RJX bom de bola, RJX bom de briga
Bruno Voloch
Sesi e Rio de Janeiro fizeram o melhor jogo da quinta rodada da superliga masculina.
Dois dos times favoritos ao título e em situações opostas na tabela.
O Rio, pelos números apresentados na competição era o favorito e confirmou essa condição. Mas teve que suar a camisa.
O Sesi, como o retorno de Lorena, deu muito trabalho. Aliás, Lorena ainda está longe das condições ideais, mas mudou a cara e o comportamento do Sesi. O time teve outra postura, determinação e lutou pelos pontos.
Não fosse uma excelente sequência de saque de Lucão no quarto set, o Sesi poderia perfeitamente ter vencido por 3 a 1 e não seria nenhuma injustiça.
Cléber teve início comprometedor, mas foi fundamental a partir do segundo set com ótimo aproveitamento no ataque e defesas incríveis.
Murilo dá a impressão de não estar confortável por causa do ombro. No fim do jogo, ao bater uma bola de cheque, mostrou que ainda sente muitas dores no local.
Do lado carioca, foi ótimo o jogo do líbero Mário Jr. Não sou fã dele, mas o líbero do RJX esteve seguro, foi importante no passe e especialmente na defesa. Curiosamente, jogou melhor do que Serginho, algo raro.
Lucão foi disparado o melhor jogador em quadra. Maior pontuador e bola de segurança de Bruno. Por sinal, o levantador da seleção anda muito nervoso. As bolas de segunda não caíram e Bruno anda querendo ser o ‘xerife’ em quadra. Reclama demais e ‘peita’ os adversários sem necessidade. Foi assim com Sandro no quinto set. Não se mostra personalidade dessa maneira e fica feio perante os companheiros.
No lance, o árbitro Jediel Carvalho errou ao dar cartão amarelo para Sandro. O levantador do Sesi não merecia e foi nitidamente ‘peitado’ por Bruno. Aliás a maioria dos árbitros não tem coragem de agir como manda a regra e demora demais para punir os jogadores ‘xerifes’ como Bruno. Existem vários espalhados pela superliga. Falta coragem. No jogo entre Unilever e Uberlândia, Bernardinho xingou Sergio Cantini e ficou por isso mesmo.
Voltando ao Sesi x RJX, vale destacar a coragem de Paulo Victor. O menino entrou na vaga de Theo no terceiro set e não tremeu. Foi para cima, recebeu bolas, virou as principais e mostrou potencial.
Theo e Dante devem conviver mais com o departamento médico do que com os companheiros na quadra. Os joelhos seguem baleados. Marcelo Fronckowiak terá trabalho para arrumar a casa. Thiago Alves se estranhou com Lucão durante o jogo e quase brigaram.
É cedo, mas o treinador parece ter pulso: “Não quero heróis. Cada um que cuide do seu rendimento e não do companheiro”.
O início do Rio é promissor. É um time que tem poder de recuperação, bom de bola e bom de briga.