Paula Pequeno x Gamova; Campeã olímpica x campeã mundial
Bruno Voloch
Paula Pequeno surpreendeu. Fora de quadra e não atuando pelo Fenerbahçe.
Durante uma twitcam, como noticiou o UOL, a jogadora deitou e rolou em cima de Gamova:
“É chata, nojenta, não dá autógrafo para ninguém e ainda odeia o Brasil. Ela disse, publicamente, que não gosta das brasileiras, que não gosta do Brasil”.
Quem tem boca, fala o que quer. Paula é maior de idade e responsável pelos seus atos.
Honestamente, não acho exemplo, embora Paula tenha tido virtudes ao longo da carreira.
Essa semana, Lucas, ex-jogador do São Paulo, declarou que o companheiro de time, Zlatan Ibrahimović, era arrogante. No dia seguinte, visivelmente arrependido, disse que havia sido mal interpretado.
Geralmente é assim, Paula sabe bem como funciona.
Muitos encaram a atitude como verdadeira, corajosa ou digna de personalidade forte. Seja como for, existem outras formas de agir ou se defender.
Nunca se sabe o dia de amanhã.
Paula é campeã olímpica, Gamova não.
Gamova é campeão mundial, Paula não.
Se a russa criticou e desrespeitou o Brasil, Paula errou ao querer se igualar.
O escritor francês, Joseph Joubert, definiu bem:
“Ser capaz de respeito é hoje em dia tão raro como ser digno de respeito”.
Gamova pode ter sido infeliz nas declarações, segundo Paula, mas suas qualidades técnicas são inquestionáveis. Tanto, que é a jogadora mais bem paga no mundo.