Blog do Bruno Voloch

Arquivo : outubro 2013

Título em família e consagração de Giovanni Guidetti
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Bruno Voloch

O título mundial conquistado pelo Vakifbank é mais um na coleção de Giovanni Guidetti, técnico italiano que dirige o time turco desde 2008.

Guidetti já entrou para a história do clube. Sob seu comando, o clube ganhou todos os campeonatos que disputou. Faltava o mundial. Agora não falta mais.

Campeonato turco, Champions League, Copa da Turquia e uma invencibilidade que dura 51 jogos, marca difícil de ser superada nos próximos anos.

Guidetti é jovem, 41 anos, humilde e extremamente estudioso. O treinador é idolatrado pela torcida e diretoria do clube.

Casado recentemente com Bahar Toksoy, jogadora do time, o técnico é respeitado e querido por todas as jogadoras.

Trabalho semelhante é realizado na seleção da Alemanha desde 2006. No campeonato europeu de 2013, chegou perto do título, mas as alemãs não resistiram ao timaço da Rússia na final.

A polonesa Glinka deixou o clube. Carolina Costagrande foi contratada. A sérvia servia Jelena Nikolic retornou ao time. O Vakif conta com a ótima Naz Aydemir, Sonsirma e Fürst. A estrela maior continua sendo Jovana Brakocevic.

Não dá porém para deixar de reconhecer os méritos do treinador. O Vakifbank foi montado, treinado e campeão do mundo pelas mãos de Guidetti.

 

 

 


Sonho adiado e choro injustificável
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Bruno Voloch

O choro da Unilever é injustificável.

O calendário da FIVB, Federação Internacional de Vôlei, agendou o mundial de clubes para outubro, período considerado inadequado em função da maioria dos times ainda estarem em formação e sem ritmo de jogo ideal. Faz sentido.

O Evergrande, da China, terceiro colocado, também poderia ter rendido mais. O Vakifbank, apesar de toda superioridade, sofre o mesmo problema.

O que não faz sentido é jogar a responsabilidade no calendário, ou seja, todos os times jogaram o mundial nas mesmas condições e com as principais jogadoras voltando de suas respectivas seleções nacionais.

Mesmo assim, o time turco venceu duas vezes o Rio na competição, sendo que na final fez 3 a 0, ou seja, placar incontestável. Ganhou o melhor. Simples.

Na final, o Rio teve Sarah Pavan e Mihajlovic bem abaixo da forma física. Sarah principalmente. A Unilever sofreu para colocar a bola no chão. Gabi e Fabi se salvaram na defesa e Carol foi uma gratíssima revelação.

O rival Osasco ri à toa. Coisas do esporte.

O patriotismo não resistiu a rivalidade entre as duas equipes. E vice-versa. Foi assim em 2012 quando Osasco ganhou o mundial.

Bernardinho afirma que o time não volta triste. Será que não ?

Tenho lá minhas dúvidas. O objetivo era o título e todo o planejamento foi montado em cima da partida contra o Vakifbank. Tempo para estudar o adversário não faltou. Antes e inclusive durante a competição. Saber reconhecer a superioridade do adversário não é mais do que obrigação.

O sonho do mundial fica adiado, isso se Osasco e Campinas não atravessarem o caminho na superliga 2013/14.

O Rio, curiosamente, deve se espelhar em Osasco que bateu na trave em 2010 para o Fenerbahçe, na época comandado por José Roberto Guimarães, e dois anos depois alcançou a glória.


Esperança renovada
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Bruno Voloch

O título do mundial sub-23 renova as esperanças do vôlei masculino do Brasil.

Os recentes insucessos sob comando de Bernardinho na Olimpíada de Londres e na Liga Mundial deixaram no ar a necessidade de renovação colocada em prática de maneira gradativa, talvez não a ideal.

Rubinho, assistente técnico de Bernardinho na seleção adulta, fez um ótimo trabalho e merece os méritos da conquista.

O Brasil fez uma campanha brilhante e venceu todos os 7 jogos que disputou.

A final contra a Sérvia, de Kovaceciv, foi dramática. Jogo apertado e vitória por 3 a 2 com 15/13 no tie-break.  Os sérvios valorizaram demais o título da seleção brasileira.

Foi um grande duelo entre os opostos Rafael e Atanasijevic. 23 pontos para o brasileiro, 25 para o sérvio.

Jogo em que os ataques foram regulares e iguais. A Sérvia foi melhor no saque, o Brasil no bloqueio, especialmente com Henrique.

