Blog do Bruno Voloch

Arquivo : agosto 2013

Derrota expõe velhas e conhecidas deficiências
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Bruno Voloch

Era para ser o jogo da afirmação, mas nã0 foi.

O Vasco tinha tudo para vencer, ganhar moral e conquistar a confiança do torcedor. O adversário era o ideal, o time jogava em casa e uma vitória diante do Grêmio, candidato no mínimo a uma vaga para a libertadores, deixaria a equipe numa colocação confortável na classificação.

Mas o roteiro traçado não foi cumprido e pior que isso, a derrota por 3 a 2 acabando expondo deficiências conhecidas e que obrigam a comissão técnica e diretoria conviverem com a realidade.

Diogo Silva definitivamente não tem bola para ser titular do Vasco. O goleiro é tão ou mais inseguro que seus antecessores, Michel Alves e Alessandro. O clube precisa urgente de um jogador para a posição.

Por mais que seja apadrinhado ou tenha o aval de Carlos Germano, Diogo dá sinais de fragilidade emocional e é fraco tecnicamente. Pode ser no máximo um bom terceiro goleiro no elenco.

A estreia de Cris foi ruim. O zagueiro ficou devendo e falhou feio no primeiro gol do Grêmio. Pior do que a falha foi responsabilizar o gramado molhado, atitude desnecessária para um jogador rodado como Cris. Se esse foi o cartão de visitas, o zagueiro deve durar pouco.

Tenório, que substituiu Eder Luis, anda em péssima fase e brigou com a bola a maior parte do tempo. André merece coisa melhor como companheiro de ataque. Por sinal, André se supera a cada partida e prova ter sido uma boa aposta do Vasco.

Juninho exibiu a velha classe habitual, mas Pedro Ken, Abuda e Wendell não acompanharam o capitão do Vasco.

Montoya teve participação discreta, mas pode ser útil no futuro.

A derrota para o Grêmio quebra a melhor sequência do Vasco no campeonato e expõe velhas e conhecidas deficiências.

O time não tem goleiro, sofre com peças de reposição na zaga e André joga sozinho no ataque.

 

 


Fim da moleza; hora da verdade
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Bruno Voloch

A seleção feminina cumpriu bem a meta e venceu sem dificuldades os 3 últimos jogos da fase de classificação do Grand Prix. Ganhou e não cumpriu mais do que obrigação. Cuba, Holanda e Cazaquistão estão em outro patamar.

Classificada, a seleção parte para Sapporo, no Japão, onde enfrentará as donas da casa, China, Sérvia, Itália e os Estados Unidos.

Sem desmerecer os títulos conquistados em torneios de menor expressão, a fase final será o grande teste do time de José Roberto Guimarães em 2013.

Se mantiver a coerência, o técnico deve manter a base que atuou 90% do Grand Prix, ou seja, com Gabi na ponta e Monique de oposta. Isso não significa porém que Sheilla não deve ser usada, pelo contrário. Monique e Gabi são jovens, somente agora estão adquirindo experiência internacional e é natural que sintam a pressão contra os adversários mais tradicionais.

Aproveitando a fragilidade, a comissão técnica agiu corretamente e deu ritmo para Sheilla e Pri Daroit nos dois últimos sets contra o Cazaquistão. Thaísa foi a melhor em quadra e brincou de bloquear na vitória por 3 a 0 com 25/17, 25/16 e 25/10. A seleção chegou a fazer 11 a 0 no terceiro set.

A campanha da seleção foi altamente positiva e em 9 jogos sofremos apenas uma derrota. O resultado negativo diante da surpreendente Bulgária certamente deixou lições.

Boa parte das seleções usa o Grand Prix como testes para o mundial de 2014. O Brasil não é diferente.

Na fase final, José Roberto Guimarães usará quase 80% do time campeão olímpico em Londres.

Dani Lins, Thaísa, Fabiana, Fernanda Garay e a líbero Fabi estarão em quadra. Sheilla à disposição no banco e Gabi e Monique como novidades.

A terceira fase do Grand Prix marca o fim da moleza. As finais da competição marcam a hora da verdade.

 

 

 


Vitória sofrida e nada de Fred e Jean
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Bruno Voloch

No limite.

Assim foi a vitória do Fluminense diante do Náutico na Arena Pernambuco.

O time passou sufoco a maior parte do tempo, contou com a sorte e defesas brilhantes de Diego Cavalieri.

