Fenômeno Gabi desequilibra contra o Japão
Bruno Voloch
Ninguém jogou mais bola do que Gabi na segunda partida da seleção na fase final do Grand Prix. A seleção fez 3 a o no Japão, lidera com 6 pontos e confirma o crescimento na competição.
Impressiona a cada jogo a personalidade dessa menina de apenas 19 anos. Diante do Japão, Gabi parecia uma veterana em quadra, foi a jogadora de segurança de Dani Lins e virou praticamente todas as bolas que recebeu.
José Roberto Guimarães repetiu a formação que fez 3 a 0 nos Estados Unidos mas foi obrigado a tirar Monique ainda no primeiro set para a entrada de Sheilla. Monique, assim como na partida anterior, foi tímida, sentiu a pressão e não rendeu. Sheilla entrou e não saiu mais. Sheilla porém, assim como as demais, foi apenas coadjuvante e Gabi a estrela principal.
Gabi fez 19 pontos.
A seleção porém teve muitas dificuldades com o saque do Japão e nosso sistema de recepção falhou em várias passagens, acima da média. Ebata e Saori eram as principais peças ofensivas das japonesas.
O Japão contou com o apoio da torcida, dominou parte dos dois primeiros sets, mas entregou como de costume. Pesou a tradição e a camisa da seleção.
Não dá para deixar de enaltecer o bom desempenho do bloqueio brasileiro, 14 pontos, mas quem desequilibrou o jogo foi Gabi.
Um autêntico fenômeno aos 19 anos de idade e 'apenas' 1,76 de altura.