Nos ginásios de Minas Gerais páginas heróicas imortais
Bruno Voloch
O Cruzeiro fez jus ao hino.
O Cruzeiro não para.
Não para de ganhar títulos.
Dentro do ginásio do maior rival no estado, o time conquistou de maneira heroica o bicampeonato sul-americano.
Foi uma decisão emocionante com todos os ingredientes da rivalidade entre Brasil e Argentina.
O UPCN, que era o atual campeão, valorizou demais a vitória do Cruzeiro. O time argentino abriu com autoridade 2 a 0 com um duplo 25/23 e encaminhava o resultado de 3 a 0. A partir da metade do terceiro set, o saque do Cruzeiro começou a entrar e desmontou a recepção do UPCN.
A vitória por 25/20 deu moral para a equipe brasileira. Leal, no saque, e Wallace, no ataque, mais tarde eleito o MVP do torneio, cresceram na partida. A torcida, assustada até então com a boa atuação do UPCN, carregou o time e passou a jogar junto. O quarto set acabou sendo em tese o menos complicado e o Cruzeiro levou o jogo para o tie-break.
O Cruzeiro fez um início de quinto set arrasador, abriu larga vantagem e chegou a fazer 12/6. Numa reação impressionante que teve participação decisiva de Théo, ex-jogador da seleção, o UPCN empatou a partida numa sequência espetacular de bloqueios. Os jogadores do Cruzeiro apesar de experientes sentiram a pressão. O jogo ganhou em dramaticidade.
William teve a sensibilidade de usar Isac pelo meio, o central foi preciso quando chamado e o cubano Leal resolveu no ataque fechando em 18/16.
Ambos estão classificados para a disputa do mundial de clubes em maio que será jogado em Betim, hoje a capital mundial do vôlei.
Foi o quarto título do Cruzeiro somente na temporada 2013/14 num total de 14 finais desde a criação do time.
Números impressionantes que comprovam a eficiência da parceria entre a cidade, empresa, torcida, clube, jogadores e comissão técnica.