Derrota expõe velhas e conhecidas deficiências
Bruno Voloch
Era para ser o jogo da afirmação, mas nã0 foi.
O Vasco tinha tudo para vencer, ganhar moral e conquistar a confiança do torcedor. O adversário era o ideal, o time jogava em casa e uma vitória diante do Grêmio, candidato no mínimo a uma vaga para a libertadores, deixaria a equipe numa colocação confortável na classificação.
Mas o roteiro traçado não foi cumprido e pior que isso, a derrota por 3 a 2 acabando expondo deficiências conhecidas e que obrigam a comissão técnica e diretoria conviverem com a realidade.
Diogo Silva definitivamente não tem bola para ser titular do Vasco. O goleiro é tão ou mais inseguro que seus antecessores, Michel Alves e Alessandro. O clube precisa urgente de um jogador para a posição.
Por mais que seja apadrinhado ou tenha o aval de Carlos Germano, Diogo dá sinais de fragilidade emocional e é fraco tecnicamente. Pode ser no máximo um bom terceiro goleiro no elenco.
A estreia de Cris foi ruim. O zagueiro ficou devendo e falhou feio no primeiro gol do Grêmio. Pior do que a falha foi responsabilizar o gramado molhado, atitude desnecessária para um jogador rodado como Cris. Se esse foi o cartão de visitas, o zagueiro deve durar pouco.
Tenório, que substituiu Eder Luis, anda em péssima fase e brigou com a bola a maior parte do tempo. André merece coisa melhor como companheiro de ataque. Por sinal, André se supera a cada partida e prova ter sido uma boa aposta do Vasco.
Juninho exibiu a velha classe habitual, mas Pedro Ken, Abuda e Wendell não acompanharam o capitão do Vasco.
Montoya teve participação discreta, mas pode ser útil no futuro.
A derrota para o Grêmio quebra a melhor sequência do Vasco no campeonato e expõe velhas e conhecidas deficiências.
O time não tem goleiro, sofre com peças de reposição na zaga e André joga sozinho no ataque.