Desinteresse visível e justificável
Bruno Voloch
Quem diria.
Foi no limite. 5 sets, drama e muitas dificuldades para derrotar o Irã.
As imagens não disfarçaram. E nem mesmo as transmissões de hoje em dia com tanta tecnologia conseguiriam.
Fato é que o Ibirapuera, um dos mais tradicionais ginásios do país, recebeu um público muito abaixo do esperado.
Tudo bem que a cidade de São Paulo viveu um dia caótico por causa da greve dos metroviários. Tudo bem que existia a concorrência do futebol com Brasil e Sérvia. Mas a campanha do Brasil não ajuda. O desinteresse foi visível nos buracos nas arquibancadas. Visível e justificável.
Dentro de quadra a seleção não correspondeu, continua muito distante do ideal e olha que já estamos no terceiro fim de semana de competição.
Bernardinho escalou Wallace de início, manteve Rapha no banco, Bruno de titular e Maurício na vaga de Murilo.
O Irã, embora tenha mostrado alguma evolução nos últimos anos, não serve como parâmetro e só não venceu a seleção porque 'tremeu' no fim do jogo. O time iraniano sacou mais, bloqueou melhor e perdeu apenas no ataque.
A seleção segue sem padrão, sofre no passe, sem líbero, ponteiros instáveis no ataque e inexplicavelmente perdeu a confiança.
O Brasil foi salvo pelo gongo.
Rapha e Vissoto resolveram o jogo no tie-break.
Triste constatação.
Fazer jogo duro com o Irã é chegar perto do fim da linha. Sinal dos 'novos tempos'.