O título, pouco badalado pela mídia em geral, pressiona a seleção adulta.

Lucarelli já era realidade. Rafael, Henrique e Otávio caminham na mesma direção.


Vakifbank atropela Unilever e é campeão mundial com sobras
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Bruno Voloch

Decepcionante a participação da Unilever no mundial de clubes.

É pura demagogia querer valorizar o vice-campeonato mundial, ainda mais se tratando de Bernardinho e com o rival, Osasco, tendo ganho o título na temporada passada. O resultado foi absolutamente frustrante.

A Unilever priorizou a competição, único título que falta no currículo, passou muito longe da possibilidade de ser campeã.

O Vakifbank sobrou na competição e se deu ao luxo de vencer duas vezes o time brasileiro.

Bernardinho tinha toda razão. Após a vitória contra o Volero Zurich na semifinal, o técnico afirmou que a final seria outra história. E foi. Foi ainda mais fácil para o Vakifbank que fez 3 a 0, diferente dos 3 a 1 da fase de classificação.

Os dois primeiros sets até que tiveram um relativo equilíbrio. O terceiro foi um passeio turco com direito a 25/16.

Prevaleceu a imensa categoria de Brakocevic. O fortíssimo ataque turco também fez diferença. Sonsirma teve ótima participação.

No Rio, destaque para a boa partida de Carol. E só.

O título está muito bem entregue. Aliás, não poderia estar em melhores mãos.


Após conquistar mundiais infanto e juvenil, China é campeã mundial sub-23
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Bruno Voloch

Impressionante, para não dizer assustador, o domínio do vôlei feminino da China nas categorias de base.

Após conquistar os mundiais infanto e juvenil de maneira avassaladora, as chinesas ganharam a primeira edição do campeonato mundial sub-23.

Na decisão do torneio, a China derrotou a República Dominicana, dirigida pelo brasileiro Marcos Kwiek, por 3 a 0, parciais de 25/21, 25/20 e 26/24. Foram 7 vitórias em 7 jogos e 100% de aproveitamento.

O Japão foi bronze ao derrotar os Estados Unidos por 3 a 1.

A chinesa Yao Di foi eleita a MVP do mundial jogado no México.

A República Dominicana foi representada por Brayelin Martinez, Jeoselyna Rodriguez e a líbero Brenda Castillo.

Sarina Koga, do Japão, ganhou o prêmio de melhor oposta. Yang Zhou e Zhang Xiaoya , ambas da China, melhores centrais.

A seleção brasileira terminou a competição na modestíssima sétima colocação.

 


Lua de mel possível, mas improvável
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Bruno Voloch

Novamente a história se repete, dessa vez em menor proporção.

Quase 20 mil rubro-negros foram ao Maracanã e assistiram a vitória do Flamengo diante do Internacional por 2 a 1. Jogo equilibrado, bem disputado especialmente no segundo tempo e deixa o torcedor sonhando com dias melhores.

Já são 5 jogos sem perder, números de fato significativos e inesperados desde que Jayme assumiu o time.

Falar em classificação para a libertadores é prematuro, afinal uma derrota para o Inter deixaria o Flamengo próximo da zona de rebaixamento. Acontece que os 3 pontos conquistados, em noite inspirada de Léo Moura e Felipe, deixaram o time com 37 pontos e 8 atrás do Atlético-PR, último no G4.

Os dois próximos jogos serão no Maracanã. A equipe terá Botafogo e Bahia pela frente, ou seja, em tese é possível somar mais 6 pontos.

O desempenho inconstante no campeonato porém rema contra o Flamengo por mais que a fase seja a melhor já vivida na competição. Cautela é importante e o time está muito distante de ser confiável.

Se 8 separam o Flamengo do Atlético-PR, apenas 5 diferenciam do Vasco, primeiro na zona de rebaixamento.

Mas a diferença pode vir das ‘arquibancadas’. O Flamengo motivado, confiante e tendo a torcida como aliado já deu mostras de que não pode ser descartado.

Paralelamente, existe a Copa do Brasil, competição em que o Flamengo está muito vivo e com reais chances de ser semifinalista.

O ano que parecia trágico para o clube, pode terminar com o time em lua de mel com a torcida.

 


Calendário faz nova vítima e Dani Lins é afastada com fratura por estresse
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Bruno Voloch

Dani Lins é a mais nova vítima do calendário nacional.

A jogadora ficará pelo menos 3 semanas afastada das quadras por causa de uma fratura por estresse. Segundo o departamento médico do Sesi, a levantadora da seleção brasileira não vai precisar ser operada.

