Blog do Bruno Voloch

Arquivo : junho 2014

Itália voando
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Bruno Voloch

O fim de semana foi histórico para o vôlei italiano.

A Arena do Foro Itálico de Roma, quadra marcada por receber as partidas de tênis do Masters, foi palco de Itália e Polônia pela terceira rodada da liga mundial.

11 mil fanáticos italianos acompanharam a partida ao ar livre.

A Itália não decepcionou e conquistou a sexta vitória seguida na competição. A Azzurra fez 3 a 1 com 25/21, 25/20, 15/25 e 25/17.

O placo e as condições climáticas diferentes não foram problema para Zaytsev que foi o destaque do jogo com 18 pontos.

A Itália é líder do grupo A e abriu 13 pontos de frente em relação ao Brasil, ainda sem segundo, com dois jogos a mais que a Polônia e o Irã.

 


Bernardinho perdeu a mão
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Bruno Voloch

Era o que faltava.

Perder para o Irã por 3 a 0 e dentro de casa.

Se existia alguma dúvida, não existe mais.

A seleção masculina está em crise, perdeu a confiança, não é mais respeitada e dá sinais de estar sem comando.

Bernardinho assume a responsabilidade pelo fracasso, se desculpa e fala em frustração.

Bruno diz que falta atitude, postura e cobra reação.

Discursos fortes, corajosos.

Fato é que o Irã simplesmente não tomou conhecimento do Brasil, ignorou a tradição e o histórico da seleção na liga e venceu com sobras e méritos por 3 a 0.

Os iranianos mostraram incrível consistência no saque, defesa e fizeram 11 pontos de bloqueio contra apenas 5 do Brasil.

Não dá para livrar a cara de ninguém na seleção. Ninguém.

Time apático, entregue, sem vibração e visivelmente abalado emocionalmente.

Equipe sem padrão de jogo, com falhas inacreditáveis no sistema de recepção e volume de jogo zero.

As 4 derrotas em 6 jogos em casa, pior desempenho desde que Bernardinho assumiu a seleção, aparecem coincidentemente após a crise na CBV e o suposto envolvimento do técnico na política.

Bernardinho parece ter perdido a mão.

Parece.

Não dá jamais para duvidar da capacidade dele.

Dentro de quadra porém, a sensação é que o grupo que não responde mais ao comando do técnico.

Sensação.

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Desinteresse visível e justificável
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Bruno Voloch

Quem diria.

Foi no limite. 5 sets, drama e muitas dificuldades para derrotar o Irã.

As imagens não disfarçaram. E nem mesmo as transmissões de hoje em dia com tanta tecnologia conseguiriam.

Fato é que o Ibirapuera, um dos mais tradicionais ginásios do país, recebeu um público muito abaixo do esperado.

Tudo bem que a cidade de São Paulo viveu um dia caótico por causa da greve dos metroviários. Tudo bem que existia a concorrência do futebol com Brasil e Sérvia. Mas a campanha do Brasil não ajuda. O desinteresse foi visível nos buracos nas arquibancadas. Visível e justificável.

Dentro de quadra a seleção não correspondeu, continua muito distante do ideal e olha que já estamos no terceiro fim de semana de competição.

Bernardinho escalou Wallace de início, manteve Rapha no banco, Bruno de titular e Maurício na vaga de Murilo.

O Irã, embora tenha mostrado alguma evolução nos últimos anos, não serve como parâmetro e só não venceu a seleção porque ‘tremeu’ no fim do jogo. O time iraniano sacou mais, bloqueou melhor e perdeu apenas no ataque.

A seleção segue sem padrão, sofre no passe, sem líbero, ponteiros instáveis no ataque e inexplicavelmente perdeu a confiança.

O Brasil foi salvo pelo gongo.

Rapha e Vissoto resolveram o jogo no tie-break.

Triste constatação.

Fazer jogo duro com o Irã é chegar perto do fim da linha. Sinal dos ‘novos tempos’.

 

 

 

 

 


Pinheiros vai dar caldo
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Bruno Voloch

Interessante o elenco do Pinheiros para 2014/15.

Diferente da última temporada, o clube montou um elenco homogêneo e deve dar trabalho aos grandes.

Wagão, competente profissional, terá à disposição um grupo versátil, experiente e que pode dar caldo.

Como de costume, o treinador não perderá jogadoras para a seleção, diferente do que acontece com Osasco, Rio, Praia e Sesi.

O Pinheiros acertou em cheio ao manter a levantadora Macris, a atacante Ellen e a líbero Leia, todas 3 boas de bola.

