Blog do Bruno Voloch

De novo a Rússia pelo caminho

Bruno Voloch

Rússia e Irã serão os adversários da seleção masculina na fase final da Liga Mundial. Os jogos acontecerão a partir do dia 16 de julho em Florença, na Itália.

Do outro lado estarão Itália, Estados Unidos e o classificado do quadrangular formado por França, Holanda, Bélgica e Austrália.

O torneio será jogado entre os dias 11 e 13 em Sidney.

Em tese, a França é a favorita para estar na Itália e se juntar aos grandes. A Holanda corre por fora, enquanto Bélgica e Austrália são autênticas zebras.

A Rússia, que optou em poupar os titulares nas primeira rodadas, perdeu apenas uma partida a partir do momento que usou o time principal. Só ficou em segundo lugar no grupo B, atrás dos Estados Unidos, por causa dessa opção da comissão técnica.

Curiosamente, a seleção brasileira jogará a fase final sem tanta pressão. Pode parecer pouco, mas a classificação, considerada impossível pela maioria, tira um peso grande das costas dos jogadores.

Não era questão de pessimismo, mas o vôlei que a seleção apresentava há 3 semanas não permitia mesmo imaginar que a equipe pudesse se classificar e vencer os dois jogos contra a Itália fora de casa.

É bem verdade, como já foi dito aqui, que Mauro Berruto, treinador da seleção italiana, deu uma enorme colaboração. Ao escalar o time reserva contra Irã e Polônia com o objetivo claro de prejudicar o Brasil na tabela e dificultar a classificação da seleção brasileira, a Itália perdeu o ritmo de jogo, atuou sem tanta agressividade e apenas Zaytsev se salvou nos confrontos do último fim de semana. Foi pouco.

Aliás, os adversários fizeram de tudo para deixar o Brasil de fora da fase final. Não foi só a Itália.

Seria mesmo inadmissível ver o Brasil eliminado de um grupo onde apenas 1 dos 4 integrantes acabaria desclassificado. Foi na conta do chá. No limite. Na base do set average.

Importante foi que chegou.

Não dá para afirmar se a tão falada 'evolução' será suficiente para o time brigar pelo título.

Lucão, sempre sincero, chegou a dizer que o grupo estava 'quebrado' nas primeiras rodadas. Pode ser. Algo normal.

Além dele, Lucarelli cresceu de jogo.

O que dá para dizer é que o Brasil parece ter renascido.