Esconde-esconde, política e ética zero
Bruno Voloch
Inexplicável.
Ninguém fala, ninguém é encontrado e os poucos que poderiam se explicar, preferem o silêncio.
Após a vergonhosa derrota de 3 a 0 em casa para Montes Claros, Horácio Dileo, pediu o boné e deixou o Minas. Declarações muito mais políticas e extremamente conflitantes não convenceram na saída do treinador. Jogadores e técnico efetivamente já não falavam a mesma língua.
Prova disso foi o desempenho do Minas após a chegada de Ricardo Picinin e a saída de Dileo. O Minas venceu 3 jogos seguidos e se garantiu na quarta colocação. E foram 3 vitórias de peso. Os mineiros ganharam simplesmente de Sesi e Cruzeiro, virtuais finalistas da competição. Os 3 a 0 contra o Rio já estavam no script, ou seja, não existe mágica, os resultados não apareceram por acaso e estão sim diretamente ligados a troca de comando.
Eis que para surpresa, Dileo, que chegou a falar em problemas particulares, é anunciado como novo treinador de Maringá, penetra masculino, em substituição a Douglas Chiarotti. Tudo bem que Douglas não foi e jamais será unanimidade, mas estava fazendo um trabalho no mínimo razoável e classificou o time para os playoffs.
Patrocinadores cobravam melhores resultados e Ricardinho, dono do time, respondeu.
Dileo, que nada tenho contra, diga-se de passagem, estreou perdendo em casa para São Bernardo por 3 a 1. Dificilmente em 3 semanas irá fazer algo de diferente ou dar uma cara nova em termos táticos ao time. Maringá está classificado, mas não vai passar por Sesi ou Cruzeiro, adversário nas quartas.
Nesse autêntico jogo de empurra, engana trouxa e mistério, recém-chegados e demitidos adotam a política, numa clara jogada de não se fechar portas. Pode ser. O entra e sai continua com cara de futebol no vôlei de ética zero.