Rosamaria, ex-Campinas, é uma boa aposta. Jogadora que mostrou talento nas divisões de base da seleção brasileira. Rosane, também ex-Campinas, vai ajudar.

Renatinha é uma atacante pronta, forte fisicamente, de enorme explosão e que certamente irá brilhar com a camisa do Pinheiros.

Rosamaria e Renatinha devem protagonizar boa briga na saída.

A jovem Francynne, ex-Sesi, vai crescer nas mãos de Wagão.

A polêmica Fernanda Ísis volta ao Brasil após passar pelo Azerbaijão e será útil. Gosto do estilo de jogo de Fernanda.

Cibele, de 32 anos, que retorna do Japão, foi outra sacada inteligente de Wagão.

O Pinheiros não muda.

Política ‘pés no chão’ e criatividade.

 


A matemática do Zé
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Bruno Voloch

Rigorosamente nenhuma surpresa na lista de convocadas para a segunda etapa de treinamentos da seleção brasileira.

A maioria comete um erro grotesco.

Não se trata da relação final para o Grand Prix. Longe disso.

As 19 jogadoras relacionadas por José Roberto Guimarães irão treinar a partir da próxima segunda-feira em Saquarema, o que significa dizer que necessariamente nem todas jogarão a competição.

Antes de estrear na competição, a seleção vai realizar alguns amistosos contra os Estados Unidos.

A matemática é simples. São 12 garantidas:

Dani Lins, Sheilla, Tandara, Natália, Jaqueline, Fernanda Garay, Gabi
Adenízia, Fabiana, Thaísa, Camila Brait e Fabi.

Natália Martins e Angélica, que foram relacionadas para a Montreux Masters, ficaram de fora como era de esperar.

Sheilla, Fabiana, Thaísa e Fernanda Garay, consideradas ‘intocáveis’ estão de volta. A líbero Fabi também reaparece.

Para as etapas do Grand Prix, o treinador poderá contar com 14 jogadoras, ou seja, menos 5 vagas.

Camila Brait seria a segunda líbero e a sexta garantida.

Assim sendo, sobrariam 8 lugares para 13 jogadoras.

Os jogos contra os Estados Unidos serão importantes para avaliar o atual estágio de Jaqueline. É difícil imaginar que Jaque fique fora do Grand Prix. 7 para 12.

Natália e Gabi, ponteiras que atuaram como titulares na Suíça, não ficarão de fora. O grupo já teria 9 jogadoras, ou melhor 10, com a confirmação de Dani Lins.

Fabíola e Ana Tiemi disputariam o espaço de segunda levantadora. Fabíola tem ligeira vantagem, até porque Ana inexplicavelmente não foi testada desde que foi chamada.

O técnico teria então 3 jogadoras para fechar o grupo.

Se a opção for por 4 centrais, Adenízia, Juciely e Carol lutam por 2 vagas.

Tandara é a reserva natural de Sheilla. Fato.

Monique e Andreia ficam de fora. Se o treinador optar por 3 centrais e mais uma atacante, as duas ainda podem sonhar.

A matemática é simples. 19 – 12= 7 e Leia treina como convidada.

São 6 jogadoras por 2 vagas.

Com 12 definidas e duas líberos de maneira obrigatória, Fabíola ou Ana Tiemi de um lado e Monique ou Carol do outro, vão fechar as 14.

 

 


Vasileva e Sheilla juntas na Turquia
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Bruno Voloch

Elitsa Vasileva, ex-jogadora do extinto time de Campinas, é o novo reforço do Vakifbank, da Turquia.

A jogadora búlgara deixa o vôlei coreano e será companheira de Sheilla na próxima temp0rada.

A passagem pelo Brasil não foi das melhores. A atleta não conseguiu se firmar, não rendeu o que esperado e acabou sendo dispensada na ocasião por José Roberto Guimarães, treinador de Campinas na época.

Vasileva passou mais de 5 anos na Itália e ganhou fama internacional vestindo a camisa do Bergamo.

Aos 24 anos, é presença certa no mundial da Itália em setembro.

O clube turco já havia anunciado as c0ntratações das centrais Robin De Kruijf, holandesa, e Milena Rasic, da Sérvia.

 


Reportagem confirmada
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Bruno Voloch

Conforme o blog havia anunciado há quase 2 meses, Fernanda Garay é jogadora do Dinamo Krasnodar, da Rússia.

http://blogdobrunovoloch.blogosfera.uol.com.br/2014/03/21/fernanda-garay-pode-trocar-fenerbahce-pelo-dinamo-krasnodar-da-russia/

O clube russo, da estrela Sokolova, anunciou oficialmente a contratação de Garay e a jogadora assinou contrato de 1 ano, ou seja, até maio de 2015.

