Blog do Bruno Voloch

Arquivo : janeiro 2013

Raúl Castro muda política e atletas que desertaram poderão visitar parentes em Cuba
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Bruno Voloch

Agora é lei em Cuba.

Após quase 50 anos, os cubanos poderão viajar para fora do país sem a necessidade de pedir autorização do governo.

A determinação diz que basta estar com o passaporte válido.

Com as novas regras, o ‘cartão branco’, chamado visto de saída, deixa de existir.

Desde 1961 os cubanos tinham restrições para sair da ilha. O regime era imposto por Fidel Castro.

A decisão atual, introduzida por Raúl Castro, irmão de Fidel, é considerada uma das mais revolucionárias na história de Cuba.

A reforma vai beneficiar milhões de emigrados cubanos, entre eles vários atletas que agora estão livres dos trâmites burocráticos para retornar e visitar os parentes.

Um dos casos mais famosos e que chocou o meio esportivo aconteceu na véspera da olimpíada de Pequim em 2008.

A cubana Taismary Agüero, que se naturalizou italiana, foi impedida de visitar a mãe em Cuba. Agüero quase desistiu de jogar os jogos olímpicos. A mãe da jogadora estava em estado grave ma ilha e mesmo assim os governantes cubanos não facilitaram as coisas para Aguero. Ela passou dois dias na Alemanha esperando o visto e a situação da mãe da jogadora ficou irreversível.

A atleta deixou Cuba em 2001 e conseguiu a nacionalidade italiana em 2006.

Cuba perdeu nas últimas décadas quase 50 atletas que desertaram da ilha em viagens ao exterior por causa do regime de Fidel.

A nova lei entretanto não será aplicada em todos os casos.

Treinadores e atletas, independente da modalidade, considerados ‘líderes’ e formadores de opinião, ainda precisam de autorização especial para deixar Cuba.


Osasco erra muito, joga mal e fica devendo contra São Caetano
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Bruno Voloch

Dureza de assistir Osasco e São Caetano.

Foi um jogo fraquíssimo e tecnicamente sofrível.

Osasco venceu por 3 a 0 e ficou devendo.

Óbvio que o interessante são os 3 pontos, a liderança provisória e que nem sempre o time vai dar espetáculo. A equipe foi displicente em boa parte da partida e poderia ter perdido o terceiro set.

Com o devido respeito que o São Caetano merece, Osasco não pode ceder 24 pontos para o penúltimo colocado da superliga.]

Jaqueline e Garay foram novamente as melhores contra São Caetano.

O fundamento bloqueio ficou devendo.

Talvez seja um relaxamento natural depois de enfrentar Rio e Campinas e passar por cima de São Bernardo. Acontece.

Se tivesse cometido os mesmos erros contra os grandes ou até equipes como Minas e Sesi, o resultado seria outro. Mas talvez o comportamento em quadra também fosse diferente.

Não dá para exigir, embora fosse o ideal, que Osasco atue da mesma forma contra grandes e pequenos. É algo natural ‘tirar o pé’.

Pinheiros e Rio do Sul seguem a mesma linha nas próximas rodadas e não representam ameaça.

De positivo, os jogos contra pequenos servem especialmente para Adenízia e Sheilla entrarem em forma visando os playoffs. As duas serão fundamentais na fase final da competição.


Botafogo resiste, mas empresário força saída de Márcio Azevedo para Palmeiras
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Bruno Voloch

O Palmeiras insiste.

O Botafogo resiste.

Por enquanto, Márcio Azevedo permanece em General Severiano, mas ninguém pode garantir até quando.

O empresário do atleta, Sandro Becker, garante que o jogador deseja se transferir e que já acertou os salários com o Palmeiras.

O Botafogo nega.

Tentou incluir Valdívia na negociação, mas não teve êxito. Com a chegada de Paulo Nobre, novo presidente do Palmeiras, Valdívia volta a ficar prestigiado.

