Decisão tardia e inevitável
Bruno Voloch
A decisão de demitir Dorival Júnior parece sensata. O Vasco deu pequenos sinais de evolução nas primeiras partidas sob comando do treinador, mas depois voltou a mediocridade dos tempos de Paulo Autuori e seus antecessores.
O problema não é treinador. O elenco é fraco, limitadíssimo em todos os setores. A mudança é interessante no aspecto emocional e traz uma questionável motivação para aqueles que não eram utilizados por Dorival. E só.
Roberto Dinamite tinha obrigação de dar uma satisfação ao torcedor e a maneira mais simples era dispensar o técnico. Dito e feito. O presidente porém demorou para enxergar que Dorival seria incapaz de livrar o time do rebaixamento.
O mais correto teria sido demitir o treinador após a derrota para o Criciúma. O jogo contra o Goiás passou e novo vexame. Os dois gols em 6 minutos diante do Botafogo e o empate com o adversário jogando com o time reserva já era outro indício de que a coisa não andaria. Só aí foram 8 pontos deixados para trás.
Ser eliminado da Copa do Brasil, embora tenha feito um bom jogo, era questão de tempo. Mas priorizar a luta contra a segunda divisão e abrir mão de lutar por uma vaga na libertadores foi pensar pequeno demais, longe das tradições do Vasco.
Dorival teve o fim que mereceu. O Vasco segue condenado.