Será a primeira experiência da brasileira na Rússia.

Garay, que chegou a negar a transferência na época que o blog divulgava a saída da atleta, está com 28 anos, passou pelo vôlei do Japão e disputou a última temporada pelo Fenerbahçe, da Turquia.

Além de Garay, o Dinamo contará no elenco com a levantadora Fabíola.

 

 


Febre e unanimidade
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Bruno Voloch

O esporte tem dessas coisas.

É inacreditável. Muita irresponsabilidade.

Carol, central do Rio, virou ‘febre’ e unanimidade após a participação do Brasil na Montreux Volley Masters.

Até entendo a empolgação dos marinheiros de primeira viagem, mas é preciso ter cautela. São vários os exemplos de jogadoras que nasceram, viveram de lampejos e depois desabrocharam. Sumiram.

Pode não ser o caso da jovem citada, mas é necessário dar tempo ao tempo. Esperar.

Carol fez uma boa superliga, repito superliga, e mereceu ser chamada para a seleção. Fato.

Apresentou ótimo desempenho nos treinamentos em Saquarema, ganhou a confiança da comissão técnica e foi titular na Suíça. Recebeu o prêmio de melhor bloqueadora da competição.

Não custa lembrar aos mais entusiasmados que a maioria dos adversários jogou a Montreux com time B.

Agora simplesmente Carol virou ‘imprescindível’. Não dá. Existe ainda um longo caminho a ser percorrido.

Thaísa e Fabiana são intocáveis e não existe termos de comparação entre elas e Carol. Covardia.

Adenízia, pela experiência, é a terceira opção.

Juciely, perdeu espaço, mas ainda faz parte dos planos da comissão técnica e até mesmo Bia, central do Sesi, deve ter uma oportunidade em breve.

Carol, com muito boa vontade, está no bolo com as 3. Nada mais do que isso. Realidade.

É uma jogadora boa de bloqueio, com ataque questionável e obviamente baixa para os padrões internacionais.

Carol tem muito que provar ainda. Não será o bom desempenho na Suíça que irá garantir lugar cativo na seleção. E nem poderia, convenhamos.

Jogar em clube é muito diferente do que na seleção e Carol sentiu na pele quando enfrentou o time B da Rússia, apenas um pequeno exemplo.

Cabe ao técnico José Roberto Guimarães frear essa empolgação e não tenho duvida de que o treinador já está usando desse artifício.

Para o bem da própria Carol, a menos culpada.

 

 

 

 

 

 

 

 


Visita surpresa
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Bruno Voloch

O assunto ainda é tratado com certa cautela entre a comissão técnica da seleção brasileira.

Nos bastidores porém já se fala na possível volta de Serginho, líbero do Sesi, para o campeonato mundial da Polônia.

Considerado unanimidade na posição, o jogador esteve no Sesi essa semana acompanhando os treinos e visitando os companheiros.

A seleção enfrenta o Irã na sexta-feira e no sábado no Ibirapuera. O Brasil perdeu 3 dos 4 jogos na Liga Mundial.

Serginho está com 38 anos, ganhou 7 vezes a Liga Mundial, é bicampeão do mundo e 3 vezes medalhista olímpico.

O líbero fez sua última partida pela seleção na decisão contra a Rússia na olimpíada de Londres 2012.

Na ocasião, o Brasil perdeu de virada por 3 a 2.

Os números apresentados mostram que o desempenho de Mario Jr na função é muito abaixo do esperado e até Bernardinho, defensor ferrenho do atleta, dá sinais de insatisfação.

A volta de Serginho seria sem dúvida a tábua de salvação para a seleção.

 

 

 

 


Mudança em boa hora
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Bruno Voloch

Renan está de partida.

O jogador não renovou contrato com o Sesi e acertou transferência para o Ravenna, da Itália.

Considerado uma das grandes promessas do vôlei brasileiro, Renan, que mede 2,17cm, não rendeu no clube o que se esperava e esteve distante do desempenho apresentado na temporada anterior quando vestia a camisa do São Bernardo.

O golpe ainda foi maior.

Nos últimos 3 anos fez parte da seleção brasileira que disputou a Liga Mundial. Em 2014 foi esquecido por Bernardinho.

Será a primeira temporada de Renan na Europa. O Ravenna é um dos times mais tradicionais do país e dirigido pelo argentino Kantor.

Renan é jovem, tem apenas 24 anos e certamente irá amadurecer, ganhar experiência e crescer na Itália.

É um jogador talentoso e diante do atual cenário da seleção brasileira pode perfeitamente sonhar com a olimpíada de 2016 no Rio.