Maurício Assumpção já recusou ofertas e diz que Márcio Azevedo só deixa o clube se o Palmeiras pagar o valor da multa rescisória, ou seja, R$ 2,5 milhões.

A negociação parece questão de tempo.


Flamengo será teste de fogo na carreira de Carlos Eduardo
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Bruno Voloch

Carlos Eduardo está chegando.

O Flamengo vence a disputa Fluminense e a diretoria tem a expectativa de anunciar oficialmente a contratação do jogador até quarta-feira.

Provavelmente, Carlos Eduardo será o camisa 10.

É uma boa aposta do clube, nada mais que isso. É preciso ter cautela.

Em 2012 o jogador não rendeu o esperado na Rússia e se estivesse em boas condições físicas e técnicas, certamente não seria liberado pelo Rubin Kazan. Isso é fato, mas não significa dizer que no Flamengo as coisas não possam acontecer de maneira satisfatória.

Carlos Eduardo saiu muito jovem do país. Aquele garoto revelação do Grêmio e que se destacou no campeonato gaúcho de 2007 deixa saudades.

No Hoffenheim, da Alemanha, onde atuava antes de se transferir para a Rússia, foi bem e se destacou na campanha que levou o time para a primeira divisão.

No início do trabalho de Mano Menezes na seleção, Carlos Eduardo chegou a aparecer em algumas convocações. Depois sumiu. Sonha em ter nova oprtunidade com Felipão e jogar no Brasil pode ser o caminho.

No fim de 2010 Carlos Eduardo sofreu uma séria lesão no joelho. Ficou mais tempo no departamento médico do que em campo.

Em mais de dois anos na Rússia, fez apenas 8 jogos e 2 gols. Números preocupantes.

Carlos Eduardo chega com status, mas não deve se iludir.

Para vingar no Flamengo terá que jogar muito mais bola do que apresentou na Alemanha e na Rússia.

O Flamengo precisa do Carlos Eduardo do Grêmio e não do Rubin Kazan.

O tempo vai responder.


Mari não é relacionada, segue em baixa e Fenerbahçe perde clássico na Turquia
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Bruno Voloch

Mari continua com prestígio em baixa na Turquia.

A ex-jogadora da seleção sequer foi relacionada para a última partida do Fenerbahçe pelo campeonato nacional.

O time enfrentou no fim de semana o Vakifbank e perdeu por 3 sets a 1, parciais de 25/18, 25/19, 15/25 e 25/21.

A derrota deixa o Fener na quarta posição.

Lindsey Berg, Paula Pequeno e Y.K.Kim foram as estrangeiras escolhidas pelo técnico Kamil Soz.

Paula fez apenas 5 pontos.

Apesar de marcar 29 pontos, Kim não conseguiu evitar mais uma derrota do time na competição.

O resultado positivo deixa o Vakifbank, de Giovanni Guidetti, na liderança da competição.


Walewska é raridade e exemplo a ser seguido no esporte
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Bruno Voloch

O comportamento me chama atenção não é de hoje.

Jogadora extremamente profissional, serena, responsável e com inúmeras qualidades.

Acompanho a carreira de Walewska, central do Amil/Campinas, desde os tempos de Minas por volta do fim da década de 90.

Ganhou status e fama com a camisa do extinto Rexona em Curitiba. Sob comando de Bernardinho cresceu tecnicamente, evoluiu em vários fundamentos e acabou merecidamente na seleção brasileira.

Titular absoluta na era José Roberto Guimarães desde 2003, Wal foi premiada com o ouro olímpico em Pequim 2008.

Diferente de algumas companheiras de profissão, que foram e voltaram, optou em deixar de jogar pela seleção e se dedicar aos familiares. Walewska foi convidada diversas oportunidades, mas rejeitou o pedido de Zé Roberto. O último deles ainda em 2011.

Passou pela Itália, Espanha e Rússia e cumpriu religiosamente os contratos estipulados.

Deixou saudades por Perugia, Murcia, Odintsovo.

É uma das líderes do Campinas.

