Roberta é realidade e mérito de Bernardinho
Bruno Voloch
Fabíola, Claudinha e Dani Lins.
Osasco, Campinas e Sesi, 3 das 4 melhores equipes do campeonato, têm hoje em seus elencos as levantadoras que fazem parte da seleção brasileira.
Essa pelo menos tem sido a opção de José Roberto Guimarães nas últimas convocações.
O Rio perdeu Fofão contundida.
Líder e peça fundamental na conquista da superliga passada, Fofão é presença diária no departamento médico do clube e dificilmente conseguirá engrenar mais um ano na ativa. A jogadora definitivamente parece sentir os efeitos dos 43 anos de idade.
Bernardinho não sabe quando e se poderá contar com Fofão.
O técnico por razões óbvias decidiu preparar e apostar em Roberta, 20 anos mais jovem. Trata-se de uma jogadora de talento, alta, promissora e que mostra personalidade a cada partida. Parece fria, de temperamento ameno e inteligente.
É inegável que exista uma diferença enorme em atuar durante a fase de classificação onde a pressão é bem menor e as cobranças na mesma proporção.
Roberta no entanto dá sinais de estar se preparando para ser o cérebro do time nos playoffs, como manda a regra.
Bernardinho tem sido coerente e muito inteligente. Ciente de que o aproveitamento de Fofão é uma incógnita, enxergou e investiu pesado em Roberta.
O Rio vai precisar e certamente dependerá muito das mãos dela na reta final da competição.
Roberta era aposta, vingou e virou realidade. Méritos próprios.