O Sesi disputa simultaneamente o campeonato paulista e a superliga. Jogou a Copa São Paul0 e Dani Lins defendeu a seleção no Grand Prix e recentemente no sul-americano.

Dani está com 28 anos e terá que superar mais um obstáculo na carreira. Em 2004 a atleta foi diagnosticada com arritmia cardíaca e ficou um bom período longe das quadras.

Carol Albuquerque, campeã olímpica em 2008, irá substituir Dani no Sesi.


Estreia sem sustos e ignorada pela TV
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Bruno Voloch

Se pudesse escolher, o Rio colocaria o Kenya Prison, do Quênia, para enfrentar no jogo de abertura do mundial. Como estão em grupos distintos, o Iowa Ice, dos Estados Unidos, foi muito bem recebido.

O time é formado basicamente por algumas jogadoras universitárias, fraco tecnicamente e exigiu muito pouco das brasileiras na partida de estreia.

O Rio fez 3 a 0 com tranquilidade e sem sustos. O time foi melhor em todos os fundamentos e abusou dos erros, algo natural em se tratando de um primeiro jogo de mundial. Nada fora do contexto.

Triste mesmo foi constatar o pouco caso da emissora que comprou os direitos de transmissão do evento, anunciou na grade e simplesmente ignorou a partida. E não era qualquer partida. Jogo de mundial de clubes e time de Bernardinho. Algo raro em se tratando de Unilever.

O prejuízo não foi dos maiores porque ninguém conhece ou poucos ouviram falar no glorioso Iowa Ice.

 


Alento, sofrimento até as últimas rodadas e fim do sonho
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Bruno Voloch

A rodada definitivamente não ajudou o Vasco. O Fluminense pode ligar o sinal de alerta.

Criciúma, São Paulo, Ponte Preta, Coritiba e Bahia ganharam, todos adversários do Vasco, e agora do Fluminense, na luta contra o rebaixamento. O Vasco porém fez sua parte e conseguiu o que parecia mais difícil, ou seja, vencer o Fluminense, em campo neutro.

Vitória essa absolutamente merecida.

O Vasco fez o gol no início do jogo e soube controlar o Fluminense, por sinal, o tricolor foi absolutamente desorganizado em campo.

Interessante a estreia de Francismar que mostrou personalidade especialmente por estar atuando pela primeira vez com a camisa do Vasco e sob pressão. Criticado, com inteira razão, o goleiro Diogo Silva deixou para trás a insegurança de jogos passados e salvou o Vasco em diversas situações, uma delas ainda no primeiro tempo.

Apesar das alterações de Luxemburgo no intervalo, 3 por 3, Diguinho, Felipe, Samuel, se tivesse um pouco mais de capricho no segundo tempo, o Vasco poderia ter feito o segundo gol. Embora pressionado, o time teve boas alternativas nos contra-ataques.

O Fluminense completou um ano sem vencer um clássico. Números lamentáveis.

O time que até a partida contra o Internacional chegou a sonhar com libertadores em função da curta invencibilidade, parece que se encontrou com a realidade. As duas derrotas consecutivas deixam o Fluminnse novamente mais perto da parte debaixo da tabela.

O Vasco, ao que tudo indica, irá sofrer até o fim.

 


Brasil cai para os Estados Unidos e é eliminado no mundial feminino sub-23
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Bruno Voloch

E o Brasil ficou pelo caminho.

A seleção feminina sub-23 não resistiu aos Estados Unidos, sofreu a segunda derrota na competição e foi eliminada do mundial da categoria.

O time brasileiro começou perdendo, 20/25, conseguiu a reação com duas parciais relativamente tranquilas com 25/16 e 25/10. Quando se esperava que o Brasil decidisse a partida os Estados Unidos reagiram e fizeram 25/22. No tie-break, o a jovem seleção não segurou a pressão das norte-americanas e caiu no tie-break por 15/9.

Ellen foi novamente a melhor jogadora da seleção em quadra.

As semifinais acontecerão entre China e Japão e República Dominicana e Estados Unidos.

Os confrontos são relativamente surpreendentes. A Europa fracasso no primeiro mundial da categoria e os asiáticos mostram força, especialmente a China. A grata revelação é a presença da República Dominicana entre os 4.

Pouco tempo de treinamento, primeira experiência internacional de algumas atletas devem ser justificativas levadas em consideração, mas sair na primeira fase da competição deixa no ar uma enorme sensação de frustração e fracasso.