar a classificação da seleção brasileira, a Itália perdeu o ritmo de jogo, atuou sem tanta agressividade e apenas Zaytsev se salvou nos confrontos do último fim de semana. Foi pouco.

Aliás, os adversários fizeram de tudo para deixar o Brasil de fora da fase final. Não foi só a Itália.

Seria mesmo inadmissível ver o Brasil eliminado de um grupo onde apenas 1 dos 4 integrantes acabaria desclassificado. Foi na conta do chá. No limite. Na base do set average.

Importante foi que chegou.

Não dá para afirmar se a tão falada ‘evolução’ será suficiente para o time brigar pelo título.

Lucão, sempre sincero, chegou a dizer que o grupo estava ‘quebrado’ nas primeiras rodadas. Pode ser. Algo normal.

Além dele, Lucarelli cresceu de jogo.

O que dá para dizer é que o Brasil parece ter renascido.

 

 


Bom de boca
Comentários Comente

Bruno Voloch

O líbero da seleção Mário Jr não se emenda mesmo.

Eis a declaração do jogador após a classificação da seleção para a fase final da Liga Mundial:

‘A sensação nesse momento é muito boa por estarmos em mais uma fase decisiva, onde o Brasil sempre esteve, Agora vamos brigar mais uma vez e tentar o melhor resultado possível. O grupo todo está de parabéns por conseguir essa vaga. As pessoas criticaram muito, mas nós trabalhamos, nos dedicamos e conseguimos o primeiro objetivo, que era a classificação. Estou muito feliz.’

Quer dizer então que o desempenho da seleção não era passível de crítica ?

Esse rapaz é mesmo diferenciado.

Se com a bola nas mãos não passa segurança, dando entrevistas se supera a cada dia.

Nada porém que se compare a famosa declaração quando a seleção entregou o jogo para a Bulgária no mundial de 2010 na Itália.

 

 

 


Teste de verdade
Comentários Comente

Bruno Voloch

Era sério.

Karch Kiraly tinha razão quando disse que os Estados Unidos iriam encarar os jogos contra o Brasil com muita seriedade.

Por enquanto os Estados Unidos estão sobrando nos amistosos contra a seleção brasileira.

Depois de perder por 3 a 1 a primeira partida, o Brasil voltou a ser derrotado em Los Angeles e desse vez por 3 a 0, parciais de 25/21, 25/23 e 25/20.

A seleção entrou em quadra com Dani Lins e Sheilla, Gabi e Fernanda Garay nas pontas e Fabiana e Thaísa de meio.

Zé Roberto fez algumas alterações durante o jogo, mas as modificações não deram resultado.

As duas seleções voltam a se enfrentar nos dias 11 e 12 de Julho, em Honolulu, no Havaí.


Nova geração
Comentários Comente

Bruno Voloch

Carlos Schwanke, ex-jogador da seleção brasileira, é o novo técnico de Montes Claros.

Trata-se de uma ótima aposta dos dirigentes mineiros.

Schwanke sempre foi um cara diferenciado em quadra, estudioso, nunca foi apadrinhado e andou pelas próprias pernas, diferente de muita gente por aí.

Se tiver as condições mínimas de trabalho, aposto que a parceria será de sucesso.

No sul, outro ex-jogador da seleção, de gerações anteriores, assume a Voleisul, de Novo Hamburgo.

Paulo Roese comandará o time na temporada 2014/15. Ele ocupará a vaga deixada por Gilson quer vai trabalhar no Suntory Sunbirds, do Japão.


Superação na hora agá
Comentários Comente

Bruno Voloch

E a seleção avançou. Quem diria. Por méritos próprios, é verdade.

O time escapou do vexame de ser eliminado ainda na primeira fase da liga mundial. As vitórias, até então improváveis, diante da Itália fora de casa salvaram o Brasil.

Mas é preciso ter uma boa dose de cautela ao analisar a classificação da seleção.

Se foi merecida ou não é uma outra questão, mas foi evidente a evolução da equipe nas 3 últimas partidas, incluindo o jogo contra a Polônia.

A equipe jogou pressionada após as vitórias dessa mesma Polônia contra o Irã e independente da Itália estar completamente fora de ritmo, responsabilidade de Mauro Berruto, mostrou personalidade e voltou a crescer nos momentos decisivos.

Tem sido assim.

Botou pressão, o Brasil reage.

A Itália armou, poupou, fez sua estratégia para o deixar o Brasil de fora das finais, mas esqueceu o mais importante que era vencer em casa e consolidar o planejamento.

Bernardinho encontrou em tese o time titular. Se é o ideal ou não é uma outra discussão. Longa por sinal.

Honestamente não vejo motivo algum para comemoração.

O Brasil não fez mais do que obrigação, terminou com a mesma pontuação da Polônia e se classificou absolutamente no limite.

O mais importante é enaltecer que os jogadores resgataram em parte o prestígio e parecem ter recuperado a confiança perdida no início do torneio.

Parecem.

A cobrança se fez necessária, afinal trata-se do time atual tricampeão do mundo e vice-campeão olímpico.

O desempenho em boa parte da competição foi vergonhoso, como disse o capitão Bruno, após perder para o Irã.

As finais devem servir para mostrar o atual estágio da seleção e com uma diferença:

O que vier será lucro.

O Brasil entra na fase final sem o favoritismo habitual e tira um enorme peso das costas.