Walewska não faz questão de estar na mídia e raramente frequenta as redes sociais. Não é regra, mas são poucos aqueles que não se perdem pelo caminho.

Apesar das opções, o que difere Wal de boa parte das jogadoras é vôlei que apresenta dentro de quadra, o exemplo de profissionalismo e discernimento nas palavras, impedem Walewska de não chamar atenção.

Ex-companheiras de seleção e profissão não tiveram a mesma sorte. Algumas delas foram obrigadas a ‘inovar’.e não poupam esforços para ganhar destaque. A bola fica em segundo plano.

Walewska é exceção nos tempos atuais.

Suas entrevistas são sempre inteligentes.

Personalidade forte, raridade com as palavras e bom senso.

Walewska, 33 anos, é um exemplo a ser seguido. Dentro e fora de quadra.


Oswaldo de Oliveira vê sombra de Paulo Autuori e usa bom senso na estreia do Botafogo
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Bruno Voloch

É hoje.

Daqui a pouco no Engenhão, o Botafogo abre 2013.

Pode não ser o time dos sonhos do torcedor, certamente está longe disso, mas algumas caras novas estarão em campo.

O zagueiro Bolívar é uma boa aposta. Experiente, deve ajudar muito o setor tão criticado em 2012.

No meio campo um velho conhecido reaparece: Marcelo Mattos.

O jogador ficou praticamente todo ano passado no departamento médico. Está devendo e ainda não justificou o esforço financeiro da diretoria.

Henrique é uma incógnita. Fez um campeonato nada mais do que razoável pelo Sport e está escalado como titular muito mais em função da ausência de Bruno Mendes.

Gilberto, revelado na base, irá substituir Lucas na lateral. Precisa de apoio e paciência dos torcedores.

Paciência aliás é a palavra chave.

Mesmo contra vontade da torcida, o presidente Maurício Assumpção bancou Oswaldo de Oliveira. Por causa do técnico, Loco Abreu partiu e Caio não voltou.

Oswaldo sabe que depende de um bom início de campeonato, mas somente conquistando títulos irá sobreviver em 2013. Caso contrário, cai antes do que muitos possam imaginar.

Paulo Autuori, unanimidade e desejo antigo, está no mercado.

Oswaldo evita entrar em rota de colisão, mas continua sendo incoerente.

Rafael Marques era usado como titular até semana passada.

O fraco desempenho do jogador diante do Macaé em amistoso fez Oswaldo repensar.

Henrique vai para o jogo.

Rafael nem no banco de reservas vai ficar.

Cauteloso, Oswaldo usou o bom senso no reencontro com a torcida.


Vasco supera expectativa, ganha fácil e Carlos Alberto é destaque
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Bruno Voloch

O Vasco superou as expectativas e conseguiu uma vitória tranquila na estreia da Taça Guanabara.

Resultado justo e absolutamente merecido.

Carlos Alberto foi o melhor jogador da partiuda.

O novo camisa 10 do Vasco procurou jogar apenas futebol, esqueceu a arbitragem e enquanto teve pernas comandou o time dentro de campo.

Fez o primeiro gol num lance de rara categoria, após passe de Pedro Ken, sem chances para o goleiro Vinicius.

Eder Luis matou o jogo ainda na etapa inicial em nova assistência de Pedro Ken.

Alessandro, goleiro do Vasco, foi mero espectador.

O panorama não mudou para o segundo tempo.

A única chance do Boavista foi numa falta cobrada por Leandro Chaves.

Enquanto administrava o resultado, Bernardo ainda fez o terceiro gol do Vasco.

Poderia ter sido de 4, 5 ou até 6.

É cedo, foi apenas o primeiro jogo, mas diante de tantas baixas no elenco e mudanças no time titular, o Vasco deixa uma boa impressão para o torcedor.

O Boavista decepcionou.

Bonito mesmo apenas a homenagem prestada ao ex-presidente, José Luca Magalhães, que morreu em novembro do ano passado.


