Rolo compressor
Bruno Voloch
Impressionante a maneira como o Cruzeiro derrotou o Sesi em São Paulo.
A prévia da decisão da superliga foi um verdadeiro atropelo do time mineiro que não deu chances ao adversário e fez 3 a 0 sem grandes dificuldades. E não foi uma vitória qualquer.
Os mineiros ganharam simplesmente do segundo melhor time do campeonato e talvez a única que poderia fazer frente nas fases decisivas da competição. Pelo que vimos, dificilmente isso acontecerá.
Tudo bem que o Sesi não jogou completo, tinha o desfalque de Sidão, e que Murilo ainda reforçará o grupo de Marcos Pacheco, mas o que sei viu foi o Cruzeiro atuando como um rolo compressor e passando literalmente por cima.
O saque arrasador fez toda a diferença na partida.
Foram 8 pontos do Cruzeiro em todo jogo.
Nem mesmo Serginho, melhor líbero do mundo, deu conta de passar. Sandro não tinha alternativas e quase não jogou com o meio, deixando os pontas sobrecarregados. Lucarelli fez o que pode.
Do outro lado William brincou com o bloqueio paulista.
Lucão fez o único ponto do Sesi em 3 sets contra 4 dos mineiros.
Com passe na mão, o levantador do Cruzeiro usou as melhores opções e transformou Wallace no melhor em quadra. Filipe e Leal foram extremamente regulares e Éder fez ótima partida.
O nível de vôlei apresentado no clássico deixa claro que só uma grande zebra tira o título do Cruzeiro.
O competente Marcelo Mendez tem um timaço nas mãos e se souber controlar o oba-oba, natural pelo momento que atravessa o time, não perde a superliga.