Brilhou a estrela de Luxemburgo que colocou Samuel em campo e 4 minutos depois o atacante decidiu o jogo com um belo gol. E foi só.

As entradas de Felipe e Wagner tornaram o Fluminense menos previsível, mas absolutamente distante do ideal.

O Fluminense continua devendo.

Inexplicavelmente, o futebol de Fred e Jean sumiu.

 


Sada/Cruzeiro confirma exigência da Globo por mudanças na Superliga
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Bruno Voloch

O Sada/Cruzeiro é mesmo um clube diferenciado.

Autêntico como poucos, Marcelo Mendez, técnico do time, foi objetivo ao ser questionado sobre as mudanças nas regras para a Superliga 2013/14.

“Fue una imposición de la CBV por pedido de la red Globo , que es la que manda y dice que va a transmitir más partidos. Por un lado el reglamento busca aumentar la duración del punto y por otro buscan disminuir el tiempo de juego”.

Traduzindo.

A democracia passou longe e nada foi discutido conforme o blog antecipou.

http://blogdobrunovoloch.blogosfera.uol.com.br/2013/08/15/globo-determina-e-clubes-acatam-simples/

As regras foram simplesmente impostas.

Clubes, técnicos e jogadores, diferente do que foi passado pelo CBV, acataram como de hábito as novas mudanças.

A coragem de Marcelo Mendez é cada vez mais rara no esporte. Clube e técnico são exceções à regra.

 


Fácil como tirar doce de criança
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Bruno Voloch

O técnico da seleção feminina, José Roberto Guimarães, dizia na véspera que era preciso respeitar o adversário e que Brasil e Cuba seria sempre complicado. Não mais, caro Zé.

Isso foi no passado. Hoje, a rivalidade está distante e são raríssimas as seleções que Cuba consegue enfrentar de igual para igual.

Diante do Brasil, não foi diferente e as cubanas amargaram a sétima derrota consecutiva no Grand Prix.

Deixando a tradição e o patriotismo de lado, é triste ver o vôlei de Cuba nessas condições e em tamanha decadência. Inaceitável pela história brilhante que construíram no esporte. Talvez esteja na hora de rever modelo e conceito na ilha.

No vitória tranquila do Brasil, chama atenção os 27 erros de Cuba nos 3 sets. Zé Roberto escalou o que tinha de melhor, menos Sheilla que ficou no banco para Monique.

Diante de tamanha disparidade técnica, dá para destacar o bom aproveitamento de Thaísa no bloqueio e o bom jogo de Gabi e Garay nas pontas. A comissão poderia ter poupado todas as titulares e escalado um time de reservas que o resultado seria o mesmo.

Foi mais fácil que tirar doce de criança.

 


Acréscimos e o trauma do Botafogo
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Bruno Voloch

Botafogo e Internacional fizeram um dos melhores jogos do campeonato brasileiro.

Dois times ofensivos, buscando o gol, usando marcação forte e equilibrados taticamente. Jogando em casa e contando com o apoio da torcida, o Botafogo foi ousado atacou o Internacional de cara e com menos de 5 minutos de jogo já tinha chutado 5 bolas no gol de Muriel.

Quando Vitinho fez 1 a 0 fez justiça ao placar. O Internacional se aproveitou da bola parada a e da desatenção inaceitável da defesa do Botafogo e virou o jogo em menos de 1 minuto, situação inadmissível. Assim os gaúchos foram para o vestiário com dois gols de Scocco.

Em desvantagem, o Botafogo voltou para o segundo tempo e dominou o adversário até  empatar com Seedorf e virar em golaço de Vitinho. Satisfeito, Oswaldo abrou mão de Vitinho e usou Lucas Zen. O Botafogo ‘chamou’ o adversário e novamente acabou sendo castigado nos acréscimos com o gol de Fabrício.

Resultado justíssimo.

O Botafogo perdeu novamente a chance de folgar na liderança e começa a criar o trauma de não conseguir segurar o resultado quando está vencendo. Acaba sempre perdendo forças nos acréscimos.

O Inter reclama de menosprezo do Botafogo. Honestamente não vi. O Internacional foi corajoso, se lançou ao ataque e acreditou no empate até o fim.

O Botafogo sai líder, mas hoje poderia ter 32 pontos, se somasse os pontos perdidos para Atlético-MG, Flamengo e Internacional nos acréscimos. Oswaldo diz que se trata de coincidência. Não acho que seja falta de sorte. Além da insegurança habitual, talvez falte ao Botafogo um pouco de malandragem.