Italianos negam preconceito contra Jaline; presidente chama jogadora de ‘chocolate’ e ‘sem vergonha’
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Bruno Voloch

A polêmica envolvendo Jaline continua rendendo na Itáia.

A reportagem do blog foi estampada no principal site de vôlei do país.

http://www.volleyball.it/notizie.asp?n=56314&l=0

De acordo com o site, após acusar o clube de maus tratos e preconceito, o presidente do Soverato, clube de vôlei da segunda divisão, Antonio Matozzo, se defendeu das acusações e desmentiu a jogadora.

A versão de Matozzo é diferente do que foi dito por Jaline:

“Nós nunca ameaçamos ou maltratamos a jogadora. Ela sempre teve tudo que pediu e inclusive mora em um apartamente nosso até hoje. A questão é que ela tem um problema no joelho que a impede de jogar. Ficou de fora do time e o exame de ressonância constatou a lesão grave no joelho”.

Matozzo explicou ainda a história de que teria exigido 30 pontos por jogo:

“Foi apenas uma brincadeira. Ela recebeu dinheiro adiantado da empresa, não devemos nada para a jogadora e quando ela me pediu 2 mil euros disse que só daria se ela fizesse 30 pontos por jogo. Foi apenas um estímulo para a Jaline”.

O presidente afirmou ainda que não usou de preconceito por causa da cor da jogadora.

“Eu sempre chamei a Jaline carinhosamente de chocolate”.

Por fim, Matozzo disse que faltou vergonha para a atleta:

“Ela mora no nosso apartamente, está ruim do joelho, recebeu dinhero e não joga. Ela procurou um advogado e quer processar o clube. Isso é falta de vergonha”.

 


Bernardinho assume erro, se rende a Logan Tom e norte-americana decide clássico
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Bruno Voloch

Bernardinho precisou perder o primeiro set, ver Campinas abrir 5 pontos no segundo, para enxergar que Logan Tom não pode ser banco.

E nem poderia, jamais.

Gabi é uma jovem promessa do vôlei nacional, tem enorme futuro, mas ainda sem bola para deixar Logan na reserva.

Bernardinho se viu obrigado a reconhecer o erro e fez a norte-americana entrar no time no segundo set. Logan entrou, mudou a cara do time e não saiu mais.

A jogadora foi a grande responsável pela virada do Rio.

Sarah Pavan, consistente como de hábito, fez ótima partida com 19 pontos. As centrais demoraram para aparecer no jogo, mas Juciely cresceu a partir da metade do segundo set.

Natália não estava bem. Regiane, que substituiu Natália, também merece elogios. Colaborou marcando 12 pontos.

Campinas jogou com agressividade o primeiro set. Sacou com inteligência e cubana Daymi esteve perfeita.

Tudo indicava uma nova vitória no segundo set, mas Campinas parou com a presença de Logan Tom. O Rio ganhou confiança, arrumou o posicionamento de bloqueio, tirou o passe da mão de Fernandinha e empatou.

A derrota no segundo set matou Campinas. Cabisbaixo, o time paulista se perdeu em quadra e foi facilmente batido no terceiro set.

Pri Daroit parou de rodar, Vasileva errou demais e o time não conseguiu sobreviver apenas em função de Daymi. Andressa era peça nula em quadra e Walewska teve que se virar sozinha no bloqueio.

Se Bernardinho teve banco, Campinas não pode contar com as reservas. Quem entrou foi mal e deixou Zé Roberto na mão, casos de Rosamaria e Natasha. Jú Nogueira, oposta, poderia ser tentada na ponta na vaga de Daroit.

O quarto set era do Rio, mas o time se acomodou e Campinas encostou. Set jogado ponto a ponto no fim, mas a regularidade das atacantes do Rio acabou prevalecendo.

O Rio deve agradecer os 3 pontos especialmente a Logan Tom.

A norte-americana mostrou profissionalismo ao aceitar passivamente a reserva, entrou, resolveu o jogo e mostrou para o treinador que time nenhum pode dexar de contar com seu talento.

Logan respondeu a decisão da comissão técnica jogando bola.