Globo determina. CBV e clubes acatam. Simples.
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Bruno Voloch

No início do mês o blog previu.

http://blogdobrunovoloch.blogosfera.uol.com.br/2013/08/06/globo-dara-palavra-final-sobre-mudancas-nas-regras-da-superliga/

Agora chega a confirmação.

Importante deixar a hipocrisia de lado.

Os clubes, através de seus representantes, podem ter sido ouvidos, os treinadores e jogadores deram suas respectivas opiniões, mas a última reunião envolvendo os interessados só serviu para confirmar as exigências impostas pela TV Globo.

A principal delas reduz os sets de 25 para 21 pontos.

Até mesmo o Sportv, canal que exibe 95% dos jogos, estava incomodado com as partidas com mais de duas horas de duração. A grade não resistia.

O resto é pura demagogia.

Ary Graça, presidente da FIVB, Federação Internacional de Vôlei, ainda exerce seu poder e manda mesmo  distante do Brasil. Sabe de tudo que acontece dentro e fora da CBV e nada é resolvido sem que seja consultado.

O contrato com a Globo é intocável.

O encontro serviu ainda para tratar de assuntos políticos, resolver pendências financeiras e dos problemas envolvendo Jacareí, RJX e Volta Redonda.

Sem mais.


Araraquara à la Canoas e justiça tardia da CBV
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Bruno Voloch

Justiça tardia não faz justiça, mas no caso de Araraquara a CBV enfim enxergou o equívoco.

A entidade confirmou a participação da Uniara/AFAV na Superliga feminina 13/14. Direito esse adquirido na bola e dentro de quadra, assim como fez Canoas no masculino.

Passou da hora de valorizar os clubes que investem no esporte há anos e que por um motivo ou outro não tem o mesmo marketing dos concorrentes. Marketing não, sejamos diretos, estamos falando de força política.

Brasília entrou pela janela e Jacareí estava seguindo o mesmo caminho. Maranhão foi exceção e se colocou à disposição para jogar a divisão de acesso. No masculino idem. Maringá foi o último exemplo.

A CBV precisa definir os critérios. Se preencher os pré-requisitos, leia-se cifras, é o suficiente, simples, basta então deixar as coisas claras e a maneira como serão conduzidas.

Os últimos colocados da superliga não precisam se preocupar com rebaixamento até porque jamais vi nenhum time ser rebaixado. Já os campeões da Liga Nacional devem entender que o título é apenas simbólico e não garante rigorosamente nada. No máximo a volta olímpica.


Início promissor e gangorra desequilibrada
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Bruno Voloch

O Flamengo não repetiu diante do Goiás o futebol apresentado no Fla-Flu. O time fez um primeiro tempo abaixo da média, mas se recuperou depois do intervalo e se tivesse tido um pouco mais de capricho nas finalizações poderia ter vencido a partida.

O 1 a 1 porém acabou sendo justo pelo que jogaram Goiás e Flamengo.

O estreante Chicão deixou ótima imagem. Bom posicionamento, liderança e qualidade na bola parada. Chega para ficar e assumir com sobras a titularidade.

André Santos suportou bem os 90 minutos e Elias segue dando um toque de qualidade diferenciado ao time. Até mesmo Léo Moura, que acabou se contundindo, dá sinais de recuperação.

Nixon e Gabriel, esse principalmente, destoaram. Hernane continua sendo imprevisível.

O Flamengo segue em busca da regularidade, mas a gangorra está se desequilibrando, o que é um bom sinal, e hoje está mais para cima do que para baixo.


Disposição insuficiente
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Bruno Voloch

Dessa vez o torcedor do Fluminense não tem muito do que reclamar.

O resultado contra o Corinthians foi ruim em termos de classificação, mas diante das circunstâncias e os vári0s desfalques, o ponto somado não pode ser descartado.

O jogo foi fraco tecnicamente e com poucas chances de gol, uma para cada lado com Rafael Sóbis e Emerson.

O Fluminense, após a expulsão de Gum, procurou apenas se defender e faltou ao Corinthians qualidade para vencer a partida. 0 a 0 acabou sendo justo no Maracanã.

Mesmo sem vencer há 4 jogos, o Fluminense deu esperanças ao torcedor e atuou com garra e disposição, características marcantes do passado e que andavam distantes das Laranjeiras.